sexta-feira, 30 de julho de 2021

Devoradores de Estrelas - Resenha


Um dos melhores livros que li esse ano e que entrou na lista de preferidos.


Já começo a resenha assim para vocês sentirem o impacto.


Estou falando de Devoradores de Estrelas, de Andy Weir, mesmo autor de Perdido em Marte, publicado no Brasil pela Editora Suma, selo do grupo Companhia das Letras, com quem o blog tem parceria. 


Foto: @casosacasoselivros


Solicitei um e-book e não me arrependi em nenhuma das 424 páginas. Mergulhei profundamente na história e só conseguia pensar no livro nos momentos em que não estava lendo.


Devoradores de Estrelas


Ryland Grace acordou um tanto atordoado. Não tem ideia de onde está e nem o motivo de terem dois cadáveres deitados em camas ao lado dele. Além disso, parece que morreram há muitos meses. Então, há quanto tempo ele estava ali dormindo? E tem mais um problema: ele não sabe quem é e nem o que aconteceu, não tem memória nenhuma da sua vida. Mas, aos poucos, as recordações vão voltando e ele percebe que está numa missão suicida e desesperada para salvar a humanidade. 


Ele, que é um professor de biologia de ensino médio, não um astronauta, precisa descobrir a resposta para uma questão científica complicadíssima e se falhar na missão toda a humanidade – e o sistema solar – entrará em colapso. E apesar de ter à disposição todo conhecimento que a Terra já produziu, precisa fazer isso sozinho. Ou não.


Andy Weir

Ficção científica


Não li Perdido em Marte, só vi o filme, mas agora posso dizer que quero ler tudo e mais um pouco do que Andy Weir escrever. Ele fez a ficção científica de um jeito “simples”, vamos dizer assim. Fala sobre física, microbiologia, astronomia, engenharia e muito mais de uma forma que é possível ao leigo no assunto entender. O autor escreve sobre temas complicados de compreender e mesmo que em alguns momentos eu precisei ler duas (ou três, confesso!) vezes a mesma frase para realmente assimilar, ele usa uma linguagem acessível.


Devoradores de Estrelas é extremamente interessante e criativo. Por mais que você pense que já viu/leu inúmeras histórias de apocalipse iminente e que um astronauta americano precisa salvar o mundo, aqui encontramos uma trama bem diferente, da qual nem posso falar muito para não dar spoilers. É aquele tipo de história que quando menos você souber do plot melhor.


E um dos pontos mais envolventes é que nem o leitor e nem o protagonista sabem a história completa logo de cara. Por meio de flashbacks que aos poucos vão voltando à Ryland, ele lembra sobre a própria vida e missão, tudo isso em meio a descobertas e desesperos que a missão proporciona. Então o livro passa em dois momentos: durante a missão no espaço e nos anos que antecederam o lançamento do foguete.


Ryland é um ótimo protagonista. Apesar do altruísmo de estar numa missão suicida, ele é um personagem com medos e receios, resmungão, mas que ganha nosso coração rapidamente. Stratt também é ótima. Uma personagem totalmente badass. Ela aparece nas lembranças de Ryland, já que é uma espécie de chefe da missão, uma mulher a quem os líderes do mundo inteiro deram autoridade de fazer o que for preciso para salvar a humanidade. E ela faz: não se importa se é politicamente incorreto, se é perigoso, se não é ético, se é caro. Para evitar o fim do mundo ela é capaz de tudo.


Se você compra um livro pelo link aqui do blog não paga mais nada por isso e ainda ajuda a página a se manter no ar. :)


Estava torcendo muito para que o livro virasse filme. Tanto que li já conseguindo enxergar uma adaptação para o cinema. É aquele tipo de história que precisa virar uma produção de Hollywood. E acabei de descobrir que os direitos já foram vendidos mesmo antes do lançamento do livro e já está em pré-produção. OBA! Terá Ryan Gosling no papel principal e Phil Lord and Chris Miller como diretores. 


Devoradores de Estrelas é um livro excelente, surpreendente e com uma leitura fluida e interessante. Mergulhei profundamente na trama e adorei cada instante. Apesar da complexidade, Andy Weir não deixa pontas soltas, consegue amarrar o enredo e nos entregar um final que condiz muito com a história e que me deixou bem satisfeita.


