segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Livros para ler pelo Kindle Unlimited


Vocês conhecem o Kindle Unlimited, certo?

Ele é uma plataforma da Amazon na qual você paga R$ 19,90 por mês e tem acesso a um zilhão de livros para ler (ok, exagerei, “só” tem mais de um milhão de livros), na forma de e-book. E apesar de você poder ler no e-reader da própria Amazon, o Kindle, se tiver outro dispositivo que dê para baixar aplicativos, é só fazer o download do app Kindle Unlimited.

Apesar de preferir sempre os livros físicos, aproveito o Unlimited para ler obras de autores brasileiros que não tem na versão impressa. E, olha, tem muita coisa boa por lá (apesar de também ter muita ruim, então é preciso saber garimpar).

Trouxe aqui indicações para vocês de livros que valem a pena ler no Kindle Unlimited!

Je T’aime, Paris – Teca Machado


“Com um pai milionário encrencado com a Justiça e seus bens bloqueados, Ana Helena precisa aprender a viver com poucos recursos e decide se refugiar em Paris. Peraí! Como viver com pouco dinheiro em Paris? Não tem jeito! Arles acaba sendo a alternativa mais modesta. Mas a tranquilidade dessa pacata, porém charmosa, cidade do interior da França logo dá lugar a um turbilhão de acontecimentos envolvendo um novo amor, obras de arte importantes e homens tão ambiciosos que farão de tudo para colocar as mãos no que desejam. A grande aventura leva Ana Helena de volta a Paris, com perseguições alucinadas, romance, estratégia, muita ação, drama e reviravoltas. O que você faria para salvar um grande amor e alguns milhões de euros?”

Bom, vou começar com meus próprios livros, haha. Para quem não sabe, eu sou escritora e tenho duas comédias românticas publicadas. Uma é Je T’aime, Paris, e a outra é I Love New York, que não está no Unlimited porque foi publicada por uma editora. São histórias leves, divertidas e que vão te fazer suspirar.


Blogueiras.com – Antologia de contos


Essa é uma antologia de contos organizada pela escritora Thati Machado – apesar do nome, não é minha parente. São oito histórias contadas por blogueiras brasileiras sobre esse universo super rico de informações e divertido que é a internet. Um dos contos é o meu, chamado Conversas Literárias.


Com Outros Olhos – Thati Machado


“A vida perfeita de aparências da jovem Lana se desfaz como pó depois de um trágico acidente com seu então namorado Lucas. Destinada a ultrapassar todos os obstáculos que a vida lhe impõe, Lana ingressa na Companhia Raoul de Teatro - com a ajuda de seu irmão - sem que saibam das suas limitações. Seus companheiros de trabalho parecem não facilitar a vida da moça, principalmente Arthur, que interpreta seu par romântico na peça. Ironia do destino ou não, Lana vai descobrir que uma vida sem luz ainda pode lhe oferecer tudo que uma garota sempre sonhou. E que as aparências... Sempre enganam.”

Já que estamos falando da Thati Machado, esse é um livro dela que me encantou e deixou o coração quentinho.


Minha Chefe Me Odeia – Olívia Molinari


“Edward Smith saiu de Londres para tentar a sorte em Nova York, longe da pressão de sua família. Com uma nova identidade, ele estava pronto para ser mais um cidadão comum, em uma grande cidade. Mesmo com a dificuldade para encontrar emprego, é surpreendido por um anúncio inusitado: uma vaga de assistente pessoal da herdeira de um grande império. Elizabeth Adams não é o tipo de mulher que ele está acostumado. Ela é fria, arrogante e exigente. Noiva de um sujeito mau caráter, que não está disposto a abrir mão de seu relacionamento. Todos lhe dizem que não passará do primeiro mês. Entretanto, Edward é persistente e não se deixa intimidar pelo olhar frio de sua chefe. Aos poucos, eles se aproximam e a relação entre Chefe e Funcionário pode se transformar na melhor experiência de suas vidas.”

