sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Dica de planner para 2022: 365 Dias de Bem-Estar


Eu não sou a pessoa mais organizada do mundo. Mas já tem um tempo que estou tentando ser melhor. E tem adiantado.


Tudo começou quando eu e meu marido abrimos unidades de uma franquia de papelaria focada em organização. Então, além de precisar me planejar e me estruturar melhor, era bom que eu usasse os produtos da loja. E desde 2018 uso planners diariamente, o que me ajuda muito!


Esse mês estava aqui pensando em qual usar em 2022, até que meu problema foi resolvido pela Editora Fontanar, selo de bem-estar da Companhia das Letras, que é parceira aqui do blog. Ela me enviou um planner lindo de doer que vai ser muitíssimo bem usado aqui ano que vem, junto com uma nécessaire.


Fotos @casosacasoselivros


Afinal, o que é o planner?


Os planners são agendas mais “encorpadas”, vamos dizer assim. Nos últimos anos eles ganharam cada vez mais espaço.


A tradução literal do nome é “planejador”, então te ajuda a planejar seu dia, sua semana, seu mês, seu ano, suas leituras, sua rotina de malhação, sua vida social, tudo. Ele é um organizador pessoal e é extremamente útil.



Planner 365 Dias de Bem-Estar


Essa lindeza da Editora Fontanar é extremamente completa.


Além do ótimo espaço para anotar os compromissos do dia e uma seção para cada mês do ano, no início de cada um tem uma visão mensal, estilo calendário, e ao final um balanço do mês na questão financeira, espaço para anotar livros, filmes, séries e músicas que descobriu e uma página “o melhor do mês”, para escrever os melhores momentos, as metas alcançadas e o que precisa melhorar.






No início de cada mês, o planner te dá dicas de o que está fresquinho em relação a frutas, legumes e verduras, além de um texto sobre bem-estar, propósito e relaxamento. E no começo de cada estação do ano fala-se um pouco sobre ela, além de trazer dicas de como cuidar do corpo, da mente e algumas receitas que vão bem nessa época – inclusive de drinks! Há ainda dicas de como aproveitar bem cada fase da lua.


Além de super prático e completo, esse planner é lindo visualmente falando. O projeto gráfico dele é incrível, todo colorido e com frases motivacionais.




Sonhos e balanço geral


Algo muito legal é que no final do planner há um espaço para anotar seus sonhos. Não sonhos estilo objetivos, mas aqueles que temos quando dormimos. Há dicas de como lembrar melhor deles e como é um exercício diário essa recordação. A ideia é buscar o autoconhecimento, já que a prática de anotar os sonhos é muito recomendada em vários lugares do mundo.


As últimas folhas são reservadas para um balanço geral do ano: as metas alcançadas, as que ainda precisa realizar, o que aconteceu de bom nesses 365 dias, os melhores livros, filmes, séries e músicas e uma mandala de satisfação, assim como tem lá no início, e você pode comparar as duas.






*** 


Lindo, completo e, ainda por cima, num preço ótimo.


Mesmo no valor cheio, pelo que ele entrega, pela qualidade e pela impressão toda colorida, já custa menos do que outros planners no mercado (apenas R$ 89,90). Mas acabei de ver que ele está em promoção na Amazon por R$ 50.



Eu super indico e recomendo e não vejo a hora de começar o novo ano para usar esse planner lindíssimo!


Obrigada pelo presente, Editora Fontanar!


Teca Machado


quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Physical - Crítica


Quem acompanha o blog sabe que eu sou só elogios para as séries da Apple TV+ (inclusive, se você não assina, super recomendo. Apenas R$ 9,90 por mês e produções de altíssima qualidade. É só vir aqui). The Morning Show, Ted Lasso, Trying, Defending Jacob, Becoming You e outras, como Fundação, que estou doida para ver, e Invasão que comecei. Mas eis que chegou o momento em que vi uma série que não gostei: Physical.



