segunda-feira, 22 de maio de 2023

Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton – Crítica


Vou confessar uma coisa para vocês. Quando a Netflix disse que ia lançar uma série spin-off sobre a rainha Charlotte, dos Bridgertons, fiquei pensando “ah, lá vai a Netflix de novo esticar uma série além do necessário só porque faz sucesso”. Fiquei com esse pé atrás, mas é lógico que ia assistir. E assisti. E posso dizer que gostei até mais do que a série original. Eu amo Bridgerton (apesar de na segunda temporada terem rasgado o livro e feito algo totalmente diferente e o fato de que o Colin da série é um chatão e no livro ele ser a melhor pessoa), mas Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton tem algo a mais.



E pesquisando sobre descobri o que era: Rainha Charlotte foi escrita pela própria Shonda Rhimes e Bridgerton foi por Chris Van Dusen. E essa diferença é perceptível no roteiro. Quem acompanha outras produções da Shonda sabe como ela tem um toque mágico em tudo o que faz. E foi o caso aqui. (Shonda rainha, resto nadinha)


Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton


Conhecemos a Rainha Charlotte (Golda Rosheuvel) na série original e agora acompanhamos como chegou até aquele ponto. A mulher autoritária, amarga e fria tem sua história contada aqui. 




Vivida na juventude por India Amarteifio, Charlotte, da nobreza alemã, foi enviada para a Inglaterra para se casar com o Rei George (Corey MyIchreest) com apenas 17 anos. Foi totalmente contra a vontade, inclusive tentou fugir, mas conheceu o monarca em pleno plano de fuga e resolveu seguir em frente com o casamento. Lindo, doce e gentil, parecia um conto de fadas, mas ele começa a se afastar de esposa logo após o casamento. Charlotte, sozinha num país estranho, sem amigos e família e deixada de lado pelo marido, precisa entender o que está acontecendo e o que precisa fazer para que seu casamento dê certo.


George agir como age e como o casamento deles ficou décadas mais tarde não é segredo para quem assiste Bridgerton, mas não vou comentar para não ser spoiler para quem não é familiarizado com o enredo.


História de amor


Sim, a minissérie tem toda a pegada da garota que casa com a realeza e vira rainha. Mas está longe de ser um conto de fadas. Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton acerta no tom da história, no tipo do amor. É uma relação diferente do que geralmente vemos em enredos e é emocionante. Ao final do último episódio eu estava emocionada, feliz, triste, de coração partido e quentinho. A relação doce, partida, pela metade, mas ainda assim extremamente forte, sólida e, de certa forma, feliz mexe com a gente.


E é bacana na série que apesar do foco ser Charlotte, temos arcos de Lady Danbury (Adjoa Andoh, na versão mais velha e a excelente Arsema Thomas, como jovem), que é extremamente interessante e ajuda a construir ainda mais essa personagem que amamos e Violet Bridgerton (Ruth Gemmell na versão mais velha e Connie Jenkins-Greig a personagem na adolescência), que ganha destaque depois de temporadas em que o foco são seus filhos.






Visual


O visual de Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton é impecável. A atenção aos detalhes, o figurino, a ambientação, os cabelos e maquiagens, os cenário, tudo é de encher os olhos. A qualidade da produção é indescritível, da parte visual ao enredo bem amarrado, sem grandes furos e com muito cuidado e diversidade.


A semelhança das atrizes que fazem o mesmo papel em diferentes fases da vida é incrível. Difícil acreditar que Golda Rosheuvel e India Amarteifio não são parentes. A aparência, o jeito, o olhar, a maneira de se moverem, tudo é igual. Mais um ponto para a produção.





Realidade e ficção


Sim, Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton tem um pé na realidade. Com muitas liberdades criativas, lógico, a Rainha Charlotte (também chamada de Carlota) e o Rei George III existiram e tiveram um casamento de mais de 50 anos, aparentemente feliz, de acordo com relatos.


E, acredita-se, que a monarca era negra. Estudiosos afirmam que ela é de origem alemã e portuguesa, sendo de um braço africano da família. Os retratos a indicam como branca, mas de tonalidades diferentes. Mas esse é um mistério que ficou perdido na História.


