sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Romance Com o Duque - Resenha

Imagine ganhar um castelo? Sim, literalmente um castelo. E se um duque vier junto com esse castelo? Melhor ainda. E foi isso o que aconteceu com Izzy Goodnight em Romance com o Duque, de Tessa Dare, publicado pela Editora Gutenberg.


O livro é o primeiro da trilogia Castles Ever After, que conta também com Diga Sim Ao Marquês e A Noiva do Capitão.


Foto @casosacasoselivros

Desde que descobri que a Tessa Dare é a musa dos brasileiros no Twitter, twittando em português e super próxima dos leitores, fiquei com vontade de ler um livro dela. Até que na Black Friday comprei essa obra e posso dizer: Por que eu demorei tanto a ler a Tessinha pela primeira vez?


Romance Com o Duque


Isolde Ophelia, mais conhecida como Izzy, cresceu rodeada por contos de fadas e histórias fantásticas. Perdeu a mãe ainda nova e seu pai era um famoso escritor, lido e amado por toda Inglaterra. Mas a má gestão dos negócios, sua morte súbita e a falta de um testamento deixaram Izzy numa situação financeira muito complicada. E, além disso, ela parou de acreditar no príncipe encantado que a salvaria, afinal, ela não era a linda princesa esperando para ser salva, apenas um “patinho feio”. Bom, se não feio, um patinho bem normal, sem atributos. Mas quando estava quase passando fome, descobriu que um amigo do seu pai deixou em testamento para ela um castelo. Um castelo em ruínas, num local isolado e que vinha com um duque mal-humorado, amargo e bravo que a quer longe dali. Mas é melhor do que nada, né? E ela é teimosa e não vai arredar o pé, afinal, não tem mais para onde ir. Mas o duque também não...


Romance Com o Duque é bem diferente dos outros romances de época que já li, tanto em questão de enredo quanto de personagens. O passado dos protagonistas, tão diferentes entre si, mas igualmente dolorosos, faz com que o leitor se aproxime rapidamente deles. E as personalidades teimosas, obstinadas, mas maravilhosas também. Ransom é quase um ogro, mas é fofo e um homem ferido tanto interna quando externamente. E Izzy é uma mulher que precisou aprender a cuidar de si, da sua casa e amadurecer antes do tempo, mas ainda assim bem-humorada e otimista mesmo nos piores momentos da vida. É impossível não se apaixonar por eles.


Tessa Dare


A escrita de Tessa Dare é muitíssimo envolvente, cativante e do tipo que você vai lendo e nem percebe as páginas voando. Apesar de ser um romance e ter drama, é uma história divertida e até mesmo engraçada em alguns trechos. A autora transita por todos esses gêneros de forma fluida.


E, como é normal dos romances de época, Romance Com o Duque tem seus trechos mais calientes. Tessa Dare não pesa a mão na quantidade de cenas hot, não tem só por ter, sempre te um motivo para estarem ali. E a obra vai criando tensão sexual que o leitor fica “VOCÊS NÃO VÃO SE PEGAR LOGO, NÃO?”. É ótimo.


Romance Com o Duque vai te deixar com um sorriso no rosto ao final e o coração quentinho. Agora estou doida para ler os outros livros da trilogia e suas outras séries.



Recomendo de olhos fechados.


Teca Machado


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

O Golpista do Tinder - Crítica


Encontrar o amor e viver um conto de fadas é o sonho de todo mundo – ou pelo menos de quase todo mundo. E a tecnologia ajuda bastante a tornar isso real, já que ela proporciona que as pessoas se conheçam com mais facilidade. Taí o Tinder há 10 anos que não deixa ninguém mentir. Ficou mais fácil conhecer seu vizinho e aquelas pessoas interessantes que se encontram fisicamente perto de você. Mas nem tudo são flores. São inúmeras as histórias de encontros desastrosos e golpes envolvendo o aplicativo e o mais famoso atualmente é contado no documentário O Golpista do Tinder, original Netflix, da diretora Felicity Morris.