E só para te deixar com mais vontade de ler: Todos os anos Obama faz uma lista de indicações de livros para ler no verão. Esse ano Devoradores de Estrelas estava lá. Se o Obama achou bom, quem sou eu para dizer o contrário, né?

Recomendo demais.


Teca Machado

quarta-feira, 28 de julho de 2021

A Guerra do Amanhã - Crítica


Imagine estar assistindo a Copa do Mundo de 2022 e a transmissão parar porque um monte de soldados de outra dimensão aparece no meio do campo. E eles vêm com uma notícia: São viajantes do tempo, vindos do ano 2051, e pedem ajuda para ganhar uma guerra. No futuro uma batalha é travada com os “garras brancas”, alienígenas sedentos por sangue, e a humanidade está perdendo. A única alternativa que encontraram foi voltar no tempo e pedir que as pessoas da nossa época se juntem à luta, caso contrário em 30 anos não haverá mais planeta.





Essa é a premissa de A Guerra do Amanhã, do diretor Chris McKay, que seria lançado nos cinemas pela Paramount, mas a pandemia mudou os planos do estúdio. Desse modo, a Amazon ficou interessada no filme e o comprou para a sua plataforma de streaming, o que foi uma decisão acertada, pois o filme se tornou Top 1 da Prime Video.


Pode ler a resenha sem medo de spoilers!


Enredo


Entre os convocados a lutar na guerra do amanhã está Dan Forrester (Chris Pratt), um professor de biologia do ensino médio e que já foi militar nos EUA em operações no Iraque. Obviamente ele não quer ir, mas não há escolha: se a pessoa intimada não vai, seu cônjuge, filho ou parente mais próximo é enviado no lugar. Então, com a intenção de lutar por um futuro para sua filha, Dan vai para o futuro, onde encontra uma situação muito pior do que imaginou. Devido às suas habilidades em guerra, uma coronel do front do futuro (Yvonne Strahovski) conta com sua ajuda em missões.




Pelo trailer temos a impressão de que é apenas um filme de ação e ficção científica, afinal, estamos falando de viagem no tempo, aliens, correria, caos, explosões, apocalipse. Mas o roteiro também trata bastante de questões emocionais do personagens de Chris Pratt, e isso foi algo que incomodou algumas pessoas que queriam ação e ficção pura e simples. Mas, para mim, isso de um ar muito mais humano ao filme e maior profundidade e complexidade ao protagonista. Ele não foi lutar uma guerra que teoricamente não é sua e matar uns etês: sua intenção é salvar o mundo para garantir o futuro para sua filha.


Chris Pratt está muito bem, como geralmente costuma estar nos filmes, ainda mais nos de ação. Ele tem carisma e sabe dar o tom que a cena pede, principalmente quem precisa de algo mais engraçadinho. Temos ainda Yvone Strahvski, que muita gente odeia porque só consegue pensar na Serena de The Handmaid Tale, mas que está bem também, e J. K. Simmons, um ator de nível altíssimo e que sempre entrega uma atuação boa, seja num drama, seja num blockbuster de ação.


Clichês


Apesar de uns furos e algumas decisões no roteiro no mínimo preguiçosas ou sem coerência com a vida real (não que seja um filme real), como falar sobre vulcões com um adolescente alucinado pelo tema, ao invés de falar com um especialista ou até mesmo pesquisar no Google, A Guerra do Amanhã é interessante e tem algumas reviravoltas bem boladas.




Além disso, o filme tem vários clichês do gênero, o que não é necessariamente ruim, porque sempre digo que um clichê bem feito tem o seu mérito. E no caso dos filmes de ação encontramos aqui vários, como a mocinha caindo para a morte certa em câmera lenta, o protagonista ser aquele que é responsável por salvar o mundo, conhecer justamente as pessoas que podem resolver os problemas que aparecem, ter aliens que morrem com um tiro e uns que precisam de uma bazuca para serem destruídos e muito mais.


