segunda-feira, 5 de novembro de 2018

The Man In The High Castle - Crítica


Vivemos tão focados na Netflix que acabamos esquecendo de séries que não estão disponíveis na plataforma ou que não sejam produções originais dela. The Handmaid’s Tale, da Hulu, (preciso terminar de assistir urgente!), Game of Thrones, da HBO, são exemplos de enredo que se sobressaíram mesmo não estando lá. A Amazon Prime está lançando séries muito boas – e menos conhecidas – que merecem a nossa atenção. Durante o feriado eu e meu marido começamos uma da empresa chamada The Man In The High Castle.


Essa resenha não será muito profunda ou completa, porque não deu tempo de ver tudo, mas ficou aqui uma vontade absurda de maratonar todos os episódios, o que já é um bom indício. Trago para vocês a primeira impressão dessa produção que é baseada no livro de mesmo nome de Phillip K. Dick, autor de Blade Runner e outras obras de ficção científica muito conhecidas.

Imaginem como seria o mundo, como seriam os Estados Unidos, se o Eixo (Alemanha, Japão e outros países) tivesse vencido a 2ª Guerra. Essa é a premissa de The Man In The High Castle. Os Aliados foram subjugados pelos nazistas e o território americano foi dividido em três partes. A costa leste (Nove York) é governada pelos alemães, a costa oeste (São Francisco) ficou com os japoneses e há uma zona neutra entre as duas. Americanos vivem sob o medo e a tortura frequente desses conquistadores, por isso há a Resistência, que está em posse de um filme que mostra imagens muito diferentes daquelas que são apresentadas ao povo, onde os vencedores são os Aliados e Hitler foi morto. Começa, então, uma perseguição a Juliana Crain (Alexa Davalos), que sem querer recebeu o filme e é envolvida nesse jogo político.




The Man In The High Castle não tem um orçamento enorme, mas é muito bem feita, principalmente a ambientação e o figurino. A fotografia remete sempre a tons escuros, acinzentados, que em muito espelham o estado de espírito dos americanos que vivem sob domínio alemão e japonês. É bizarro observar a Times Square repleta de propagandas nazistas, suásticas e lemas do partido emoldurando o que hoje seriam propagandas variadas, assim como ver as ruas de São Francisco se torna estranho com a quantidade de ideogramas japoneses. 

Até onde pude assistir, os personagens são bem trabalhados, principalmente Juliana. Ela é jogada numa teoria da conspiração perigosíssima e se vira com o que aconteceu, sem ficar de mimimi, mas também sem fazer milagres. Vale ressaltar o arco de Joe Blake (Luke Kleintank), que acabou de entrar na Resistência, Frank Frink (Rupert Evans), namorado de descendência judia de Juliana e obergruppenfürer John Smith (Rufus Sewell, em mais um papel de vilão), um nazista com alto cargo no governo alemão.

Os episódios têm um bom ritmo, alguns um pouco mais lentos do que outros, mas nada muito devagar. E em geral eles terminam com um cliffhanger que basicamente te obriga a assistir o próximo. E como estamos falando de um cenário de pós-guerra, não espere muitos momentos felizes. Pelo contrário. Saiba que seu coração ficará partido várias vezes.




Impossível não criar mil teorias sobre o que aconteceu, sobre o porquê de ter um filme com imagens reais. Mas são reais para mim, seriam reais para aquele universo paralelo deles? Os americanos estão sendo enganados enquanto o resto do mundo vive a queda do nazismo? Ou tudo o que está lá é verdade e o filme é apenas uma ficção? Enfim, são muitas perguntas que fazemos logo nos primeiros momentos e que esperamos serem respondidas. Felizmente a série já está na terceira temporada, cada uma com 10 episódios e foi renovada para a quarta, então ainda há muito o que ser discutido e descoberto.

E um ponto interessante: Edelweiss, música de A Noviça Rebelde, é usada na abertura de The Man In The High Castle, num tom sinistro e que dá o tom da série.

Recomendo e vou continuar assistindo.

Teca Machado


6 comentários:

  1. Oi Teca! Acredita que até agora eu não sabia dessa série, ás vezes sou muito perdida, confesso rsrsrs Eu adorei a premissa e adoro séries que nos fazem criar mil teorias. Amei a dica!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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    1. Oi, Mi!
      Mas essa série é meio escondida, pouca gente conhece.
      É beeeeem bacana!

      Beijooos

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  2. Eu estou de olho nessa série tem um tempinho, preciso começar a ver! Pela temática tem tudo pra eu gostar! Tem tanta coisa boa e pouco conhecida fora da Netflix né?
    Bjs
    http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com

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    1. Carol, eu nem conhecia.
      Foi por acaso e eu adorei.
      Vale muito a pena.
      A gente fica na comodidade da Netflix e esquece que tem um mundo inteiro fora dela.

      Beijooos

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