quinta-feira, 24 de março de 2022

Apresentando Os Ricardos - Críticas


Imagine nos anos 1950 a maior estrela da televisão americana ser taxada de comunista, tudo isso em plena Guerra Fria. Por mais que pareça algo surreal, foi o que aconteceu com Lucille Ball, estrela da série I Love Lucy. Para se ter noção da grandiosidade do programa, sua audiência chegou a 60 milhões de espectadores – sendo que na época os EUA tinham 153 milhões de habitantes. Isso significa quase 40% da população do país assistindo ao show. A título de comparação, nem o SuperBowl, maior evento televisivo do país alcança essa porcentagem. E é a semana fatídica em que a atriz foi exposta como comunista que o filme Apresentando Os Ricardos (Being The Ricardos), do diretor e roteirista Aaron Sorkin, acompanha.



A produção está disponível na Amazon Prime Video e concorre ao Oscar 2022 em três categorias: Melhor Atriz (Nicole Kidman), Melhor Ator (Javier Bardenm) e Melhor Ator Coadjuvante (J. K. Simmons).


Apresentando os Ricardos


A queridinha da América, Lucille Ball (Nicole Kidman) certa noite é taxada como comunista por um programa de rádio. Tentando conter o dano à sua imagem e ao programa de sucesso que construiu junto com o seu marido Desi Arnaz (Javier Bardem), Lucille e Desi começam a bolar uma estratégia de defesa perante o público. Como se isso já não fosse problema o suficiente, durante o mesmo período lidam com uma crise conjugal e uma gravidez recente que ela deseja incorporar ao roteiro, mas a rede não quer aceitar – lembrem-se que nos anos 1950 gravidez era tabu na televisão.




Apesar da personagem “bobinha” que interpretava, Lucille Ball era de uma inteligência enorme. O que fez, o que conquistou e a sua maneira de cativar tanto Hollywood quanto o público mostram como ela conseguiu chegar tão alto na sua carreira. E o mesmo pode ser dito de Arnaz. Com uma tenacidade para negócios e carisma com o público, ele era praticamente o mandachuva do estúdio e extremamente perspicaz, já que foi quem inventou um sistema de câmera que permitia que o público acompanhasse a gravação do programa.


Os Ricardos


Lucille e Desi interpretavam o casal Ricardo no show e eram casados na vida real. Sua relação era explosiva, nunca monótona, com brigas homérica e uma paixão avassaladora. E o filme intercala três arcos dramáticos: Quando se conhecem e o início da relação, a caótica semana da notícia e na atualidade com os roteiristas de I Love Lucy (interpretados por outros atores) dando depoimentos tanto sobre o casal quanto sobre o que aconteceu naqueles dias.




É interessante que apesar do filme ser sobre os dois, o roteiro de Sorkin não “doura a pílula” e mostra o lado não tão bonito deles. Lucille não era a pessoa mais agradável de se conviver, além de ser extremamente metódica (o tanto de vezes que ela pede para os atores repetirem a cena porque ainda não está satisfeita?). E Arnaz não era o mais fiel dos maridos, ainda que parecesse extremamente apaixonado.


Kidman e Bardem


Não é à toa que Nicole Kidman e Javier Bardem estão concorrendo ao Oscar. Entregam tudo e mais um pouco. Kidman em alguns momentos pode parecer caricata, mas quando você compara com a Lucille original, ela está parecida fisicamente assim como nos trejeitos. Quando está interpretando a Lucy é quase como ver a atriz de 1950 de volta à televisão. Já Javier Bardem não é fisicamente parecido com Arnaz, mas até o filho do ator e músico disse que ele praticamente enxergou seu pai ali novamente, com todo carisma e luz que ele emanava. E J. K. Simmons sempre dispensa comentários. Ele é um ator de nível elevadíssimo no que quer que seja.


Lucille Ball e Nicole Kidman: Achei que ficou muito parecida


Apresentando Os Ricardos peca um pouco ao não situar muito bem historicamente o público e só falar superficialmente sobre temas aparentemente importantes para a trama, como o fato de que Arnaz ter fugido de Cuba por causa do comunismo e o trauma que sofreu devido a isso e a questão do Comitê de Atividades Não-Americanas da Câmara.


No balanço final, é um filme bom, mas longe de ser inesquecível. Não fosse as atuações impecáveis, perderia muito do seu charme.


Recomendo.


