Ponte dos Espiões – Semana de maratona Oscar 2016
Como o Oscar é no próximo domingo, estou assistindo aos filmes concorrentes. Dos oito já foram cinco e esse é o quarto resenhado (Link para todas as resenhas ao final). Então, nos próximos dias vão ter muuuuuuitos posts de filmes para vocês. A começar hoje com Ponte dos Espiões.
No Brasil essa produção do diretor Steven Spielberg em parceria com o ator Tom Hanks e os roteiristas irmãos Cohen passou por pouco tempo no cinema e teve pouca divulgação. É uma pena, pena mesmo, porque dos filmes concorrendo à estatueta que já assisti, foi sem dúvida o meu preferido.
Ponte dos Espiões é uma ótima aula de História. Baseado em fatos reais, ele conta como um advogado de seguros participou de uma troca de reféns improvável na época da Guerra Fria. Jim Donovan (Tom Hanks) recebeu a ingrata tarefa da Ordem dos Advogados de ser o defensor de Rudolph Abel (Mark Rylance), acusado de ser espião dos soviéticos nos EUA. Para mostrar ao mundo que os Estados Unidos são justos e levam a sério o seu sistema judiciário, Jim precisou realmente se aprofundar no caso e acabou gostando muito de Abel, o que o levou a realmente lutar pelos seus direitos mesmo contra todas as chances.
Quando um tenente da Força Aérea é capturado pelos soviéticos e um estudante de intercâmbio é preso acusado de espionagem na Alemanha em plena construção do Muro de Berlin, a CIA pede a ajuda de Donovan para intermediar uma troca com essas duas potências, mesmo que sua vida fique em risco. Ambos querem Abel, mas qual dos dois americanos salvar?
Jim ganha nossos corações. Mesmo meio trambiqueiro, já que é um advogado que não gosta de perder e usa de raciocínio lógico e legal, mas não totalmente moral, para conseguir o que quer, ele tem uma simplicidade, um carisma e senso de dever que nos conquista. E grande parte desse feito vem de Tom Hanks, é claro. Se fosse outro ator, Jim poderia ser meio caricaturado ou simplesmente maçante. O mesmo acontece com Abel, interpretado brilhantemente por Mark Rylance, tanto que está concorrendo ao Oscar pelo papel. Sereno, calmo, tranquilo, ele opõe tudo o que pensamos sobre os espiões soviéticos.
Esse é outro acerto do filme. Spielberg mostra que nenhum dos três lados - EUA, URSS e Alemanha Oriental - é bom ou ruim. Mesmo que de relance, ele afirma que há maldade nos três, assim como bondade. Ele fugiu do normal de Hollywood de dizer que os americanos são super mocinhos e os soviéticos e comunistas uns monstros.
Com diálogos inteligentes, perspicazes e com ótimo equilíbrio entre o humor e o drama, Ponte dos Espiões ensina, diverte, entretém, faz pensar e por vezes se emocionar. Ele não é uma comédia, não é um filme engraçado, mas de certa forma é leve e forte.
A estética da produção é muito bonita. Claro, esse ano nesse quesito ninguém chega aos pés do lindíssimo O Regresso (Comentei aqui). Mas de uma forma bem diferente e bem Spielberguiana, Ponte dos Espiões é bonito de se ver, tanto na fotografia quanto no figurino, nos closes de câmera, na movimentação delas e dos atores. O apuro artístico está impecável, por isso está concorrendo ao Oscar de Melhor Design de Produção.
No início focamos apenas em Abel e Jim, mas do meio em diante três histórias se entrelaçam e é aí que o filme, que já era interessante, mostra porque é um dos fortes concorrentes em seis categorias, inclusive Melhor Filme e Melhor Ator Coadjuvante.
Recomendo bastante.
Filmes concorrentes ao Oscar 2016:
Ponte dos Espiões - Ok
Brooklyn
Mad Max
O Quarto de Jack
Spotlight
Teca Machado
hmmm legal esse filme hein, eu tbm to na vibe da maratona oscar,esse filme ainda nao tava na minha lista pra ver, mas já entrou!
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
Lívia, vale muito a pena, viu?
Excluir:D
Beijooos
Oiii Teca!!
ResponderExcluirSpielberg provavelmente é um dos meus diretores favoritos! E o Tom Hanks é com certeza um dos meus atores prediletos!
Não assisti esse filme e realmente ele foi pouco divulgado. Mas gostei da estória e gostaria de assisti-lo sim!
Beeijo
www.ooutroladodaraposa.com.br
Raíssa, então como ter erro com dois dos seus preferidos?
