sexta-feira, 27 de maio de 2016

"R.E.A.D.": os cães mentores da alfabetização! - Por Emily Antonetti


Os cães podem fazer muitas coisas, mas ler "ainda" não é uma delas. Ou, pelo menos, não que a gente saiba. Por outro lado, eles podem ser ótimos ouvintes. Imagine um belo são bernardo ou uma pequena pug deitada sobre um cobertor ao lado de uma criança que está lendo "Como Treinar o Seu Dragão". Visualizou? Essa cena existe! A "Intermountain Therapy Animals (ITA)", uma organização sem fins lucrativos sediada em Utah, nos EUA, lançou uma proposta para dar aos leitores iniciantes e outras crianças a possibilidade de ler em voz alta num ambiente descontraído e sem julgamentos: o "R.E.A.D."! Um projeto que visa melhorar a habilidade de leitura e comunicação por meio do vínculo humano-animal.   

(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
O programa "Reading Education Assistance Dogs (R.E.A.D.)" baseia-se no princípio de que o analfabetismo não é uma questão essencialmente educacional. Para eles, alguns dos fatores que colaboram para essa situação são as dificuldades culturais, sociais ou emocionais que os alunos enfrentam. Aprender a ler é, em muitos casos, uma superação de medos. O nervosismo e a insegurança são dois grandes vilões desse processo. 

Ler na presença de um animal é benéfico para os alunos. Os "cães ouvintes" se tornam parceiros da brincadeira e deixam o ambiente mais relaxado para a aprendizagem. Ao contrário dos humanos, eles não julgam, não interrompem, não criticam ou corrigem a pronúncia de seu colega. A sensação para os leitores iniciantes é de que os cães apenas prestam atenção, balançam a cabeça em aprovação e erguem as orelhas conforme a história flui. Segundo o "R.E.A.D.", essa postura faz "aumentar a autoestima em leitura em voz alta e permite que a criança assuma o papel de 'professor'". No final de cada uma das sessões de trinta minutos, os cãezinhos são agraciados com carinhos e interagem com truques para o deleite de seus companheiros leitores.  

(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
Vale destacar que todos os animais que participam da iniciativa são cães terapeutas certificados e voluntariados em parceria com seus donos. Antes de estarem aptos ao projeto, eles passam por um período de treinamento e testes de saúde, segurança, habilidades e temperamento. Cada sessão de leitura é conduzida pelo responsável pelo animal, que utiliza o cão para iniciar um diálogo com as crianças sobre a história que está sendo contada. A narrativa é conduzida com perguntas como "você pode dizer para o (nome do cão) o que essa palavra significa?; "(Nome do cão) gostaria de ouvir a história de novo, em suas próprias palavras"; "(Nome do cão) quer saber o que vai acontecer a seguir - o que você acha?"; "O que você acha que foi a parte favorita da história para o (nome do cão)?". Técnicas que podem ser usadas em casa para estimular a leitura junto aos animais de estimação da família e, dessa forma, aprofundar a compreensão das histórias consumidas pelos pequenos. 

Conforme as crianças cumprem as metas estabelecidas no programa, elas recebem novos livros "patografados" por seus companheiros caninos como recompensa para continuar a jornada. Atualmente, o programa está sendo implementado - aos poucos - em escolas de ensino fundamental, bibliotecas, pré-escolas e creches, unidades de saúde, clubes, centros de detenção juvenil e muito mais. Apesar de ter base nos Estados Unidos, centenas de equipes do "R.E.A.D." estão espalhadas pelo mundo. No Brasil, projetos similares acontecem em diversas cidades por meio do "Instituto Cão Terapeuta", pela ong "Cão Cidadão", entre outros. 

Ler para os animais é uma forma divertida de estimular e aprimorar um hábito totalmente saudável. É, sem dúvidas, mais um capítulo lindo sendo escrito no conto dos melhores amigos. Ah, mas engana-se quem pensa que somente cachorros participam desses projetos. Há também gatos, coelhos, cavalos e, até mesmo, galinhas. A propósito, se você fosse ler para um bichinho, qual obra seria?  

Gostou da iniciativa? Confira mais algumas fotos do projeto abaixo e/ou saiba mais clicando aqui.