Teca Machado



terça-feira, 22 de março de 2022

Livros que virarão filmes e séries em 2022


Todo leitor quando lê um livro que gosta pensa que gostaria muito de ver a adaptação dele para o cinema ou para série. Mas não vou negar: É algo que a gente ama, mas da qual morre de medo!


Às vezes a adaptação é incrível e muito fiel ao original, tanto com a história quanto com a descrição de lugares e personagens – O Senhor dos Aneis, Outlander, Jogos Vorazes e Extraordinário são alguns bons exemplos. Mas em outros casos é simplesmente terrível, como a série baseada em Os Instrumentos Mortais (Shadowhunters), Divergente e Academia de Vampiro.


Pelo bem ou pelo mal, a gente sabe que a indústria ama adaptar livros para séries e para o cinema e 2022 está recheada de títulos. Vem ver algumas adaptações que vão sair – ou já saíram - esse ano:


Livros que serão adaptados em 2022


1- Morte no Nilo – Livro de Agatha Christie / Cinema (Atualmente em cartaz e vai entrar na Star+ a partir de 20 de abril)



"Morte no Nilo" é um dos mais célebres romances de Agatha Christie e um dos mais famosos mistérios protagonizados por Hercule Poirot. A própria autora afirma no prólogo: "é um de meus melhores livros sobre 'viagens internacionais'". Inspirado em uma de suas estadias no Egito, conta a história de Linnet Ridgeway, uma jovem que parece ter tudo: beleza, dinheiro, inteligência e talento para os negócios. Mas, ao partir com seu noivo, Simon Doyle, para um cruzeiro exótico no rio Nilo, ela descobre que também tem... inimigos. Quando um crime é cometido a bordo, a suspeita recai sobre a ex-namorada de Simon. O álibi da moça, porém, é incontestável. O mistério parece insolúvel até que Hercule Poirot, de férias no mesmo navio, intervém de maneira a mudar totalmente o rumo da história...



2- Daisy Jones and the Six – Livro de Taylor Jenkins Reid / Série Amazon Prime (Sem data de estreia)



Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, dominavam as paradas de sucesso, faziam shows para plateias lotadas e conquistavam milhões de fãs. Eram a voz de uma geração, e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora.


Esta é história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. E de tudo o que aconteceu — o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas — quando um produtor apostou (certo!) que juntos poderiam se tornar lendas da música.


Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a intensidade presente nos melhores backstages do rock'n'roll.


Resenha aqui.



3- O Visconde Que Me Amava – Livro Julia Quinn / Série Bridgerton na Netflix (Estreia sexta-feira, 25 de março)




Essa segunda temporada é baseada no segundo livro da série Os Bridgertons.


A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.


Ele logo decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.


Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.


Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.


Resenha aqui.



4- De Volta aos 15 – Livro Bruna Vieira / Série Netflix (Estreou em Fevereiro e teve a segunda temporada confirmada)



O que você faria se pudesse voltar no tempo? Será que, ao fazer escolhas diferentes, você conseguiria mudar sua vida para melhor?


Anita tem 30 anos e sua vida é muito diferente do que sonhou para si mesma. Um dia, ao reencontrar seu primeiro blog, escrito quando ela tinha 15 anos, algo inusitado acontece, e tudo ao seu redor se transforma de repente. Com cabeça de adulto e corpo de adolescente, Anita se vê novamente vivendo as aventuras de uma das épocas mais intensas da vida de qualquer pessoa: o ensino médio. Ao procurar modificar acontecimentos, ela começa a perceber que as consequências de suas atitudes nem sempre são como ela imagina, o que pode ser bem complicado. Em meio a amores impossíveis, amizades desfeitas e atritos familiares, Anita tentará escrever seu próprio final feliz em uma misteriosa página na internet.



5- Amor(es) Verdadeiro(s) – Livro Taylor Jenkins Reid / Cinema (Sem data de estreia)



Emma Blair casou com seu namorado do colegial, Jesse, quando tinha vinte anos. Juntos, eles construíram uma vida diferente das expectativas de seus pais e das pessoas de sua cidade natal, Massachusetts. Sem perder nenhuma oportunidade de viver novas aventuras, eles viajam o mundo todo, curtindo a vida ao máximo. Mas, em vez do tradicional "e viveram felizes para sempre", uma tragédia separa os dois, no dia do seu aniversário de um ano de casamento. O helicóptero com o qual Jesse sobrevoava o Pacífico  desaparece e, simples assim, o amor da vida de Emma se vai para sempre.


