Talvez Um Dia - Resenha


Se a Colleen Hoover publicar um bilhetinho escrito “comprar leite”, eu vou ler com prazer. É esse o nível de admiração que eu tenho pela autora, cujos livros no Brasil são publicados pela Editora Galera Record. Tudo o que já li dela me emocionou, me deixou deitada na BR atropelada por sentimentos (Alô, Um Caso Perdido!), me fez chorar e mesmo me destruindo por dentro me deixou com o coração quentinho. Suas histórias, que são romances contemporâneos, têm o poder de fazer isso com a gente. E no caso de Talvez Um Dia, não foi diferente.

Foto: @casosacasoselivros

Em Talvez Um Dia Sidney tem o pior aniversário de 22 anos que se poderia imaginar. Perdeu seu apartamento, seu namorado, sua melhor amiga e ainda ficou com o punho doendo por causa do soco que deu no nariz dela. Totalmente sem rumo, acaba aceitando a ajuda de Ridge, seu vizinho com quem nunca conversou, mas que diariamente observa tocar violão pela sacada. Ridge, que é músico, está passando por um bloqueio criativo, mas descobre em Sidney alguém com quem escrever letras incríveis para as suas melodias.

Como acontece na maioria dos livros da Colleen Hoover, a sinopse simplista e sem um grande tcham pode levar o leitor a pensar que é apenas mais do mesmo, um romance new adult normal. Mas essa é uma forma de não dar spoilers de um enredo que traz muito mais do que aparenta. E posso dizer que a autora nunca nos decepciona e traz uma leitura extremamente fluida. Quando você percebe, o livro já acabou.

Colleen Hoover
Sidney e Ridge são ótimos personagens. E como os capítulos são alternados com o ponto de vista de cada um, entramos em suas mentes. No caso de Sidney, a compreendemos logo de cara. Ela é uma pessoa boa e seus sentimentos estão sempre muito evidentes, não há mistérios que a cercam. Já com Ridge é um pouco diferente. Ele tem questões muito profundas que vão sendo explicadas ao longo do livro e a cada uma delas é um soco no estômago, uma revelação poderosa. Durante muitos capítulos simplesmente não entendemos por que ele não pode largar tudo e ficar com Sidney, mas quando descobrimos faz todo o sentido.

Talvez Um Dia é provavelmente o livro menos trágico de Colleen Hoover, o menos triste. Mas isso não significa que não seja intenso. As cenas em que Rigde pede que Sidney cante para ele são simplesmente uau! Não posso me alongar sobre isso porque seria spoiler, mas o que posso afirmar é que é extremamente profundo, intenso, sensível e mesmo ardente.

Um dos maiores pontos fortes da obra é a parte musical. Cada letra escrita pela dupla, cada canção, tem o seu processo de criação mostrado e todas fazem sentido com o que os personagens passam. E elas são realmente lindas! Para melhorar tudo ainda mais, o músico Griffin Peterson colocou melodia e as gravou. Assim que terminei de ler, passei dias escutando a playlist, disponível no Spotify e no Deezer.

Talvez Um Dia não me arrancou lágrimas e é um livro leve, considerando os padrões da Colleen Hoover. Mas nem por isso deixa de ser lindo, tocante e sensível.


Recomendo muito, ainda mais para a quarentena.

Teca Machado


5 comentários:

  1. Oi, Como vai com essa quarentena sem fim? Os livros da CoHo são maravilhosos. Eu ainda não li esse livro que você, mas tenho certeza de que é maravilhoso, pois todos os livros que eu li eu gostei. Abraço!

    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  2. Oi, Teca
    Esse livro foi o meu primeiro contato com a escrita da autora, e meu preferido. Eu adoro essa história mesmo que muita gente não goste por causa da traição presente na trama. Super amo as obras da CoHo.
    Beijo!
    https://www.capitulotreze.com.br/

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  3. Gostei bastante do artigo de hoje, sempre estou aqui acompanhando seu blog. Tenho aprendido muitas coisas legais aqui.

    Beijos 😘.

    Meu Blog: Espaço de Modas

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  4. sempre tive muita curiosidade com os livros dessa autora e já adorei conhecer mais desse por aqui

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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  5. Teca! Parece se incrível e sempre que escuto falar da autora, acho que lá vem livro triste, sei lá. Tipo Nicholas Sparks hahaha. Mas é uma ideia que tenho, pois nunca li nada da autora. Tenho um aqui "É assim que acaba", mas não sei se é uma boa ler nessa quarentena. Quando terminar uns que tenho na frente, pode ser que eu baixe esse. E parabéns pela resenha incrível. ♥

    Beijos, Carol
    www.pequenajornalista.com

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