(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")
(Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")

                                                                  (Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")

                                                                  (Imagem: reprodução/ITA - "R.E.A.D.")

Emily Antonetti

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Unbreakable Kimmy Schmidt – Impressões sobre a segunda temporada


Ano passado falei aqui sobre a série Unbreakable Kimmy Schmidt e do quanto eu gostei desse enredo diferente, divertido, otimista e um tanto maluco. É difícil não gostar do seriado, já que é da maravilhosa Tina Fey, de Meninas Malvadas e de 30 Rock. A produção da Netflix está na segunda temporada, que foi disponibilizada esses tempos atrás para os assinantes, e é sobre ela que eu vou falar.


Se você não sabe sobre o que é a série, vou dar a sinopse: Kimmy era adolescente quando foi sequestrada por uma seita apocalíptica que a prendeu num bunker subterrâneo por 15 anos. Quando finalmente foi libertada, ela precisou se adaptar a esse mundo louco de selfies, smartphones e tudo correndo muito rápido, ainda mais porque ela foi para Nova York.

Apesar de manter todo o elenco e clima da primeira temporada, essa segunda perde um pouco em criatividade e humor. Antes eu dava gargalhada várias vezes por episódio, agora às vezes eu passei por mais de um capítulo sem dar uma risadinha que fosse. Mas, ainda assim, Unbreakable Kimmy Schmidt continua divertida e um ótimo passatempo. Você assiste a temporada bem rapidinha, já que são apenas 13 episódios com trinta minutos cada.



Acredito que isso seja muito “culpa” de que explorar o fato de que Kimmy ficou presa e suas descobertas do mundo possa soar repetitivo em mais uma temporada, por isso os roteiristas seguiram outra linha, ainda que tendo como base as experiências e traumas da protagonista.

O elenco continua maravilhoso e mais uma vez temos participação especial de Tina Fey na segunda metade da temporada. Ellie Kemper, a Kimmy, mantém seu sorriso adorável, do tipo que todas as vezes que ela sorri, a gente faz o mesmo. A sua inocência e otimismo chegam até a serem irritantes, mas fofos. Não consigo imaginar alguém mais perfeito para o papel. Tituss Burgess, nosso amado Titus Adromedon, colega de apartamento de Kimmy, é o mais maravilhoso do universo. Está para nascer alguém com mais purpurina do que ele. Ainda do elenco fixo principal, temos Carol Kane, como a senhoria surtada Lilian, e Jane Krakowsni como a ex-chefe e amiga de Kimmy que é uma das mulheres ricas, meio burras e malucas de Manhattan. Esse quarteto funciona muito bem, seja em cenas solos, seja em duplas ou conjunto. Quando junta essas quatro pessoas sem basicamente nada em comum saem os melhores momentos.

Ellie Kemper

Tituss Burgess

Carol Kane

Jane Krakowsni

A segunda temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt, apesar de mais fraca que a primeira, ainda é cheia de boas piadas e referências. Duas das melhores são "Eu não desisto fácil, Kimmy. Eu vi Interestelar até o fim!" e "A internet está acabando com tudo. São um bando de Chandlers". É preciso estar ligado ao universo pop para entender todas as tiradas.

Já com gancho para a terceira temporada, Unbreakable Kimmy Schmidt diverte a quem assiste e nos faz ver o mundo de forma otimista, assim como a protagonista. No fim das contas, é uma lição de vida disfarçada de comédia meio nonsense. Vale a pena.

Recomendo.

Teca Machado


terça-feira, 24 de maio de 2016

Rei Leão da vida real


Tudo bem, sou apaixonada pelas princesas da Disney, com seus príncipes maravilhosos, músicas doces e vestidos esvoaçantes. Só que um dos meus filmes preferidos do estúdio é, sem dúvida, O Rei Leão (mas até hoje adianto a parte em que o Mufasa morre).

Amo tanto esse desenho que Hakuna Matata é um dos meus lemas de vida e Timão e Pumba são meus ídolos!

O site Geek x Girls postou imagens que retratam no verdadeiro reino animal cenas que acontecem em O Rei Leão. Eu dei uma adaptada, mas a essência é a mesma. Afinal, a vida imita a arte ou a arte imita a vida?