Se você nunca ouviu falar da produção, provavelmente estava escondido em alguma caverna sem wifi. Após duas semanas do lançamento na plataforma, O Golpista do Tinder entrou para o top 10 de 94 países e já atingiu 64,7 milhões de horas de visualizações. No Brasil, o documentário permanece entre os 10 filmes mais assistidos do streaming desde que entrou no catálogo.


O Golpista do Tinder


O documentário traz o depoimento de 3 mulheres que foram enganadas por Simon Leviev. O israelense, que na verdade se chama Shimon Hayut, fingiu ser um bilionário do ramo dos diamantes, conquistou mulheres pelo aplicativo e após algum tempo de relacionamento, se portando como o namorado perfeito e com a desculpa de que sua vida estava em perigo (já que, segundo ele, o ramo dos diamantes é perigoso e cheio de inimigos) pedia dinheiro emprestado para as vítimas. Acreditando que em breve receberiam a quantia de volta e com medo de que o pior acontecesse com o Simon, elas gastaram o que tinham, o que não tinham e ainda pegaram empréstimos para ajudá-lo. Até que 3 das vítimas decidiram investigar, denunciar e mesmo dar o troco. 


Nas redes sociais, Leviev vivia uma vida bilionária, postava fotos com carros de luxo, roupas de grife e frequentava os melhores restaurante, baladas e festas do mundo. No entanto, toda a ostentação era paga com o dinheiro de mulheres que ele conhecia e enganava. Não se sabe exatamente quanto – e de quantas mulheres – ele recebeu, mas acredita-se que facilmente passa dos milhões de dólares.


Simon Leviev


Documentário


É tudo tão louco e bizarro que a gente esquece se tratar de um documentário. Poderia ser um filme tranquilamente. Além disso, a produção é muito bem-feita. Há muita pesquisa, imagens, depoimentos, investigação e mais. A narrativa é extremamente envolvente, bem amarrada e contada com fluidez, tanto que o espectador nem percebe que já se passaram mais de duas horas.


As três mulheres enganadas queriam viver um contos de fadas da Disney e isso fica bem claro pelos depoimentos, principalmente de Cecilie Fjelhoy, que fala até com os olhos brilhando, extremamente deslumbrada, dos momentos iniciais com Simon. E a diretora “quebra” esse encantamento ao longo dos minutos. Acaba que é muito fácil falar que elas eram “burras”, que você nunca cairia num golpe desses. Mas será?


Pernilla Sjöholm,  Ayleen Charlotte e Cecilie Fjelhoy


Mais do que um documentário sobre esse homem manipulador e cruel, O Golpista do Tinder é sobre essas três mulheres – e tantas outras que ele enganou. Elas, mesmo no fundo do poço, conseguiram uma espécie de vingança. Não, não é a justiça que gostaríamos que fosse, já que a vida real não se molda às nossas vontades, o que revolta profundamente (principalmente por saber como Simon está depois de tanta repercussão), mas é um começo e traz um fiozinho de esperança para que o sonho dos contos de fadas não morra.


Recomendo muito.


Teca Machado


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Belo Mundo, Onde Você Está - Resenha


De vez em quando, o livro simplesmente não bate com você.


E está tudo bem.


Não gostar do livro aclamado que todo mundo ama, está tudo bem também. Não, você não “leu errado”, você simplesmente não gostou.


E foi o que aconteceu comigo em Belo Mundo, Onde Você Está, de Sally Rooney, da Companhia das Letras.


Foto @casosacasoselivros


Enquanto muitas pessoas amam e dizem ser um livro genial, para mim foi apenas uma experiência um tanto maçante com algumas passagens interessantes. Para vocês terem noção, precisei colocar uma meta de leitura de páginas diária para me obrigar a ler senão não andaria e eu terminaria lá pelo fim do ano (mas terminaria, porque nunca deixo um livro pela metade, é questão de honra! E para poder falar mal com propriedade também, né?).


Felizmente ao olhar no Skoob resenhas sobre ele vi que não fui a única a não gostar, então estou me sentindo menos sozinha.


