Modern Love - Crítica
No dia 31 de outubro de 2004 o jornal The New York Times inaugurou uma coluna chamada Modern Love, onde semanalmente histórias de amor reais, contadas em primeira pessoa, são publicadas. E quando se fala sobre amor, o foco não é o apenas romântico, mas também do de amizade, fraternidade, o próprio e os mais diversos e mesmo não convencionais. E foi baseado nesses contos que a Amazon Prime produziu a série de mesmo nome que está em seu catálogo (e tem uma música e montagem de abertura maravilhosas!).
A primeira temporada conta com oito episódios, cada um uma história diferente. Uns ótimos, alguns muito bons e uns piorzinhos, mas de modo geral é uma série extremamente gostosa de se assistir e feita para encher o nosso coração de um sentimento quentinho e de aconchego. Todos são inspirados em histórias reais e nos textos recebidos para a coluna, mas a produção deixa bem claro que alguns fatos foram alterados para que pudesse encaixar melhor no formato cinematográfico.
1- When The doorman is your main man
O primeiro episódio é um dos que mostram o amor mais diferente. Maggie (Cristin Milioti) é uma jovem que mora sozinha, mas que de certa forma é cuidada por Guzmin (Laurentiu Possa), o porteiro do seu prédio. Ele, já mais velho, tem um sentimento que é uma mistura de amizade com cuidado de pai que fica ainda mais evidente quando a garota engravida. É uma relação fofa, onde ele claramente só quer ver a sua felicidade. Esse foi um dos meus preferidos.
2- When cupid is a prying journalist
Joshua (Dev Patel) é o criador de um app de relacionamentos extremamente bem sucedido no ramo profissional, mas no pessoal nem tanto. Quando é entrevistado pela jornalista Julie (Catherine Keener), ambos trocam relatos dos seus casos de amor que não deram muito certo.
3- Take me as I am, whoever I am
A advogada Lexi (Anne Hathaway) sofre com bipolaridade, que atrapalha sua vida pessoal e profissional. Em seus altos, tudo em Lexi é excêntrico, feliz e exultante e nos baixos é um poço aparentemente sem fundo. A questão é mostrada sem romantização da doença e com uma atuação mais do que excelente.
4- Rallying to keep the game alive
O casal Sarah (Tina Fey) e Dennis (John Slattery) vive uma crise conjugal quando notam que não tem mais nada em comum. Ambos começam terapia para salvar o casamento e percebemos que a relação é uma metáfora para um jogo de tênis.
5- At the hospital, an interlude of clarity
Durante o segundo encontro, Rob (John Gallagher Jr) e Yasmine (Sofia Boutella) vão parar no hospital. Trocando histórias de vida e confissões sobre quem realmente são, o casal em potencial tenta acertar os ponteiros em meio a remédios, sangue e cortes. É um episódio divertido e que me fez sorrir.
6- So he looked loke dad. It was just dinner, right?
Maddy (Julia Garner) perdeu seu pai quando era muito nova e a falta que ele faz permeia a sua vida. Então ela começa a enxergar em Peter (Shea Whingham), um colega de trabalho, uma figura paterna. Enquanto Maddy o vê como pai ele entende como um relacionamento sexual. Esse é definitivamente o pior episódio, esquisito do início ao fim e com sérios problemas de roteiro, construção e personagens.
7- Hers was a world of one
O casal Tobin (Andrew Scott) e Andy (Brandon Kyle Goodman) desejam adotar uma criança. Então conhecem Karla (Olivia Cooke), grávida, nômade e que sabe que um bebê não pode a acompanhar. Ela decide escolher Tobin e Andy para serem os pais do seu filho e nesse caminho surge uma amizade inesperada e bonita. Também foi um dos episódios que mais gostei.
8- The race grows sweeter near its final lap
Margot (Jane Alexander) corre diariamente e numa das provas conhece Ken (James Saito). Mesmo já machucados pela vida, se apaixonaram idosos. Mas isso não os impede de viver intensamente um novo amor. Esse episódio é uma das coisas mais bonitas que vi nos últimos tempos. Aquece e destroça nosso coração com sua sensibilidade e delicadeza. E de certa forma conecta todas as outras histórias em seus minutos finais.
Modern Love é bonita, sensível e conta com boas histórias de amor e ótimas atuações, além de ser uma série rápida de assistir. A segunda temporada já foi confirmada, mas em tempos de Corona vai saber quando será gravada.
E se você quiser ler as histórias nas quais os episódios foram baseados e muitas outras, a Editora Rocco lançou o livro que é uma coletânea delas e foi organizado e editado por Daniel Jones. A Amazon está com pré-venda da obra e se você deseja ajudar esse blog a crescer, pode comprar diretamente nesse link:
Recomendo.
Teca Machado
Oi, Teca como vai? Muito bom saber que a temporada 2 está confirmada. O lado obscuro é saber quando a mesma será gravada nestes tempos tenebrosos de corona vírus. A quarentena já passou do limite do insuportável, entretanto é para o bem de todos permanecer em estado de isolamento social. Só espero que esta pandemia não dure até o fim de 2020, visto que faltam apenas 2 meses para entrarmos na metade do ano, e pelo andar da situação o cenário continuará o mesmo até lá. Aguardemos! Se cuida. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Oi, Teca!
ResponderExcluirO primeiro episódio também foi um dos meus preferidos. Acho que por ter um ar das já tão conhecidas comédias românticas. Vamos aguardar a segunda temporada...
Beijos, Entre Aspas
Preciso urgentemente ver essa série. Várias pessoas já me recomendaram. Na Amazon Prime, já vi Good Omens e Hunters e adorei.
ResponderExcluirEstou voltando aos poucos com o blog e gostaria do seu comentário por lá.
Abraços e fique com Deus
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com/
Eu vi falar dessa série, mas não tive muito interesse. Agora sua resenha está me fazendo reconsiderar ver.
ResponderExcluirGravado na Memória
Gostei bastante do artigo de hoje, sempre estou aqui acompanhando seu blog. Tenho aprendido muitas coisas legais aqui.
ResponderExcluirBeijos 😘.
Meu Blog: Blog Espaço Dicas de Gravidez