A Última Carta de Amor – Crítica do filme
Quase todo leitor que é fã de romances já ouviu falar de Jojo Moyes e mesmo quem não lê, mas que assistiu ou pelo menos ficou sabendo da adaptação de um dos seus livros para o cinema e que teve um sucesso estrondoso, o Como Eu Era Antes de Você. E agora a Netflix traz mais um filme baseado em um dos livros da escritora, que é inclusive uma das produtoras do longa: A Última Carta de Amor, do diretor Augustine Frizzell.
A Última Carta de Amor
Ellie (Felicity Jones), é uma jornalista em Londres que, por acaso, encontra nos arquivos do jornal onde trabalha cartas de amor trocadas entre dois amantes nos anos 1960. As mensagens contêm tanto sentimento, amor e carinho que Ellie fica fascinada e torna sua missão pessoal descobrir quem são essas pessoas e o que aconteceu a elas.
Ao mesmo tempo que acompanhamos a jornalista, por meio de ponto de vistas alternados conhecemos o casal, principalmente Jennifer (Shailene Woodley). Casada com Lawrence (Joe Alwyn), um homem rico, mas distante, frio e sem muito carinho por ela, durante férias conhece Anthony (Callum Turner), jornalista que entrevista seu marido, e com quem se conecta quase que imediatamente. Mesmo que errada e proibida, a relação dos dois floresce como se fosse o destino.
Adaptação
Li a obra em 2016, então não lembrava tanto assim dos detalhes, mas pelo que pude ver foi bem fiel ao livro (você pode ler a resenha aqui). Além disso, fiquei curiosa e procurei comentários de pessoas que leram há pouco tempo a obra e disseram que respeitou muito bem o original. Não é o meu livro preferido da Jojo (esse posto fica com A Garota Que Você Deixou Para Trás, veja a resenha aqui), mas é muito bom.
Gostei do filme, mas confesso que para mim faltou charme, faltou um pouco de alma, principalmente quando o foco da narrativa era Ellie. Sua busca pelos amantes e mesmo sua interferência são cenas ótimas de acompanhar, mas sua trajetória pessoal deixou a desejar e o romance que lhe impuseram ficou artificial, sensação que não tive quando li o livro. No início ela tem uma personalidade que vai mudando com o passar do tempo, o que me incomodou um pouco.
Já a história de Jennifer é mais gostosa de assistir, toda questão do amor entre eles nascendo e de ser proibido e o fato de que o filme começa com ela sem memória depois de um acidente sem se lembrar de Anthony, mas tendo a certeza de que algo falta em sua vida. A química entre os dois atores é palpável – coisa que não acontece com Ellie e Rory (Nabhaan Rizwan). Apesar de ser errado, o marido dela é tão babaca que a gente nem se sente (muito) mal de torcer pelo romance ilícito, mas sei que algumas pessoas torceram o nariz para o filme por causa dessa questão de traição.
Fotografia
Algo que podemos elogiar bastante é a fotografia de A Última Carta de Amor. A ambientação dos anos 1960 é lindíssima, com figurino e cenário realistas e que nos levam diretamente àquela época. As roupas de Jennifer são um espetáculo a parte. E algo que o diretor soube conduzir muito bem foi a iluminação.
Quando estamos com Jennifer e Anthony se apaixonando, a luz é clara, ensolarada, quase até mesmo estourada. Mas quando a acompanhamos com Lawrence tudo é mais lúgubre. E nos dias atuais também não é tão claro, mostrando assim muito da personalidade de Ellie, que de início é completamente fechada para o amor e vai se abrindo aos poucos.
A Última Carta de Amor é um bom filme. Não é a história de amor mais memorável que você já assistiu, mas é bonito, doce e emocionante com suas reviravoltas. Vale a pena investir quase 2 horas da sua vida nisso.
Recomendo.
Teca Machado
Valeu pela dica. Tem tempo que não assisto romance. Vou adicionar esse para ver.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Vale a pena, viu?
ExcluirÉ fofo!
Beijooos