Um Contratempo - Crítica
Algo que a Netflix tem feito é abrir meus horizontes cinematográficos. Acostumados a assistir apenas produções de Hollywood, no máximo uma ou outra brasileira, nós agora temos com muita facilidade outros filmes estrangeiros. E no sábado, já que ninguém queria sair de casa para não gastar gasolina, meus vizinhos foram na minha casa e decidimos assistir a um filme. Não sei porque, mas paramos na seção de estrangeiros. Ao ler a sinopse do espanhol Um Contratempo, do diretor e roteirista Oriol Paulo, decidimos que talvez fosse uma boa escolha sem nem mesmo assistir ao trailer. Mas Estávamos errados, já que não foi uma boa escolha: foi ótima!
Pode se jogar na resenha que é livre de spoilers!
Posso dizer que Um Contratempo foi um dos melhores suspenses que vi nos últimos tempos. O enredo parece simples, mas é complexo, recheado de nuances e traz muitas reviravoltas, até o último minuto, literalmente. Temos um quebra-cabeça onde vão surgindo peças que nem imaginávamos que estavam faltando e tudo vai se juntando de uma forma que vai ser totalmente mind blowing. No fim das contas, você nunca está prestando atenção o suficiente.
Adrián (Mario Casas), acorda num quarto de hotel e encontra sua amante morta (Bárbara Lennie) e muitas notas de dinheiro espalhadas, sem saber ao certo como isso aconteceu. O quarto estava trancado por dentro, sem nenhum tipo de saída alternativa, então ele é o suspeito óbvio. Acusado pelo assassinato e esperando julgamento, se reúne com Vírginia Goodman (Ana Wagener), uma das melhores advogadas criminais da Espanha, para juntar as peças, descobrir o que aconteceu e montar sua defesa.
Falando assim parece quase clichê, uma trama onde ele vira o próprio detetive para resolver seu caso, já que a polícia não acredita na sua versão. Mas há uma subtrama, contada por meio de flashbacks, que se entrelaça profundamente com a principal, nos trazendo um enredo diferente, surpreendente e muito bem amarrado. A cada hora o espectador cria uma teoria, que cai por terra nos minutos seguintes, pois Oriol consegue nos enganar todo o tempo. É uma espiral de acontecimentos que nos leva muito mais profundamente do que de início acreditávamos.
As atuações são excelentes, principalmente de Bárbara Lennie e Ana Wagener. Bárbara diz muito com o olhar, com as micro expressões do rosto. O espectador sente raiva, sente pena, sente nojo da sua personagem. Ela desperta emoções em quem a assiste e faz um trabalho excelente. Já Ana Wagener criou uma personagem feroz, uma advogada que não tem papas na língua e não se deixa manipular por ninguém. Seus momentos em tela são inspiradores. Ela pressiona Adrián, dizendo que não pode ser mole, já que promotores e juízes não serão. Mario Casas é competente, mas perde um pouco o brilho ao lado de mulheres tão notáveis.
Nem de longe é uma história que dá medo. É um thriller policial cheio de tensão, sobre o ser humano e as consequências do seu atos, que geram bolas de neve imparáveis. As cores são frias e sóbrias, como o enredo pede. Há sempre aquele clima de que algo irá dar errado em breve. Muito errado.
Um Contratempo é um excelente suspense para quem gosta de uma história inteligente que vai dar um tilt no seu cérebro.
Recomendo muito.
Teca Machado
ah que super boa indicação! eu já vi esse filme e é msm ótimo, cheio de reviravoltas, o final é surpreendente!
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
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Esse filme é incríííííível, né?
Excluir:D
Beijooos
Um dos melhores filmes que já vi!!! Sensacional do início ao fim!!!
ResponderExcluirSensacional 🥰
ResponderExcluirIntrigante do início ao último instante!
Surpreendente👏👏❤️