Foi aquela produção que eu não gostei do primeiro episódio, mas assisti mais um porque a gente não pode julgar – nem para bem e nem para mal – uma série pelo primeiro capítulo. E tive a mesma sensação com o segundo e com o terceiro: Não estava gostando mesmo. Mas não sou de deixar as coisas pela metade, então assisti firmemente até o final, para pelo menos poder falar mal com propriedade.


Felizmente são episódios de apenas meia hora. Terminei os 10 capítulos da primeira temporada meio que na força do ódio. Mas acabei.


Physical


Sheila (Rose Byrne) é uma dona de casa dos anos 1980 estagnada na vida monótona. Vive para a filha, tem um marido (Rory Scovel) machista e que liga para mais para os seus ideais políticos do que para ela e passa o dia fazendo tarefas domésticas, comendo junk food – e vomitando logo em seguida – e ignorando outras mulheres que tentam se aproximar. Até que descobre na aeróbica uma paixão, um vício, tanto que em pouco tempo até mesmo se torna professora. E enquanto tenta equilibrar sua vida de ginástica com a de esposa de candidato político, tudo isso escondendo seus distúrbios alimentares, Sheila se vê cada vez mais num beco sem saída em que não pode ser ela mesma.




Desagradável


Pela sinopse oficial da série e pelo trailer, o espectador é levado a achar uma coisa, mas é outra. Classificada como uma dramédia, com cenas interessantes no trailer, um quê de leveza e até mesmo engraçado e as cores vibrantes, cafonas e maravilhosas dos anos 1980, pensei que seria uma produção que fosse gostar, com elementos da febre da aeróbica daquela década muito popularizada pela Jane Fonda. Mas não foi isso nem de longe.


É uma série desagradável. O marido de Sheila e seu amigo Jerry (Geoffrey Arend) são desagradáveis, mas até aí tudo bem, porque era papel deles mesmo. Mas Sheila é extremamente desagradável. A filha deles (Grace Kelly Quigley), apesar de ser criança, é desagradável. Os amigos – ou pelo menos pseudoamigos – da família são desagradáveis. Bunny (Della Saba), professora de aeróbica é desagradável. John (Paul Sparks), um empresário da região, é desagradável. As situações são desagradáveis. Acho que só salva Tyler (Lou Tyalor Pucci), namorado de Bunny e cinegrafista, mas isso porque geralmente o personagem está tão chapado que nem tem tempo para ser desagradável.




Pelo que pesquisei, essa era a intenção da criadora da série Annie Weisman: criar tanto personagens quanto um enredo antipáticos ao público e até mesmo enganar pela sinopse e pelo trailer.


Sheila


Sheila é péssima. E podemos ver isso não só pelas suas atitudes. Apesar do sorriso que exibe, de ser prestativa e estar sempre querendo agradar a família, principalmente ao marido péssimo, a narração em off feita pela personagem mostra como é egoísta, mesquinha, depressiva e cheia de ódio por si própria (é só perceber o quanto se xinga e o tanto que é bulímica) e pelos outros. Com o passar dos episódios entendemos um pouco porque ela é tão destruída e cheia de problemas com a comida e sua silhueta, mas nem isso faz o espectador gostar dela ou até mesmo ter empatia.




Mas uma coisa não podemos negar: Rose Byrne entrega e atua muito bem. Aliás, ela sempre é ótima. Inclusive foi por causa da atriz que quis assistir, porque gosto muito do seu trabalho.


Arcos


E apesar do foco ser Sheila, há alguns arcos que não são bem trabalhados, como no final surgir um problema médico para a dupla Bunny e Tyler e todo o enredo de John, que parece extremamente afastado dos outros, mas que meio que se junta ao de Sheila na cena final. Imagino que tudo isso vai ser tratado depois, já que antes mesmo de ser lançada a série já tinha uma segunda temporada encomendada.


