“Esse não é um livro para entender. É para sentir”. Foi o que disse uma resenha de É Assim Que Se Perde a Guerra do Tempo, de Amal El-Mothar e Max Gladstone. No caso nos sentimos confusas. Muito. O tempo todo.
Foto @casosacasoselivros |
O obra, publicada por aqui pela Editora Suma, foi a primeira escolhida para o clube do livro que montei com as amigas do trabalho, já que todo mundo sempre derreteu em elogios a ele. Posso dizer que uma boa maneira que achamos para explicar ele foi: Você começa sem entender nada, vai lendo e continua perdido e termina como começou.
Me desculpa se você é do time que amou de paixão (sei que esse time é grande!), mas para mim não rolou (e nem para minhas amigas. O veredito foi unânime).
É Assim Que Se Perde a Guerra do Tempo
Poético e confuso
A ideia do livro é muito boa e a sinopse chama a atenção. O livro é de uma loucura e bizarrice e falta de linearidade tão profunda que estranhamente dá certo. E você acaba se envolvendo com as personagens. Mas ele é poético demais, louco demais, sem nexo demais. Para mim foi isso: Demais. Não posso dizer que odiei, mas estou longe de achar que gostei.
As cartas que elas trocam são bonitas, sinceras, pingam sentimento. E são, definitivamente, o ponto alto do livro. Mesmo sem entender completamente tudo, é difícil não pegar torcendo por elas, por um final feliz impossível nesse universo caótico.
O enredo não dá contexto e nem explicações. Estamos num universo em que o tempo é descrito com fios, filamentos acima, filamentos abaixo, mundos estranhos, criaturas mais estranhas ainda e onde entramos partes dos mitos e da História da humanidade misturadas com essa fantasia quase nonsense. É até difícil imaginar os cenários, as personagens. Não é nada concreto. Chega num ponto em que você tem que desistir de entender e só segue o fluxo.
Foi muito lirismo, muito poético. Para mim não rolou. Mas foi interessante ler algo tão diferente da minha zona de conforto.
Posso até recomendar, mas para poucas pessoas.
Teca Machado