Fonte: Geek x Girls

Eu quero um suricato para mim! <3

Teca Machado

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Preenchendo o Minha Vida Dava Um Livro


Uma frase que muita gente fala é “minha vida dava um livro”. E não é que dava mesmo? Você pode “escrever” ou ao menos completar um livro interativo que tem como foco a sua vida literária. É o Minha Vida Dava Um Livro – O Diário de Quem é Louco Por Livros, do Guilherme Cepeda e da Larissa Azevedo, criadores do site Burn Book.


O objetivo dessa obra é completar as atividades sobre os livros que você leu, quais gostaria de ler, anotar os trechos que gostou, citar os livros que abandonou e assim por diante. Além disso, no meio das páginas você encontra citações de livros famosos, como de Harry Potter, As Vantagens de Ser Invisível e dicas de escrita, caso você empolgue e realmente queira escrever um livro para você chamar de seu (Coisa que eu já faço).

Tem muita coisa legal e divertida (Lá pelo meio dele você acha uma receita da cerveja amanteigada!). Você precisa se segurar para não terminar tudo num dia só e depois ficar chupando dedo. 

Eu ainda não preenchi bastante do meu por falta de tempo e disciplina, mas já tenho várias páginas. Deem uma olhada (só não reparem nos meus desenhos meio escabrosos. Eu nasci sem veia artística):







E se você, além de viciado em livros, é também viciado em séries, a Larissa e o Guilherme lançaram há pouco tempo o Minha Vida Dava Uma Série, com a mesma pegada, só que com o foco em seriados.

Já posso querer? Posso?

Agora me deem licença que vou preencher mais páginas do meu livro.

Recomendo.

Teca Machado

sábado, 21 de maio de 2016

A História de Nós Dois – Romance entre os favoritos do ano


Um daqueles livros que aquecem o coração. Foi isso que A História de Nós Dois, de Dani Atkins, fez por mim. Me deixou com aquela sensação feliz de uma obra bem escrita, doce e maravilhosa, que me fez abraçar o livro por alguns minutos depois que terminei. Recebi a obra em parceria com a Editora Arqueiro, a primeira desde que o blog foi selecionado, e posso dizer que começamos muitíssimo bem!

Livro recebido em parceria com a Editora Arqueiro

Em A História de Nós Dois, Emma está voltando da sua despedida de solteira com as duas melhores amigas. Mas um acidente de carro faz com que tudo mude na vida delas ao serem salvas por um estranho que passava. O choque do ocorrido faz com que Emma adie o seu casamento com Richard e, nesse meio tempo, mentiras, traições e sentimentos ocultos são revelados, o que faz com que a garota precise rever tudo o que passou no último ano. E, para piorar, o seu salvador, Jack, é um homem fascinante, por quem ela começa a ter sentimentos que não deveria. O que fazer quando o mundo parece estar despencando ao seu redor?

A vida de Emma está mesmo um caos em A História de Nós Dois. Por causa da mãe doente, ela se vê na obrigação de voltar à sua pequena cidade natal para ajudar seu pai a cuidar dela, mas vive de modo simples e feliz. Aí com toda a situação do acidente e o que ele desencadeia dali para frente, tudo parece desandar. E, mesmo assim, Emma é uma ótima protagonista. Claro que ela sofre, lamenta e fica melancólica, mas em hora nenhuma fica com aqueles mimimis que irritam ao leitor. Pelo contrário, mesmo com as adversidades ela se mostra forte, ainda que fragilizada, e isso nos faz admirara-la. Eu, no seu lugar, teria sucumbido há muito tempo.

Outro personagem apaixonante é Jack, o escritor bonitão que a tira do carro prestes a explodir. Impossível não amar esse homem interessante, lindo, misterioso, romântico e muito sincero. O noivo de Emma, Richard, também não é de se jogar fora, ainda que nesse triângulo amoroso Jack sempre teve o meu coração de periguete literária, haha.