Belo Mundo, Onde Você Está


Alice conheceu Felix no Tinder e começa uma relação com ele. Escritora bem-sucedida, ela tem crises nervosas e fugiu de tudo ao se esconder numa pequena cidade costeira, onde conhece Felix, que odeia o seu trabalho e basicamente tudo na vida. Eileen trabalha numa revista e não se sente feliz nem profissionalmente e nem na vida romântica. Tem uma paixão por Simon, que muito religioso, trabalha no parlamento e tem síndrome de bom moço. Todos estão próximos dos 30 anos – para mais ou para menos - e sentem a pressão que é virar adulto, as dificuldades, as incerteza, os medos, as alegrias e os relacionamentos.


Sally Rooney

E para mim Belo Mundo Onde Você está não funcionou muito bem porque “sai do nada e vai para o lugar nenhum”. Senti que dava voltas em si mesmo, nada realmente acontecia e eram pessoas normais – mas que amam papos extremamente profundos que eu sinceramente nunca vi ninguém ter – seguindo vidas normais, sem grandes acontecimentos. 


Todos querem ser complexos e filosóficos demais, o que para mim não parece nenhum pouco real. Por exemplo: você manda e-mails para os seus amigos falando sobre a Idade do Bronze e a queda da civilização ou de como estar num corredor de um mini mercado fez você pensar em capitalismo e escrever quase uma tese de mestrado sobre isso? Acho que não.


Relacionamentos


Mas o que realmente me incomodou na obra foram os relacionamentos: todos tóxicos. A relação de amizade entre Alice e Eileen, entre Felix e Alice, entra Eileen e Simon. Nenhuma se salva. E todas as vezes que o Felix abria a boca eu revirava os olhos e queria socar a cara dele. Ele sente prazer em humilhar a todos, principalmente Alice, e se acha acima de todos. Não tenho palavras para descrever o quanto meu coração ficou peludo em relação a ele. E as relações deles com outras pessoas também – família, amigos, colegas etc – não é nenhum pouco saudável. Nenhum personagem ali realmente salva, talvez o Simon um pouquinho.


Apesar de que o livro poderia ter tratado de assuntos muito interessantes de forma aprofundada – saúde mental, relações tóxicas, autoestima, religião etc – tudo é muito raso. Fica só ali nas conversas filosóficas de mesa de bar.


A verdade é que todos os personagens são chatos, não há nenhum acontecimento relevante e as páginas vão indo assim. O que achei interessante várias vezes foi o conteúdo dos e-mails entre as amigas. Aprendi vários fatos históricos dos quais nem fazia ideia (Amei saber sobre Linear B!), mas, como eu disse, me pareceu um tanto falso no sentido de “quem escreve assim para os amigos?”.




A escrita de Sally Rooney é diferente, bem descritiva, não a mais fácil do mundo. Não tem tanta pontuação e os diálogos são misturados com discurso livre. Mas isso não me incomodou. É o estilo narrativo dela.


Como disse uma resenha que vi no Skoob: Belo Mundo, Onde Você está começa chato, é chato no meio e termina chato. É isso.


Não recomendo (pelo menos para mim, mas vai que para você é uma leitura que funciona, né?).


Teca Machado

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Paciente 63 - Crítica


Eu tenho um novo vício e ele se chama Paciente 63.


A áudio série do Spotify, protagonizada por Seu Jorge e Mel Lisboa, é a queridinha do momento e foi um dos podcasts mais ouvidos em 2021. E depois de uma primeira temporada que termina insana, chegou na semana passada a segunda temporada.


Para quem acha que ficção científica precisa de muitos efeitos especiais, Paciente 63 chegou para provar que é preciso apenas um bom roteiro, boas interpretações e muita criatividade. 


Pode ler o post sem medo que não vai ter spoilers por aqui.



Paciente 63


Adaptação do podcast chileno Caso 63, de Julio Rojas, a história começa em 2022 quando a psiquiatra Elisa Amaral (Mel Lisboa) é designada para cuidar de um novo paciente, que foi encontrado pelado na rua e delirando, já que afirma que veio do futuro. Ele é Pedro Roiter (Seu Jorge), que quando começa a conversar com a médica conta aos poucos sua história e afirma ter a chave para salvar a humanidade de uma grande e contínua pandemia que vai nos dizimar até 2060. Mas para que seja bem-sucedido em sua missão, ele precisa que Elisa acredite no que conta e ele saia da instituição psiquiátrica. 


