Um Jantar Entre Espiões - Crítica


Quem gosta de um bom filme de suspense policial aqui? Então tenho uma dica de filme para você: Um Jantar Entre Espiões, do diretor Janus Metz e que está disponível na Amazon Prime Video. O filme é baseado no livro de mesmo nome de Ole Steinhauer, publicado no Brasil em 2018 pela Editora Record. Steinhauer é, inclusive, o roteirista do longa, um dos motivos que muitas pessoas dizem que ele é bem fiel ao original.


E se você está preocupado com spoilers, fica tranquilo: O Casos, Acasos e Livros é spoiler-free!


Um Jantar Entre Espiões


Em 2012, um avião foi sequestrado em Viena, com mais de cem passageiros a bordo que ficaram reféns de um grupo de terroristas chechenos. O FIB tinha um escritório na cidade, com um grupo de especialistas focado em terrorismo, lutando para prevê-los e impedir que acontecessem. A equipe, que conta com Henry (Chris Pine), Celia (Thandiwe Newton), Bill (Jonathan Pryce), Vick (Laurence Fishburne) e outros foi chamada para ajudar nas negociações, mas o desfecho foi desastroso. Com o resultado, o núcleo se desfaz, e, oito anos depois, Vick, que era o chefe, pede para que Henry investigue seu próprio grupo de trabalho, uma vez que novas informações indicam que dentre eles havia um traidor que fornecera informações ao núcleo terrorista na época. 


Além de investigar sua equipe, em quem confiava, Henry terá que enfrentar seu passado e reencontrar Celia, que considerava o amor da sua vida e que foi embora no fatídico dia em que tudo deu errado.




Flashbacks e slow-burn


Um Jantar Entre Espiões tem um ritmo lento – e isso não é uma crítica, e sim uma constatação. Ele é um slow-burn em que o enredo aos poucos vai “cozinhando”, nos apresentando suas camadas, até que chegamos ao clímax. Apesar de ser uma história sobre espiões, não é um 007 da vida, com correria, explosões e caos. É mais psicológico e construído por partes.


A trama é constituída de duas maneiras: O presente, em que Henry procura e fala com seus colegas, principalmente com Celia, em grande parte numa mesa de restaurante durante um jantar (daí no nome do filme). E o passado, mostrado por meio de muitos flashbacks, tanto de Henry quanto de Celia. E assim o enredo vai se construindo. E o ritmo mais devagar ajuda a criar o clima de tensão, de “resolve isso logo!”.




Ao focar mais nos diálogos elaborados e frases repletas de duplos sentidos do que na ação, o filme constrói muito bem seus protagonistas. Fica claro que todos escondem muito mais do que aquilo que se permitem revelar. Chris Pine e Thandiwe Newton fazem um bom trabalho, principalmente com suas poker faces. Confesso que tenho um crush por Pine desde que o vi em Star Trek, então tenho tendência de o achar ótimo em tudo, mas ele realmente trabalha bem. Não bem Oscar, mas muito bem e convincente. Thandiwe Newton também está bem, apesar de não espetacular. Jonathan Pryce, apesar de aparecer pouco, entrega uma ótima atuação, como lhe é comum.


Um Jantar Entre Espiões entrega um ótimo desfecho, com boa reviravolta e que eu realmente não esperava. Não é o melhor filme de suspense que você vai ver, mas com certeza é muito bom.


Livro no qual o filme se baseou


Recomendo.


Teca Machado

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.