Daisy Jones & The Six - Resenha


Como falo com frequência, sigo o clube do livro da Reese Whiterspoon (@reesesbookclub), que todos os meses traz dicas de obras escritas por mulheres de todo mundo. E posso dizer que as indicações dela são maravilhosas. Uma das que mais me chamou a atenção no último ano foi Daisy Jones & The Six, da Taylor Jenkins Reid. Logo em seguida a Editora Paralela, do grupo Companhia das Letras, publicou a obra no Brasil e depois o outro livro da autora, Os Sete Maridos de Evelyn Hugo (resenha aqui), que eu li e digo que foi uma das melhores leituras de 2019. E esse ano finalmente consegui ler Daisy Jones & The Six. E posso dizer que fiquei completamente apaixonada e provavelmente será uma das melhores leituras de 2020.

Foto @casosacasoselivros

Daisy Jones & The Six: Uma História de Amor e Música, é exatamente o que diz o título. A banda foi a voz de uma geração nos anos 1970, encheu estádios e vendeu milhões de discos com músicas de rock que falavam fundo à alma. Daisy Jones era a personificação da garota descolada, linda e livre e The Six era o grupo do momento, com potencial para ser o maior de todos os tempos. Quando o caminho da cantora se cruza com a banda o resultado é explosivo, sucesso imediato. Mas após o show de 12 de julho de 1979 a banda se desfez em pleno auge, e ninguém nunca soube o porquê. Pelo menos até agora. Narrado por meio de entrevistas com todos da banda e com pessoas que fizeram parte da sua trajetória, podemos conhecer toda a história, do começo ao fim.

Algo que Taylor Jenkins Reid faz com maestria tanto em Daisy Jones & The Six quanto em Os Sete Maridos de Evelyn Hugo é falar de personagens fictícios de uma maneira que temos certeza de que são reais. Nos dois livros a todo momento eu tinha certeza de que estava lendo uma biografia, tão bem a autora constrói seu enredo. A vontade é jogar no Google para ver fotos de Daisy durante os shows, ver a capa dos discos, conhecer o rosto de todos os The Six, ouvir gravações das músicas tão incríveis. E aí você lembra – um pouco frustrado! - que não são pessoas que existiram. Poucos autores têm essa técnica tão aprimorada.

E por falar nos personagens, são extremamente bem elaborados. Como o livro é escrito em forma de entrevista, conhecemos cada um e os fatos de acordo como eles enxergaram a situação, então em vários momentos o mesmo fato tem duas ou três versões, o que deixa o enredo muito mais rico e diverso. Taylor Jenkins Reid não perde muito tempo descrevendo cenários, o que no fim das contas não faz diferença e deixa com que foquemos no que realmente importa: nas pessoas.

Taylor Jenkins Reid

“Os seis que deveriam ser sete.”

Apesar de todos da banda terem um papel fundamente na narrativa, os embates e sentimentos de Daisy e Billy, o vocalista do The Six, têm mais espaço. "Nós adoramos gente linda e destruída por dentro. E não dá para ser mais claramente destruída por dentro e ter uma beleza mais clássica que a Daisy Jones”. Essa é uma boa maneira de descrever ambos os protagonistas. Acredito que falar mais do que isso deles pode estragar a experiência de leitura de quem ainda não leu. Eles são complexos, ambíguos, bons, maus, talentosos, com defeitos, qualidades e muito mais. E o mesmo pode ser dito de Graham, Karen, Warren, Pete, Eddie e Camila, que apesar de não ser da banda é parte importante da trajetória deles. 

E um ponto importante é a força e a liberdade feminina, trazida por Daisy, Karen e Camila. Cada uma a sua maneira é empoderada e não deixa de fazer o que quer por causa do gênero. Uma das frases do livro exemplifica bem: "Os homens parecem achar que merecem um prêmio quando tratam as mulheres como seres humanos."

É bem claro a todo instante que a autora pesquisou muito o universo efervescente da música, principalmente do rock, nos anos 1970 e é uma mistura de realidade com ficção. E ao final do livro a autora disponibiliza a letra de todas as músicas da banda. E como participamos do processo criativo delas, ficamos morrendo de vontade de escutar. Gostaria que tivessem feito como em Talvez Um Dia, da Colleen Hoover, e As Cordas Mágicas, de Mitch Albom, em que as músicas foram gravadas e disponibilizadas no Spotify.


Descobri depois da leitura que a Reese Whiterspoon está produzindo para a Amazon Prime uma série de 13 episódios baseada no livro e já foram escalados Sam Claflin para viver Billy Dunne e Riley Keough como Daisy Jones. Ainda estamos sem maiores informações de datas, mas eu já estou quicando de ansiedade.

Daisy Jones & The Six é uma história de amor à música e pessoas quebradas, mas fortes. 

Recomendo demais!

Teca Machado

13 comentários:

  1. Menina, cada vez que venho aqui, sinto vontade de participar desse clube de leitura.
    Eu fiquei interessada nesse livro, porque ele fala de música e eu amo música! :D

    Já vou pôr na minha lista!

    Um beijo,
    Fernanda Rodrigues | contato@algumasobservacoes.com
    Algumas Observações
    Projeto Escrita Criativa

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    1. O clube de leitura dela é maravilhoso!
      Segue lá no instagram para você ver.
      :D

      Beijooos

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  2. Oi, Teca! Este livro que resenhastes é tudo de bom não é mesmo! Eu espero que a série seja tão boa quanto o livro. Amei a resenha. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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    1. Oi, Lucianooo!
      Esse livro é incrível!
      Altas expectativas para a série.

      Beijooos

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  3. Oi, Teca
    Todas as resenhas que eu leio desse livro são boas, mas a história em si não me chamou atenção. Não tem nada de especial no enredo, somente a narrativa da autora, então não sei se leria.
    Beijo!
    http://www.capitulotreze.com.br/

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    1. Oi, Mika!
      É aquele tipo de livro que a sinopse não faz justiça ao que ele é.
      Vale super a pena!

      Beijoooos

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  4. ja vi resenhas super positivas desse livro e com sua resenha fiquei ainda com mais vontade de ler

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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  5. Oi Teca,
    Eu li primeiro 'Daisy Jones' e só agora estou lendo 'Evelyn Hugo', mas continuo apaixonada pela escrita da Taylor.
    Essa mulher sabe escrever de uma maneira envolvente e gostosa, né? Não consigo parar de ler nenhum dos livros dela, kkkkkk.
    E a série vai ser um belo acerto, não vejo a hora de lançar.
    beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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    1. Oi, Ale!
      Siiiiim!
      A escrita dela é maravilhosa.
      Como a gente não se envolve com esses personagens maravilhosos, né?
      Mal posso esperar pela série!

      Beijooos

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  6. Oiii Teca

    Da Taylor Jenkins li Em outra vida, talvez? e eu amei, amei, amei com todas as forças. A escrita dela é envolvente e as histórias nunca são mais do mesmo. Este semestre pretendo ler tanto Daisy Jones quanto o da Evelyn, que todo mundo só elogia e tenho certeza de que vou gostar muito porque essa autora me surpreendeu demais de primeira. Tomare que sigam publicando outros livros dela por aqui.

    Beijos, Ivy

    www.derepentenoultimolivro.com

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    1. Oi, Ivy!
      Falam que esse dela é muito bom!
      Quero ler, principalmente porque esses outros dela são INCRÍVEIS!
      Você vai gostar!

      Beijooos

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