Um Amor, Mil Casamentos - Crítica
Você já parou para pensar na aleatoriedade do mundo? Em como se um antepassado seu fosse para a esquerda ao invés de para a direita essa decisão poderia significar você nunca nascer? Do mesmo modo, o simples ato de sentar-se em um lugar da mesa ao invés de ao lado pode transformar drasticamente o seu dia. Essa é premissa de Um Amor, Mil Casamentos, filme da Netflix do diretor Dean Craig, que entrou no catálogo na semana passada.
Remake do filme francês de 2012 Plan de Table, Um Amor, Mil Casamentos mostra várias versões da mesma festa de casamento. A diferença entre cada realidade alternativa é a posição em que os personagens se sentaram na mesa e em como esse detalhe pode mudar tudo, inclusive acabar com relacionamentos, criar outros, abalar amizades, gerar brigas e muito mais. O ponto principal é: “A vida é feita de escolhas e momentos. Se você não aproveitar, o acaso pode ser bem inconveniente”.
É até um pouco difícil falar sobre Um Amor, Mil Casamentos porque eu gostei do filme. Gostei mesmo. Achei divertido, engraçado em vários momentos, com um enredo diferente e que beira o nonsense. Além de ter uma fotografia lindíssima. Mas, aparentemente, eu fui uma das poucas que achou isso. Vi inúmeros comentários negativos sobre a produção, em que as pessoas não riram, acharam chato, sem sentido e forçado. Quando falamos sobre comédia é um pouco difícil agradar todo mundo.
O elenco conta com Sam Claflin e Olivia Munn. Eles vivem Jack e Dina e se conheceram anos antes, se gostaram, mas por causa do acaso (e covardia) não se beijaram. Agora, durante o casamento de Hayley (Eleanor Tomlinson), irmã de Jack e amiga de Dina, eles se reencontram. Mas os lugares em que se sentam à mesa dos convidados pode influenciar o relacionamento para o bem ou para o mal, assim como dezenas de outras coisas. Infelizmente o casal não tem muita química, então não é aquele tipo de relacionamento que o espectador fica quicando na cadeira torcendo por eles.
Há vários enredos acontecendo ao mesmo tempo: Jack e Dina tentando desesperadamente se aproximar, Hayley em pânico porque um ex-namorado (Jack Farthing) aparece drogado e apaixonado ameaçando destruir o casamento, Jack cuidando disso ao mesmo tempo que lida com Amanda (Freida Pinto), a ex-namorada que aparece com o novo namorado (Allan Mustafa) que é extremamente preocupado com os seus genitais, Bryan (Joel Fry), ator que deseja conhecer um diretor que está na festa, Rebeca (Aisling Bea), que gosta de Bryan, que nem se importa com ela, e Sidney (Tim Key), totalmente sem noção que só deseja ser amado pelos amigos.
O que fica claro durante o enredo é que não necessariamente é o destino de um casal ficar junto, mas as decisões que ele toma em relação a tudo o que a aleatoriedade joga em seu colo. É um pouco contrário da maioria dos romances, que afirmam que era para ser ou que já estava escrito.
Sem dúvida, uma das melhores cenas de Um Amor, Mil Casamentos é quando Bryan faz um discurso extremamente chapado para os noivos. Aliás, geralmente as sequências em que ele aparece são ótimas. E é divertido acompanhar as versões do que poderia ter sido em cada um dos casos. Apenas em duas delas o enredo se estende mais, mas é nas outras realidades em que mais rimos e nos divertimos.
Então, se você se interessou por Um Amor, Mil Casamentos e for assistir, saiba que eu gostei, mas muita gente não. Vai ser por sua conta em risco.
Eu recomendo, mas nem todo mundo concorda.
Teca Machado
Oi, Teca como vai? Me parece divertidíssimo não é mesmo. Gostei. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Que interessante, não conhecia a história. Já quero ver.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br