Good Girls – Segunda temporada - Crítica
Good Girls é uma série que não tem tanto destaque na Netflix, mas deveria ter a sua atenção. Com uma sinopse e um trailer que me chamaram a atenção, assisti a primeira temporada de forma muito rápida (inclusive comentei aqui). E agora a segunda temporada manteve o tom, o ritmo e conseguiu nos manter conectados na história das três protagonistas, ainda que 13 episódios tenham parecido demais.
Em Good Girls três mães de Detroit com sérias dificuldades financeiras decidem assaltar um supermercado. O problema é que o local estava de acordo com uma gangue local e o dinheiro que elas pegaram pertencem a pessoas perigosas. Então, sem querer, Beth (Christina Hendricks), Annie (Mae Whitman) e Ruby (Retta) se veem envolvidas em muitos outros crimes.
A segunda temporada conseguiu dar continuidade aos rolos das três mulheres e mostrar novas facetas de cada uma. Beth, a mãe e esposa perfeita, se vê cada vez mais fascinada pelo poder que esse novo mundo traz para ela. É interessante ver como ela se sente confortável e cada vez mais natural nessas situações. Ruby vive o drama familiar de fazer lavagem de dinheiro e esconder cadáveres ao mesmo tempo que é casada com um policial extremamente correto, mas que faz tudo por ela. E Annie volta a ter um caso com o ex-marido que engravidou a nova mulher e ainda está num emprego que odeia. Elas são uma boa definição de anti-heroínas que o público se afeiçoa. E ainda há Rio (Manny Montana), o vilão, o chefe de todos os esquemas que ao mesmo tempo que tem afeição por Beth é um cara realmente mal. E nessa temporada conhecemos mais da sua vida, quem é ele e sua família.
O relacionamento de Ruby e Stan (Reno Wilson) fica mais forte do que nunca, com o policial tentando salvar a esposa ao mesmo tempo que luta contra a sua ética. E o de Beth e Dean (Matthew Lillard, o eterno Salsicha do Scooby Doo) se deteriorando à medida que a mulher toma ainda mais gosto pelo perigoso estilo de vida.
É interessante como o roteiro é criativo e faz com que as três afundem cada vez mais em problemas. Tanto que chegamos a pensar que não tem escapatória a não ser a polícia descobrir tudo ou Rio eliminar as mulheres. Mas tudo é tão criativo que chega até a ser um pouco fantasioso. O chefe da gangue é extremamente paciente e tudo conspira ao favor delas – ao mesmo tempo que não conspira.
Apesar disso, em outros aspectos Good Girls é muito realista. E ela trata de temas nem tão fácies, como traição, casamento, perdão, ego, família, ética e mesmo identidade de gênero, com a filha de Annie (Isaiah Stannard) se descobrindo menino.
Good Girls é uma dramédia. Ela tem alívio cômico principalmente em Annie, mas não é de fazer rir. Pelo contrário. Em vários momentos o coração fica apertado. E é principalmente nesses trechos que a série e as atrizes brilham, Christina Hendricks e Reeta principalmente. A produção talvez não fosse tão boa se as três não tivessem sido escaladas.
A terceira temporada já foi confirmada. Mas o que foi bacana é que os roteiristas deram um final para a segunda com margem para mais história ao mesmo tempo que fechava o enredo. Se não fosse renovada, teríamos um fim.
Se você ainda não assistiu Good Girls, recomendo bastante a primeira e a segunda temporada.
Teca Machado
Oi, Teca
ResponderExcluirJá vi muitas indicações dessa série mas ainda não me me chamou tanto atenção. Eu acho legal quando os roteiristas criam coisa nova, mas também deixando a essência da primeira temporada. Que bom que você gostou, que venha a terceira!
Beijo
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eu adoro a série! é realmente uma dramédia... já vi as duas primeiras temporadas e estou ansiosamente aguardando a terceira!
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Oi, Teca como vai? Eu já vi muitos comentários positivos dessa "dramédia" pela blogosfera. Deve ser bem divertido assistí-la. Abraços!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/