terça-feira, 11 de abril de 2017

A Cabana – Sobre o filme


Quando li A Cabana, de William P. Young, logo que foi lançado em 2008, eu chorei igual um bebê. Chorei mesmo, de me afogar em lágrimas, de soluçar. E imaginei que com o filme, do diretor Stuart Hazeldine, que estreou há poucos dias no cinema, eu ia chorar bastante também. Não chorei. Confesso que o nó na garganta permaneceu o filme quase todo e uma ou outra lágrima fujona escorreu, mas não teve toda a profundidade que a obra original tem. Mas, ainda assim, o filme é bem bom.


Não espere muita ação. A Cabana é uma história mais introspectiva, de conversas e mistérios da fé. Se você é do tipo que gosta de filmes com explosões e correrias, essa produção não é para você. E saiba que a mensagem que o enredo passa é cheia de Deus, arrependimento, perdão e cura interior.

Em A Cabana conhecemos Mack (Sam “Avatar” Worthington). Ele é um homem torturado, quebrado e vazio desde que a sua filha mais nova foi raptada e morta por um serial killer de garotinhas. E ele se sente culpado, pois foi num momento de descuido, quando foi acudir seu outro filho, que a menina sumiu. Seu corpo nunca foi encontrado, mas o vestido que ela usava no dia foi achado numa cabana. Quando está no fundo do poço, Mack recebe uma carta, aparentemente de Deus, dizendo que vá se encontrar com Ele no fatídico local. O homem acredita se tratar do assassino e vai. Mas, ao chegar lá, ele na verdade passa o final de semana com Deus (Octavia Spencer), Jesus (Avraham Aviv Alush) e o Espírito Santo (Sumire), que desejam curar a sua dor tão profunda e restaurar um relacionamento com Mack, que estava com a fé abalada depois dos acontecimentos.



A Cabana é sobre a busca pela paz, pelo perdão e pela cura, além da busca por uma relação mais profunda com Deus. A Trindade, personificada com atores de etnias tão distintas (uma negra americana, um israelense e uma japonesa), age como um só, como deveria ser, e conversa com Mack, o mostra como Eles sempre estiveram presente em sua vida, mesmo nos momentos mais escuros.

A identidade visual do filme é simplesmente magnífica. Os momentos de dor de Mack são pontuados pelo inverno, pela falta de sol, uma perfeita analogia. Mas ao encontrar Deus, Jesus e o Espírito Santo, tudo ganha um colorido especial, brilhante e de cair o queixo. O que era um local de dor e sofrimento passa a ser um retiro para o corpo e para a alma.



Octavia Spencer, é óbvio, está maravilhosa. A atriz é incrível sempre. E seus companheiros de cena também não ficam para trás. Até mesmo Sam Worthington, que não é o mais expressivo dos atores, mergulhou fundo na dor do personagem. E o que falar de Amélie Eve, a garotinha que interpreta Missy, a filha desaparecida de Mack? Uma fofurinha! Temos até a presença da brasileira Alice Braga, no papel do Conhecimento, e do cantor Tim McGraw, amigo de Mack e o narrador da história.

O filme A Cabana não tem toda a profundidade e dor presentes no livro. As conversas de Mack com a Trindade também não tem o impacto – e nem a duração – que são tão características do original. Algumas críticas disseram que quase se sentiram num sermão. Mas o filme cumpre bem seu papel e nos faz refletir sobre vários aspectos da vida, principalmente fé e sofrimento.


Se você não acredita em Deus ou é cético sobre muitas coisas, esse filme não é para você. Ou talvez seja. Mas vá de coração aberto.

Recomendo.

Teca Machado

5 comentários:

  1. Oi, Teca!!

    Confesso que nunca li A Cabana, embora tenha ficado curiosa quando foi lançado devido ao grande boom de estreia. Acho que vou pegar para ler antes de ver o filme.
    Fiquei curiosa.

    Bjs!!

    http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br

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    1. O livro é mil vezes melhor do que o filme.
      Tanto que no filme eu não chorei e no livro morri de chorar, haha.

      Beijooos

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  2. Teca, não li o livro ainda. Mas imagino que a história seja incrível e que ajude. E enquanto eu não embarca nessa história, vou correr e assistir ao filme. Nunca tem o mesmo impacto, mas acho que vale a pena. ♥

    Beijos, Carol
    www.pequenajornalista.com

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    1. Carol, te conhecendo bem, sei que você vai desidratar de chorar, hahaha.
      <3

      Beijooos

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