quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Physical - Crítica


Quem acompanha o blog sabe que eu sou só elogios para as séries da Apple TV+ (inclusive, se você não assina, super recomendo. Apenas R$ 9,90 por mês e produções de altíssima qualidade. É só vir aqui). The Morning Show, Ted Lasso, Trying, Defending Jacob, Becoming You e outras, como Fundação, que estou doida para ver, e Invasão que comecei. Mas eis que chegou o momento em que vi uma série que não gostei: Physical.



Foi aquela produção que eu não gostei do primeiro episódio, mas assisti mais um porque a gente não pode julgar – nem para bem e nem para mal – uma série pelo primeiro capítulo. E tive a mesma sensação com o segundo e com o terceiro: Não estava gostando mesmo. Mas não sou de deixar as coisas pela metade, então assisti firmemente até o final, para pelo menos poder falar mal com propriedade.


Felizmente são episódios de apenas meia hora. Terminei os 10 capítulos da primeira temporada meio que na força do ódio. Mas acabei.


Physical


Sheila (Rose Byrne) é uma dona de casa dos anos 1980 estagnada na vida monótona. Vive para a filha, tem um marido (Rory Scovel) machista e que liga para mais para os seus ideais políticos do que para ela e passa o dia fazendo tarefas domésticas, comendo junk food – e vomitando logo em seguida – e ignorando outras mulheres que tentam se aproximar. Até que descobre na aeróbica uma paixão, um vício, tanto que em pouco tempo até mesmo se torna professora. E enquanto tenta equilibrar sua vida de ginástica com a de esposa de candidato político, tudo isso escondendo seus distúrbios alimentares, Sheila se vê cada vez mais num beco sem saída em que não pode ser ela mesma.




Desagradável


Pela sinopse oficial da série e pelo trailer, o espectador é levado a achar uma coisa, mas é outra. Classificada como uma dramédia, com cenas interessantes no trailer, um quê de leveza e até mesmo engraçado e as cores vibrantes, cafonas e maravilhosas dos anos 1980, pensei que seria uma produção que fosse gostar, com elementos da febre da aeróbica daquela década muito popularizada pela Jane Fonda. Mas não foi isso nem de longe.


É uma série desagradável. O marido de Sheila e seu amigo Jerry (Geoffrey Arend) são desagradáveis, mas até aí tudo bem, porque era papel deles mesmo. Mas Sheila é extremamente desagradável. A filha deles (Grace Kelly Quigley), apesar de ser criança, é desagradável. Os amigos – ou pelo menos pseudoamigos – da família são desagradáveis. Bunny (Della Saba), professora de aeróbica é desagradável. John (Paul Sparks), um empresário da região, é desagradável. As situações são desagradáveis. Acho que só salva Tyler (Lou Tyalor Pucci), namorado de Bunny e cinegrafista, mas isso porque geralmente o personagem está tão chapado que nem tem tempo para ser desagradável.




Pelo que pesquisei, essa era a intenção da criadora da série Annie Weisman: criar tanto personagens quanto um enredo antipáticos ao público e até mesmo enganar pela sinopse e pelo trailer.


Sheila


Sheila é péssima. E podemos ver isso não só pelas suas atitudes. Apesar do sorriso que exibe, de ser prestativa e estar sempre querendo agradar a família, principalmente ao marido péssimo, a narração em off feita pela personagem mostra como é egoísta, mesquinha, depressiva e cheia de ódio por si própria (é só perceber o quanto se xinga e o tanto que é bulímica) e pelos outros. Com o passar dos episódios entendemos um pouco porque ela é tão destruída e cheia de problemas com a comida e sua silhueta, mas nem isso faz o espectador gostar dela ou até mesmo ter empatia.




Mas uma coisa não podemos negar: Rose Byrne entrega e atua muito bem. Aliás, ela sempre é ótima. Inclusive foi por causa da atriz que quis assistir, porque gosto muito do seu trabalho.


Arcos


E apesar do foco ser Sheila, há alguns arcos que não são bem trabalhados, como no final surgir um problema médico para a dupla Bunny e Tyler e todo o enredo de John, que parece extremamente afastado dos outros, mas que meio que se junta ao de Sheila na cena final. Imagino que tudo isso vai ser tratado depois, já que antes mesmo de ser lançada a série já tinha uma segunda temporada encomendada.


Vi várias críticas enaltecendo Physical, que é até mesmo dizendo ser genial. Algumas pessoas disseram que é até mesmo engraçada (Oi? Que horas?). Mas na minha opinião não foi. A minha percepção é que foi maçante, desagradável e me enganou – não no bom sentido de reviravolta. Pelo menos, pelo que pude consultar no iMDB, eu não fui a única que não gostou. Menos mal.


Não recomendo.


Teca Machado


3 comentários:

  1. Recado dado. Vou passar longe da série. Nem tudo que tem qualidade visual é bom e aqui está a prova.

    Boa semana!


    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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  2. Oi, Teca!
    É muito chato quando a gente assiste algo e acaba não gostando, né? Eu não costumo ser tão insistente, e às vezes largo no primeiro episódio mesmo haha.
    Acho que pela sinopse eu não iria gostar também. Que história é essa da autora querer enganar o telespectador?? Ia ficar super brava haha, a gente decide se assiste alguma coisa ou não pela sinopse!
    Gostei muito da sua crítica!

    Estante Bibliográfica

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  3. Eu adorei a série!🤭

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