Além disso, sim, George III tinha problemas mentais e era submetido a procedimentos bruscos e cruéis para “domar a mente”. E há também o fato de que apesar de 13 filhos, Charlotte teve problema com a sua linhagem, mas é a avó da Rainha Vitória.


Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton vale a pena, quer você tenha assistido Bidgerton ou não e até mesmo se gostou da outra série ou não. 



É uma minissérie, então não espere novas temporadas (inclusive, espero que não tenha, porque fechou muito bem). São apenas 6 episódios com pouco mais de uma hora cada.


Recomendo muito.


Teca Machado

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Lore Olympus – Volume Um, de Rachel Smythe – Resenha


Eu estou obcecada. Fui influenciada total e completamente pelos Booktokers e Bookstagrammers. De repente comecei a ver todo mundo falando – e falando muito bem - sobre Lore Olympus, HQ de Rachel Smythe, publicada por aqui pela Editora Suma, e fiquei curiosa. Sempre gostei de mitologia grega (olá, Hécules da Disney, olá, Percy Jackson!) e tinha certeza de que que ia gostar dessa obra. E eu não gostei. Eu amei! Li em pouquíssimo tempo e agora simplesmente preciso do volume dois.


Fotos @casosacasoselivros

A graphic novel é uma releitura moderna e fascinante da mitologia grega e tem como destaque Perséfone, a deusa da primavera, e Hades, o rei do Submundo e dos mortos.


Lore Olympus


Perséfone sempre foi superprotegida pela mãe Deméter e foi criada no mundo mortal. Até que quando finalmente visita o Olimpo vai a uma festa com Ártemis. Mas a Afrodite não gostou das atenções que a garota nova está despertando e dá uma punição à Perséfone, que está alheia a isso tudo. Nisso, ela acaba no caminho de Hades, que se encanta completamente com a doçura da deusa da primavera, e ela também cai de amores pelo rei do Submundo. Mas quando falamos dos deuses do Olimpo, nada é fácil e uma relação entre eles e a felicidade não vai acontecer de forma simples.





No enredo encontramos vários deuses da mitologia e parte de seus mitos, sendo o maior foco no começo do envolvimento de Hades e Perséfone. Mas também encontramos a história de Eros e Psiquê e temos um vislumbre de personalidades dos personagens, como o babaca do Apolo, a fúria de Afrodite, a malandragem de Zeus e Poseidon, a amizade de Ártemis, um outro lado de Hera e muito mais.


Deuses modernos


Um dos pontos mais legais de Lore Olympus é a atualização da mitologia. Os deuses são modernos, mandam mensagens, postam fotos, se vestem e falam como nós, mas ainda assim tem todos os elementos mais importantes das histórias e personagens originais.

Perséfone é um cristalzinho que eu quero guardar num potinho para ninguém fazer mal a ela. Que personagem fofa! É impossível não amar e não se envolver com ela. É aquele tipo de protagonista que todo mundo ama. Delicada, ingênua, mas valente, ela é o doce dos doces. Hades também é ótimo personagem. Taciturno, mais introvertido e na dele, mas que no fundo só quer ser amado e ter alguém para amar.


Rachel Smythe pegou a trope Grumpy/Sunshine (quando um personagem é mais mal-humorado e azedo e o outro é uma luz do sol, a felicidade em pessoa) e criou um enredo divertido e interessante. Apesar de tão diferente, Hades e Perséfone combinam, e isso é óbvio desde o primeiro momento.


Fofocas e beleza


Pensa num livro lindíssimo! Os desenhos de Rachel Smythe são simplesmente perfeitos. Dá vontade de emoldurar o livro todinho. Ela brinca com cores e iluminação e cada deus tem uma tonalidade diferente, que reflete muito da sua personalidade. Lindo, lindo, lindo!


E a história nada mais é do que uma grande fofoca, um grande casos de família. Os deuses do Olimpo eram uma confusão de laços de casamento, de família, de amizade, de briga, de pegação e muito mais.




Apesar da leveza do livro, há alguns momentos mais delicados de abuso sexual e psicológico, tanto que logo no começo a autora coloca aviso de gatilho.


Esse é apena o Volume 1, que contém os primeiro 25 capítulos da Webtoon. E acaba num momento chave, numa situação que você fica “O QUE? PRECISO DO SEGUNDO AGORA!”. As relações estão se construindo e a história de Perséfone e Hades se formando.