Mas, afinal, o que é real? O que é delírio? O que é o conceito do tempo? Tudo se confunde, se mistura e se alterna.


Vai sendo construído um quebra-cabeça, no melhor estilo “mind blowing” em um texto interessante, com diálogos certeiros, reviravoltas e conceitos científicos na medida certa – o suficiente para entender e sem estender demais. 


Infográfico da primeira temporada. Para ver ampliado clique aqui.


Seu Jorge e Mel Lisboa


Os personagens são bem construídos e vão revelando camadas aos poucos. Inicialmente, parece que apenas Pedro é interessante, afinal, o pseudoviajante do tempo é ele. Mas Elisa também é, e com um papel mais importante na segunda temporada vamos conhecendo-a mais.


Mel Lisboa está muito bem no papel, mas Seu Jorge é o destaque. Sua voz sussurrada nos faz acreditar até na vírgula que ele fala e nos conta com propriedade de um futuro talvez bem realista, o que é amedrontador em certos momentos, já que estamos vivendo uma pandemia há tanto tempo.


Mel Lisboa e Seu Jorge


Com uma mistura de elementos de ficção, realidade, ciência, drama, Paciente 63 se passa num terrível cenário pós-apocalíptico e é sem sombra de dúvidas excelente na sua primeira temporada e agora também na segunda.


Com 10 episódios em cada temporada e com duração média de 15 minutos cada, Paciente 63 é o tipo de série que você não vai conseguir consumir um episódio por vez.


Escute aqui o trailer da primeira temporada.


Recomendo muito!


Teca Machado


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Lista de indicados ao Oscar 2022

 


E chegou uma das minhas épocas preferidas do ano (e eu falo isso todo ano!): O Oscar!


Ontem foram anunciados os concorrentes de 2022 da maior premiação de Hollywood. A cerimônia acontece no dia 27 de março. Antes da COVID-19 apenas eram aceitos na premiação filmes que foram para os cinemas, mas esse ano a Academia considerou os streamings como concorrentes. O anúncio foi feito por Leslie Jordan (Call Me Kat) e Tracee Ellis Ross (Blackish).


Imagem no anúncio


O filme mais indicado foi Ataque dos Cães, com 12 indicações, seguido por Duna, que conta com 10 indicações. Depois estão empatados Belfast e Amor, Sublime Amor, com 7 indicações cada um.


Um destaque é para Jane Campion, que se tornou a primeira mulher com duas indicações na categoria de direção da história do Oscar. Em 2022 ela é indicada por Ataque dos Cães e em 1993 foi por O Piano.


Já Flee se tornou o primeiro filme da história a ser indicado a melhor documentário, melhor filme internacional e melhor animação, tudo no mesmo ano. A produção ainda não estreou no Brasil e conta a história de Amin Nawabi enquanto ele lida com um segredo doloroso que ele manteve escondido por 20 anos e é a história de uma extraordinária jornada como uma criança refugiada do Afeganistão.


Algo que não se esperava era que Casa Gucci tivesse ficado tão de escanteio. Lady Gaga, que era cotada a concorrer a melhor atriz, ficou de fora. O filme foi indicado apenas na categoria de maquiagem e cabelo.


E temos um brasileiro na lista: Pedro Kos foi indicado com o documentário de curta metragem "Onde Eu Moro".


Veja a lista de indicados:


Melhor filme


"Belfast"

"Não olhe para cima"

"Duna"

"Licorice pizza"

"Ataque dos cães"

"No ritmo do coração"

"Drive my car"

"King Richard: criando campeãs"

"O beco do pesadelo"

"Amor, sublime amor"


Lista dos filmes indicados ao Oscar 2022: 'Duna', 'Ataque dos Cães', 'Licorice Pizza', 'Não Olhe Para Cima', 'King Richard', 'Drive My Car', 'Belfast', 'O Beco do Pesadelo', 'Amor, Sublime Amor' e 'Coda' concorrem a melhor filme — Foto: Divulgação


Melhor direção


Kenneth Branagh - "Belfast"

Ryusuke Hamaguchi - "Drive my car"

Jane Campion - "Ataque dos cães"

Steven Spielberg - "Amor, sublime amor"

Paul Thomas Anderson - "Licorice Pizza"


Melhor atriz


Jessica Chastain - "Os olhos de Tammy Faye"

Olivia Colman - "A filha perdida"

Penélope Cruz - "Mães paralelas"

Nicole Kidman - "Apresentando os Ricardos"

Kirsten Stewart - "Spencer"


Melhor ator


Javier Bardem - "Apresentando os Ricardos"

Benedict Cumberbatch - "Ataque dos cães"

Andrew Garfield - "Tick, tick... Boom!"