ExcluirHehehe.
Beijooos
OI BISTEQUINHAAAAAAAAAA
ResponderExcluirUnindo Spielberg e Tom Hanks acho que não tem como dar errado! Apesar de não ser tão versátil como o johnny (sim, gosto de gente que a cada filme tá com uma cara diferente HAHAHAH), ele é incrivelmente talentoso!
Eu geralmente assisto os filmes do Oscar bem depois do Oscar porque sou a burrinha dos torrents u.u HAHAHAHA mas já quero ver esse também!
beijo
beinghellz.blogspot.com
Hellzzzz
ExcluirEu também sou burrinha, sorte que o marido não é, hahaha.
O Tom Hanks realmente não é lá muito versátil, mas é altamente confiável. Não tem muito erro.
:D
Beijooos
Olá ! Faz tanto tempo que não assisto filme, não ando tendo tempo ultimamente. Geralmente eu não assisto aos filmes do Oscar, alguns raros que me chamam atenção hahah Mas esse parece ser um bom filme, quando tiver um tempinho vou dar uma olhada nele *_*
ResponderExcluirBeijos
http://resenhaatual.blogspot.com.br/
Oi, Sarah!
ExcluirEu gosto de assistir tantos quantos der.
:D
E esse realmente é muito bom.
Beijooos
Oie Telma =)
ResponderExcluirVou confessa que não sou muito ligada nessa questão do Oscar, até por que acho que tem muito filme bom, as vezes até melhor que acaba não entrando na disputa.
Normalmente acabo assistindo alguns filmes quando eles passam no Telecine, mas só quando um ou outro me interessa.
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Oi, Ane!
ExcluirEu tento ver tudo porque sou um poço de curiosidade e quero reclamar se o que eu gostei não ganhar, hahaha.
Beijooos
Oi Teca!
ResponderExcluirConfesso que não li todos os seus comentários porque quero muito ver o filme, rsrs. Mas vi que, dos que você pode assistir até agora, é o seu favorito dos concorrentes ao Oscar. Eu até havia cogitado ler o livro, mas acho que é o tipo de história que fica mais interessante na adaptação cinematográfica, sabe?
Beijos,
alemdacontracapa.blogspot.com
Oi, Mariana!
ExcluirTalvez esse seja interessante mesmo como filme do que livro. Porque o filme é muito bom!
Eu adoooorei.
Pode ficar tranquila que aqui no blog é sempre spoiler free.
Beijooos
Oi, Teca!
ResponderExcluirAchei a história interessante, mas não tanto assim.
Não chamou tanto a minha atenção - graças a Deus porque minha lista de filmes para assistir só aumenta! Hahahahaha
Mas parece uma boa história. Acho que se eu assistir vou acabar gostando mais. Quem sabe?! Hahahaha
Bjs!
livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br
Hahahaha.
ExcluirAi, Carol, você é muito engraçada.
Eu gostei para caramba.
Dá uma chance, vaaaaai?
Beijooos
O filme parece mesmo muito bom! Já foi pra listinha!
ResponderExcluirConfesso que fiquei bem curiosa quanto ao enredo. Espero poder assistir em breve ^^
bjin
http://monevenzel.blogspot.com.br/
Eu pensei que era um ótimo filme. Ponte dos Espiões marca o retorno de Steven Spielberg à boa forma e ao modo mais gostoso de se fazer cinema: com criatividade e amor pela arte. Como sempre, Hanks traz sutilezas em sua atuação. O personagem nos cativa, provoca empatia imediata graças a naturalidade do talento do ator para trazer Donovan à vida. Mark Rylance (do óptimo Filme Dunkirk Completo ) faz um Rudolf Abel que não se permite em momento algum sair da personagem ambígua que lhe é proposta, ocasionando uma performance magistral, à prova de qualquer aforismo sentimental que pudesse atrapalhá- lo em seu trabalho, sem deixar de lado um comportamento espirituoso e muito carismático. O trabalho de cores, em que predominam o cinza e o grafite, salienta a dubiedade do caráter geral do mundo. Ponte dos Espiões levanta uma questão muito importante: a necessidade de se fazer a coisa certa, mesmo sabendo que isso vai contra interesses políticos ou de algum grupo dominante. A história aqui contada é baseada em fatos reais, mas remete também ao caso recente do ex-administrador de sistemas da CIA que denunciou o esquema de espionagem do governo americano em 2013 e foi tratado como um traidor, mesmo que tenha tido a atitude correta. É uma crítica clara à hipocrisia norte-americana, que trabalha sempre com dois pesos e duas medidas em se tratando de assuntos como esse.
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