Vi várias críticas enaltecendo Physical, que é até mesmo dizendo ser genial. Algumas pessoas disseram que é até mesmo engraçada (Oi? Que horas?). Mas na minha opinião não foi. A minha percepção é que foi maçante, desagradável e me enganou – não no bom sentido de reviravolta. Pelo menos, pelo que pude consultar no iMDB, eu não fui a única que não gostou. Menos mal.


Não recomendo.


Teca Machado


segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Os 100 melhores livros de todos os tempos


Qual é o seu livro preferido? Qual é o melhor livro que você já leu?


Para muitos – para mim, inclusive, essa é uma pergunta muito difícil de responder, quase impossível.


Mas quais são, afinal, considerados os melhores livros já escritos?


O site The Greatest Books pode te ajudar a descobrir.


The Greatest Books


Ele é um ranking criado a partir de 130 outras listas sobre as maiores obras-primas da literatura. De acordo com a publicação, um algoritmo específico foi utilizado para classificar os títulos que mais aparecem em todas as seleções. O criador do site conta que confia nas listas criadas por escritores, editores e experts de literatura em geral.


O guia abrange grandes clássicos de diferentes épocas e diferentes estilos, tem Édipo Rei, escrito em 427 a.C. por Sófocles até romances, como Orgulho e Preconceito, escrito em 1812, por Jane Austen, até distopias, como O Conto da Aia, escrito em 1985, de Margaret Atwood.


Os 100 melhores livros de todos os tempos


1 — Em Busca do Tempo Perdido (1913-1927), de Marcel Proust

2 — Ulysses (1922), de James Joyce

3 — Dom Quixote (1605), de Miguel de Cervantes

4 — O Grande Gatsby (1925), de F. Scott Fitzgerald

5 — Cem Anos de Solidão (1967), Gabriel García Márquez

6 — Moby Dick (1851), de Herman Melville

7 — Guerra e Paz (1865), Lev Tolstói

8 — Lolita (1955), de Vladimir Nabokov

9 — Hamlet (1609), de William Shakespeare

10 — O Apanhador no Campo de Centeio (1945), de J.D. Salinger

11 — Odisseia, de Homero

12 — Os Irmãos Karamazov (1880), de Fiódor Dostoiévski

13 — Crime e Castigo (1866), de Fiódor Dostoiévski

14 — Madame Bovary (1856), de Gustave Flaubert

15 — Divina Comédia (1472), de Dante Alighieri

16 — As Aventuras de Huckleberry Finn (1884), de Mark Twain

17 — Alice no País das Maravilhas (1865), de Lewis Carroll

18 — Orgulho e Preconceito (1812), de Jane Austen

19 — O Morro dos Ventos Uivantes (1847), Emily Brontë

20 — Ao Farol (1927), Virginia Woolf

21 — Ardil-22 (1961), de Joseph Heller

22 — O Som e A Fúria (1929), William Faulkner

23 — 1984 (1949), de George Orwell

24 — Anna Karenina (1877), Lev Tolstói

25 — Ilíada, de Homero

26 — O Coração das Trevas (1902), de Joseph Conrad

27 — As Vinhas da Ira (1939), de John Steinbeck

28 — Homem Invisível (1952), de Ralph Ellison

29 — O Sol é Para Todos (1960), de Harper Lee

30 — Middlemarch: Um Estudo da Vida Provinciana (1871), de George Eliot

31 — Grandes Esperanças (1861), Charles Dickens

32 — As Viagens de Gulliver (1726), de Jonathan Swift

33 — Absalão, Absalão! (1936), de William Faulkner

34 — Amada (1987), de Toni Morrison

35 — O Estrangeiro (1942), de Albert Camus

36 — Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë

37 — As Mil e Uma Noites (Contos da Índia, Irã, Iraque e Egito)

