Alerta Vermelho – Crítica


Às vezes tudo o que a gente precisa é de um filme divertido, bobo, sem grandes pretensões e que é ideal para assistir num domingo à tarde ou numa sexta-feira à noite depois de uma semana muito pesada. E é exatamente isso que Alerta Vermelho, do diretor Rawson Marshall Thurber, se propõe a ser. 



O original Netflix que entrou no catálogo há alguns dias é a produção mais cara já feita pela plataforma de streaming e é definitivamente um blockbuster. Não é profundo, não é complexo, não é preciso pensar muito para acompanhar e ainda é possível dar risada das piadinhas e admirar como traz um enredo mentiroso. E quando é isso que o filme alardeia ser e é o que você quer assistir é a pedida certa.


Alerta Vermelho


O agente do FBI John Hartley (Dwayne Johnson) está atrás de Nolan Booth (Ryan Reynolds), o maior ladrão de arte do mundo. Aliás, o segundo maior, ele perde apenas para o Bispo (Gal Gadot). Quando o Bispo arma para que Booth e Hartley sejam presos e ela possa seguir a pista de um artefato caríssimo e desaparecido há mais de mil anos, os dois juntam forças para se libertarem e não a deixarem conseguir seu objetivo.




Sim, a sinopse parece com inúmeros filmes Hollywoodianos que você já assistiu. Uma dupla improvável de polícia e ladrão que se odeia, mas precisa trabalhar junta pelo bem maior. Mas, como já dizia Lisbela, em Lisbela e o Prisioneiro, “a graça não é saber o que acontece. É saber quando acontece e como acontece”. Que é o caso aqui.


A história é criativa, divertida e bem uma vibe True Lies e Indiana Jones, no sentido de que mistura comédia, atores carismáticos e uma mentirada sem o menor pudor de tentar parecer real (o melhor exemplo disso é um míssil que passa exatamente entre as duas portas abertas do helicóptero em pleno voo e a perseguição com carro nazista que custa U$ 25 milhões dentro de uma mina abandonada).


Elenco


Talvez o maior problema de Alerta Vermelho seja se apoiar demais no elenco estelar e esquecer um pouco do roteiro. A impressão que dá é que os três atores tiveram liberdade para serem eles mesmos, não os personagens. Dwayne Johnson é o policial fortão com um objetivo, Ryan Reynolds é basicamente o Deadpool – sem o lado de piadas de cunho sexual, mas sempre com uma tirada inteligente e engraçada - e Gal Gadot é misteriosa, linda e com um belíssimo sotaque. Reynolds inclusive disse numa entrevista que o diretor deixou os três bem livres, como fica bem claro em tela. “Nós erramos muitas cenas. Ryan esperava nos cantos para nos dar sustos”, disse Gal Gadot. “Nós perdemos milhões de dólares da Netflix apenas brincando e rindo no set”, disse Ryan Reynolds.


E isso não é ruim, já que a interação e química entre os três é ótima. Mas se o elenco não fosse tão bacana, coeso e conhecido o filme certeza não seria tão bom.




Quem assistir pode esperar roubos mirabolantes, piadas muito boas – principalmente vindas de Reynolds -, reviravoltas inesperadas e nem tão inesperadas assim, cenas de ação, correria e lutas muito bem coreografadas e dirigidas, uma história interessante, ainda que sem profundidade, e entretenimento puro e simples. E já podemos esperar uma continuação, porque o enredo deixa um gancho para um próximo filme, que tenho certeza que vai acontecer.


O veredito é que Alerta Vermelho é divertido e cheio de ação, como um bom blockbuster tende a ser.


Recomendo.


Teca Machado





2 comentários:

  1. Esse filme está no meu radar, estou querendo muito assistir mas, esse final de semana não consegui assistir ainda.
    Amei a crítica e ainda quero muito ver.
    Beijos.


    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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  2. Parece realmente ser um filme para divertir e obter muito dinheiro. Adorei a resenha.

    Boa semana!


    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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