Emma volta para sua cidade natal em uma tentativa de reconstruir a vida e, depois de anos de luto, reencontra um velho amigo, Sam, que lhe mostra ser, sim, possível se apaixonar novamente. E quando os dois ficam noivos? Emma sente que a vida lhe deu uma segunda chance de ser feliz.


Pelo menos é o que parece — até que Jesse é encontrado. Ele está vivo e tentou voltar para casa, para Emma, todos esses anos que passou desaparecido. Agora, com um marido e um noivo, Emma precisa descobrir quem ela é e o que quer, enquanto tenta proteger todos que ama. Emma sabe que precisa escutar seu coração, ela só não tem certeza se sabe o que ele está querendo dizer.



6- O Rouxinol – Livro de Kristin Hannah / Cinema (Previsão de estreia para dezembro)



França, 1939: No pequeno vilarejo de Carriveau, Vianne Mauriac se despede do marido, que ruma para o fronte. Ela não acredita que os nazistas invadirão o país, mas logo chegam hordas de soldados em marcha, caravanas de caminhões e tanques, aviões que escurecem os céus e despejam bombas sobre inocentes.


Quando o país é tomado, um oficial das tropas de Hitler requisita a casa de Vianne, e ela e a filha são forçadas a conviver com o inimigo ou perder tudo. De repente, todos os seus movimentos passam a ser vigiados e Vianne é obrigada a fazer escolhas impossíveis, uma após a outra, e colaborar com os invasores para manter sua família viva.


Isabelle, irmã de Vianne, é uma garota contestadora que leva a vida com o furor e a paixão típicos da juventude. Enquanto milhares de parisienses fogem dos terrores da guerra, ela se apaixona por um guerrilheiro e decide se juntar à Resistência, arriscando a vida para salvar os outros e libertar seu país.


Seguindo a trajetória dessas duas grandes mulheres e revelando um lado esquecido da História, O Rouxinol é uma narrativa sensível que celebra o espírito humano e a força das mulheres que travaram batalhas diárias longe do fronte.



7- Persuasão – Livro de Jane Austen / Filme Netflix (Sem data de estreia)



A senhorita Elliot, filha de um importante — porém falido — baronete, de repente se vê obrigada a conviver com um amor do passado. Anos antes, Anne aceitara se casar com Frederick Wentworth; contudo, pelo fato de ele não ser rico nem influente, ela foi persuadida pela família e por uma grande amiga a romper o noivado. Agora, Wentworth retorna à cidade com um título de oficial da marinha, bastante dinheiro e o objetivo de se casar. Com o coração pesado de arrependimento, Anne terá de vê-lo cortejar outras moças, ou será que ainda há esperança de eles viverem um grande amor? 


Publicada postumamente, em 1818, a história da senhorita Anne Elliot e do capitão Wentworth conquista leitores desde então e ampliou o legado literário de uma das maiores autoras da literatura mundial.



8- Um Lugar Bem Longe Daqui – Livro de Délia Owens / Cinema (Estreia 23 de junho)



Por anos, boatos sobre Kya Clark, a “Menina do Brejo”, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutal do pai, que acabou também por deixá-la.


Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto.



9- Heartstopper – Livro de Alice Oseman / Série Netflix (Estreia dia 22 de abril)



Charlie Spring e Nick Nelsonnão têm quase nada em comum. Charlie é um aluno dedicado e bastante inseguro por conta do bullying que sofre no colégio desde que se assumiu gay. Já Nick é superpopular, especialmente querido por ser um ótimo jogador de rúgbi. Quando os dois passam a sentar um ao lado do outro toda manhã, uma amizade intensa se desenvolve, e eles ficam cada vez mais próximos.

Charlie logo começa a se sentir diferente a respeito do novo amigo, apesar de saber que se apaixonar por um garoto hétero só vai gerar frustrações. Mas o próprio Nick está em dúvida sobre o que sente — e talvez os garotos estejam prestes a descobrir que, quando menos se espera, o amor pode funcionar das formas mais incríveis e surpreendentes.



10- Pachinko – Livro de Min Jin Lee / Série Apple TV+ (Estreia dia 25 de março)



No início dos anos 1900, a adolescente Sunja, filha adorada de um pescador aleijado, apaixona-se perdidamente por um rico forasteiro na costa perto de sua casa, na Coreia. Esse homem promete o mundo a ela, mas, quando descobre que está grávida ― e que seu amado é casado ―, Sunja se recusa a ser comprada. Em vez disso, aceita o pedido de casamento de um homem gentil e doente, um pastor que está de passagem pelo vilarejo, rumo ao Japão. A decisão de abandonar o lar e rejeitar o poderoso pai de seu filho dá início a uma saga dramática que se desdobrará ao longo de gerações por quase cem anos.