A Guerra do Amanhã é uma obra de arte do cinema? Nem de longe. Mas é um blockbuster interessante, cheio de entretenimento, muito bem feito, com ótimos efeitos especiais, com elenco bacana e de tirar fôlego em cenas de perseguição. E é exatamente isso que a gente procura num filme do gênero.


Recomendo.


Teca Machado




segunda-feira, 26 de julho de 2021

Malibu Renasce, de Taylor Jenkins Reid - Resenha


E ela conseguiu mais uma vez!


Estou falando da Taylor Jenkins Reid, autora de Daisy Jones and the Six (resenha aqui), Os Sete Maridos de Evelyn Hugo (resenha aqui) e, mais recentemente, Malibu Renasce, todos publicados pela Editora Paralela, selo da Companhia das Letras.


Já era apaixonada pelas duas outras obras dela e agora acrescentei mais uma para a coleção.


Foto @casosacasoselivros


Malibu Renasce


Fim de agosto de 1983. É o dia da festa anual de fim de verão dos irmãos Riva, filhos do famoso cantor Mick Riva. Nina, Jay, Hud e Kit todos os anos fazem esse evento, que começou por acaso algum tempo antes e ganhou proporções épicas, tanto que ninguém mais nem sabe se o que acontece lá é verdade ou lenda. Mas dessa vez nenhum deles está realmente empolgado. Nina, uma surfista e modelo famosa e a anfitriã, acabou de se separar do marido, um tenista famoso que a trocou por uma colega de profissão. Jay, surfista premiado, espera ansiosamente que a primeira garota que ele realmente gostou na vida apareça para aliviar o peso da descoberta que fez. Hud, fotógrafo, precisa revelar um segredo que pode destruir a união com o irmão. E Kit, a caçula, quer beijar um cara, qualquer um, só para fazer isso pela primeira vez logo e descobrir qual o seu lugar no mundo.


Até a meia-noite o álcool estará fora do controle, assim como o consumo de drogas e as pessoas. Mas em poucas horas algo mais vai perder o controle: o fogo que tradicionalmente consome a costa da Califórnia.


Ficção?

Taylor Jenkins Reid


Uma das coisas que mais gosto nos livros da Taylor é que ela escreve de uma maneira que a gente esquece que é ficção. Nos três livros várias e várias vezes eu me peguei destravando o celular para procurar no Google fotos e imagens das protagonistas (uma era cantora, a outra atriz e a terceira modelo e surfista), e só então lembrava que “não era real”. Tem coisa melhor do que um livro que faz isso com você?


A história é construída de uma maneira que te faz mergulhar nela, faz querer abraçar (ou matar!) os personagens e várias vezes você até esquece que é “só um livro”. Não é qualquer escritor que tem esse talento, e Taylor Jenkins Reid com certeza tem.


Além disso, ela está construindo o “Taylorverse”, já que os livros são interligados, o que achei genial. Não lembrava, mas descobri que Mick Riva é o marido número 3 de Evelyn Hugo e aparece num evento em que Daisy Jones está. E durante a festa de Nina o nome de alguns atores e cantores citados nos outros livros aparecem.


Rivas


Ao ler a sinopse e saber que são filhos de um cantor famoso e Nina ser modelo, pensamos em como a família é rica e não passou por necessidade. Mas não é bem assim. Os irmãos Rivas passaram por situações dramáticas, por tragédias e, unidos, seguiram em frente, sempre tendo em Nina um apoio e uma rocha que os ajudou a sobreviver.


Os personagens são muitíssimo bem construídos, com cada um dos irmãos tendo seu espaço para brilhar e crescer, mesmo que Nina seja mais protagonista do que os irmãos. Até mesmo Mick Riva, uma figura que sempre paira à sombra e apesar de não ser presente teve grande peso em transformar os filhos em quem são. Cada um dos Rivas é complexo e, de algum modo, quebrado, com uma bagagem pesada a carregar. Um trunfo de Taylor Jenkins Reid é criar personagens reais, com defeitos mil, várias falhas, doces, bons e fazer com que o leitor se identifique. 


Algo muito bacana é que esse é um livro em que os personagens não estão focados em amor romântico. Tudo bem que os personagens falam sobre isso, buscam inclusive relacionamentos, mas é principalmente sobre família, sobre irmandade, sobre lealdade com aqueles que compartilham o mesmo sangue e os mesmos perrengues. E a autora faz isso de maneira doce e sensível. 


