quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Pegando Fogo – Bradley Cooper e gastronomia


Bradley Cooper a cada filme que passa mostra mais o seu lado ator. Além do rosto bonito e sorriso carismático, ele se torna um profissional mais completo a cada trabalho realizado. O filme Pegando Fogo, que estreou em dezembro no cinema, é uma prova disso. Apesar de não ser nenhuma produção grandiosa para Oscar ou prêmios, a atuação de Cooper é de tirar o chapéu, assim como do elenco de apoio, com destaque para Sienna Miller e Daniel Brühl.


Pegando Fogo é um filme delicioso, literalmente falando. É sobre gastronomia e o chef Adam Jones (Cooper), que busca incansavelmente a terceira estrela do Guia Michelin. Com seu temperamento forte, explosivo, controlador e beirando a loucura, Adam irrita todo mundo, mas também inspira todos a serem melhores, porque, afinal das contas, ele é genial e provavelmente o melhor do mundo.

O longa começa com Jones cumprindo uma penitência que deu a si mesmo: Abrir um milhão de ostras. O trabalho, que é ridículo para um chef do seu gabarito, foi a forma que ele encontrou de ficar sóbrio. Anos antes, em Paris, quando era uma estrela em ascensão, perdeu o rumo em meio a todo tipo possível de vícios, como drogas, bebidas, mulheres e poder. Ele magoou milhares de pessoas em seu caminho, muitas inclusive o querem morto, mas ele se tornou um novo homem, limpo, e deseja alcançar a tão sonhada terceira estrela.



Para isso ele precisa montar um time de chefs incrível. Procura Tony (Daniel Brühl), um velho amigo e filho do dono de um hotel com restaurante, e propõe remodelar o estabelecimento. A custa de um pouco de persuasão, Adam consegue e recruta funcionários, como Hélene (Sienna Miller), uma mãe solteira quase tão boa chef quanto Adam, Michel (Omar Sy), um ex-colega de Paris que Jones prejudicou anos antes, Max (Riccardo Scamarcio), um amigo que acabou de sair da prisão, David (Sam Keeley), um dono de food truck, e outros.

Adam pode até estar livre de drogas e outros vícios, mas a obsessão por ser o melhor ainda está lá. Ele deseja ultrapassar Reece (Matthew Rhys), seu antagonista e ex-amigo da época de Paris, que tem um papel fundamental no filme. A loucura e seu gênio forte de Adam ainda são latentes e o espectador fica assustado com seus ataques de raiva. A produção de Pegando Fogo provavelmente gastou muito com pratos quebrados e comida jogada fora.

Com Hélene (Sienna Miller)

Tony (Daniel Bruhl) e sua assistente como maître

Apesar de louco, raivoso, egoísta e obsessivo, por incrível que pareça o espectador gosta de Adam Jones. É aquele tipo de personagem odiável que amamos. Ainda mais a medida que o filme passa e compreendemos o homem por trás do chef poderoso, o homem que pouco teve na infância, que sofreu, que trabalhou igual a um condenado para chegar lá. As ações dele não são justificadas, mas compreensíveis. Isso tudo é fruto do trabalho de Bradley Cooper, que se não fosse bem conduzido não nos teria feito ter uma ligação e empatia com Adam.

Sienna Miller trabalha muito bem ao lado de Cooper. A sua relação com a filha pequena é doce e fofa e com Adam explosiva, mas ao mesmo tempo sensível. Ela entende o chef, ela é igual a ele. A parte amorosa do filme entre eles foi pouco explorada, mas isso não me incomodou, acredito que não era o foco da produção. Daniel Brühl é o maior destaque dos coadjuvantes. O amor que sente por Adam é evidente desde o início e mesmo quando não tem falas, seus olhares são expressivos. Mesmo super sério, é uma espécie de alívio cômico. Emma Thompson faz uma ponta como terapeuta de Tony e Adam e, como sempre, brilha.

Emma Thompson

Omar Sy

Como já era de se esperar, Pegando Fogo dá água na boca. As comidas são altamente sofisticadas e não para todos os gostos, mas são um deleite para os olhos e paladar. Dá vontade de lamber a tela do cinema. A fotografia do filme é lindíssima e sempre que aparecem os pratos é colorida e convidativa.

Pegando Fogo não é o melhor filme da vida, mas é muito bom. Depois de assistir e ver a loucura que é uma cozinha digo com toda certeza: Eu nunca trabalharia num restaurante.

Recomendo.

Teca Machado


9 comentários:

  1. OI BISTEQUINHA
    essa imagem dele na moto, hein? acho que isso vale o filme fácil fácil HAHAHAH
    sempre gosto muito dos filmes com o bradley. Acho-o um ator lindo e incrível!

    saudades da senhoraaaaa. Depois que casou, me abandonou u.u
    beijoooo
    beinghellz.blogspot.com

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    1. Ô, se vale!
      Hahahaha.
      Se você gosta dos filmes dele, vai gostar desse também, tenho certeza.
      :)

      Não te abandoneeeeeeeeeeeei, eu amo você!

      Beijoooos

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  2. nossa senhora, esse gatao e comida!? já preciso ver esse filme pra ontem, vou procurar pra ver no fds

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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  3. Hey, Teca!

    Estou curiosa por esse filme. O trailer me pareceu divertido e a história bacana.
    Perderia algumas horas com o Bradley fácil! Hahahahaha

    Mas fico feliz de receber sua aprovação também! Vou procurar assistir assim que possível :)

    Bjs

    livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br

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    1. Oi, Carol!
      O livro não é divertido no sentido de comédia romântica, sabe? É bem sério, na verdade, mas é muito bom.
      Se puder, assiste mesmo.
      :)

      Beijoooos

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  4. Ele é o homem perfeito eu tenho que ver essa história. Eu sou definitivamente um fã de Bradley Cooper eu não perca nenhum de seus filmes, embora eles são muito mal feitas. Pela maneira, recentemente eu vi americana Sniper, uma proposta que eu recomendo muito para ver.

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  5. Já tô anotando a indicação porque parece ser bem legal esse filme! rs
    Adorei a resenha!
    Deve ser mesmo uma loucura trabalhar em restaurante. Também não quero não. rs
    bjin

    http://monevenzel.blogspot.com.br/

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  6. Eu tenho muita vontade de experimentar trabalhar sobre pressão em uma cozinha.

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