A escrita de Dani Atkins é muito fácil de ler, fluida, dinâmica, sem grandes enrolações. É um romance com poucas tiradas cômicas, mas ainda assim te deixa sorrindo (ou chorando) em várias passagens pela delicadeza e sensibilidade com a qual a história é contada. A autora descreve as paisagens e os movimentos dos personagens de forma clara, daquele tipo quase em roteiro, que faz com que o leitor consiga imaginar perfeitamente o que está acontecendo com cada elemento em cena. Fora que além da leitura gostosa, a história é muito cativante e prende a sua atenção. Em apenas três dias (isso porque eu estava super ocupada) devorei as mais de 300 páginas desse romance incrível.

Um dos pontos mais interessantes de A História de Nós Dois é que ele começa pelo fim. O livro é dividido em partes e antes de cada uma delas há uma espécie de prólogo no futuro que nos encaminha para as situações do presente. Eles vão nos dando migalhas do que pode ter acontecido e você junta as peças de um quebra-cabeça. Só que isso é realmente uma surpresa quando você enfim chega ao final do livro. 

Posso dizer sem sombra de dúvidas que essa foi uma das melhores leituras do meu ano até agora. Eu já imaginava que ia gostar, mas não que fosse amar tanto.

Recomendo bastante.

Teca Machado


sexta-feira, 20 de maio de 2016

Vamos ler mais? – Dados de pesquisa revelam que brasileiro lê menos do que 5 livros ao ano


Se você é um leitor que vive nessa realidade literária de blogs, eventos, Bienal e livrarias, pode até achar que o brasileiro lê muito, que a leitura no país cresceu. Não deixa de ser verdade. Cresceu mesmo. Essa semana saiu o resultado da Pesquisa Retratos da Leitura do Brasil, grande fonte de informação sobre o tema, e ela afirma que de 2011 para cá o número de leitores no Brasil cresceu 6%. Só que isso ainda está longe de ser grande coisa. Antes 50% da população era considerada leitora (leu pelo menos um livro nos últimos 3 meses), agora é 56%.


Você sabia que a média de livros que o brasileiro lê por ano é de 4,96? Se você parar para pensar, é pouquíssimo. Eu geralmente leio mais do que isso num mês. Tudo bem, não sou muito padrão porque eu sou meio louca por leitura, mas, ainda assim, quase 5 livros por ano é muito, muito pouco.

E, segundo a pesquisa, não são nem 4,96 livros lidos inteiros. Eles consideram obras lidas pela metade ou apenas partes. Segundo dados apresentados, 2,43 livros foram terminados e 2,53 foram lidos em parte. OU SEJA: Esse número, que já não é lá bom, nem pode ser considerado por inteiro, já que livros lidos de verdade são menos de 50% dos 4,96.

Dados alarmantes da pesquisa indicam que 30% dos entrevistados, que englobam estatisticamente 93% da população do país, nunca, repito NUNCA, comprou um livro. Enquanto isso, 73% das pessoas não comprou e nem se interessou por uma obra nos últimos 3 meses.

Os dados também informam que 67% da população nunca teve quem os incentivasse a ler, e dos que tiveram 33%, foram principalmente levados a ler pela mãe ou outra representante do sexo feminino da família e também por professores.

E por falar em mulheres, nós somos maioria quando o assunto é leitura: 59%. E entre os jovens de 18 a 24 anos ouve um aumente significativo de gente que lê por prazer, de 53% em 2011 para 67% em 2015.



A Pesquisa Retratos de Leitura do Brasil também descobriu outros fatos interessantes, como que o que mais chama atenção dos leitores num livro é o tema (30%), seguido pelo autor (12%), dica de outras pessoas (11%), pelo título (11%), pela capa (11%), dicas de professores (7%), resenhas/críticas (5%), publicidade (2%), editora (2%) e redes sociais (2%).

E sabe os que não leem? Usam como justificativa falta de tempo, falta de gosto pela leitura, não ter paciência para sentar e ler um livro e prefere outras atividades.

Muitos desses dados me deixaram triste, mas nenhum pouco surpresa. Eu vivo num ambiente de literatura desde que nasci, sempre muito influenciada a ler e também a escrever, tanto que tenho esse blog há quatro anos, um livro publicado, um em processo de edição e um sendo escrito. Mas fiquei muito chateada ao saber com a pesquisa que nem os professores do país leem. Quando questionados sobre qual livro haviam lido nos últimos 3 meses, mais da metade respondeu que nenhum. NENHUM. E dos 50% restante, 22% disseram que só leram a Bíblia, o que nesse caso é mais por fé e religião do que gosto pela leitura propriamente dita. Aqueles que mais deviam influenciar a ler, não deram exemplo.