Neste romance movido pelas batalhas enfrentadas por imigrantes, os salões de pachinko ― o jogo de caça-níqueis onipresente em todo o Japão ― são o ponto de convergência das preocupações centrais da história: identidade, pátria e pertencimento. Para a população coreana no Japão, discriminada e excluída ― como Sunja e seus descendentes ―, os salões são o principal meio de conseguir trabalho e tentar acumular algum dinheiro.


Uma grande história de amor, Pachinko é também um tributo aos sacrifícios, à ambição e à lealdade de milhares de estrangeiros desterrados. Das movimentadas ruas dos mercados aos corredores das mais prestigiadas universidades do Japão, passando pelos salões de aposta do submundo do crime, os personagens complexos e passionais deste livro sobrevivem e tentam prosperar, indiferentes ao grande arco da história.



***


Essas são apenas algumas das adaptações que vão estrear em 2022. Quero muito ler vários dos livros que basearam a produções e assistir a tudo. Cadê o tempo para tudo isso, minha gente?


Teca Machado

sexta-feira, 18 de março de 2022

Dicas de livros de fantasia em volume único


Fantasia é um gênero amado por muita gente, por mim, inclusive. Mas, vamos ser sinceros: de vez em quando as séries longas, com 4, 8, 14 livros dão uma preguiça, né? Ainda mais porque muitas vezes cada volume tem 400, 500 páginas ou mais. E há ainda a aflição de a série não ter sido finalizada ainda (sim, George R. R. Martin, estou falando de você) e você ter que esperar anos pela continuação.


Mas para quem não quer enfrentar séries longas há solução!


A Babi, do perfil @ladycafezinho do Twitter, fez uma thread super legal e completa de livros de fantasias com volumes únicos e deixou a gente compartilhar por aqui.


Vem ver:



1- A Batalha do Apocalipse — Eduardo Spohr (nacional)



Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, foram condenados a vagar pelo mundo dos homens até o Juízo Final.



2- O Labirinto do Fauno — Guilherme del Toro e Cornelia Funke



O Labirinto do Fauno encantou público e crítica com sua história que mesclava sonho e realidade, trazendo para o universo da fantasia o cruel cotidiano da Espanha fascista de Franco.



3- Serpentário — Felipe Castilho (nacional)



Em Serpentário, Felipe Castilho mostra todo o seu talento ao mesclar referências do folclore e da mitologia a elementos da cultura pop, da ficção científica e do horror.



4- Jonathan Strange & Mr. Norrell — Susanna Clarke



Em 1806, a maioria da população britânica acreditava que a magia estava perdida há muito tempo - até que o sábio Mr. Norrell revela seus poderes, tornando-se célebre e influente.



5- O Mar Sem Estrelas — Erin Morgenstern



Quando Zachary Ezra Rawlins descobre um misterioso livro escondido na biblioteca de sua universidade, isso o leva a uma busca como nenhuma outra.



6- O Mundo Invisível Entre Nós — Caitlín R. Kiernan 



Um mochileiro albino que alega falar com um anjo. Uma releitura audaciosa de A Pequena Sereia. Um fóssil escondido em uma gaveta que pode mudar nosso entendimento sobre a evolução.



7- O Feitiço dos Espinhos — Margaret Rogerson




Elisabeth sempre aprendeu que feiticeiros são maus por natureza. Seu maior sonho é se tornar uma Guardiã da Biblioteca mas uma sabotagem faz com que ela se torne a principal suspeita de um crime que não cometeu.



8- Stardust, O Mistério da Estrela — Neil Gaiman



O mistério da estrela – Stardust conta a história do jovem Tristran Thorn, que promete capturar uma estrela cadente para conquistar o coração de sua amada.



9- Elantris — Brandon Sanderson 



Elantris, que intercala capítulos sobre Raoden, Sarene e Hrathen, é uma obra cheia de energia e histórias fantásticas que não permite que o leitor pense em outra coisa, senão, na cidade de Elantris e suas maldições.