Em alguns momentos o coração da gente fica apertado e a garganta com um nozinho, mas a mensagem, numa metáfora muito bem construída ao redor do fogo e das chamas é esperançosa: que é possível renascer mesmo depois de queimar.


Recebido na parceria <3

Malibu Renasce é excelente, como tudo de Taylor Jenkins Reid. Recebi um exemplar com brindes da Editora Paralela, parceira do blog por meio do Time de Leitores da Companhia das Letras.


Recomendo muito.


Teca Machado

 

Ao comprar pelo link disponibilizado no blog você não gasta mais por isso, mas ajuda a página a se manter no ar. <3

quarta-feira, 21 de julho de 2021

FLIPOP 2021: Confira a programação


Começa amanhã o maior festival de literatura pop do Brasil: O FLIPOP!


Idealizado pela Editora Seguinte, selo da Companhia das Letras, em 2021 acontece quinta edição do evento. 


Devido à pandemia, o FLIPOP será totalmente on-line entre os dias 22 e 25 de julho. Haverá transmissão ao vivo através de uma plataforma exclusiva com simulação de ambientes e espaço para interação. 


Vai ter bate-papos com autores nacionais e estrangeiros, além de locais de autógrafos on-line (mediante compra de livro). 


E sabe o que mais? É gratuito!


Você pode se inscrever aqui, no site do FLIPOP!


Confira a programação:








Não sei vocês, mas eu estou doida para começar logo!


Teca Machado


segunda-feira, 19 de julho de 2021

Pixar In A Box: Curso gratuito da Pixar sobre storytelling e animação


Eu sumi, voltei e sumi no dia seguinte.


Sabem por quê?


Porque eu sou um desastre.


Na terça-feira passada eu estava correndo, tropecei e caí de cara no chão. 


Foi provavelmente o pior tombo que já tomei na vida (e olha que eu vivo caindo!). Me ralei inteira, bati o rosto no chão, estropiei minha mão esquerda – detalhe que sou canhota! – e machuquei o pulso. Passei uns dias com gesso e ainda estou imobilizada, mas bem melhor. Apesar disso, estou escrevendo esse post com apenas a mão direita, então imaginem o tempo que está levando!


Mas, enfim, hoje trago uma dica de curso gratuito muito bacana:


Pixar In a Box, da Pixar Studios.


Imagem: Khan Academy


O curso é uma visão dos bastidores da Pixar, que mostra como os artistas fazem seu trabalho e a magia de criar histórias.


É focado em escritores, roteirista, criadores de conteúdo, animadores, artistas, mas todo mundo que gosta do tema pode fazer, aprender e se maravilhar com as mentes criativas por trás dos melhores desenhos da atualidade.


O módulo de storytelling é o que estou fazendo e estou simplesmente fascinada!


Seguem as aulas:


A arte Storytelling


1. Somos todos contadores de histórias

2. Personagem

3. Estrutura da história

4. Linguagem visual

5. Gramática do cinema

6. Pitch e feedback


Os vídeos são curtos, diretos ao ponto, com depoimento de profissionais da própria Pixar e com identidade visual bem bacana. Além disso, há exercícios que ajudam a destravar a sua criatividade e a treinar o que acabou de aprender.



Há muitos outros focados em animação propriamente dita. Então o aluno pode aprender iluminação, simulação, ciência das cores, câmeras virtuais, efeitos, padrões, rigging (uma técnica de animação em 3D que adiciona movimentos ao personagem por meio da construção de uma série de “ossos”), animação, modelagem de ambiente, modelagem de personagem, criação de multidões, cenários e encenação e renderização.


Ou seja: já termina praticamente um artista da Pixar, hehe.


O único lado ruim é que o curso é em inglês. Mas se você entende pelo menos um pouco deve conseguir acompanhar, porque falam de modo muito claro e tem legendas em inglês. Mas vi que no YouTube tem muitos dos vídeos traduzidos. Não sei dizer se todos estão lá, mas vale a pena conferir se você preferir ver as aulas em português.


Para acessar o curso é só vir nesse link.


