De vez em quando tudo o que a gente quer é uma comédia boba, um filme sem grandes pretensões para relaxar num sábado à tarde. E A História Real de Um Assassino Falso, filme da Netflix estrelado por Kevin James e dirigido por Jeff Wadlow, é exatamente isso. Apesar do título parecer que talvez possa ser um filme mais sério, é uma comédia dramalhona cheia de clichês e bem divertida, com alguns momentos inspirados.
Sam Larson (Kevin James) tem um trabalho chato durante o dia, mas à noite é um aspirante a escritor que colocou toda sua alma e inspiração num livro de fictício de espião baseado em relatos de um amigo que trabalhou na área. Quando finalmente consegue ser publicado, a editora mudou uma palavra do título e o publicou como uma biografia real. A obra se torna sucesso absoluto em pouquíssimo tempo e Sam acaba sendo confundido com o protagonista, um matador de aluguel de verdade. Então é sequestrado – várias vezes, diga-se de passagem – e levado até a Venezuela numa missão perigosíssima que envolve o governo americano e a milícia sul-americana, afinal, acreditam que ele tenha muita experiência, treinamento e sangue frio.
Não espere um filme profundo ou com denúncias políticas de verdade (apesar de que muito se fala das guerrilhas venezuelanas e do caos que isso trouxe para a população do país), e sim uma comédia de ação, com um pouquinho de romance, que usa e abusa de humor físico. Afinal, Sam é um escritor gordinho com muita imaginação e sem nenhum jeito para a pancadaria, mas se vê no meio de uma guerra civil, tendo que enfrentar conspirações, tiroteios e fugas alucinadas. Kevin James faz com seriedade aquele que se propôs a fazer e isso é um dos melhores pontos do longa. E no elenco também temos outros nomes conhecidos, como Andy Garcia, como o chefe da guerrilha e extremamente caricato, e Kim Coates, como presidente da Venezuela.
A História Real de Um Assassino Falso, que é um remake do filme francês de 1973 “Le Magnifique”, tem um tom lúdico em vários momentos, principalmente quando Sam deixa a imaginação voar enquanto escreve. Ele imagina as cenas tendo ele próprio como protagonista, mas o problema é que no fim das contas isso se tornou realidade e ele pouco tem do matador de aluguel totalmente badass no melhor estilo James Bond.
O roteiro peca em mostrar os sul-americanos como sempre: um povo atrasado, suado e que vive em péssimas condições, muitas vezes no meio da floresta. Mas esse, infelizmente, é o normal de Hollywood.
O terço final do filme é clichê, é engraçado e sem grandes surpresas, mas nunca tenta ser algo além do que se propõe: uma comédia de ação para divertir, não para marcar época.
Recomendo.
Teca Machado
ah ja adorei essa indicação, to msm caçando algo aqui pra ver no netflix
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
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Oi, Lívia!
ExcluirÉ fofinho, haha.
O Kevin James é sempre legal.
Beijooos
Legal, só faltou contar a parte mais engraçada, de um contratando ele para matar o outro, num triângulo doido. kkkkkkkk
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