Esse livro é uma duologia muito bacana. Você pode ver a resenha dos livros aqui e aqui.


Romance Concreto – Aimee Oliveira


“O que um chiuaua não-adestrado, uma loja sendo demolida, o demolidor da loja em questão e Olivia Liveretti têm em comum? Isso mesmo: nada. Principalmente porque o tal demolidor se encontrava completamente coberto de cimento e grosserias. Sendo assim, quando esses quatro elementos se reúnem, numa tarde nublada de segunda-feira, algo estranho acontece. E continua acontecendo à medida que Olivia Liveretti passa a conhecer as razões pelas quais Jonas Caruso continua a demolir a sua querida loja de quinquilharias apesar de seus protestos. A Kinki quinquilharias e afins nunca mais será a mesma.
E Olívia também não.”

Essa é a minha leitura atual e estou adorando cada página dela!


Mocassins e All Stars – Clara Savelli


“Julie está em um momento complicado da vida. Depois da morte do seu pai, ela e sua mãe se mudam para o outro lado do país – lar de sua avó materna, que ela nunca conheceu. Julie se vê obrigada a deixar seus melhores amigos para trás, a enfrentar colegas nem um pouco receptivos no novo colégio, e a conviver com Arthur, esse garoto implicante que parece amar tirar sarro de seus sapatos e que a coloca em furadas desde seu primeiro dia de aula. Entre mistérios, brigas e romance, Julie descobre algo sobre sua avó que muda o rumo de tudo. Ela só queria terminar o Ensino Médio e decidir o que fazer na faculdade, mas a vida não poderia facilitar tudo para ela, poderia?”

Ler livros da Clara é sempre uma delícia e nesse caso não seria diferente!


O Ogro e a Louca – SG Fidelis


“Mathew Calston, o marquês de Wheston vive recluso em sua mansão no campo desde que acontecimentos em seu passado o fizeram repensar a vida e mudar completamente sua visão do mundo e das pessoas. A senhorita Nicole Smith, aceita o cargo de governanta na mansão, porém ela não esperava que houvesse tanto trabalho para tão poucos criados. Também não esperava conhecer o patrão em circunstâncias impróprias que o levassem a crer que ela era uma louca, desvairada. Mas foi o que aconteceu. Agora, com a pior impressão possível um do outro, eles terão que aprender a conviver, superando a aversão inicial e descobrindo um desejo incontrolável que aumenta a cada embate entre eles.

Esse eu não li ainda, mas foi indicação da Tami Marins, do blog Meu Epílogo


Ajoelhou Tem Que Rezar – Tom Adamz


“A chegada do novo sacerdote, padre Isaac, ao pequeno vilarejo de “Vale dos Sonhos” promete agitar as coisas. Nada como um religioso bonitão para atrair a trupe das solteironas à missa. Contudo, mal sabem elas, o bom moço, dono de um belo corpo e estonteantes olhos verdes, esconde um grande segredo. Tiana, conhecida como Índia, encantou-se pelo ‘santo’ no instante em que o viu. Lutando contra o desejo e o temor de ter que se apresentar ao tribunal divino para prestar contas, ela se vê imersa na beleza do padre. Cerceando a cidade, temos a mata que esconde segredos e lendas. Nessas idas e vindas, uma criatura dos livros surge para desempenhar o papel de cupido, levando o nosso pobre padre e a índia a embarcar em incontáveis confusões...

Esse foi indicação da Pâm Possami, do blog Interrupted Dreamer, que disse rir muito com a leitura.


 

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E você, pode me indicar mais algum e-book do Unlimited bem bacana?

E por falar na Amazon, você já fez a sua inscrição no Amazon Prime?

Ele é uma combinação de benefícios de compra e entretenimento da empresa. 