38 — O Processo (1925), de Franz Kafka

39 — O Vermelho e o Negro (1830), de Stendhal

40 — Mrs Dalloway (1925), de Virginia Woolf

41 — Contos de Anton Chekhov, de Anton Tchekhov

42 — O Sol Também se Levanta (1926), de Ernest Hemingway

43 — David Copperfield (1850), de Charles Dickens

44 — Retrato do Artista Quando Jovem (1916), de James Joyce

45 — Os Filhos da Meia-Noite (1981), Salman Rushdie

46 — Ficções (1944), de Jorge Luis Borges

47 — A Vida e as Opiniões de Tristram Shandy (1759), de Laurence Sterne

48 — Folhas de Relva (1855), Walt Whitman

49 — Eneida (19 a.C.), de Virgílio

50 — Cândido, ou O Otimismo (1759), de Voltaire

51 — O Senhor dos Anéis (1954), de J. R. R. Tolkien

52 — Os Miseráveis (1862), de Victor Hugo

53 — A Montanha Mágica (1924), de Thomas Mann

54 — Uma Passagem Para a Índia (1924), de Edward Morgan Foster

55 — O Velho e o Mar (1952), de Ernest Hemingway

56 — O Mundo se Despedaça (1958), de Chinua Achebe

57 — Por Quem os Sinos Dobram (1940), de Ernest Hemingway

58 — As Histórias Completas de Franz Kafka (1971), de Franz Kafka

59 — Retrato de Uma Senhora (1881), de Henry James

60 — Fogo Pálido (1962), de Vladimir Nabokov

61 — O Idiota (1869), de Fiódor Dostoiévski

62 — Enquanto Agonizo (1930), de William Faulkner

63 — Édipo Rei (427 a.C.), de Sófocles

64 — A Cor Púrpura (1982), Alice Walker

65 — E O Vento Levou (1936), de Margaret Mitchell

66 — O Senhor das Moscas (1954), de William Golding

67 — Admirável Mundo Novo (1932), de Aldous Huxley

68 — Os Melhores Contos e Poemas de Edgar Allan Poe (1849), de Edgar Allan Poe

69 — Emma (1815), de Jane Austen

70 — A Época da Inocência (1920), Edith Wharton

71 — Almas Mortas (1842), de Nikolai Gogol

72 — On The Road: Pé na Estrada (1957), de Jack Kerouac

73 — O Bom Soldado (1915), de Ford Madox Ford

74 — A Revolução dos Bichos (1945), de George Orwell

75 — Os Contos da Cantuária (1932), de Geoffrey Chaucer

76 — A Metamorfose (1915), de Franz Kafka

77 — Frankenstein (1823), de Mary Shelley

78 — Feira das Vaidades (1847), de William Makepeace Thackeray

79 — À Sombra do Vulcão (1947), de Malcolm Lowry

80 — A Terra Inútil (1922), de T. S. Eliot

81 — Adeus às Armas (1929), de Ernest Hemingway

82 — Journey to the End of the Night (1932), de Louis-Ferdinand Céline

83 — O Castelo (1926), de Franz Kafka

84 — A Educação Sentimental (1869), de Gustave Flaubert

85 — A Letra Escarlate (1850), de Nathaniel Hawthorne

86 — Matadouro 5 (1969), de Kurt Vonnegut

87 — O Conto da Aia (1985), de Margaret Atwood

88 — Charlotte’s Web (1952), de Elwyn Brooks White

89 — Native Son (1940), Richard Wright

90 — Paraíso Perdido (1667), de John Milton

91 — Gargântua e Pantagruel (1532), de François Rabelais

92 — Fausto (1829), de Johann Wolfgang von Goethe

93 — Rebecca (1938), de Daphne du Maurier

94 — Os Demônios (1871), de Fiódor Dostoiévski

95 — As Flores do Mal (1857), de Charles Baudelaire

96 — Antígona (442 a.C.), de Sófocles

97 — Tess Dos D’Urbervilles (1981), de Thomas Hardy

98 — Robinson Crusoe (1719), de Daniel Defoe

99 — Seus Olhos Viam Deus (1937), de Zora Neale Hurston

100 — Tom Jones (1749), de Henry Fielding


Você já leu algum dessa lista? Qual?


