Zoey e sua Fantástica Playlist - Crítica
Tenho certeza de que você já quis, pelo menos uma vez na vida, ouvir os pensamentos das outras pessoas. E se esses pensamentos fossem expressos por meio de música? Bom, isso é o que acontece com Zoey (Jane Levy) na série Zoey e sua Fantástica Playlist, que depois de um pequeno acidente passa a saber o que as pessoas ao seu redor realmente pensam por meio de canções e números musicais, alguns enormes e outros individuais.
Zoey e sua Fantástica Playlist
A premissa da série é extremamente criativa – ao mesmo tempo que esquisita: Zoey estava fazendo uma tomografia na cabeça quando um terremoto de grandes proporções atingiu São Francisco. De algum modo, uma maluca simbiose entre o cérebro de Zoey e músicas que os pacientes podem escutar quando estão na máquina acontece. Ao sair para rua e presenciar um estranhíssimo número musical em que as pessoas estão cantando e dançando Help, dos Beatles, a garota percebe que adquiriu a habilidade de ouvir os pensamentos – na verdade as suas emoções mais profundas – por meio de canções em que apenas ela escuta e vê, já que entra numa espécie de brecha no tempo e espaço até que o número musical termine. E quem performou tal show não sabe que o mesmo aconteceu.
O que no começo parece um pesadelo, Zoey vai percebendo que ouvir as emoções das pessoas a tornam uma pessoa melhor e passa a entender melhor e a ajudar os que o rodeiam. Além disso, é o único modo de saber o que o pai (Peter Gallagher), que sofre de uma doença neurológica paralisante, pensa e sente.
Emoção
Além da criatividade, o roteiro de Zoey e sua Fantástica Playlist é muito amarrado, inteligente e ágil. Apesar de ser uma série leve, do tipo que te faz rir e sorrir e onde os personagens enfrentam dilemas como triângulos amorosos, guerra entre setores da mesma empresa e até mesmo Zoey surtada cantando para o dono da companhia em cima da mesa, há muita emoção e drama, trazido principalmente por Mitch, personagem de Peter Gallagher.
O pai de Zoey sofre de Paralisia Supranuclear Progressiva, o que faz com que ele não consiga falar e nem se mover, mas seja capaz de perceber tudo ao redor. A doença do personagem é a mesma que o pai de Austin Wisberg, criador da série, sofreu. Apesar do estado catatônico que vive e vai piorando a cada episódio – para desespero do espectador que torce por ele – quando canta para Zoey, ele volta por alguns minutos a ser o homem que era antes, o que é um presente para a filha ao mesmo tempo que um doloroso lembrete do que já passou.
Mas encontramos emoção em muitos outros momentos, como no episódio focado em Mo (Alex Newell), vizinha e melhor amiga de Zoey que é gênero fluido e fala sobre aceitação de quem ela é, quando sua mãe Maggie (Mary Steenburgen) tenta aceitar como será viver o luto depois que Mitch morrer, logo no piloto que vemos Simon (John Clarence Stewart) lidando com uma tristeza profunda por ter perdido o pai e muito mais, principalmente no último episódio da temporada (Peguem lencinhos!!!!).
Elenco
Zoey e sua Fantástica Playlist não seria a mesma sem o elenco tão bem construído. Jane Levy é doce, engraçada, intensa, forte e adorável. Sua Zoey é aquele tipo de personagem de quem quero ser amiga. Peter Gallagher soube mesclar a fragilidade de Mitch doente com o homem vigoroso e feliz das músicas que canta. Alex Newell, que eu já conhecia de Glee, me passa a impressão de ser realmente Mo: exótico, bem-humorado, estiloso e incrível. E não podemos esquecer de Lauren Graham, nossa eterna Lorelai Gilmore, que vive Joan, a incrível e terrível chefe de Zoey. Num ambiente extremamente masculino de programadores e de TI, Joan e Zoey são um refresco e a prova de que mulheres são necessárias em todas as áreas de atuação.
Zoey vive um triângulo amoroso, com Skylar Astin, que vive Max, seu melhor amigo, e John Clarence Stewart, o Simon. De maneiras bem diferentes, eles complementam e são perfeitos para a protagonista e a gente, assim como ela, fica sem saber por quem torcer (mas eu tenho uma queda por Skylar, porque sempre que ele canta músicas de amor para Zoey são momentos deliciosos, engraçados e doces).
Música
Os números musicais não tentam ser super produções como Glee, com muitas vezes a parte instrumental sendo bem mais baixa do que a voz dos atores para não tirar o foco da mensagem a ser passada. Tirando Alex Newell, ninguém canta maravilhosamente bem e acho que essa é a intenção da série: apenas pessoas normais cantando e dançando suas emoções. Mas isso não tira nenhum pouco o brilho do show, tanto que sempre que vemos alguém cantar é a melhor parte do episódio.
A produção, cuja primeira temporada está disponível na Globo Play, é deliciosa de assistir, divertida, criativa e faz rir e também chorar. É pouco conhecida no Brasil, mas eu garanto que os 12 episódios com cerca de 45 minutos cada valem muito a pena.
A segunda temporada de Zoey e sua Fantástica Playlist já começou a passar nos Estados Unidos e mal posso esperar para ver como continua, principalmente depois de um final tão catártico e agridoce.
Recomendo muito.
Teca Machado
Amei a indicação. Já assisti a primeira temporada e amei muito. Eu comecei a ver achando que seria só para passar o tempo , mas encontrei uma produção bem sensível e emocionante. Já quero ver a segunda temporada.
ResponderExcluirbeijos
https://www.dearlytay.com.br/
Oi, Tay!
ExcluirÉ bem isso, né?
Sensível e emocionante, ao mesmo tempo que é divertida.
Amei!
Beijoooos
Ooi
ResponderExcluirEu já adorei esse elenco todo da série, mesmo nao sendo fã de musicais acho que vou assisti ao primeiro episódio já que to assinando a globoplay por causa do bbb
Sil
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Eles são maravilhosoooooos!
ExcluirAssista, você vai gostar.
Beijooos
Eu ainda não tinha visto falar dessa série. Ela me lembrou aquele filme do que as mulheres gostam. Eu não sou muito fã de filme musical, mas a premissa parece ser boa.
ResponderExcluirBeijos
Eu Milhazes
Oi, Tamires!
ExcluirÉ muito desconhecida, mas é ótima a série.
Super recomendo!
Beijooos
Suas postagens são ótimas, estou seguindo seu blog e curtindo bastante!! Parabéns!
ResponderExcluirMeu Blog: Acertar na Loteria
Obrigada!
ExcluirAdicionei essa série para assistir algum dia. Ela parece ser bem criativa.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA voltou do Hiatus de verão cheio de novidades e posts novos!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Oi, Emerson!
ExcluirExatamente. Ela é criativa, além de engraçada e bem feita.
Beijooos