Ao assinar o Amazon Prime, você tem acesso a frete GRÁTIS ilimitado em milhões de produtos e acesso a filmes, séries, músicas, eBooks, revistas, jogos, ofertas exclusivas e muito mais.


Teca Machado

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Clube do livro de celebridades


Há alguns dias falei aqui sobre o Hello Sunshine e o clube do livro da Reese Whiterspoon. Mas você sabia que muitos outros famosos são leitores vorazes e criaram comunidades literárias??

Separei para vocês alguns dos clubes do livro mais influentes dos dias de hoje:

Hello Sunshine - Reese Whiterspoon


Se você não viu o post anterior sobre o clube da atriz, trouxe aqui um resumo.

Reese criou o seu clube do livro em 2017 e mensalmente escolhe um livro para fazer leitura compartilhada com seus seguidores. O foco de Hello Sunshine são livros escritos por mulheres, dos mais variados gêneros e que falem de assuntos importantes. E o bacana é que as obras selecionadas geralmente são desconhecidas e até mesmo de outros países que não EUA e Inglaterra. Com mais de um milhão de seguidores, os livros indicados acabam se tornando best sellers.

Perfil no instagram: @reesesbookclub e @hellosunshine


Clube do Livro da Oprah


A empresária e apresentadora Oprah Winfrey começou em 1996 com indicações de leituras no seu programa de TV e hoje ela continua com o trabalho na internet. Oprah recomenda vários tipos de livros, mas principalmente romances. Em 2018, junto com a Apple, anunciou uma parceria para produzir dois documentários e criar o “maior, mais vibrante e estimulante clube de livros do planeta”. Para ela não há nada mais emocionante do que ser transportada por um livro incrível, além de poder compartilhar essa experiência com os outros. A parceria ainda não tem data de estreia, mas enquanto isso, Oprah tem o clube dentro do seu site oficial.

Site: http://www.oprah.com/app/books.html


Our Shared Shelf – Emma Watson


Assim como sua personagem mais icônica, Hermione Granger, que amava livros, a atriz Emma Watson também é apaixonada por literatura. Tanto que criou um clube do livro feminista pela plataforma Good Reads (tipo o brasileiro Skoob), no qual indica e conversa sobre uma obra selecionada a cada dois meses. Seu foco são os livros escritos por mulheres e o legal é que as indicações são de autoras de vários países e de vários temas. Ela mantém também uma conta no instagram.

Instagram: @oursharedshelf


Belletrist – Emma Roberts


A atriz Emma Roberts também é uma apaixonada por livros, por isso criou o Belletrist, perfil no instagram do seu clube do livro onde ela e seus seguidores leem um título escolhido a cada mês e conversam e discutem o enredo e particularidades da história.

Instagram: @belletrist


David Bowie - Duncan Jones


Nesse caso não é bem um clube do livro, mas um projeto coletivo. O astro David Bowie era um leitor voraz compulsivo, tanto que sua lista de livros favoritos conta com 100 títulos. No final de 2017, um ano depois da morte de Bowie, seu filho Duncan Jones lançou um desafio em seu Twitter: ler, junto com seus seguidores, a centena de obras preferidas do pai.

Você pode ver a lista completa aqui.

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E você, conhece mais algum clube do livro de celebridades para indicar?

Teca Machado


segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Comemoração de Friends 25 anos


Ontem, domingo, 22, uma das sérias mais icônicas e amadas do mundo comemorou 25 anos: Friends!

E, não sei vocês, mas ela é com certeza um dos amorzinhos da minha vida. Comecei a assistir ainda bem novinha, com uns 13 anos – nem entendia várias das piadas! – e até hoje vejo. É um daqueles programas para assistir quando quero rir, limpar a mente, saber que vou encontrar algo que amo ou quando não quero pensar muito, apenas me deixar levar.

E muito foi feito para comemorar as duas décadas e meias da estreia do show que contou com 236 episódios divididos em 10 temporadas. 