O objetivo desse post é mostrar para vocês que o Brasil ainda tem muito a crescer quando o assunto é literatura. Para vocês terem noção nos EUA a média é de 10 livros por ano e na Suécia e Dinamarca 15. Na Índia a média de horas de leitura por semanas é de mais de 10 horas.

Então é possível ver a importância de incentivar a leitura, já que a maioria dos brasileiros nunca teve alguém que os desse um empurrãozinho. Não preciso falar aqui dos benefícios de ler um livro tanto no âmbito pessoal quanto no da sociedade porque acredito que quem passa por aqui está mais do que careca de saber.

Vamos melhorar esses índices e ler mais?

Teca Machado

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Atraso, meu drama eterno e diário – Projeto Drama Queen #79


“Estou atrasado! Muito atrasado! Vou chegar tarde demais!”. Essas falas são do Coelho Branco, de Alice no País das Maravilhas, mas podem muito bem se aplicar a mim. Eu estou sempre atrasada. Juro que estou tentando melhorar, mas há algo dentro de mim que sempre me faz chegar ou em cima da hora ou tarde. Afinal, qual é o problema comigo?

Não existe essa de “elegantemente atrasado”. A verdade é que atrasado é atrasado e é ruim saber que eu não poderia chegar atrasada, mas chego. Se você pensa que só quem é pontual sofre ao esperar pessoas atrasadas, saiba que os “atrasados conscientes”, meu caso, também vivem dramas por isso.


1- Você nunca se arruma calmamente.

Como eu sei que estou atrasada, estou sempre correndo na hora de me arrumar para sair. Aí quando você está com pressa, geralmente as coisas saem erradas, como você pisca e o rímel borra, ou a roupa que você pensou em usar não ficou legal, e tem ainda quando você derruba a tarraxa do brinco no chão e precisa procurar. Ou seja, quase sempre é um stress!

2- Você adianta o seu relógio, mas não adianta.

Eu uso a técnica de deixar meu relógio do celular 10 minutos adiantado para ver se chego nos lugares na hora, só que não adianta nada se eu sei que é 10 minutos mais cedo do que está mostrando. Acho que vou pedir para o meu marido adiantar todos meus relógios sem eu saber, aí quem sabe funciona.

3- Sempre escuta piadinha do tipo “É às 20h, mas vamos falar para a Teca 19h30, quem sabe ela chega 20h15”.

Ai, amigos, eu juro que tento chegar na hora que vocês combinaram, só que o mundo geralmente conspira para eu me atrasar. Não faço de propósito! Mas a ideia de me falarem o horário errado para eu conseguir chegar certo é uma boa. Por favor, comecem a usar isso comigo!

4- O trânsito sempre dá um jeito de te atrasar ainda mais.

Sabe Murphy, aquele malandrinho, que disse que o pão sempre vai cair com a manteiga para baixo? Pois então, ele é o rei das catástrofes, do que pode dar errado. Então quando que você está atrasado, Murphinho dá um jeito de te atrasar mais ainda. Como? Colocando trânsito num lugar e num horário que nunca tem. Resultado? Mais atraso.

5- Se você mora com um homem, sempre precisa escutar dele “bora, bora, bora, boraaaaaaaaa”.

Homens, entendam uma coisa. Vocês só precisam tomar banho, colocar roupa e calçar. Nós mulheres somos muito mais complexas. Tem a roupa (que pode ser vestido, short, saia, calça...), bijuteria, maquiagem (nem que seja um batonzinho), sapato e muito mais. Não adianta ficar gritando “bora, bora” no nosso ouvido. A gente sabe que precisa ir rápido. Quanto mais vocês falam isso, mais a gente se atrasa porque precisa parar o que está fazendo para falar de volta “estou indo”. 


