terça-feira, 2 de agosto de 2016

007 das selvas – A Lenda de Tarzan


Um 007 das selvas. Foi isso o que uma amiga disse quando saímos do cinema após assistir A Lenda de Tarzan, do diretor David Yates. Tarzan (o saradíssimo e muito gato Alexander Skarsgard) salta, pula, despenca, luta, corre, quase voa e, apesar de sair machucado dos conflitos, continua milagrosamente vivo. O filme tem sido avaliado como apenas bom pela maioria dos críticos, principalmente porque a história publicada em 1912 por Edgar Rice Burroughs já foi contada e recontada mil vezes. Mas o roteiro de Adam Cozad e Craig Brewer, apesar de em muitos momentos mostrar flahsbacks da sua criação e de quando conheceu Jane (Margot MARAVILHOSA Robbie), é todo focado numa parte da história ainda não vista.


Oito anos depois de sair das selvas africanas, Tarzan vive pela sua verdadeira identidade, a de John Clayton III, um lorde inglês muito respeitado casado com Jane. A pedido do rei da Bélgica, John volta ao Congo numa viagem diplomática na companhia de sua esposa e de um americano chamado George Washington Williams (Samuel L. Jackson), que deseja investigar se os nativos estão sendo feitos de escravos. 

Mas John não sabe que por trás dessa viagem há uma trama de Leon Rom (Christoph Waltz), enviado do monarca para explorar os recursos naturais do país, de entrega-lo para Mbonga (Djimon Hounsou), um líder de tribo que deseja se vingar e matar Tarzan. Para fazer com que o “rei da selva” faça o que deseja, Leon sequestra Jane. E assim começa uma alucinada perseguição em meio às florestas e planícies do Congo.




Um dos melhores aspectos de A Lenda de Tarzan é o seu visual. A fotografia e os efeitos especiais são lindos. As cores, por vezes extremamente sóbrias, principalmente quando retratam Londres, o mundo civilizado e a tribo de Mbonga, e em outros casos repletas de tons vivos e alegres, como na floresta, entre as árvores, na perseguição e nos flashbacks. Há todo um cuidado por parte do diretor nos detalhes, na iluminação, no brilho de certos aspectos em cena. É bonito de se ver (e ver Margot Robbie e Alexander Skarsgard também não é nada ruim).

O taciturno John se transforma em outro homem, muito mais livre e leve quando entra na pele de Tarzan. É possível ver essa mudança gradual interpretada por Alexander Skarsgard, uma ótima escolha de elenco. Ele tem o ar aristocrático e ao mesmo tempo selvagem que o personagem pede. E Margot Robbie é feminina, mas forte. Mesmo que o filme se passe no século 19, ela não se limita a ser uma mocinha em perigo (o que no fundo ela é). Tanto que em determinado momento ela diz “você quer que eu grite como uma donzela?”.




Outras escolhas excelentes do elenco foram Christoph Waltz e Samuel L. Jackson. Waltz tem se especializado com maestria nesse tipo de papel: o vilão sem escrúpulos com um quê de sarcasmo e às vezes até loucura. É um ator maravilhoso e de quem sou muito fã. E o que falar do sr. Jackson? Incrível sempre que aparece em tela, principalmente porque é o alívio cômico e quem mais tira risadas e sorrisos dos espectadores.

O que é possível perceber é que A Lenda de Tarzan é um filme sério. Não chega a ser sombrio, como os filmes da DC (O Homem de Aço, Batman Versus Superman...), mas também não tem a alegria, a leveza e o bom humor de outros estúdios, principalmente da Marvel, já que estamos falando aqui de heróis e vilões. Essa é uma marca da Warner, responsável pela produção. É só você pegar os filmes do Harry Potter como exemplo, especialmente os últimos da franquia: sombrios, escuros, sérios.



Confesso que o roteiro é um pouco fraco e sem grandes motivações, o que pode deixar por vezes a história superficial, mas A Lenda de Tarzan é um ótimo entretenimento e vale a pena ser assistido.

Recomendo.

Teca Machado


10 comentários:

  1. Oi Teca, tudo bem?
    Eu ainda não vi esse filme, e não sei se verei porque ele não parece ser dos meus gêneros/tipos de filme que gosto.
    Eu também não tinha ouvido falar dele, nem nunca visto uma divulgação sequer, acho que não investiram muito nisso...
    Parabéns pela resenha do filme, muito bem feita.
    Abração,

    Vinicius
    omeninoeolivro.blogspot.com.br

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    1. Oi, Vinicius!
      Até teve mkt, mas não tanto.
      Pena que não é seu gênero.

      Beijooos

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  2. Oiii Tecaaa!

    Aiiin to com muita vontade de assistir esse filme!! *-*
    Essa é a mesma atris que fez Esquadrão Suicida?
    Vou assistir ele na quinta!

    Beeijos

    www.ooutroladodaraposa.com.br

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  3. O trailer desse filme está ótimo !!! Estou bem animada pra ver hahaha
    beijoss
    wonderbookss.blogspot.com.br

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  4. Oi, Teca!!!
    Tudo bem??

    Eu gostei muito do filme!! Principalmente do novo Tarzan super incrível - e gostoso!! Hahahaha
    A história é baseada no 5º livro sobre Tarzan (tem mais de 20 livros a série) e foi escrita em 1916.

    Como você, assim como eu, também é apaixonada por John Carter, dá para entender o porquê do Tarzan ser praticamente o 007! Hahahahaha
    Afinal, ambos têm o mesmo autor, né?

    Enfim, adorei que retrataram outra história do Tarzan além da mesma de sempre. Acho que as editoras deveriam aproveitar e publicar todos os livros aqui no Brasil também! Só acho por preços absurdos em inglês. =/

    Mas me diverti horrores no cinema também!! :D

    Bjs!!!

    http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br

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    1. Sim, isso que eu gostei.
      É uma outra visão e outra história do Tarzan.
      Viva nosso John Carter e até o Tarzan!
      <3
      Quero ler tudo!

      Beijooos

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  5. Ainda não vi o filme, mas me parece um bom passatempo. Achei legal essa coisa de colocar a história não contada, no caso o depois dele sair da selva e tal e ter que voltar e ter um plano maligno por trás e tal. rs
    Espero ver em breve
    bjin

    http://monevenzel.blogspot.com.br/

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  6. Eu nunca pensei que eu vi a história dessa maneira, eu acho que foi um remake fantástico. A narrativa literária é diluído tentando transformá-lo em um super-herói de verão, assim, a fita, em meio a efeitos digitais, torna-se uma luta Tarzan contra todos, com os seus respetivos aliados, que destaca Samuel L. Jackson. Abdominal e carisma convencido Alexander Skarsgard, que também vai servir na nova série Big Little Lies, mas o enredo não pousar, às vezes quer ser uma sequela, às vezes descreve a origem do homem-macaco, mas também não se destaca e apenas se perder na selva.

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