terça-feira, 5 de julho de 2016

Mais de Outlander – O Resgate no Mar – Parte 2


Geralmente dou um tempo de meses entre um livro e outro de uma série. Não porque não fique curiosa (eu fico, acredite), mas é que fico com dó de acabar a saga e ficar órfã dos personagens que eu tanto adoro. No caso do livro 3 de Outlander, O Resgate no Mar, o espaço entre a leitura foi menor porque ele foi dividido ao meio e foram dois livros chamados de Parte 1 e Parte 2. Como assim que terminei a primeira metade (comentei aqui) a história ficou literalmente sem final, não pude esperar muito tempo, então agora trago para vocês a resenha da segunda parte.

Quando levei o livro para a praia de San Blás, no Panamá

Como se trata de uma série, a sinopse do livro pode trazer spoilers dos livros anteriores. Se você não leu os outros, pode pular o próximo parágrafo.

Mesmo com os 20 anos passados separados, Claire e Jamie ainda são loucamente apaixonados um pelo outro. Logo após a volta para Lallybroch, o casal sai em mais uma aventura ao precisar resgatar seu sobrinho Ian, que foi sequestrado por piratas e tudo leva a crer que em direção às Índias Ocidentais, conhecidas hoje como América Central. Jamie precisa engolir o pavor de navios e Claire o desespero de terem perdido o filho mais novo de Jenny para seguir em rumo de um local desconhecido, tropical, com escravatura, tudo tão diferente da Escócia e seus dias nublados.

É interessante ver o crescimento e florescimento do amor de Claire e Jamie mais uma vez. Diana Gabaldon escreve sobre um sentimento forte, eterno e que prevaleceu mesmo com 200 anos de distância entre eles, mas nem no começo foi uma paixão fulminante do tipo que apareceu só de um olhar para o outro. Ela construiu um relacionamento aos poucos, totalmente crível. Como no primeiro livro, que vimos o casal lentamente se entregar, nesse terceiro volume como um todo enxergamos essa construção outra vez. Duas décadas não são dois dias e eles precisam voltar a se conhecer e a se relacionar, além de expor segredos dolorosos e que podem acabar com tudo. Por mais que ainda houvesse amor, foi muito tempo de separação e eles precisaram seguir em frente com suas vidas. Eles mudaram, amadureceram, perderam partes de si e ganharam outras, mas é ótimo ver que a essência dos personagens, principalmente de Jamie, continua a mesma.

Parte 1 e Parte 2

Eu fico impressionada com o grau de sofrimento que Diana Gabaldon infringe aos seus personagens, principalmente aos protagonistas. Quando finalmente estão felizes, BUM, uma tragédia acontece. Eu sempre leio cada página com medo de que dessa vez a autora faça algo que não dá para consertar e a gente fique de coração totalmente partido. Nessa parte 2, é problema atrás de problema. Jamie e Claire se separam à força de novo, há doenças, naufrágios, perseguições, ataque de crocodilos, sequestros, mortes e muito mais. Mas há também amor de todo tipo, então é sempre uma delícia de acompanhar.

Personagens secundários que amamos voltam, como Jenny (que está meio que uma vaca), Ian pai, Jovem Ian, Grey, Jared, sr. Willoughby e, o meu preferido, Fergus. O garotinho de 10 anos de A Libélula no Âmbar (comentei aqui) se tornou um homem maravilhoso, quase um filho de Jamie. E conhecemos outras pessoas, como Marsali, filha do Laoghaire, Lawrence, um judeu naturalista das Índias Ocidentais, os contrabandistas e muitos mais.

Diana Gabaldon
Podemos descrever esse livro como cheio de coincidências. Claire e Jamie sempre estão reencontrando pessoas que conhecem nos lugares mais inusitados. O final mesmo é de uma genialidade que nunca pensaríamos. Talvez não seja coincidência a palavra certa, mas ligação. Diana Gabaldon nunca coloca um fato ou pessoa ao acaso, mesmo que para nós pareça um trecho sem importância para o andamento da história. Frequentemente ela dá um sentido, ainda que em outros volumes, para todos os acontecimentos e você se lembra daquela cena que parecia avulsa e que você leu tempos atrás. Em O Resgate no Mar em vários momentos eu me perguntei o que aquela sequência estava fazendo ali, mas como já estou familiarizada com a escrita da autora depois de quatro volumes de no mínimo 600 páginas cada, sei que alguma hora isso será importante.

Não se assuste com o número de páginas e mergulhe no universo maravilhoso de Outlander.

Recomendo muito.

Teca Machado

8 comentários:

  1. ai eu amei as fotos tematicas de mar que vc tirou! e tbm da resenha e conhecer mais desse livro :)

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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    1. Aaah, não tinha como não ser temático com esse título <3
      Aí aproveitei que fui na praia e tirei as fotos.

      Beijooos

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  2. Olá,
    Amei as fotos, tenho um amor por conchas e não sei o motivo...Quanto a série só leio ótimos comentários, mas ainda não sei se me cativou.
    Beijos
    www.estilogisele.com.br

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    1. Outlander é aquele tipo de série que você só vai amar lendo, juro.
      <3

      Beijooos

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  3. Teca!!! Você me passou!! Preciso voltar a ler Outlander!! Hahahaha
    JAMIE lindo, te quiero!! <3

    Fiquei sabendo que Claire terá alguns problemas para lidar com esses 20 anos separados entre ela e Jamie e, bom, quero muito ver como vão resolver isso.

    Mal posso esperar para conferir as continuações porque essa história é mesmo sensacional.

    E concordo completamente com você!! Sempre que Jamie e Claire estão bem e felizes acontece alguma desgraça!! É tipo, por favor, deixe eles serem felizes!!!! Hahahahahaha

    Bjs

    http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br

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    1. Aaah, Carol, leia logo!
      Preciso de alguém com quem comentar essas lindezas, menina.

      Beijooos

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  4. História sem final não dá, né..
    Se fosse eu já teria pegado a continuação no dia seguinte.. rs
    Dica de série anotada! Parece muito boa. Adoro essas histórias que tem essas ligações que do nada uma coisa começa a fazer sentido e tal. Acho isso coisa de gênio.. rs
    bjin

    http://monevenzel.blogspot.com.br/

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  5. Até agora devorei essa serie!!! Muito boa mesmo.Achei muito bem escolhido os atores,dentro e fora da tela,eles tem uma quimica muito grande...eu acho que a escolha de 20 anos de separação não foi a melhor já que a autora tem o poder de decisão do que vai acontecer.Se fosse eu teria feito no máximo 3 anos de separação.20 anos é demais!!! Amo muito isso!!!

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