*** 

Então, gente, eu sou uma atrasada consciente. Sei que é errado e estou tentando mudar. Vivo um drama eterno e diário. E você? Qual o seu drama do tipo? Conta para a gente. O Projeto Drama Queen é uma parceria entre os blogs Casos, Acasos e Livros e Pequena Jornalista com textos novos todas as quintas-feiras. Ajeita a coroa e vem com a gente!

Teca Machado

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Coisas que todo leitor fez, faz ou vai fazer


Leitores são tudo meio maluco, né? Somos cheios de manias e frufrus quando o assunto são livros. Eu sei que eu sou uma dessas pessoas.

O BuzzFeed fez um apanhado de coisas que todo leitor fez, faz ou vai fazer. Como era da versão americana do site, dei uma adaptada, mas a essência é a mesma.


1- Ver a capa do livro que um estranho está lendo e o julgar pelo seu gosto literário.

Sou dessas.

2- Ler sem querer a última página do livro que você acabou de começar a se arrepender instantaneamente.

De vez em quando faço isso quando vou ver quantas páginas a obra tem e morro de ódio.

3- Tenta imaginar de que casa de Hogwarts a pessoa seria e a julgar por isso.

Se é Sonserina perdeu meu respeito.

4- Ficar com inveja quando alguém está lendo o seu livro preferido pela primeira vez.

Ele vai ter todas as emoções que você teve e você queria isso de novo!

5- E ficar com mais inveja ainda quando seu melhor amigo ganha vale-presente de alguma livraria.

Poder escolher livros e nem pagar por eles? Maravilha.

6- Cancelar seus planos porque você prefere andar pelos corredores de uma livraria ou mesmo ficar em casa terminando aquele livro.

Confesso que já fiz isso. Ô, se fiz! 

7- Imaginar como serão os títulos dos capítulos da sua biografia.

Na minha, por exemplo, teria um capítulo chamado “O dia em que eu me queimei com massinha de modelar derretida” (Se você quiser saber que bizarrice é essa, clique aqui).

8- Levar um livro com você para uma sala de espera.

Eu todas as vezes da vida.

9- Esconder a capa de um livro mais picante enquanto você está lendo em público.

Porque ninguém precisa saber que o personagem de repente tirou sua roupa e começou a...



10- Gastar muito tempo tentando tirar a foto perfeita do seu novo livro para o instagram.

Faço isso quase todos os dias para o perfil do blog e mesmo para o meu pessoal (@casosacasoselivros e @tecamachado).

11- Tirar aquele adesivo chato que às vezes vem colado na capa do livro para manter a estética da capa (e na maioria das vezes acabar com aquela mancha grudenta no lugar).

Meus últimos dois Outlanders estão assim (e fiquei com mais raiva ainda porque meu cachorro comeu um pedaço de um deles).

12- Acidentalmente derrubar algum líquido no livro e ter um mini ataque de pânico.

Sempre.

13- Ler o livro tantas vezes que o miolo começa a desfazer.

Não sou de ler livro repetido, mas odeio quando os muito grossos fazem isso por causa da quantidade de páginas exageradas.

14- Empacotar mais livros do que roupas quando você viaja de férias.

Eu levo pelo menos uns quatro livros a mais. Vai que eu acabo tudo e fico no limbo de leituras?

15- Comprar mais de uma cópia do mesmo livro porque ele ganhou novas edições.

Sempre quero fazer isso, mas meu (pouco) bom senso me impede. A não ser da vez que comprei em português A Culpa é das Estrelas na capa original azulzinha e em inglês na versão do pôster do filme.

16- E, finalmente, julgar um livro pela capa.

Se eu contar para vocês quantos livros já comprei porque achei a capa linda e interessante...

"Como eu não posso julgar um livro pela capa quando a capa é a
primeira coisa que eu vejo?"

Fonte: BuzzFeed

E você? Tem alguma dessas manias? 

Teca Machado

terça-feira, 17 de maio de 2016

O Silêncio dos Inocentes no Vivo Open Air


“Hello, Clarice”. 

Essa frase icônica de O Silêncio dos Inocentes era estranha para mim até domingo. Pois é, eu nunca tinha assistido a esse clássico do cinema de 1991 #shameonme.