10- A História Sem Fim — Michel Ende



Em um antiquário, Bastian Balthasar Bux encontra um livro que o fascina de forma mágica: A história sem fim. Ele lê sobre o reino de Fantasia, onde o Nada se propaga cada vez mais, de maneira assustadora.



11- Deuses Americanos — Neil Gaiman 



O que Gaiman constrói em Deuses americanos é um amálgama de múltiplas referências, uma mistura de road trip, fantasia e mistério — um exemplo máximo da versatilidade e da prosa lúdica, que ao falar sobre deuses, fala sobre todos nós.



12- Golem e o Gênio — Helene Wecker



O romance de estreia de Helene Wecker reúne mitologia popular, ficção histórica e fábula mágica, entrelaçando as culturas árabe e judaica com uma narrativa inventiva e inesquecível, escrita de maneira primorosa.



13- A Corrida de Escorpião — Maggie Stiefvater



Na pequena ilha de Thisby, poucos cavaleiros são bravos o suficiente para competir na corrida de escorpião que acontece a cada novembro. Pela primeira vez uma mulher, a jovem Puck Connolly, vai competir.



14- O Circo da Noite — Erin Morgenstern



Por trás de todos os truques e encantos, porém, uma feroz competição está em andamento: um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, treinados desde a infância para participar de um duelo ao qual apenas um deles sobreviverá.



15- As Quatro Rainhas Mortas — Astrid Scholte 



Quatro rainhas mortas. Três dias para encontrar o assassino. Dois romances proibidos. Um final imprevisível. Roubos, mentiras, traições, um luxuoso cenário de realeza e uma região dominada pela sujeira e contrabando.



16- A Maldição do Mar — Shea Ernshaw



Quando corpos de garotos começam a aparecer no litoral da cidade de Sparrow, alguns moradores se perguntam se a antiga lenda sobre as bruxas vingativas seria verdade. Mas até onde essa caça às bruxas pode levar?



17- A Vida Invisível de Addie LaRue — V.E. Schwab



Addie LaRue não queria pertencer a ninguém ou a lugar nenhum. Em um momento de desespero, a jovem faz um pacto: a vida eterna, sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer. Um piscar de olhos, e, como um sopro, Addie se vai.




18- O Encanto dos Corvos — Margaret Rogerson



Acompanhe Isobel e Rook em sua jornada fascinante em um lugar onde a beleza esconde um mundo perverso e o preço da sobrevivência pode ser mais assustador do que a morte.



19- Enraizados — Naomi Novik



Agnieszka e Kasia são melhores amigas e levam uma vida tranquila no vale. Mas essa tranquilidade cobra seu preço. Afinal, às margens do vilarejo onde moram fica a temida Floresta corrompida, cheia de um poder maligno desconhecido.



20- Os Garotos do Cemitério — Aiden Thomas



Yadriel é um garoto trans e gay que está determinado a afirmar sua identidade de gênero e orientação sexual para sua família latina tradicional. Mas, para isso, ele acaba invocando um fantasma que se recusa a ir embora...



21- A Chama de Ember — Colleen Houck



Jack fez um pacto com um demônio e acabou condenado a uma eternidade de servidão. Como um lanterna, seu único dever é guardar um dos portais que levam ao reino imortal. Jack sempre fez um excelente trabalho... até conhecer a bela Ember O’Dare.



22- Santuário dos Ventos — George R. R. Martin &  Lisa Tuttle 



Ambientado num planeta distante, conta a história de Maris e seu sonho de se tornar um dos voadores, grupo de habitantes mais prestigiado do Santuário dos Ventos.



23- Circe: Feiticeira. Bruxa. Entre o castigo do Deuses e o amor dos homens — Madeline Miller 



Personagens vívidos e cativantes, aliados a uma linguagem fascinante. Acima de tudo, é uma celebração da força indomável de uma mulher em meio a um mundo comandado pelos homens.



24- As Mil Noites — E.K Jonhston 



É impossível que alguém nunca tenha ouvido falar sobre Ali Babá e seus quarenta ladrões, ou sobre Aladim e o gênio da lâmpada. Em As mil noites, a história se repete, mas com algumas diferenças…



25- Tiger Lily — Jodi Lynn Anderson



Antes do coração de Peter Pan pertencer à Wendy, ele pertenceu à menina com penas de corvo nos cabelos... o romance mágico e encantador entre uma heroína corajosa e o garoto que não queria crescer vai partir seu coração.