25 Phoebes


O The Today Show chamou 25 mulheres vestidas de Phoebe Buffay para cantarem Smelly Cat em frente ao prédio de Friends em NY. E além da ação como uma homenagem à série e à personagem, ainda foi uma forma de arrecadar doações para o Best Friends Animal, instituição que acolhe animais de rua.


Google



Se você digitar no Google Friends + o nome de um dos personagens, na lateral direita irão aparecer fotos e descrições de cada um, além de um desenho que os representa. E se você clicar nele, acontece algo relacionado ao personagem. Com o Ross, por exemplo, temos um sofá que faz a tela “virar”, relembrando o episódio do “pivot, pivot, pivot”.


Pottery Barn

Crédito: Divulgação

Os fãs sabem quem a loja Pottery Barn foi citada num episódio da sexta temporada quando Rachel e Ross compram produtos no local e são criticados por Phoebe. Para comemorar os 25 anos da série, a empresa fez uma linha de produtos inspirada no show. Além deles, você pode comprar a “mesa de boticário de outrora”.


Lego



Crédito: Divulgação

A lançou coleção especial de Friends. O kit conta com 1.070 peças e reproduz o Central Perk. Custa US$ 59,99 (algo em torno de R$ 240)e por enquanto, ainda não foi confirmado se será comercializado no Brasil.


Casa Warner



Crédito: Divulgação

A exposição criada pela Warner está na segunda edição e voltou a São Paulo. Apesar de ter espaços sobre Riverdale, Supergirl, The Flash, Harry Potter e outros, o foco é Friends. O visitante pode ver frases icônicas espalhadas pelas paredes, o peru gigante do Dia de Ação de Graças, o batom masculino Ichiban, além de uma réplica perfeita do Central Perk, onde é possível realmente sentar e cantar Smelly Cat. Infelizmente, os ingressos estão esgotados há tempos.

Café



A rede de cafeterias Coffee Bean & Tea Leaf se juntou à Warner para criar uma edição limitada de sacos de cafés e xícaras com a temática de Friends. São três sabores: Central Perk Medium Roast, com toques de nozes e doçura, Central Perk Dark Roast, feito com café brasileiro e colombiano e uma pitada de cacau, e Central Perk Tea, um chá preto com sabor cítrico. Os produtos estão sendo vendidos na Amazon americana.

Giphy




Quem ama gifs (Eu! Eu! Eu!), vai adorar saber que a Giphy criou um canal todo com gifs da série e acrescentou mais de 2.300 imagens, retiradas de todos os episódios da série. Você pode acessar aqui.

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E você, é fã de Friends? Como comemorou os 25 anos da série? 

A Warner passou 5 dias com a programação inteira do dia dedicada à série e eu assisti muitos e muito episódios.

Teca Machado

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

O Reino de Zália - Resenha


Essa é uma história de princesa. Mas não é o típico enredo de uma doce e bela jovem que precisa ser salva por um príncipe encantado e viver feliz para sempre. O Reino de Zália, de Luly Trigo, que recebi da Editora Seguinte (Companhia das Letras), vai muito além disso. É uma trama sobre uma garota que se viu diante de uma responsabilidade inimaginável em meio a dor e ainda assim fez o melhor que pôde.

Foto @casosacasoselivros

Zália é a segunda filha do rei de Galdino. Como não é a herdeira do trono, foi criada longe dos holofotes do palácio, numa vida relativamente normal em seu internato. Quando seu irmão Victor, príncipe herdeiro e regente, morre inesperadamente, a Coroa cai no colo de Zália, que nunca quis e nunca se preparou para isso. Mesmo em luto, precisa tomar as rédeas da situação e governar o país, mas quanto mais se aproxima do povo, vê que Galdino passa por situações difíceis de revolta e resistência e se indaga: Será que o governo do seu pai é bom? Será que ela quer continuar com o mesmo estilo de reinado?