Will Smith - "King Richard: criando campeãs"

Denzel Washington - "A tragédia de Macbeth"


Ataque dos Cães


Melhor atriz coadjuvante


Jessie Buckley - "A filha perdida"

Ariana DeBose - "Amor, sublime amor"

Judi Dench - "Belfast"

Kirsten Dunst - "Ataque dos cães"

Aunjanue Ellis - "King Richard: criando campeãs"


Melhor ator coadjuvante


Ciarán Hinds - "Belfast"

Troy Kotsur - "No ritmo do coração"

Jesse Plemons - "Ataque dos cães"

J.K. Simmons - "Apresentando os Ricardos"

Kodi Smit-McPhee - "Ataque dos cães"


Melhor filme internacional


"Drive my car" - Japão

"Flee" - Dinamarca

"A Mão de Deus" - Itália

"A Felicidade das Pequenas Coisas" - Butão

"A Pior Pessoa do Mundo" - Noruega


Flee


Melhor roteiro adaptado


"No ritmo do coração"

"Drive my car"

"Duna"

"A filha perdida"

"Ataque dos cães"


Melhor roteiro original


"Belfast"

"Não olhe para cima"

"King Richard: criando campeãs"

"Licorice pizza"

"A pior pessoa do mundo"


Melhor figurino


"Cruella"

"Cyrano"

"Duna"

"O beco do pesadelo"

"Amor, sublime amor"


Amor, Sublime Amor


Melhor trilha sonora


"Não olhe para cima"

"Duna"

"Encanto"

"Mães paralelas"

"Ataque dos cães"


Melhor animação


"Encanto"

"Flee"

"Luca"

""A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas"

"Raya e o último dragão"


Melhor curta de animação


"Affairs of the art"

"Bestia"

"Boxballet"

"A Sabiá Sabiazinha"

"The windshield wiper"


Melhor curta-metragem em live action


"Ala kachuu - Take and run"

"The long goodbye"

"The dress"

"On my mind"

"Please hold"


Duna


Melhor documentário


"Acension"

"Attica"

"Flee"

""Summer of Soul (...ou Quando A Revolução Não Pôde Ser Televisionada)"

"Writing with fire"


Melhor documentário de curta-metragem


"Audible"

"The queen of basketball"

"Onde eu moro"

"Três canções para Benazir"

"When we were bullies"


Melhor som


"Belfast"

"Duna"

"Sem tempo para morrer"

"Ataque dos cães"

"Amor, sublime amor"


Canção original


"Be Alive" - "King Richard: criando campeãs"

"Dos Oruguitas" - "Encanto"

"Down To Joy" - "Belfast"

"No time to die" - "Sem tempo para morrer"

"Somehow you do" -"Four good days"


Belfast


Maquiagem e cabelo


"Um Príncipe em Nova York 2"

"Cruella"

"Duna"

"Os olhos de Tammy Faye"

"Casa Gucci"


Efeitos visuais


"Duna"

"Free guy"

"Sem tempo para morrer"

"Shang-Chi e a lenda dos dez anéis"

"Homem-Aranha: Sem volta para casa"

Melhor fotografia

"Duna"

"Ataque dos cães"

"Beco do pesadelo"

"A tragédia de Macbeth"

"Amor, sublime amor"


Duna

Melhor edição


"Não olhe para cima"

"Duna

"King Richard: criando campeãs"

"Ataque dos cães"

"Tick, tick... boom!"


Melhor design de produção


"Duna"

"Ataque dos cães"

"O beco do pesadelo"

"A tragédia de Macbeth"

"Amor, sublime amor"


***


Você já assistiu algum? Está torcendo para qual?