Eu já li O Grande Gatsby, de Scott F. Fitzgerald (que eu amooooooo, inclusive) e A Revolução dos Bichos, de George Orwell. Mas tenho vários aí da lista e que preciso tomar vergonha na cara e ler, como Orgulho e Preconceito, Os Miseráveis, On The Road, O Senhor dos Aneis, Alice no País das Maravilhas, O Morro dos Ventos Uivantes e outros.


Teca Machado


P.S.: Ando meio sumida porque mês gêmeos estou doentinhos e estou sem ajuda em casa esses dias. Mas já já voltamos com a programação normal. <3


quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Um Castelo Para o Natal - Crítica

Não sei vocês, mas depois de assistir a Um Castelo Para o Natal, da diretora Mary Lambert e disponível na Netflix desde o final do mês passado, eu quero um castelo para mim. E, para completar, na mesma semana que assisti estava lendo Romance Com o Duque, da Tessa Dare, em que no enredo uma mulher recebe de herança um castelo, mas que já vem com um duque mal-humorado, o que parece muito a trama do filme. Acho que é um sinal do universo que preciso de um castelo para chamar de meu!



Um Castelo Para o Natal


Sophie Brown (Brooke Shields) é uma escritora famosa que está passando por uma fase ruim. Depois de uma série de livros de sucesso, ela decidiu matar um dos protagonistas, o que enfureceu seus leitores. Para piorar, o ex-marido vai se casar no Natal. Então, para fugir de tudo, decide passar um tempo na Escócia, nas proximidades do castelo Dun Dunbar, onde seu pai trabalhou e morou muitas décadas antes. Ela descobre, então, que o castelo está à venda e decide comprar. O problema é que o duque a quem ele pertence (Cary Elwes), não queria vender e nem sair de lá, então ambos passam a dividir o local.


E como estamos falando de uma comédia romântica e filme de Natal, é claro que o duque mal-humorado e amargo vai se derreter aos poucos pela otimista e extrovertida escritora.





Filme de Natal


Não espere um filme profundo, cheio de personagens complexos e questões filosóficas. Um Castelo Para o Natal é uma produção de Natal pura e simples. É fofa, é divertida, é entretenimento sem grandes pretensões e nem promete ser o melhor filme do gênero ou completamente inesquecível.


O longa, apesar de aprofundar apenas na vida de Sophie e muito pouco na do duque Myles, te faz querer bem os personagens, se importar com eles. Além da dupla principal, vale destaque o grupo de tricô com quem a protagonista faz amizade, que é definitivamente o tipo de amigos que eu gostaria de ter também. Há ainda Thomas (Lee Ross), ajudante de Myles e que sempre está por perto.


As locações são bonitas e as cenas da Escócia são de encher os olhos. Com certeza dá vontade de visitar o país e, se não comprar um castelo, pelo menos visitar alguns.




Brooke Shields e Cary Elwes


Quem teve a ideia de chamar os dois atores para os papeis principais merece um aumento. Um dos maiores trunfos de Um Castelo Para o Natal é a dupla, já que ambos trazem um sentimento de nostalgia para quem é um pouco mais velho e funcionam muito bem mesmo para quem não os conhecia. Brooke Shields é do eterno filme da Sessão da Tarde A Lagoa Azul e Cary Elwes é de A Princesa Prometida, outro clássico dos anos 1980, que é mais conhecido nos EUA do que aqui. Tudo bem que nenhum dos dois é um ator de altíssimo nível, mas para o que o filme pedia está ótimo.