O Reino de Zália me lembrou muito a série The Crown no sentido de que vemos que um governante precisa abdicar muito de si mesmo e dos seus sonhos para fazer o melhor para todos. Isso é muito claro com a Rainha Elizabeth, assim como com Zália. Luly Trigo soube nos passar como é a responsabilidade do monarca e ver que não são apenas coisas boas e luxo.

Foto: Site da Companhia das Letras
Apesar de passar no fictício arquipélago de Galdino e ser uma monarquia, a ambientação do livro poderia muito bem ser no Brasil. Os problemas do país são muito parecidos com os nossos: corrupção, escolas e hospitais com problemas de repasse de verbas, homens governando há muito tempo sem se importar com o povo e até mesmo uma lei com novas diretrizes para aposentadoria. Parece familiar para vocês?

Um dos pontos mais bacanas de O Reino de Zália é que vamos descobrindo os fatos juntamente com a protagonista (a não ser alguns fatos que a gente saca muito mais rápido do que ela, que está cega para várias coisas). Como os livros são pelos seus olhos, é como se estivéssemos ao seu lado o tempo todo, fazendo parte da história.

Zália é uma excelente protagonista. A menina quieta e introspectiva do começo se torna uma governante incrível e empoderada. E, apesar de ainda estar engatinhando como chefe de Estado e saber que há pessoas muito mais experientes do que ela que fariam tudo com uma mão nas costas, entende que deve fazer o que é certo, ainda que o certo seja extremamente difícil.

Os personagens secundários são bem bacanas e bem construídos também, principalmente Gil, Bianca e Júlia, seus melhores amigos. Tudo bem que eu peguei um rancinho da Júlia, que ao invés de apoiar a amiga estava sempre retrucando. E tem também a gracinha do Enzo – que com um bom papo com Zália teria resolvido seus problemas em duas páginas -, a mãe da protagonista, a professora Mariah e outros. Claro que há os antagonistas (na verdade vilões), que se eu falar aqui é um spoiler, ainda que qualquer pessoa que já leu romances vai saber na hora que era uma furada, haha.

O Reino de Zália é um livro muito bonitinho, de leitura rápida (são várias páginas, mas a letra tem um tamanho bacana e o espaçamento das linhas é grande) e com um ritmo bem gostoso. Luly Trigo não estendeu demais a história e nem correu com os acontecimentos. Antes de ler achei que seria um pouco mais infanto-juvenil, mas também não é nem de longe um livro adulto. Acho que posso descrever como young adult.


Recomendo.

Teca Machado 


quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Good Girls – Segunda temporada - Crítica


Good Girls é uma série que não tem tanto destaque na Netflix, mas deveria ter a sua atenção. Com uma sinopse e um trailer que me chamaram a atenção, assisti a primeira temporada de forma muito rápida (inclusive comentei aqui). E agora a segunda temporada manteve o tom, o ritmo e conseguiu nos manter conectados na história das três protagonistas, ainda que 13 episódios tenham parecido demais.


Em Good Girls três mães de Detroit com sérias dificuldades financeiras decidem assaltar um supermercado. O problema é que o local estava de acordo com uma gangue local e o dinheiro que elas pegaram pertencem a pessoas perigosas. Então, sem querer, Beth (Christina Hendricks), Annie (Mae Whitman) e Ruby (Retta) se veem envolvidas em muitos outros crimes.

A segunda temporada conseguiu dar continuidade aos rolos das três mulheres e mostrar novas facetas de cada uma. Beth, a mãe e esposa perfeita, se vê cada vez mais fascinada pelo poder que esse novo mundo traz para ela. É interessante ver como ela se sente confortável e cada vez mais natural nessas situações. Ruby vive o drama familiar de fazer lavagem de dinheiro e esconder cadáveres ao mesmo tempo que é casada com um policial extremamente correto, mas que faz tudo por ela. E Annie volta a ter um caso com o ex-marido que engravidou a nova mulher e ainda está num emprego que odeia. Elas são uma boa definição de anti-heroínas que o público se afeiçoa. E ainda há Rio (Manny Montana), o vilão, o chefe de todos os esquemas que ao mesmo tempo que tem afeição por Beth é um cara realmente mal. E nessa temporada conhecemos mais da sua vida, quem é ele e sua família.



