segunda-feira, 11 de setembro de 2023

É Assim Que Se Perde a Guerra do Tempo – Resenha


“Esse não é um livro para entender. É para sentir”. Foi o que disse uma resenha de É Assim Que Se Perde a Guerra do Tempo, de Amal El-Mothar e Max Gladstone. No caso nos sentimos confusas. Muito. O tempo todo. 


Foto @casosacasoselivros


O obra, publicada por aqui pela Editora Suma, foi a primeira escolhida para o clube do livro que montei com as amigas do trabalho, já que todo mundo sempre derreteu em elogios a ele. Posso dizer que uma boa maneira que achamos para explicar ele foi: Você começa sem entender nada, vai lendo e continua perdido e termina como começou.


Me desculpa se você é do time que amou de paixão (sei que esse time é grande!), mas para mim não rolou (e nem para minhas amigas. O veredito foi unânime).


É Assim Que Se Perde a Guerra do Tempo


Blue e Red são inimigas. Está acontecendo uma guerra no tempo em que duas entidades lutam pelo poder para deixar as linhas do tempo nos infinitos universos da maneira que desejam. Blue trabalha para Jardim e Red para Agência. E nas missões invariavelmente elas acabam se encontrando – e se atrapalhando – e começam a se corresponder, a enviar mensagens no espaço-tempo. O que começa como trocas de fartas e competição vai mudando com o passar das correspondências e elas se apaixonam. Elas são causa e consequência, problema e resolução, amor e ódio, água e fogo.


Poético e confuso


A ideia do livro é muito boa e a sinopse chama a atenção. O livro é de uma loucura e bizarrice e falta de linearidade tão profunda que estranhamente dá certo. E você acaba se envolvendo com as personagens. Mas ele é poético demais, louco demais, sem nexo demais. Para mim foi isso: Demais. Não posso dizer que odiei, mas estou longe de achar que gostei.


As cartas que elas trocam são bonitas, sinceras, pingam sentimento. E são, definitivamente, o ponto alto do livro. Mesmo sem entender completamente tudo, é difícil não pegar torcendo por elas, por um final feliz impossível nesse universo caótico.


O enredo não dá contexto e nem explicações. Estamos num universo em que o tempo é descrito com fios, filamentos acima, filamentos abaixo, mundos estranhos, criaturas mais estranhas ainda e onde entramos partes dos mitos e da História da humanidade misturadas com essa fantasia quase nonsense. É até difícil imaginar os cenários, as personagens. Não é nada concreto. Chega num ponto em que você tem que desistir de entender e só segue o fluxo.


Foi muito lirismo, muito poético. Para mim não rolou. Mas foi interessante ler algo tão diferente da minha zona de conforto.



Posso até recomendar, mas para poucas pessoas.


Teca Machado


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