Como todos os anos, vou (tentar) assistir a todos da categoria Melhor Filme. Não garanto, porque como aconteceu no ano passado pela primeira vez em muito tempo não consegui, já que tenho gêmeos pequenos que não me deixam mais assistir a tantos filmes. Mas, bora lá!


E se você quiser saber onde pode encontrar os filmes da categoria principal, é só vir aqui.


Teca Machado


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Orgulho e Preconceito - Resenha


“É verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro e muito rico precisa de esposa.” A frase de abertura de Orgulho e Preconceito é uma das mais conhecidas da literatura.


Era vergonhoso admitir que mesmo apaixonada por romances eu nunca tinha lido Orgulho e Preconceito, da Jane Austen. E também nunca assisti ao filme de 2005 do diretor Joe Wright com Keira Knightley e Matthew Macfadyen.


Detalhe: Eu tinha duas edições do livro em casa e o filme está na Netflix.


Mas no final de 2021 coloquei como meta que o meu primeiro livro lido em 2022 seria esse e agora posso dizer que li e, como todo mundo, me apaixonei pelo Mr. Darcy, porque, né, acho que é meio impossível isso não acontecer. E esse final de semana devo assistir ao filme.


Fotos @casosacasoselivros


Orgulho e Preconceito


As cinco irmãs Bennets estão em idade de se casar, mas para o desespero da mãe isso ainda não aconteceu para nenhuma. Quando o senhor Bingley, rico e bonito, chega na vila de Longbourn, todos no local se alvoroçam, mas ele só tem olhos para Jane, a filha mais velha dos Bennets. E a admiração é recíproca. Mas junto dele veio o melhor amigo, o senhor Darcy. Ao contrário da simpatia e gentilezas de Bingley, Darcy é taciturno, mal-humorado e desperta o desprezo de Elizabeth, uma das irmãs de Jane. Mas o amor não é como a gente gostaria que fosse e ambos se apaixonam, por mais que demorem a perceber isso. 


Retrato fiel da época


Com personagens muito bem construídos, principalmente a protagonista e Darcy, que vai tendo suas camadas reveladas aos poucos, Orgulho e Preconceito é cheio de diálogos inteligentes e mordazes, reviravoltas e amadurecimento dos personagens, alguns deles até mesmo cômicos.


Essa é a única imagem que se tem de Jane Austen

Um dos pontos mais interessantes de Orgulho e Preconceito é que é um retrato bastante fiel da época em que foi publicado, em 1813. Jane Austen escrevia sobre o que vivia, sabia e observava. Teve contato com a aristocracia inglesa da região campestre em que viveu e colocou muito de si mesma na sua protagonista de Orgulho e Preconceito (com a diferença de que nunca se casou). Apesar de a autora ter outras obras, essa é definitivamente a mais conhecida.


Jane Austen narra minuciosamente costumes, tradições e preconceitos do início do século XIX porque realmente viveu tudo aquilo. A questão de classe social é muito forte, principalmente quando falamos de Darcy. De forma irônica e mesmo ácida em alguns momentos – para os padrões da época, é claro – ela fala sobre o lugar da mulher na sociedade e do quanto havia muita injustiça.


Podemos dizer que Orgulho e Preconceito é um clássico universal e atemporal.



Leitura


Apesar de ter gostado muito de Orgulho e Preconceito, não vou negar: é um livro lento e difícil de ser lido. Não é rápido e nem ágil, muito por causa da época em que foi escrito. A linguagem não é antiga ou complexa, mas não é das mais simples também. Demorei quase um mês para terminar a leitura. E é engraçado ler um romance, ainda mais de época, em que os casal principalmente nem ao menos de beija. Não estamos acostumados com isso.


A minha edição, da Editora Pé da Letra, é lindíssima – e faz parte de um box que conta também com Razão e Sensibilidade e Persuasão. Tem capa dura e é recheado de ilustrações de Hugh Thomson. Mas, infelizmente, é cheia de erros de revisão e diagramação. Ainda bem que não foi nada que tenha me atrapalhado.


Essa edição é recheada de ilustrações de Hugh Thomson


Orgulho e Preconceito atingiu as minhas expectativas e fiquei curiosa para ler outras obras de Jane Austen.