O relacionamento de Ruby e Stan (Reno Wilson) fica mais forte do que nunca, com o policial tentando salvar a esposa ao mesmo tempo que luta contra a sua ética. E o de Beth e Dean (Matthew Lillard, o eterno Salsicha do Scooby Doo) se deteriorando à medida que a mulher toma ainda mais gosto pelo perigoso estilo de vida.

É interessante como o roteiro é criativo e faz com que as três afundem cada vez mais em problemas. Tanto que chegamos a pensar que não tem escapatória a não ser a polícia descobrir tudo ou Rio eliminar as mulheres. Mas tudo é tão criativo que chega até a ser um pouco fantasioso. O chefe da gangue é extremamente paciente e tudo conspira ao favor delas – ao mesmo tempo que não conspira.

Apesar disso, em outros aspectos Good Girls é muito realista. E ela trata de temas nem tão fácies, como traição, casamento, perdão, ego, família, ética e mesmo identidade de gênero, com a filha de Annie (Isaiah Stannard) se descobrindo menino.


Good Girls é uma dramédia. Ela tem alívio cômico principalmente em Annie, mas não é de fazer rir. Pelo contrário. Em vários momentos o coração fica apertado. E é principalmente nesses trechos que a série e as atrizes brilham, Christina Hendricks e Reeta principalmente. A produção talvez não fosse tão boa se as três não tivessem sido escaladas.

A terceira temporada já foi confirmada. Mas o que foi bacana é que os roteiristas deram um final para a segunda com margem para mais história ao mesmo tempo que fechava o enredo. Se não fosse renovada, teríamos um fim.

Se você ainda não assistiu Good Girls, recomendo bastante a primeira e a segunda temporada.

Teca Machado

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Celebridades À Prova de Tudo - Crítica


Você provavelmente já assistiu pelo menos uma vez aos programas de sobrevivência de canais como Discovery e NatGeo (Largados e Pelados, o melhor de todos!). E o Bear Grylls é um dos apresentadores mais famosos do segmento com o seu À Prova de Tudo (Man vs. Wild). Apesar de ele ser um pouco controverso – as pessoas falam que é um tanto sensacionalista, comendo as coisas nojentas mais para chocar e dar audiência do que por outros motivos – já assisti muito ao show. E há pouco tempo descobri que ele tem outro programa: Celebridades À Prova de Tudo.


O nome é bem claro sobre o que é: celebridades passam dois dias com Grylls em situações extremas, como ele faz quando está sozinho, tirando-os totalmente das suas zonas de conforto e carregando-os para lugares selvagens e perigosos de todo o mundo.


Já com quatro temporadas e a quinta confirmada para ir ao ar a partir de novembro desse ano, Celebridades À Prova de Tudo geralmente foca em artistas muito conhecidos – até mesmo o presidente Barack Obama participou de um episódio especial na Exit Glacier, uma geleira do Alasca.

Enquanto os episódios de À Prova de Tudo são mais dinâmicos e com um zilhão de desafios para Grylls enfrentar, no caso de Celebridades À Prova de Tudo ele pega mais leve, óbvio. E o apresentador sempre conversa com o convidado, falando muito sobre a vida deles. Com o Zac Efron, por exemplo, ele teve um papo super franco sobre drogas, reabilitação e voltar ao que realmente importa.



