sexta-feira, 24 de junho de 2022

Amor e Gelato - Resenha


É livro fofinho que vocês querem? Então vem cá!


Amor e Gelato, de Jenna Evans Welch, publicado por aqui pela Editora Intrínseca, é uma coisinha fofa que deixou meu coração quentinho e me fez querer passar o verão - ou mesmo a vida - em Florença. Nem me importaria de morar num cemitério (Piada interna para quem já leu).


Esse é o primeiro volume da série Amor e Livros, que conta também com Amor e Sorte e Amor e Azeitonas. Eles são do mesmo universo, mas não continuações diretas, já que as histórias fecham em si mesmas.


Foto @casosacasoselivros


Amor e Gelato


Lina acabou de perder a mãe. E precisa realizar um último pedido dela: Ir para a Itália para conhecer o pai. Um pai de quem ela nunca nem ouviu falar. Sempre foram apenas as duas contra o mundo, então por que de repente a mãe quer que ela more durante o verão com esse desconhecido? Assim Lina se encontra nas idílicas paisagens da Toscana. Tudo bem que é morando num memorial aos soldados americanos mortos na Itália na Segunda Guerra, mas ainda assim é lindíssimo. Mesmo começando a fazer amigos, o que ela mais quer é ir embora correndo dali, de volta para a sua vida. Mas quando recebe o diário da sua mãe, que ela escreveu quando morou ali, junto com Ren, seu vizinho, Lina começa a conhecer a Florença na qual a mãe se apaixonou e começa a entender melhor a sua história e o seu passado. 


Amor e Gelato é uma história sobre autoconhecimento, sobre abrir o seu coração para o desconhecido, sobre amadurecer, sobre conhecer o amor e a lidar com a perda. É uma trama relativamente simples, mas que nos envolve a cada página e que nos transporta para uma das cidades mais lindas e cheias de História do mundo.


Narrativa


Um dos pontos mais legais é que assim como Lina o leitor é deixado no escuro sobre a história da sua mãe. Vamos descobrindo junto com a garota ao ler o seu diário. A trama de Lina é toda no presente, enquanto o diário é no passado e a narrativa vai se intercalando. E o leitor vai passeando por Florença junto com as personagens e entendem as emoções de cada uma sobre os locais que visitam.


É uma delícia ler o diário da mãe da Lina. Apesar de ser uma personagem que morre no comecinho do livro, a conhecemos a fundo e a amamos, então ficamos com o coração apertado de saber que ela já se foi. E Lina é uma ótima protagonista. Apesar de adolescente e ter passado por uma perda muito profunda e abrupta, ela tenta seguir em frente – apesar de fazer uns dramas. Mas quem não faria, não é verdade?


Personagens


Ren é uma gracinha. O vizinho de Lina que mora numa casa em formato de doce (Sim! Eu gostaria de morar lá!) é amigo, sabe escutar, é fofo, faz de tudo para arrancar um sorriso dela e a apoia mesmo nas situações mais loucas. E por falar em fofos, temos Howard. O pai de Lina, apesar de meio novo nesse negócio de ser pai, tenta construir uma relação com a garota e dá o melhor de si para que ela se sinta confortável e feliz. E ainda há Addie, melhor amiga de Lina, divertidíssima, e que é a protagonista do próximo volume, que se passa na Irlanda.


Mesmo vivenciando situações difíceis, Lina encontrou pessoas incríveis pelo caminho e isso aquece o coração. E ela ainda se apaixona no verão italiano! Tem coisa melhor? Acho que não! O romance é doce – como um gelato de stracciatella - , meigo e bem construído.


Amor e Gelato é bem amarradinho, divertido e me deixou com um sorrisinho bobo na cara.



O filme inspirado no livro estreou essa semana na Netflix, mas acho que não vou assistir. Só de ver o trailer deu para entender que mudaram absolutamente tudo do enredo – até a cidade eles trocaram! Pelos comentários todo mundo, principalmente quem leu, está passando raiva e como eu amei de paixão essa fofura que é o livro acho que vou deixar o filme passar em branco.


Recomendo muito Amor e Gelato e não vejo a hora de ler os próximos!


Teca Machado


quarta-feira, 22 de junho de 2022

Top Gun: Maverick - Crítica


Quando começa os primeiros acordes você provavelmente já sabe que música é. E quando começa o refrão – “Highway to the Danger Zone, I'll take you right into the Danger Zone...” – você com certeza sabe qual é a música e a qual filme ela pertence. Danger Zone, de Kenny Loggins, tema de Top Gun: Ases Indomáveis, é com certeza um clássico, assim como o filme, lançado em 1986. E foi uma aposta arriscada de Tom Cruise e do diretor Joseph Kosinski em fazer uma continuação de um filme tão icônico 36 anos depois (Esse é o maior tempo do cinema entre o original e sua continuação). E foi uma aposta certeira: Top Gun: Maverick é entretenimento de primeira qualidade, um blockbuster do tipo épico.


Top Gun: Maverick


A verdade é que Top Gun: Maverick é uma mistura de continuação com reboot. Os elementos do primeiro foram quase que integralmente recriados num novo enredo, que muito se fala do passado, mas que de certa forma modernizou a história. E, apesar das mais de três décadas entre as produções, Tom Cruise continua com seu ar de galã. Claro que não tem a mesma cara de 1986, mas sua juventude aparentemente eterna é intrigante.


