Midway: Batalha em Alto-Mar – Crítica
Um dos eventos mais retratados pela humanidade em filmes, livros e séries é a II Guerra Mundial. Todos nós sabemos o básico: Hitler, nazismo, campos de concentração, Pearl Harbor, bomba atômica, Aliados vencem. Mas os anos de 1939 a 1945, período que durou o embate, é recheado de detalhes, pequenos – ou mesmo grandes – acontecimentos que mudaram o rumo da guerra e que nós muitas vezes não estudamos na escola. Não sei vocês, mas antes de Dunkirk, de Christopher Nolan, e O Destino de Uma Nação, de Joe Wright, ambos de 2017, eu não sabia sobre a Operação Dínamo, do Reino Unido, que resgatou cerca de quatrocentos mil soldados cercados por tropas da Alemanha Nazista. E o mesmo aconteceu para mim sobre Midway, batalha retratada no filme de mesmo nome do diretor Roland Emmerich, que assisti no fim de semana pela Amazon Prime.
Até o atentado contra Pearl Habor, em 1941, os Estados Unidos estavam relativamente neutros na II Guerra Mundial. O Japão, aliado à Alemanha, estava expandindo freneticamente o seu império nos territórios ao redor. Até que os EUA fizeram uma sanção de fornecimento de petróleo ao país oriente, que já havia avisado que retaliaria caso isso acontecesse. E foi esse o motivo do ataque à ilha havaiana. Começou, então, o embate entre EUA e Japão que terminou com o lançamento das duas bombas atômicas. Mas nesse meio tempo aconteceu a batalha de Midway, uma pequena ilha no Pacífico que pertencia aos EUA, mas que o Japão queria tomar.
Quando falamos sobre a questões políticas, militares e estratégicas, Midway: Batalha em Alto-Mar é um filme muito bom, mostrando bastante o trabalho da Marinha americana e a importância do serviço de inteligência. Apesar de não ser um fato muito conhecido sobre a guerra foi um acontecimento que mudou o rumo das vitórias do Japão. E logo depois que o filme terminou, assisti ao episódio sobre o tema do documentário da Netflix Grandes Momentos da Segunda Guerra em Cores (muito bom! Recomendo). E pude ver que a produção de Emmerich foi fiel ao que realmente aconteceu.
Entretanto Midway: Batalha em Alto-Mar falha um pouco na construção dos personagens. Eles foram pessoas reais, mesmo os protagonistas do filme, mas de certa forma o espectador não se conecta com eles. Tem um tanto de caricatura entre os soldados, como o novato com medo, o que não teme a morte, o audacioso, o arrogante, entre outros. E mesmo os protagonistas Dick Best (Ed Skrein) e Edwin Layton (Patrick Wilson), quando o roteiro tenta mostrar um pouco da sua humanidade e vida em família não aprofunda muito. Mas isso não chega a incomodar, porque o filme não se propõe a ser uma história romântica e densa, como foi com Pearl Habor, em 2001. Midway é um filme de batalha, guerra e estratégias, não dramas humanos.
O elenco conta com nomes muito bons e conhecidos, como os já citados Ed Skrein, Patrick Wilson, Luke Evans, Woody Harrelson, Mandy Moore, Dennis Quaid, Aaron Eckhart, Nick Jonas e Darren Criss. Mas como o roteiro não foca em realmente nenhum deles ou nas suas subtramas seus papeis são pequenos. Todos retratam pessoas reais que deixaram o seu nome na História por causa das suas ações em Midway e em outros acontecimentos da guerra.
Rolland Emmerich tem em seu currículo vários filmes de destruição e patriotismo americano (ainda que ele seja alemão), como Independence Day, Godzilla, O Dia Depois de Amanhã e Soldado Universal. E Midway não deixa der seguir essa linha. O filme tem características muito próprias do diretor em suas cenas de ação, caos, destruição e esquema de cores. É um show visual, principalmente nas cenas em que acontecem as batalhas aéreas, nos dando uma sensação de aturdimento e cegueira que provavelmente os pilotos tinham.
Midway: Batalha em Alto-Mar é um ótimo filme de ação que nos mostra de maneira bem fiel os acontecimentos desse embate importante, mas pouco conhecido, da II Guerra Mundial.
Recomendo.
Teca Machado
Oi, Teca como vai? Gostei da dica, me parece um filme excelente. Eu particularmente gosto de livros e longa metragem sobre guerras. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Oi, Luciano!
ExcluirSe você gosta de filmes de guerra vai gostar desse.
É uma correria sem fim!
Beijooos