Fora que termos aqui um casal mais velho (ambos têm mais de 50 anos) é um refresco, já que em 90% das comédias românticas os protagonistas têm cerca de 30 anos – ou menos. E eles serem mais velhos funciona com o enredo, já que ele é um duque (a gente sempre pensa em duques “adultos”) e ela é uma escritora de sucesso com mais de 13 livros de uma série. Uma pessoa de 30 anos não teria feito tudo isso ainda, provavelmente.




Um Castelo Para o Natal é um filme gostosinho de assistir, agradável aos olhos e ao coração.


Recomendo.


Teca Machado






sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

O Grande Panda e o Pequeno Dragão - Resenha


Um panda pode ser amigo de um dragão? Com certeza.


E é essa amizade improvável e fofa que mostra o livro O Grande Panda e o Pequeno Dragão, de James Norbury, publicado no Brasil pela Editora Fontanar, selo de bem-estar da Companhia das Letras.


Fotos @casosacasoselivros


E além de uma história linda, a identidade visual da obra é belíssima. É um daqueles livros de encher os olhos e de deixar o coração quentinho.


O Grande Panda e o Pequeno Dragão


Um grande panda e um pequeno dragão são amigos. E quem diria que dois animais tão diferentes poderiam se dar tão bem? Enquanto o panda é tranquilo e sereno, o dragão é ansioso e com questionamentos. 


E além de amigos, os dois são grandes companheiros de viagem. Para onde? Nem eles mesmos sabem, na verdade, porque como fica muito claro é mais importante a jornada do que o destino.




"Estamos perdidos de novo", disse o Grande Panda.
"Quando me perco", disse o Pequeno Dragão, "sempre ajuda voltar ao início e tentar lembrar por que comecei."


Nessa aventura juntos eles passam pelas quatro estações do ano e nos brindam com ensinamentos que podem ser muito profundos ou extremamente simples. E mostram que mesmo quando estamos perdidos podemos encontrar e descobrir coisas maravilhosas, além de nos divertir.


O Grande Panda e o Pequeno Dragão é jornada inspiradora com 120 ilustrações lindas e delicadas e que traz paz, ânimo e mesmo conforto.




James Norbury


Quando estava passando por um momento difícil, o autor e ilustrador britânico James Norbury encontrou num sebo um livro com ensinamentos budistas que o ajudaram a achar calma e serenidade para enfrentar um obstáculo de cada vez. Assim, para compartilhar o que aprendeu, criou o Grande Panda e o Pequeno Dragão.


Facinho, rápido e gostoso de ler, a Editora Fontanar brilhou na edição do livro. De capa dura e com ilustrações impressas em alta qualidade, é sem defeitos.


Esse é aquele tipo de livro para ter sempre por perto para ler naqueles momentos em que você precisa de uma palavra de encorajamento ou mesmo quando só precisa sentar e desacelerar nesse mundo louco e corrido.







Apesar de ser um livro infantil, é para todo mundo.


Amei O Grande Panda e o Pequeno Dragão e agradeço à Fontanar por me enviar um exemplar. Definitivamente vai ser aquela obra que eu recomendo para todo mundo.


Teca Machado





quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Tick, Tick.. BOOM! - Crítica


Prestes a fazer 30 anos, Jonathan Larson sente como se uma bomba relógio estivesse fazendo contagem regressiva do seu tempo. Seus anos de juventude estavam chegando ao fim e ele não sentia como se tivesse realizado muito. Na sua idade os pais já tinham casado, tido filho, comprado casa e estavam em empregos estáveis e seu ídolo Stephen Sondhein já era um sucesso. Mas Jonathan não. Ele passou os últimos oito anos escrevendo – e reescrevendo - um musical que estava apenas no papel, trabalhava como garçom numa lanchonete e morava num apartamento caindo aos pedaços em NY. No fim das contas, Larson escreveu, sim, um musical de sucesso, um dos maiores da Broadway, inclusive, Rent. Mas em Tick, Tick.. BOOM!, estreia de Lin-Manuel Miranda na direção de um longa, conhecemos a fundo a história de suas outras produções, Superbia, que nunca viu a luz do dia, e a peça que dá nome ao filme.