***


E aí, já leu algum desses? Ficou interessado? Eu quero ler um monte, principalmente Circe, Sem Estrelas e O Feitiço dos Espinhos.


Teca Machado

quinta-feira, 17 de março de 2022

Station Eleven - Crítica


Uma gripe misteriosa começou a matar a população do planeta.


Real ou ficção?


No caso atual as duas coisa.


Mas esse post não é para falar sobre Covid-19 e sim de Station Eleven, minissérie da HBO, baseada no livro homônimo de Emily St. John Mandel, publicado por aqui pela Editora Intrínseca.



A série pós-apocalíptica ganhou o público logo nos primeiros episódios e conseguiu uma aprovação de 97% no Rotten Tomatoes. Seus 10 episódios, com cerca de 45 minutos cada, estão disponíveis na HBO Max. E pode ler sem medo que não tem spoilers por aqui.


Station Eleven


O ator Arthur Leander (Gael García Bernal) sofre um ataque cardíaco durante a estreia de sua peça de Shakespeare. Depois que a confusão acontece, as pessoas começam a se encaminhar para casa. Jeevan (Himesh Patel) estava na plateia e percebe que Kirsten (Matilda Lawler), uma atriz do espetáculo de apenas 12 anos está sozinha e se oferece a levá-la para casa. Mas uma gripe desconhecida extremamente letal (que mata 999 pessoas a cada mil que a contraem) começa a tomar conta de Chicago – e do mundo. Ao não encontrar os pais de Kirsten, ele segue com a garota até a casa do seu irmão Frank (Nabhaan Rizwan) e os três começam uma quarentena juntos enquanto o mundo cai aos pedaços.


Cruzando a história de Kirsten, Jeevan e Frank com outros núcleos de personagens tanto no passado quanto no futuro pós-apocalíptico 20 anos a frente, Station Eleven conta como o as pessoas seguiram em frente – ou pelo menos tentaram – depois da tragédia.




Essa não é uma série sobre pandemia


Apesar de ser o que parece no início, principalmente no primeiro episódio, Station Eleven não é sobre pandemia. O enredo é sobre o ser humano, sobre o psicológico, sobre como atuar em meio as adversidades, sobre decisões difíceis e, principalmente, sobre artes. Sim, por incrível que pareça a arte tem um papel importantíssimo aqui, sendo Hamlet quase um personagem.


Se você gosta de produções agitadas e cheias de ação, Station Eleven pode não ser para você. Ela é a melhor definição de “slow burn”, que é a “queima lenta”, “cozimento lento”. Ela vai criando seu enredo e construindo seus arcos dramáticos devagar e de forma metódica. Ela mostra um pouquinho de cada vez e um vislumbre do que aconteceu a cada personagem até que nos finais as peças são encaixadas e o espectador consegue entender por que são e agem de determinada forma. Kirsten – criança e adulta – é a protagonista e tem vários episódios centrados nela, mas a série preza por contar a história de muita gente, tudo isso de forma coesa, sem atropelamento. E cada uma dessas pessoas tem uma finalidade. Ninguém está lá por acaso e é maravilhoso ver essas pontas sendo amarradas pouco a pouco.




Elenco


Em uma série em que as relações humanas e a arte são tão importantes, nada mais natural do que um elenco competente escolhido a dedo. Apesar da Kirsten adulta ser um saco – sério! -, Mackenzie Davis faz um excelente trabalho. E Matilda Lawler é uma estrela em ascensão como a protagonista jovem. Himesh Patel, Nabhaan Rizwan, Gael García Bernal, David Wilmot, Daniel Zovatto, Danielle Deadwyler, todos eles são excelentes e levam Station Eleven a um outro nível.


O ponto negativo é que alguns episódios têm uma pegada muito “doida”, se descolando da realidade, principalmente quando se fala da Estação Onze em si, mas isso não diminui nem um pouco a grandiosidade desse enredo e de como a série é boa.


Curiosidade: A série começou a ser filmada em janeiro de 2020 e quando já tinha 1/5 pronto teve que ser adiada por causa da Covid-19. Quando a situação se acalmou, em fevereiro de 2021, as filmagens voltaram a acontecer. Por isso Kirsten realmente parece muito criança no começo e mais adolescente episódios depois – o que incrivelmente é o que também acontece na série. Então, uma série sobre o antes, o durante e o depois de uma pandemia foi gravada antes e durante a mesma. Só esperamos agora que o “depois” já tenha começado, né?




Recomendo.


Teca Machado

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