sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Blackout – O Amor Também Brilha no Escuro - Resenha


Pare e pense comigo um pouquinho:


Quantos romances em livros, filmes e séries você já encontrou em que os protagonistas são negros e o foco não é a cor de sua pele, o racismo, as tragédias e o preconceito e sim o amor que os une? Que seja apenas uma bonita história de amor?


Poucos, né?


Dhonielle Clayton, escritora, conta que no começo da pandemia assistia a muitos filmes com a sua sobrinha, até que a menina perguntou por que garotas negras não têm grandes histórias de amor contadas. Então Dhonielle juntou outras autoras e amigas e decidiu criar uma obra que atendesse essa falta que a sobrinha sentiu ao não se ver representada. Em entrevista Publishers Weekly ela disse que a ideia é contar história de amor de jovens negros em que eles são a peça central, não apenas os coadjuvantes ou amigos legais, um Simplesmente Amor para adolescentes.


Assim nasceu Blackout – O Amor Também Brilha no Escuro, que foi publicado recentemente no Brasil pela Editora Seguinte, selo do grupo Companhia das Letras.


Foto @casosacasoselivros


Como parte do Time de Leitores da editora, recebi um e-book da obra e posso dizer: é um livro para deixar o seu coração quentinho.


Blackout


A obra conta com seis contos escritos por Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon.


Uma onda de calor e um apagão em Nova York. Assim começa a história. Enquanto a noite cai e a maior cidade do mundo fica no escuro, seis casais tem sua história de amor contadas. Amores antigos, amores novos, amores imprevisíveis e outros já esperados.


Todas autoras de Blackout - Foto @harpercollins


Apesar de terem sido escritas por autoras diferentes, a linguagem de todas conversa entre si. As seis mulheres conseguiram criar coesão no texto e uma conexão muito bacana entre os contos e os personagens. Os contos começam e terminam em si mesmos, mas um, que é o primeiro, é dividido em atos, que vão acontecendo entre os outros textos, o que deu um toque legal, já que ele acontece durante muitas horas. No fim das contas, todos se reúnem durante uma festa.


As histórias são únicas e se complementam, criando um enredo muito bem costurado e que nos faz querer ser amigo e abraçar os protagonistas.


O foco é realmente está nas histórias de amor, mas é sutilmente inserido nos textos questões de como precisaram lidar com o preconceito e com o racismo, mas é pano de fundo de um tema muito maior.


E além das histórias serem lindas (me apaixonei por quase todas!), há representatividade por todos os lados. Todos os protagonistas são negros e/ou com ascendência latina e os contos mostram relações hetéros e LGBTQIA+.

E uma boa notícia: a produtora dos Obamas (sim, o ex-presidente e sua esposa) está produzindo junto à Netflix uma série em seis episódios baseada em Blackout. Ainda não há informações de datas e elenco, apenas que está em andamento. Já espero ansiosamente.


Recomendo muito.


Teca Machado


quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Casamento Às Cegas – Brasil - Crítica

 Sabe aquele programa totalmente guilty pleasure, do tipo que é tão ruim que é bom?


Assim é Casamento Às Cegas – Brasil, já com todos os episódios disponíveis na Netflix.



Janeiro do ano passado a versão original, a americana (você pode ver a crítica aqui), entrou no catálogo e eu posso dizer que fiquei completamente viciada nesse reality show totalmente sem noção e muito divertido. Bom, e na versão brasileira não foi diferente.


No começo de outubro a Netflix começou a disponibilizar os episódios e os três últimos foram ao ar dia 20 de outubro.


Vem comigo saber direito sobre o que é essa vergonha alheia!


Casamento Às Cegas



Será que o amor é mesmo cego? Bom esse experimento social quer mostrar que sim.


Solteiros interessados em encontrar o amor conversam entre si em cabines individuais onde não se veem e não podem descrever nada sobre seus aspectos físicos. A ideia é criar conexões verdadeiras com base na personalidade, no modo de ser e na voz. Aqueles que realmente sentirem essa ligação, se apaixonarem e quiserem seguir em frente se pedem em casamento.


Sim, isso mesmo. Pedem em casamento alguém que nunca viu e que conhece há apenas 10 dias.


Assim, o encontro ao vivo finalmente acontece e em seguida, vão para uma lua-de-mel para descobrir se há química entre o casal. Depois disso convivem juntos na mesma casa por 30 dias e, enfim, chega o casamento, quando vão dizer sim ou não para a pessoa.