  


Recomendo muito.


Teca Machado


(Agora deixa eu ir porque vou comprar ali o Volume 2!)

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Dicas de livros para ler no Kindle Unlimited (que está em promoção por apenas R$ 1,99 por três meses!)


Sempre quis assinar o Kindle Unlimited, mas nunca realmente fez uma conta para você? A hora é agora! Por causa da Book Friday que está chegando (18 a 22 de maio), a Amazon liberou o Unlimited por R$ 1,99 por três meses!


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Tanto de editores grandes quanto de autores independentes. 


Vem ver uma pequena lista com livros que você pode encontrar lá:




                   


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Teca Machado

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Casamento Armado - Crítica

 

À procura de um filme leve, divertido e que não faz pensar muito, dei de cara com Casamento Armado, do diretor Jason Moore, disponível na Amazon Prime Video. Foi a pedida certa para uma sexta-feira. Cheio de clichês, sem grandes reviravoltas e um elenco com nomes que chamam a atenção, não é um filme inesquecível, mas entretém, diverte e cumpre o prometido.



Casamento Armado tem como protagonistas Jennifer Lopez e Josh Duhamel e como coadjuvantes Lenny Kravitz, Jennifer Coolidge, Sonia Braga, D’Arcy Carden e outros. Além disso, tem um cenário paradisíaco, muita correria e caos.


Casamento Armado


Darcy (Lopez) e Tom (Duhamel) estão numa ilha paradisíaca particular na Filipinas com toda sua família e amigos para celebrar seu casamento. Na noite anterior, o casal começa a brigar, muito por causa dos familiares e porque o ex de Darcy apareceu, e a repensar a celebração e a relação fica abalada. Pouco antes da cerimônia, eles se encontram para decidir se casam ou não, mas o hotel é invadido por piratas. Os convidados e funcionários viram reféns, enquanto o casal foge e tenta buscar ajuda, ao mesmo tempo que os piratas estão atrás deles.


Casamento Armado é uma mistura de comédia romântica com ação, com ótimas cenas de correria, explosões e caos, diálogos melosos e clichês e umas tiradas de humor sensacionais (a maioria protagonizada pela excelente Jennifer Coolidge).




Elenco e atuações


É possível ver que o elenco se diverte, principalmente os protagonistas, e estão ali não para ganhar um Oscar, mas para gerar entretenimento e diversão por 1h40, o que eles conseguem.


As atuações são boas, nada espetacular, mas longe de serem ruins, sendo o ponto alto Jennifer Coolidge e Sonia Braga. É interessante como Jennifer Lopez faz de tudo um pouco: excelentes dramas, comédias românticas bestas e sempre entrega algo de qualidade, ainda que não de premiações da Academia. Ela não quer e nem precisa provar nada para ninguém.





Só um ponto que ficou um pouco a desejar foi a química entre ela e Duhamel. Não foi explosiva e nem muito palpável, mas deu para o gasto. Eles têm momentos bonitinhos juntos e ele sempre é muito carismático.


Não espere um roteiro espetacular de Casamento Armado e nem um filme profundo ou que vai explodir seu cérebro. É uma comédia romântica com ação, diversão, algumas risadas e vários clichês. Se é o que você está procurando, vale muito a pena.


Recomendo.


Teca Machado

quinta-feira, 4 de maio de 2023

5 sagas literárias pouco conhecidas


Harry Potter, Jogos Vorazes, O Senhor dos Aneis, As Crônicas de Gelo e Fogo, Percy Jackson, As Crônicas de Nárnia, Duna, Corte de Espinhos e Rosas. Todos esses são nomes muito conhecidos no mundo da literatura de fantasia (e do cinema/TV, já que todos ganharam ou vão ganhar adaptações). Mas existem muitas outras sagas literárias, bem menos conhecidas, mas que merecem a sua atenção. E o melhor: Já estão concluídas, então você não precisa esperar os livros lançarem.





1- Trilogia Mundo de Tinta, de Cornelia Funke (Editora Seguinte)




Imagina ter um dom raro em que quando você lê um livro em voz alta os personagens pulam para fora das páginas? Mo tem a “língua encantada” e ao ler para a filha um livro chamado Coração de Tinta, mocinhos e vilões vêm para o mundo real, enquanto sua esposa vai parar dentro da obra. Ele então conta com a ajuda do autor da história para combater o vilão e mandá-lo de volta para o seu lugar.