Tick, Tick.. BOOM!


O original Netflix com Andrew Garfield no papel principal foi uma grata surpresa. Sei que existe Rent, mas nada sobre ele. E, no fim das contas, continuei sem saber, porque Tick, Tick.. BOOM! foca na figura da Larson, não no seu maior sucesso. E fiquei curiosa agora para assistir Rent.


E falando de Garfield, ele está espetacular no papel. Trouxe para o personagem a dor do artista incompreendido, a raiva do gênio ainda não reconhecido, a arrogância de quem sabe que é bom no que faz, a negligência de todos ao seu redor por causa da sua visão de mundo e objetivo de vida, mas ao mesmo tempo tem a cara de cachorro sem dono que dá vontade de abraçar e dizer que vai ficar tudo bem. Mesmo com seus defeitos e muitas vezes cegueira em relação ao mundo, ele é bom, é doce e fez o espectador torcer pelo seu sucesso. E ainda por cima o próprio Garfield é quem cantou. O ator aprendeu a tocar piano e a cantar para o papel. E vai muito bem.






Além dele, podemos citar Vanessa Hudgens (rainha da Netflix. Ela está por todos os lados!) com um dos destaques. Apesar de não ter sua personagem Karessa tão desenvolvida ou muito tempo de tela, sempre que aparece é um deleite. Ela canta – e canta com alma! -, a ponto de sentirmos fundo suas emoções. E Robin de Jesus, como Michael, o melhor amigos de Larson, também é parte importante da narrativa e muito bem interpretado.


Musical


Temos aqui um musical, mas um pouco diferente. Todas as canções são da peça Tick, Tick.. BOOM! ou de Superbia e elas são representadas tanto durante apresentações quanto num momento da vida do protagonista. Desse modo, as músicas condizem com o momento em que Jonathan está passando em sua vida, já que a peça foi escrita baseada na sua experiência pessoal e seus questionamentos filosóficos. Então o que assistimos é processo de construção de Superbia cantado por Tick, Tick.. BOOM! no meio do caos da sua vida.




Sou fã de musicais, mas sei que muita gente não e por isso passa longe deles. Mas mesmo quem não gosta do gênero deveria se aventurar em Tick, Tick.. BOOM!. Não é uma superprodução no estilo La La Land, O Rei do Show ou Moulin Rouge. São atores cantando muitas vezes sentados num banquinho ou num piano, sem danças exageradas ou figurinos brilhantes. E nada disso tira o brilho do filme. Na verdade, é o que dá. Apesar de compositor de musicais, a vida de Larson não pedia uma hipérbole, e sim uma dose de realidade, ainda que lúdica. Afinal, como disse sua agente em certa altura, “escreva sobre o que você conhece”. E ele escreveu. Lin-Manuel Miranda, que escreveu o sucesso Hamilton, acertou o tom em seu primeiro filme como diretor, assim como acertou em tudo de Hamilton.


Uma curiosidade sobre Tick, Tick.. BOOM!: A cena que o elenco canta Sunday na lanchonete é repleta de atores da Broadway. O próprio Lin-Manuel aparece, Renée Elise Goldsberry e Phillipa Soo, de Hamilton, André De Shields, de Hadestown, Adam Pascal, Daphne Rubin-Veja e Wilson Jermaine Heredia, de Rent, além de outros. E o grande compositor de musicais Stephen Sondheim “aparece” interpretado por Bradley Whitford.


O Jonathan Larson real e Andrew Garfield


Tick, Tick.. BOOM! é excelente e vale investir 2h da sua vida nesse filme.


Recomendo muito.


Teca Machado


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