Edição Brasil


Apresentado por Camila Queiroz e Klebber Toledo, esse casal belíssimo, Casamentos Às Cegas – Brasil segue exatamente o padrão do original. Não tentaram nacionalizar o reality e isso é bom, porque o modelo já é bem redondinho. O que é preciso é ter casais interessantes, seja para o bem ou para o mal. E isso tem.


São eles: Rodrigo Vaisemberg (investidor) e Dayanne Feitoza (bancária), Nanda Terra (profissional de beleza) e Thiago Rocha (professor de paraquedismo), Carol Macedo (advogada) e Hudson Mendes (líder de projetos), Ana Prado (modelo) e Shayan (comerciante), e Luana Braga (psicóloga) e Lissio Fiod (empresário).


Participantes da edição brasileira


O espectador passa constantemente de “ai, que fofo esse casal” para “socorro, eles não podem casar”. Apesar de não ter triângulos amorosos tão intensos e polêmicas enormes como o americano, a versão brasileira tem seus dramas, momentos felizes, quiprocós, bafões, discussões, brigas e uma boa cota de boys lixos (ainda mais se depois souber como estão os participantes hoje). Teve até gente dizendo que a edição tirou suas falas de contexto e ele não é assim tããão machista. Será?


Depois descobri que mais cinco casais se formaram (inclusive um amigo do meu marido participou), mas a produção decidiu seguir só com os citados por acreditar que gerariam mais engajamento com o público e situações interessantes.



E para quem, assim como eu, viciou e maratonou o reality que é ruim, mas é bom, pode ficar tranquilo: Dia 4 de novembro tem um episódio especial reunindo todos os participantes para contarem como está a vida hoje. Não espero nada menos do que muito fogo no parquinho.


Recomendo bastante.


E aí, quem viu? O que achou? Torcia para quem?


Teca Machado




segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Dica de lançamentos do grupo Companhia das Letras

 Oi, pessoal!


Passei um tempinho longe, mas voltei. Meus gêmeos estavam doentes e a gente viajando. Outubro tem sido um mês tenso. Mas está passando, graças a Deus.


Consegui pelo menos ler um pouquinho e hoje trago indicação de lançamentos do grupo Companhia das Letras que já li e que vou ler em breve porque já estou com meus exemplares.


O Casos, Acasos e Livros faz parte do Time de Leitores do grupo, onde recebe exemplares físicos e digitais dos lançamentos.


Lidos e indicados:


Blackout – O Amor Também Brilha no Escuro, de Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon – Editora Seguinte


Foto: @casosacasoselivros

“Uma onda de calor causa um apagão em Nova York. Multidões se formam nas ruas, o metrô para de funcionar e o trânsito fica congestionado. Conforme o sol se põe e a escuridão toma conta da cidade, seis jovens casais veem outro tipo de eletricidade surgir no ar…


Um primeiro encontro ao acaso. Amigos de longa data. Ex-namorados ressentidos. Duas garotas feitas uma para a outra. Dois garotos escondidos sob máscaras. Um namoro repleto de dúvidas.


Quando as luzes se apagam, os sentimentos se acendem. Relacionamentos se transformam, o amor desperta e novas possibilidades surgem — até que a noite atinge seu ápice numa festa a céu aberto no Brooklyn.


Neste romance envolvente e apaixonante, composto de seis histórias interligadas, as aclamadas autoras celebram o amor entre adolescentes negros e nos dão esperança mesmo quando já não há mais luz.”



As Nove Vidas de Rose Napolitano, de Donna Freitas – Editora Paralela


Foto: @casosacasoselivros


“Rose Napolitano e Luke estão brigando. Ele prometeu, antes do casamento, que não queria ter filhos, mas mudou de ideia. Ela prometeu tomar as vitaminas para engravidar, mas não o fez. De repente, o casamento dos dois passa a depender de uma única resposta: Rose consegue encontrar dentro de si o desejo de ser mãe?


Ao narrar uma escolha de vida decisiva em nove versões diferentes, Donna Freitas nos leva por todos os caminhos que moldam a vida de uma pessoa, refletindo sobre trajetórias que ressignificam o que é ser mulher. Um romance sobre amor, maternidade, traição, divórcio, morte e sobre como o destino pode interferir em nossos planos quando menos esperamos.”



Para Sempre Interrompido, de Taylor Jenkins Reid – Editora Paralela


Foto @casosacasoselivros


“Elsie e Ben pareciam ter todo o tempo do mundo: vinte e poucos anos, recém-casados, apaixonados. Entre eles as coisas sempre aconteceram depressa, como uma explosão irrefreável de energia. Elsie só não tinha como saber que o brilho de seu romance seria tão fugaz.