Em 2008 o primeiro livro, Coração de Tinta, ganhou uma adaptação para o cinema, com Brendan Fraser no papel principal. 


Para quem ama livros, é um prato cheio! Resenha aqui.


  


2- Trilogia Silo, de Hugh Howey (Editora Intrínseca)




Num futuro pós-apocalíptico, o mundo está tóxico. O que sobraram da humanidade vivem num silo subterrâneo de 150 andares com regras muito rígidas de convivência e organização e onde ninguém pode desejar sair, em hipótese alguma. E quem desobedece a lei é enviado para fazer a limpeza no devastado mundo exterior. Quando Juliette, uma mecânica que vive nas profundezas do silo, é convocada para assumir o cargo do xerife, que foi enviado ao exílio, ela descobre mentiras e verdades, que são até mesmo mais fatais do que tudo o que ela um dia soube. 


Em maio estreia na Apple TV+ uma série baseada nos livros.


Essa é uma leitura eletrizante. Resenha aqui.


  


3- Série Os Legados de Lorien, de Pittacus Lore (Editora Intrínseca)



Quando Lorien, um mundo do bem e muito parecido com a Terra é destruído pelos terríveis Modagorianos, nove crianças e seus guardiões são enviados para o nosso planeta para que possam treinar seus poderes, crescer e um dia reconstruir seu mundo. John Smith é uma delas. Mas os mogadorianos estão atrás dele e dos seus companheiros, que decidem que finalmente chegou a hora de lutar e se vingar.


São 7 livros da série principal e mais 15 e-books curtinhos que são complementos da saga. Em 2011 o primeiro livro, Eu Sou O Número Quatro, ganhou uma adaptação para o cinema. Ela é bem mais ou menos, mas os livros são ótimos.


Ótima leitura para quem gosta de fantasia. Resenha aqui.



4- Trilogia Schythe (Ceifador), de Neal Shusterman (Editora Seguinte)




No futuro em que todos os problemas do planeta, inclusive a morte, foram resolvidos, a Nimbo-Cúmulo, uma evolução da Nuvem de dados que temos hoje, tomou consciência e faz a gestão do planeta. Mas algo que ela não conseguiu solucionar foi a superpopulação. Então foi criada a Ceifa, um órgão autônomo no qual os membros, chamados ceifadores, têm permissão e ordem para coletar – uma palavra mais bonita para matar – e manter o número de pessoas no mundo estável. Apesar de ser uma profissão nobre, ninguém quer ser ceifador. E Citra e Rowan, dois adolescentes, são escolhidos pelo Ceifador Faraday para serem seus aprendizes, mesmo contra sua vontade. O treinamento é rigoroso, cruel e mexe com a sanidade deles, mas apenas um será escolhido no final para o cargo e o outro, a sua primeira vítima.


Distopia com um toque de ficção científica e muitas reviravoltas e caos. Resenha aqui.


  


5- Série Feios, de Scott Westerfeld (Editora Galera Record)



Séculos depois do colapso da atual era da civilização como conhecemos, a sociedade vive em cidades-bolhas autossuficientes. Para acabar com guerras, desentendimentos, preconceitos e brigas, o governo dá um presente às pessoas quando elas fazem 16 anos: uma operação plástica para que se tornem perfeitas fisicamente falando. Tally Youngblood está se aproximando do seu aniversário de 16 anos e não vê a hora da sua operação chegar. Shay não quer ser perfeita: Deseja fugir e viver na Fumaça, uma comunidade alternativa fora-da-lei na natureza que abriga quem não quer passar pela. Quando Shay foge para lá, Tally é obrigada pelos Especiais, FBI da cidade, a procurar a amiga e a mostrar a localização da pequena sociedade.


São quatro livro e mais um de contos. A saga vai virar série da Netflix, com a Joey King.


É uma distopia diferente, com um tema profundo. Resenha aqui.


  


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Conhecia alguma dessas? Eu ainda tinha várias outras para citar, como Estilhaça-me, Academia de Vampiros, Delírio e muito mais.


Tem alguma outra série menos conhecia do grande público para indicar?


Teca Machado


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