Mas agora tudo mudou. No fim de semana fui ao evento Vivo Open Air em Brasília e vi essa maravilhosidade no formato de filme.


A entrada do filme no Vivo Open Air

O Vivo Open Air é uma cinema a céu aberto que passa por algumas cidades do país nessa época do ano. Com uma estrutura muito bacana, a tela é a maior da América Latina. Só quem já foi consegue dimensionar. A produção monta arquibancadas e quiosques com pipoca, refrigerante, food trucks e até mesmo um espaço para shows, que acontecem em alguns dias da programação. Em Brasília o Vivo Open Air foi montado no Pontão do Lago Sul, na beira do lago Paranoá. Então além de ser muito legal assistir um filme ao ar livre, estávamos num lugar lindo e bem friozinho à noite. Experiência sensacional!

Olha o tamanho dessa tela!


Voltando ao Silêncio dos Inocentes, o longa do diretor Jonathan Demme levou o Oscar nas cinco categorias mais importantes da indústria do cinema: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator – Anthony Hopkins, Melhor Atriz Coadjuvante – Jodie Foster e Melhor Roteiro. É possível finalmente perceber qual é o encanto que esse suspense exerce sobre o público. Afinal, não é qualquer ator – e autor, já que o filme é baseado no livro homônimo de Thomas Harris – que consegue criar um vilão aterrorizante que cativa a audiência e nos faz adorá-lo.

Sim, meus amigos, é muito, mas muito, difícil não gostar de Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), também conhecido como Dr. Lecter ou Hannibal, o canibal, um serial killer que comia suas vítimas e está preso num manicômio há oito anos numa cela de segurança máxima.



O enredo de O Silêncio dos Inocentes começa com Clarice Starling (Jodie Foster), uma trainee do FBI, convocada pelo seu chefe Crawford (Scott Glenn) a realizar uma missão: Interrogar o Dr. Lecter, o psicopata e gênio encarcerado, para tentar entender as ações de Buffalo Bill (Ted Levine), um serial killer que esfola suas vítimas, sempre mulheres com o mesmo biotipo. Com a inteligência e a experiência de Lecter, talvez seja possível criar um perfil do novo assassino e encontra-lo, mas ele se recusa a falar. A não ser quando Clarice chega e começa um jogo de gato e rato psicológico entre os dois personagens. Lecter afirma que irá ajudar, desde que a agente conte fatos pessoais sobre ela e o deixe dissecar sua vida por meio do seu conhecimento de psiquiatra (maluco) ao mesmo tempo que dá dicas de como pegar Buffalo.

Psicologicamente O Silêncio dos Inocentes é um filme muito inteligente. Lecter vai dando dicas aos poucos de como pegar o serial killer e, juntamente com Clarice, vamos juntando as peças desse quebra-cabeça até o minuto final da produção. Os diálogos entre ambos são como partidas de tênis e são fascinantes. Nos faz querer que o tempo em tela dessas sequências seja o maior possível.



Apesar de cativar o espectador, com seu olhar sereno e fala mansa cheia de segundas intenções, não tenha dúvida de que Hannibal é mau. Muito, muito mau. Prova disso são as cenas em que o seu lado canibal vem a tona. Anthony Hopkins está espetacular no papel. Não tem como dizer que esteja menos do que isso. Jodie Foster também dá um show. Clarice é interpretada de maneira discreta e solitária, ainda que profunda, e sofre com o machismo enrustido no FBI e na sociedade como um todo. Tem um bando de homens à frente da investigação, mas é Clarice o cérebro, mesmo que eles (e nem ela) saibam.

As cores de O Silêncio dos Inocentes são sóbrias, escuras, em tons neutros e tudo isso leva o público a entrar nessa história sombria e levemente amedrontadora. O filme é considerado terror, mas entendi mais como suspense, um thriller psicológico com algumas cenas mais pesadas, mas que não assustam ou dão medo (Digo isso com toda certeza, já que sou super medrosa. Confiem em mim).

Agora posso riscar O Silêncio dos Inocentes da minha listinha de “filmes que deveria ter visto, mas ainda não assisti” e afirmar que a experiência, ainda mais no Vivo Open Air, foi muito boa.

Recomendo.

Teca Machado

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