Pouco mais de uma semana depois de se casar, Elsie perde Ben em um acidente e sente o futuro se desfazer diante de seus olhos. Só o que resta é um eterno agora, carregado de questões não resolvidas do passado.


Para atravessar sua dor, Elsie precisará inevitavelmente olhar para trás. Não só para entender a dimensão de sua perda, mas também para conhecer a nova família que nunca chegou a ter ― e para descobrir, enfim, quem ela se tornou depois de ter seu final feliz interrompido.”



Livros que vou ler nas próximas semanas e já indico:


Belo Mundo, Onde Você Está, de Sally Rooney – Companhia das Letras


Foto: @casosacasoselivros


“Alice conhece Felix pelo Tinder. Ela é romancista, ele trabalha num armazém nos subúrbios de uma pequena cidade costeira da Irlanda. No primeiro encontro, enquanto os dois tentam impressionar, a fagulha de algo mais aparece.


Em Dublin, Eileen está tentando superar o término de seu último relacionamento enquanto precisa lidar com a falta da melhor amiga, que se mudou para o litoral. Ela acaba voltando a flertar com Simon, um homem mais velho que acompanha sua vida há tempos.


Alice, Felix, Eileen e Simon ainda são jovens, mas sentem cada vez mais a pressão do passar dos anos. Eles se desejam, se iludem, se amam e se separam. Eles se preocupam com sexo, com amizade, com os rumos do planeta e com o próprio futuro. Seriam eles as últimas testemunhas do ocaso? Eles vão conseguir encontrar uma forma de viver mais uma vez em um belo mundo?


Com uma prosa única e brutal, Sally Rooney constrói mais um romance inigualável sobre o que significa amadurecer sem deixar a si mesmo para trás.”



Billy Summers, de Stephen King – Editora Suma


Foto: @casosacasoselivros


“Billy Summers é o homem com a arma; um assassino de aluguel e um dos melhores atiradores do mundo. Mas ele tem um critério: só aceita o serviço se o alvo for realmente uma pessoa ruim.

Agora, Billy quer se aposentar, mas antes precisa realizar um último trabalho. Veterano da guerra no Iraque e um mágico quando se trata de desaparecer depois do crime, o hábil assassino tinha tudo planejado. Então, o que poderia dar errado?

Basicamente tudo.

Quando Billy se acomoda em uma cidadezinha do interior, disfarçado como um escritor tentando superar um bloqueio criativo enquanto espera seu alvo ser transferido para julgamento, ele não imagina a trama de traições, perseguições e vingança que o aguarda.”



Uma Princesa em Tóquio, de Emiko Jean – Editora Seguinte


Foto: @casosacasoselivros


“Izumi Tanaka nunca sentiu que pertence ao lugar onde vive. Afinal, ela é uma das únicas garotas com ascendência japonesa em sua cidadezinha natal, no norte da Califórnia. Criada apenas pela mãe, as duas sempre foram muito unidas ― até Izzy descobrir que seu misterioso pai é ninguém mais, ninguém menos do que o príncipe herdeiro do Japão. O que significa que Izumi é literalmente uma princesa.


Não demora muito até a família imperial japonesa ir atrás de Izzy e ela partir em uma viagem para Tóquio. Em meio a confusões com um jovem guarda-costas mal-humorado (apesar de lindo!) e com primos envolvidos em diversas polêmicas, a garota vai perceber que a vida da realeza está longe de ser só glamour. E, enquanto tenta conhecer o pai, talvez acabe encontrando a si mesma.”



Amor, Mentiras e Rock & Roll, de David Yoon – Editora Seguinte


Foto: @casosacasoselivros


“Sunny Dae é nerd — e com orgulho. Essa é a fama que ele e seus dois melhores amigos conquistaram na escola, onde curtir RPG definitivamente não é visto com bons olhos. E estava tudo bem, até Sunny conhecer Cirrus Soh, a garota mais descolada e confiante que ele já viu. Quando Cirrus acha que o quarto do irmão de Sunny é na verdade o dele, o garoto não consegue corrigir o engano. Com os olhos dela brilhando ao ver as guitarras e os pôsteres de rock na parede, ele acaba dizendo que tem uma banda — embora não saiba nem segurar uma guitarra, ops.


Agora sua única esperança para sustentar a história e conquistar Cirrus é fazer com que seus amigos nerds topem participar de seu plano maluco de tornar essa banda realidade, vestindo as roupas que o irmão mais velho deixou para trás quando se mudou para Hollywood e ensaiando na sala de música da escola. O problema é que logo Sunny descobre que a vida de um rockstar mentiroso não é só fama e glória…”



***


E aí, ficaram interessados em ler algum deles?


Teca Machado

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