O Zoológico de Varsóvia - Crítica
A guerra tem seus horrores e mostra o que o ser humano tem de pior. Mas em meio a tantos terrores também encontramos o que há de melhor na humanidade. Inúmeras são as histórias inspiradoras daqueles que foram contra o sistema. Esse foi o caso de Jan e Antonina Zabinski, um casal polonês dono de um zoológico que durante a Segunda Guerra Mundial abrigou e escondeu mais de 300 judeus nas jaulas do estabelecimento e depois os ajudaram a escapar do país ocupado. Essa é a história real na qual foi baseado o filme O Zoológico de Varsóvia, da diretora Niki Caro, lançado em 2017 e disponível na Netflix.
O Zoológico de Varsóvia
O filme é inspirado no livro de Diane Ackerman, que tem o mesmo nome e foi escrito em pesquisas e no diário não publicado de Antonina Zabinzki. Jan (Joahn Heldenbergh) é o diretor do zoológico e Antonina (Jessica Chastain), sua esposa, é uma espécie de administradora, veterinária e faz tudo. Ela é o coração e o carisma do local que recebe diariamente tantos visitantes. Até que a Polônia é invadida pelos nazistas, o que obriga o zoológico a ser fechado. E, então, num bombardeio os animais são mortos e o casal é obrigado pelos militares a cuidar de animais para abate para as tropas. Jan e Antonina, que conheciam muitos judeus, por meio de um esquema elaborado e frágil passam a escondê-los em sua casa e nas jaulas vazias do zoológico apesar de frequentemente receberem visitas de oficias nazistas.
O trabalho de Jan e Antonina foi tão incrível em 1968 o casal foi condecorado em uma cerimônia no Yed Vashem, o memorial dedicado às vítimas do Holocausto, em Jerusalém. Lá eles foram agraciados com o prêmio “Justo entre as Nações” (“Righteous on the Among Nations”).
Antonina
Assim como Antonina era a alma do zoológico, Jessica Chastain é a alma do filme. Para mim ela é uma das melhores atrizes dos últimos anos e eu assisto qualquer filme dela mesmo sem saber a sinopse, porque além de atuar extremamente bem, sabe escolher seus projetos cinematográficos.
Joahn Heldenbergh também está muito bem no papel e sabe passar a dor, empatia e sofrimento pelo qual seu personagem passou. Mas além do casal de protagonistas merece destaque Daniel Bruhl (lá vai ele sendo nazista de novo, hehe!). Seu personagem começa como um oficial do zoológico de Berlin interessado nos animais do estabelecimento e se torna um comandante nazista e, como é de praxe de Bruhl, entrega uma interpretação excelente.
Produção
O Zoológico de Varsóvia é um filme lindíssimo em todos os sentidos, principalmente no visual. Todo design de produção é muito bonito e bem pensado na década de 1940 e mostra os contrastes do pré-guerra, quando tudo era cheio de cor e luz, e de durante o batalha, em que tudo vira cinza, escuro, sem graça e desolador.
O enredo é triste – como todos os filmes de guerra são -, mas ao mesmo tempo deixa o coração de quem assiste quentinho, sabendo que ainda há gentileza, amor e bondade, mesmo nos momentos mais sombrios. O ritmo por vezes é um pouco lento, já que não é um filme de guerra cheio de ação, tiros e lutas, mas isso combina com a trama e 2h7 depois é difícil não ter derramado nem que seja uma lágrima.
Jan e Antonina na vida real |
O Zoológico de Varsóvia não é um filme muito conhecido ou que recebeu muita divulgação na época de lançamento, mas deveria, porque é uma história que merece ser contada. É uma daquelas pérolas meio escondidas que a gente descobre na Netflix.
Recomendo muito.
Teca Machado
Olá..
ResponderExcluirAdorei a sua resenha!
Ainda não conhecia o filme em questão, mas pelos seus comentários pude perceber que com certeza é um filme que me emocionaria muito... A premissa é bem legal e, é claro, já anotei a sua dica!
Vou procurar o livro também <3
Bjo
http://coisasdediane.blogspot.com/
Oi Teca,
ResponderExcluirEu já havia visto o trailer do filme, mas ainda não assisti por que não me sinto bem assistindo a dramas, PRINCIPALMENTE quando envolve animais. Eu sou aquele tipo de pessoa que assiste tranquilamente um filme de guerra, mas se um cachorro morre, eu choro muito, então imagine um zoológico inteiro sendo bombardeado! Talvez eu recorra ao livro quando tiver a oportunidade.
Gostei da resenha.
Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥
OOi
ResponderExcluirJá ouvi muito falar desse filme e do livro, mas nunca cheguei a ver nenhum dos dois. Eu fujo de filmes relacionados a guerra de todas as formas, não gosto mesmo. Uma época muito ruim e que continua sendo mostrada em obras e mais obras.
Sil
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Top comentarista valendo a saga Harry Potter
Teca, não conhecia esse filme e nem a história por trás. Deu um aperto no coração, mas um quentinho também por saber que a bondade também esteve presente nessa situação. :') Fico com medo de assistir, por conta das lágrimas hahaha, mas ao mesmo tempo algo me lembrou da sensação que eu tive com "A menina que roubava livros". Então, dica anotada! ♥
ResponderExcluirBeijos, Carol
www.pequenajornalista.com
Me interessei muito pelo filme e vou adicioná-lo no meu TVST.
ResponderExcluirBoa semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Oi Teca,
ResponderExcluirNossa que história marcante, ainda mais por ser baseada em fatos reais.
Já tinha ouvido falar do filme, mas não sabia que tinha livro.
Eu sempre fiquei curiosa com essa temática, li alguns livros dessa época apesar de serem bem tristes, então com certeza vou querer assistir.
Bjs
https://diariodoslivrosblog.blogspot.com/