Depois me conta se gostaram das aulas.


Recomendo muito!


Teca Machado


segunda-feira, 12 de julho de 2021

Cruella - Crítica


“Cruella cruel, Cruella cruel, é mais traiçoeira que uma cascavel...” 


Definitivamente, não achei que fosse gostar tanto de Cruella, novo live-action da Disney que tem a vilã de 101 Dálmatas como protagonista. Assisti sem grandes expectativas, apesar de ser do estúdio e te ter Emma Stone no papel principal. Mas a verdade é que eu amei o filme.



Cruella


Do diretor Craig Gillespie, Cruella mostra a vida da personagem desde o seu nascimento, já com os cabelos brancos e pretos, até, como ela deixa claro no primeiro minuto de filme, a sua morte.


“Eu já nasci fazendo declarações, isso não agradava a todos.” 


Na verdade, Cruella é Stella. Mais especificamente o seu alter ego: seu lado transgressor, subversivo e um tanto malvado. A garota, desde muito pequena, tinha tendência à rebeldia, confusão, caos e violência, mas que foi de certo modo contido por uma mãe doce e extremamente amorosa. Quando a mãe é morta por Dálmatas, Stella se vê órfã vivendo em Londres nos anos 1960. Com a ajuda de dois meninos como ela, cresce e sobrevive, com o sonho de trabalhar com moda muito latente em si.




Transgressor


Cruella tem um enredo extremamente criativo, nos dando um contexto para a formação da personagem. O roteiro humaniza, sim, Cruella, mas nem por isso a deixa boazinha (como fizeram como Malévola). Ela é transgressora, rebelde, vingativa, com uma mente genial, muitas vezes até mesmo ruim, mas não é de todo mau. É possível entender a sua vontade louca de retaliação com quem fez mal a ela e sua mãe. É possível dizer que a Disney ousou em fazer um filme com uma personagem com tantos lados longe do “felizes para sempre”.


E um dos pontos mais interessantes na construção de Cruella é que em momento nenhum se fala de interesse romântico. Cruella não se importa com isso, ela quer apenas tomar o que é seu, atropelar quem estiver em seu caminho e está no controle da sua vida.




Emma Stone faz um trabalho estupendo. Seu olhar que vai do doce quando é Stella ao ódio latente quando é Cruella é algo a se admirar. Ela praticamente interpreta duas personagens dentro de uma só e faz isso muito bem. Emma Thompson dispensa elogios. Ela vive a Baronesa, uma estilista que Cruella admira e que depois quer derrubar. Thompson nunca faz nada menos do que o ótimo.


Elegante


Eu me lembrava muito pouco de 101 Dálmatas, nem mesmo que Cruella era estilista (apesar de recordar que a vilã desejava fazer um casaco de peles com couro do cachorro), mas esse é um dos pontos principais em Cruella e na formação da personagem. Dito isso, a Disney usou e abusou nos figurinos.


Com uma pegada punk rock e anos 1970, aquela época em que fervilhava cultura e moda inovadora e subversiva, o visual da produção é lindíssimo. A protagonista usa 47 figurinos lindíssimos, assim como outros personagens, como a Baronesa. E a direção de arte faz várias referências à animação original de 1961 e ao primeiro live-action com Cruella, de 1996 e vivida magistralmente por Glenn Close, que é até mesmo produtora executiva desse filme.




Além disso, a produção de uma trilha sonora excelente, com músicas condizentes com a época em que o filme passa. Ouvimos ao longo das 2h14 de filme The Doors, Rolling Stones, Black Sabbath, The Clash, Queen, David Bowie e Blondie. Não tem nada melhor! E ainda há “Call me Cruella”, canção original interpretada por Florence and the Machine.


A trama é fechada em si mesma, mas com espaço para continuação, que já foi confirmada, pois é pouquíssimo tempo alcançou enorme sucesso. E há uma cena pós-créditos que pode ligar o enredo para um próximo filme.


Cruella está nos cinemas, mas também foi direto para o Disney+, streaming da Disney. Só que para assistir ao longa é preciso pagar, ele não faz parte do catálogo convencional. Mas, quer saber? Vale cada centavo.


Recomendo muito.


Teca Machado


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