E por falar nas celebridades, olha essa lista incrível de alguns convidados que já participaram:
Zac Efron
Ben Stiller
Channing Tatum
Kate Hudson
Kate Winslet
Ed Helms
Michelle Rodriguez
James Marsden
Michael B. Jordan
Julianne Hough
Courteney Cox
Shaquille O'Neal
Mel B
Julia Roberts
Vanessa Hudgens
Lena Headey
Don Cheadle
Scott Eastwood
Roger Federer



E a quinta temporada também promete com Brie Larson, Armie Hammer, Cara Delevingne, outra vez Channing Tatum, Dave Bautista, Zachary Quinto e outros.

Muitos dos episódios estão no Youtube e aqui você consegue ver uma lista bem completa com vários.

E aí, ficou interessado?



Até eu gostaria de passar dois dias com Bear Grylls!

Recomendo.

Teca Machado

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Para Sempre Lara - Resenha


Além de escrever aqui no blog, eu acompanho várias outras páginas que também comentam sobre literatura, cinema, séries e mundo pop em geral. Então acaba que várias das leituras que faço são indicações de outros blogueiros. E esse é o caso do livro da resenha de hoje,
Para Sempre Lara, da brasileira Malu Simões, publicado pela editora The Books.

Foto @casosacasoselivros

Li pelo Kindle Unlimited, mas sei que ele também se encontra na versão física.

Para Sempre Lara é uma espécie de contos de fadas moderno. Após ter o coração partido pelo namorado que não quis mais saber dela, a protagonista embarca numa viagem para a Suíça com as duas melhores amigas Marina e Luana. Sua mãe sempre lhe contou sobre uma lenda que envolve um lago no país e Lara finalmente vai conhecer o local. Mesmo ainda muito chateada, seu coração começa a se curar ao conhecer Christer, um lindo ruivo que se hospedou no mesmo hotel que as meninas e que é bastante misterioso sobre quem é e de onde vem. Em meio a neve, paisagens lindíssimas e o Natal, Lara começa a se apaixonar outra vez, mas descobre que ficar com esse garoto dos sonhos é mais complicado do que parece.

Malu Simões
Apesar da sinopse do próprio livro e de todas as resenhas que vi falarem de um ponto muito importante da trama, preferi acreditar que isso seria um spoiler e deixar como surpresa para quem se interessar por Para Sempre Lara.

O livro é bem curtinho, apenas 175 páginas, e a gente lê bem rápido. É escrito em primeira pessoa, narrado pela própria Lara. Isso é bacana, para podermos conhecer melhor a personagem - eu sempre adoro ler em primeira pessoa. Mas eu tive um problema bem sério com a protagonista. Achei chata. De verdade, muito chata. Ela é imatura, birrenta e fala algumas pérolas como que não vai chegar num cara porque ela foi ensinada que mulheres não devem fazer isso. Alô, século 19!

Suas atitudes, seus pensamentos e suas ações e muito do que aconteceu me incomodaram bastante, o que atrapalhou muito a leitura para mim e fez com que achasse o livro legal, mas nada extraordinário. O que é uma pena, porque a história tem todo o clichê - e digo isso como um elogio, porque quem acompanha o blog sabe que eu adoro clichês bem escritos! -, magia, romance e leveza que eu estava esperando quando comecei a leitura.

Christer é um daqueles mocinhos para a gente suspirar e se perguntar por que não existe um desses na vida real. Ainda mais que ela diz que ele parece o Jamie de Outlander, obviamente um dos homens mais lindos do mundo. E Marina e Luana são bem legais também. Terminei o livro querendo ser amiga das duas, assim como filha da mãe de Lara, que é uma fofa.

Para Sempre Lara nos leva para a cidade de Interlaken e para o lago Blausee e fiquei surpresa ao descobrir que ambos realmente existem. E posso falar uma coisa? Com certeza entrou na minha lista de lugares que preciso conhecer, ainda mais na época do Natal. Olhem que coisa mais linda:

Fotos: Google


Enfim, Para Sempre Lara não me encantou como achei que encantaria, mas é legal.


Recomendo.

