O fim de uma era.
Foi assim que me senti ao finalizar a leitura de Cidade do Fogo Celestial, o último livro da série Os Instrumentos Mortais, de Cassandra Clare, da Editora Galera Record.
O livro foi lançado em 2014, mas só li agora. Sou do tipo que tem dó de ler a série toda numa sentada e depois ficar órfã, ficar sentindo falta dos personagens. Mas eu estava muito curiosa, precisava saber o fim. Então me aventurei por suas mais de 500 páginas e digo que foi épico.
A autora já vinha preparando o terreno nos volumes anteriores. O seu vilão Sebastian, muito mais maníaco do que Valentim, da primeira trilogia da série, foi tudo o que prometeu e mais um pouco: louco, psicopata, sem compaixão, obsessivo e muito malvado. Grande parte do tcham desse livro, aliás, dessa série, se deve a ele. Sei que odiamos vilões, mas uma história em que ele não é bem construído perde toda a graça, não é verdade?
Cidade do Fogo Celestial começa já com Sebastian tocando o terror. Ele disse que voltaria e voltou. Começa a atacar institutos ao redor do mundo e a transformar cada vez mais Caçadores de Sombras em Crepusculares, seus soldados malignos. Enquanto a Clave e todos os Caçadores ao redor do mundo tentam achar uma maneira de parar o avanço de Sebastian, Clary, Jace, Simon, Alec e Isabelle acreditam ter a solução: encontrar o vilão em seu próprio território, um mundo demoníaco. Mas essa, com certeza, é uma viagem sem volta e que irá afetar tanto física quanto psicologicamente a todos eles.
Série Os Instrumentos Mortais |
Definitivamente é um dos melhores volumes da série. Muitas vezes nos decepcionamos com o final de uma saga, mas não foi esse o caso. Cassandra Clare, com o passar dos livros, foi evoluindo sua escrita e seus personagens até o ponto em que encontramos muita maturidade tanto na história quanto nas atitudes dos personagens. Jace e Clary sempre foram os protagonistas, mas a cada volume outros cresceram e se tornaram tão importantes quanto, como Simon, Isabelle, Alec e Magnus. Eles formam uma unidade tão coesa, tão integrada que é difícil imaginar um sem o outro.
Foi interessante como a autora juntou suas três séries de livros numa só. Em Cidade do Fogo Celestial temos o desfecho da saga As Peças Infernais (que eu não li ainda, mas agora já sei o final) e o início de Os Artifícios das Trevas, cujo primeiro livro, A Dama da Meia Noite, já foi lançado. Ela foi muito inteligente ao entrelaçar todas as histórias desse universo que criou.
Série Os Artifícios das Trevas, primeiro livro |
Série As Peças Infernais |
Como disse lá em cima, podemos descrever Cidade do Fogo Celestial como épico. Cheio de ação, correria, drama, reviravoltas, decisões importantes, mortes e amadurecimento. Foi uma leitura intensa, que ia apertando meu coração a cada página, pois eu tinha medo do que viria em seguida, de quem ia morrer dessa vez.
A narrativa é em terceira pessoa, como em todos os outros volumes de Os Instrumentos Mortais, só que pelos olhos de muitos personagens. A cada livro Cassandra Clare foi aumentando a quantidade de personagens pelos quais víamos a história acontecer e isso foi fundamental. O único problema foi que a minha edição, que foi a primeira, comprada assim que lançou, está cheia de erros de digitação, assim como em algumas páginas a tinta da letra está mais fraca, por vezes até falhada. Não sei se nas próximas isso foi corrigido, mas no meu caso foi assim.
Só não digo que vou sentir falta de todos os personagens porque ao que tudo indica em Os Artifícios das Trevas vou encontrar com eles outra vez.
Recomendo muito.
Teca Machado