Recomendo muito.


Teca Machado


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

King Richard: Criando Campeãs - Crítica


Você pode até não gostar ou não acompanhar tênis, mas com certeza já ouviu falar de Serena e Venus Williams. Serena tem 16 títulos de Grand Slams e 4 medalhas de ouro em Olimpíadas. Venus se tornou a primeira tenista negra a assumir o topo do ranking da WTA, ocupando, também, a liderança do ranking de duplas. Ela ainda venceu 7 torneios de Grand Slam em simples, 16 em duplas, tem 4 medalhas de ouro e uma prata em Jogos Olímpicos, sendo a maior vencedora desta competição. As duas irmãs se enfrentaram em oito finais de Grand Slam. E é o início da carreira das atletas que o filme King Richard: Criando Campeãs, do diretor Reinaldo Marcus Green, mostra.



Disponível na HBO Max, o longa entrou no catálogo em janeiro.


King Richard: Criando Campeãs


Como o próprio título já diz, o filme é focado no pai das tenistas, interpretado por Will Smith. Muito do sucesso de Venus e de Serena se dá graças a ele.  Richard, como diz inúmeras vezes, traçou um plano junto com sua esposa Oracene ‘Brandy’ Williams (Aunjanue Ellis) mesmo antes das meninas nascerem. Era um manifesto de 85 páginas delineando toda a trajetória profissional das filhas. Mas o que muitas vezes o roteiro esquece é que o pai pode ter incentivado, treinado, empurrado e inspirado as filhas, mas o componente principal era o talento e a determinação das garotas. Se elas não quisessem, ele poderia ter feito o manifesto que fosse que não daria certo.


Acompanhamos Venus e Serena ainda na primeira infância (Saniyya Sidney e Demi Singleton) treinando com o pai e a mãe no gueto, em quadras ruins e em situações extremas, como na chuva. Além disso, é visível, ainda que por vezes sutil, a questão do racismo, da estranheza da elite branca com a família negra nos clubes de tênis, esportes de ricos. O objetivo inicial de Richard é que elas conseguissem um treinador e ele consegue Paul Cohen (Tony Goldwyn) e posteriormente Rick Macci (Jon Bernthal), ambos técnicos de estrelas do tênis que aceitaram treinar as garota gratuitamente. E começa aí a jornada de Venus e Serena para o tênis profissional.




Richard Williams


King Richard: Criando Campeãs é um filme inspirador, daqueles que dão quentinho no coração, no melhor estilo de história de sucesso que o Cinema adora. Mas ele tem um problema: Richard. É difícil se afeiçoar muito ao protagonista e apesar de trabalhar muito bem, Will Smith está bem caricato no papel.


Richard é egocêntrico (que mais atenção para ele do que para as filhas, que são as tenistas), narcisista, arrogante e mal-agradecido. Para ele só importa o seu esforço, não o das filhas, o da esposa, o dos treinadores, de ninguém. Polêmico, ele muitas vezes foi o centro, principalmente antes de elas serem estrelas. Além disso, mesmo que de forma rápida, o filme mostra que ele abandonou outros filhos antes delas. E é engraçado como ao mesmo tempo que ele exige das filhas a excelência, também quer que sejam crianças e não sintam tanta pressão. É bem paradoxal.




Mas a motivação por trás de toda essa quase loucura do pai vem de querer um futuro melhor para elas do que o seu, que conta centavos, vive numa casa apertada, fugiu do Ku Klux Klan quando criança e mais perrengues. Então é quase perdoável. E as duas tenistas são produtoras executivas do filme, então é vários lugares que pesquisei dizem que “douraram a pílula” do quanto o pai foi duro e intragável tanto com a família quanto com as equipes de treinadores.


O filme peca em mostrar pouco desenvolvimento de Venus e de Serena, que mesmo em tela têm pouca construção aprofundada das suas personagens. Com certeza elas são mais do que atletas impulsionadas pelo pai e eu gostaria de ter visto mais delas, apesar de entender que o filme é sobre Richard.


King Richard: Criando Campeãs é um bom filme. Pelo trailer achei que seria melhor, mas é bom.


Recomendo.


Teca Machado


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