Teca Machado

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Yesterday - Crítica



Imagine acordar num mundo onde os Beatles não existem? Não só eles, mas outros ícones da nossa cultura pop, como a Coca-Cola e muito mais. Esse é o cenário em que se encontra Jack Malik (Himesh Patel). Ele é um músico que durante um apagão global é atropelado por um ônibus e quando desperta, percebe que as pessoas nunca ouviram falar dos quatro rapazes de Liverpool. Então começa um sucesso estrondoso como se músicas como Yesterday, She Loves You, Let It Be e muitas outras fossem criação sua. Esse é o enredo de Yesterday, do diretor Danny Boyle, que está nos cinemas desde a semana passada.



Nos últimos dois anos, vimos vários filmes biográficos de cantores e bandas, sendo os mais famosos Bohemian Rhapsody, do Queen, e Rocketman, de Elton John. Temos em Yesterday mais uma produção musical, com obras que todo o público conhece e ama, mas no caso não é a história dos artistas, e sim exatamente o oposto, sobre um universo paralelo em que os Beatles não existiam.

A ideia é diferente e divertida, assim como o filme. Ele tem uma pegada Sessão da Tarde, no melhor sentido da palavra. Está sendo descrito como uma comédia romântica e "feel good movie", daqueles para você se sentir bem. Essa é a sensação que fica ao final de Yesterday, de coração quentinho e um excelente entretenimento. Pode até haver alguns momentos mais reflexivos, como o fato de toda ética e culpa de Jack por ser tratado como um gênio e como o fato de que é dito que um mundo sem os Beatles é um lugar pior, mas, de modo geral, é um enredo leve.



Himesh é carismático e tem charme. Uma boa escolha para o papel, ele mesmo canta e toca todas as músicas, o que dá um toque ainda mais legal. Mesmo nos seus momentos mais "diva" e incorreto, é possível gostar de Jack. Vai dizer que você não faria o mesmo? Mas não podemos deixar de citar Lily James, uma das minhas atrizes favoritas, com toda a sua doçura característica. Ellie é a melhor amiga, empresária e apaixonada por Jack desde sempre. Sempre que aparece brilha, com sua voz doce e sorriso fácil. A química entre eles é bem forte e real. Há ainda Kate McKinnon, hilária como a agente de Jack, e até mesmo Ed Sheeran, como ele mesmo, numa participação divertidíssima.

Yesterday é um filme muito bom, mas perde um pouquinho o ritmo quando foca muito no romance-não-romance de Jack e Ellie ao invés de ter como ponto principal a premissa do mundo sem os Beatles. Mas, não se preocupe, isso não faz com que o filme perca sua graça e charme.



O roteiro é de Richard Curtis, conhecido por Simplesmente Amor (um dos meus filmes preferidos da vida!), Questão de Tempo (que também amo de paixão), O Diário de Bridget Jones, Um Lugar Chamado Notting Hill e outros. Então toda a sua sensibilidade, delicadeza, romance e mesmo melancolia estão em Yesterday.

Danny Boyle, o diretor, brilha mais em outros tipos de trabalho. É só olhar a sua carreira, que conta com títulos como Quem Quer Ser Um Milionário - onde ganhou Oscar, Trainspotting, Steve Jobs, 127 Horas, Extermínio, A Praia e mais produções um tanto quanto pesadas e de temas pouquíssimo leves. Mas, faz um trabalho de direção bacana. Não espetacular, mas a altura do que o filme pede.



Yesterday não contou com a participação ativa de nenhum Beatle na produção, mas teve a benção de Paul McCartney e Ringo Starr. Um toque legal é o nome de vários personagens fazerem referência às músicas, como Ellie, de Eleanor Rigby, Rocky (Joel Fry), vem de Rocky Racoon, e Lucy, (Ellise Chappell) de, obviamente, Lucy in the Sky With Diamonds.

Yesterday é, antes de mais nada, uma homenagem aos Beatles e a toda sua genialidade.

Recomendo muito.

Teca Machado

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