Casamento Grego 2: Crítica

Em 2002 assisti despretensiosamente Casamento Grego. Adorei, me diverti e ri muito com Toula (Nia Vardalos) e sua gigante, grudenta e intrometida família grega. O filme, que custou apenas U$ 5 milhões e arrecadou mais de U$ 360 milhões no mundo inteiro, além de uma indicação ao Oscar por Melhor Roteiro Original, que é da própria Vardalos, voltou em 2016 com Casamento Grego 2, do diretor Kirki Jones, que eu assisti agora na Netflix. Posso dizer que é como não se tivessem passados 14 anos e eu continuo amando e rindo muito dos Portokalos.

Depois de todo auê que Toula passou em Casamento Grego para que aceitassem que se casasse com Ian (John Corbett) um homem não-grego, os Portokalos agora tem nela todo suporte para a família continuar funcionando. Além de ajudar os pais, as irmãs, as tias, os primos e tudo o mais, Toula precisa lidar com a sua filha adolescente Paris (Elena Kampouris), que, assim como ela quando jovem, quer se distanciar um pouco de toda cultura e intromissão dos pais. Paris está terminando o ensino médio e deseja estudar em outra cidade. Ao mesmo tempo, Gus (Michael Constantine) e Maria (Lainie Kazan) descobrem que depois de cinco décadas juntos não estão casados legalmente. Desse modo os Portokalos precisam organizar um novo e grande e escandaloso e incrível casamento grego.

O estúdio conseguiu juntar todo o elenco do original para essa sequência e esse é o grande tcham. Ao assistir o espectador sente como se não encontrasse velhos amigos há muito tempo, mas quando finalmente se veem, percebe que além de umas ruguinhas a mais e uns fios de cabelos brancos, ninguém realmente mudou.

O elenco, assim como na primeira produção, está muito afinado e entrosado. Nia é a alma de Casamento Grego, afinal, também assina o roteiro desse. Toula é uma personagem que a gente consegue se identificar e gostar, assim como toda sua família, por mais barulhenta e intrometida que seja. Seus pais, irmãos, primos e marido são divertidos, felizes e muito unidos e é possível sentir isso vindo dos atores. Quem mais me arrancou risadas foi Andrea Martin, como tia Voula, sempre pronta para dar um conselho para Toula, por mais inapropriado – e surpreendentemente certo – que seja. Há participações especiais de John Stamos e de Rita Wilson, já que a produção é do Tom Hanks.

Casamento Grego 2 é uma ótima sessão da tarde, que vai te dar leveza, fazer rir e até mesmo dar uns suspiros. Os momentos cômicos não são apelativos ou gratuitos, todos têm um motivo de ser e de estar ali. Além do humor, o filme tem uma mensagem bonita sobre família e união, além de aceitação, que te faz ver que não importa a cultura, as famílias são todas iguais. Não há nenhuma surpresa no roteiro e nem uma grande reviravolta, mas o filme nunca se propôs a ser mais do que ele é e essa é a grande graça dele.

Ao fim do filme fica aquela sensação de não querer ir embora, de não querer deixar velhos amigos para trás. Os Portokalos são escandalosos, mas é impossível não amá-los. Então, se você viu Casamento Grego, com certeza vai se deliciar com essa continuação. Ela é adorável!

Recomendo.

Teca Machado