Maverick (Cruise) continua sendo uma espécie de lobo solitário, uma lenda entre os pilotos e um eterno transgressor das regras militares. E por não obedecer ao comando – e estragar um avião caríssimo – é mandado de volta para a Top Gun, dessa vez como professor dos melhores dos melhores pilotos mais jovens. A missão para qual ele precisa treiná-los é praticamente suicida, algo que talvez nem ele seja capaz de fazer. Mas o que deixa tudo mais complicado é que Rooster (Miles Teller), filho do seu antigo ala e amigo Bradshaw, é um dos alunos, alguém de quem ele prometeu que cuidaria.




Ação sem dublês


Uma coisa que a gente pode sempre esperar do Tom Cruise é ação quase sem limites – e sem dublês. E nesse caso não foi diferente. Que ele havia pilotado aviões, isso eu já sabia, mas o que me surpreendeu ao pesquisar sobre o filme foi saber que os outros atores também fizeram o mesmo. Segundo entrevistas, eles se filmavam dentro do avião no ar, ajustavam iluminação, maquiagem etc, enquanto o diretor estava no chão aguardando as imagens. E se não ficavam boas, ele mandava todo mundo para o ar novamente. Milles Teller afirmou que dos 6 atores pilotos – tirando Cruise – 3 vomitavam várias vezes por dia, todos os dias.


E, minha nossa, como tem ação e tensão em Top Gun: Maverick! Sei que ele ficava na ponta do assento, tensa, com adrenalina pulsando no organismo e pensando “eu teria vomitado nessa curva. E nessa manobra. E nessa volta”. E mesmo sendo um filme com momentos de tensão e drama, é possível dar umas risadinhas e sorrisos.



Tom Cruise e o diretor sabem prender a atenção do espectador e nos fazer torcer loucamente por ele e achar tudo aquilo crível. E é muito interessante como foi tomado um cuidado para que o “inimigo” não tivesse nome e nem nacionalidade. Em momento nenhum é possível saber qual é o país onde vão destruir um perigosa instalação militar.


Elenco


Maverick é o militar insubordinado, arrogante e sem medo de morrer – e que se recusa a morrer, na verdade. E seu charme é até maior agora com quase 60 anos do que quando tinha 20 e pouco. Jennifer Connely é o par romântico da vez e, apesar de não estar no filme anterior ela em 1986 é mencionada como uma antiga namorada. Ela cumpre o papel, mas não é nada espetacular em termos de atuação (mas é espetacular em beleza, porque ô mulher linda!). Val Kilmer reprisa o papel de Ice e apesar de pouco aparecer é muito importante. Milles Teller tem destaque e, como sempre, é muito bom. Os outros pilotos (Monica Barbaro, Lewis Pullman, Jay Ellis, Danny Ramirez e Glen Powell) cumprem bem os seus papeis e a gente fica mais impressionado ainda quando descobre as habilidades que tiveram que aprender para o filme.




Top Gun: Maverick é um excelente filme, um excelente blockbuster e mostra que Tom Cruise acertou mais uma vez. E podemos dizer que Lady Gaga também, já que a música tema, Hold My Hand, é muito boa também. Já escutei mil vezes desde sexta-feira. 


Os 130 minutos de filme passam voando (olha o trocadilho péssimo, haha!). Recomendo muito.


Teca Machado


segunda-feira, 20 de junho de 2022

E chegamos a 10 anos de Casos Acasos e Livros (e a 4 milhões de acessos!)



4,1 milhões de acessos, 2064 posts e 17500 comentários depois, completamos 10 anos por aqui.


Uau!


O tempo passa rápido...


Parece que foi esses dias que numa tarde morrendo de tédio, com a vontade de escrever fervilhando dentro de mim, de repente o nome apareceu na minha cabeça: Casos, Acasos e Livros. Parecia aquelas cenas de desenho animado quando alguém acende uma luzinha na cabeça. Me sentei no computador, pesquisei “como fazer um blog” e comecei.


Aqui é meu cantinho, minha válvula de escape, um mundo que amo e que quero compartilhar com outras pessoas.


Sei que em 2022 estou bem relapsa por aqui, mas a vida de gente grande está pesada. Afinal, trabalhar horrores, ter gêmeos, marido, cachorro e um monte de boleto para pagar não é tão fácil. 


Mas quero voltar. Preciso voltar.


Imagem: Pixabay


Eu já tinha escrito um post para ir ao ar hoje, mas aí lembrei que semana passada completei 10 anos de blog e passou batido. Achei que é algo que deve ser celebrado. 10 anos não é pouco tempo. 


Por mais que dê trabalho, isso aqui é paixão e não quero deixar de lado. Então estou de volta.


Feliz 10 anos de Casos, Acasos e Livros. E que venham mais 10. E mais 10. E mais 10. E assim por diante.


E obrigada a cada um de vocês que ao longo dessa década foi responsável por um view, um comentário, um compartilhamento de link, uma curtida no Facebook, no Instagram ou no YouTube. Vocês são o máximo!


Prontos para mais uma décadas de livros, filmes, séries e mundo literário em geral? Sei que eu estou!


Teca Machado


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