terça-feira, 30 de junho de 2015

Primeiro e Único – Futebol americano e romance


O futebol americano está ganhando terreno no Brasil. Mas, ainda assim, por mais que conhecemos Tom Brady (Suspiros *.*) e um ou outro time, as jogadas, os passes e as estratégias são um mistério para a maioria. Mas isso não impede que gostemos do livro Primeiro e Único, de Emily Giffin, da Editora Novo Conceito, que tem o esporte como pano de fundo para um romance.

Livro cedido pela Editora Novo Conceito

Shea Rigsby tem 33 anos e uma vida confortável. Tem o mesmo trabalho na universidade desde que terminou seus estudos, um namorado razoável e nunca realizou nada de muito grandioso, a não ser decorar tudo o que for possível sobre futebol americano. Desde pequena ela é uma entusiasta do esporte e sabe de cor nome de jogadores e treinadores, estatísticas, campeonatos, vencedores, perdedores, placares e táticas. Além disso, o pai da sua melhor amiga Lucy é o treinador do time universitário da sua faculdade. Ele é um ídolo para ela e sempre foi a sua paixão platônica.

Quando a mãe de Lucy morre, o que desestabiliza tanto a família quanto o time de futebol americano da faculdade, Shea ao mesmo tempo que tenta dar apoio à amiga e ao treinador, percebe que é hora de sair da sua zona de conforto e ganhar o mundo. Mas esse novo estilo de vida a faz descobrir novos fatos e verdades sobre si mesma, sobre as pessoas que ama, sobre o seu esporte amado e sobre a sua própria família. E aprende que quando você sai da segurança da vida confortável e atinge novos patamares, é quase impossível voltar ao que era antes.

Emily Giffin toda linda
O romance de Primeiro e Único é um pouco diferente do que estamos acostumados. Não é nada bombástico ou inovador, mas não é uma típica história de amor adolescente como a maior parte dos livros. É sobre um relacionamento muito mais maduro e que floresce com o tempo, não numa paixão avassaladora à primeira vista. É doce e vai crescendo e o leitor se apaixona ao mesmo tempo que Shea quando temos um vislumbre maior da situação.

Em alguns momentos a autora exagera na quantidade de termos de futebol americano. Parágrafos inteiros com o nome de passes, campeonatos e regras da NCAA (Tipo a CBF para a gente) que nós não temos a mínima ideia do que ela está falando. Tenho certeza que para os entusiastas do esporte isso é o máximo, mas para mim, uma leiga que tem pouca noção, ficou um pouco difícil de imaginar certas cenas em jogos. Mas não tem problema, o esporte é muito importante na obra, mas entende-lo não é tão necessário para apreciar o livro.

E dá para apreciar bastante. Emily Giffin tem uma escrita fluida e dinâmica, sem muita enrolação, mas ao mesmo tempo introspectiva e sensível, como vemos em outros livros da autora. Ela aborda alguns temas polêmicos, como violência doméstica, mas não aprofunda muito. Mesmo assim, vemos a dor e a tristeza das mulheres que passam por isso.

Gostei de Shea, principalmente quando ela toma as rédeas da sua vida. Já a Lucy eu achei uma vaca, haha. Não sei como a Shea consegue gostar dela, já que é manipuladora, egoísta e centralizadora #prontofalei. O treinador Carr é uma gracinha, assim como outros personagens.

Primeiro e Único não é o meu preferido de Emily Giffin, mas ainda assim tem um lugar reservado no meu coração literário.

Recomendo.

Teca Machado

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Vestidos florais, literalmente


Com criatividade é possível criar peças lindas usando materiais inusitados. Foi isso o que Grace Ciao, uma estudante de Cingapura, fez ao desenhar modelos de vestidos utilizando pétalas de flores para dar cores, texturas e formas aos looks. 

Segundo ela, a tonalidade e o degradê das plantas é impossível de ser imitado com lápis de cor, giz de cera ou tinta, por isso gosta tanto do material.

Além desses desenhos com as flores, Grace cria peças “reais” de alta costura e vestidos de noivas.

O resultado é delicado, ousado e muito bonito!

Vamos ver algumas das suas criações?














Fonte: Bored Panda

Grace, dá para fazer um desse em tamanho real para eu vestir? Estou apaixonada!

Teca Machado


sábado, 27 de junho de 2015

Apenas Um Ano – Gayle Forman, sua linda


Se um dia pode mudar a sua vida, imagine o que um ano é capaz de fazer. Mais do que encontrar o amor, esse período é tempo suficiente para que alguém encontre a si mesmo. E é isso que vemos no livro Apenas Um Ano, continuação de Apenas Um Dia (Comentei aqui), de Gayle Forman, que recebi em parceria com a Editora Novo Conceito.

Livro cedido pela editora Novo Conceito

Estava super ansiosa por esse livro, já que amei Apenas Um Dia. Apenas Um Ano, na verdade, não é uma continuação, é um complemento do anterior, já que mostra o que acontecia com Willem enquanto Alysson (Ou Lulu) narrava o primeiro volume. Agora vemos a voz de Willem, já que antes conhecíamos o misterioso rapaz apenas pelos olhos apaixonados e encantados de Alysson. Antes muitas vezes não entendíamos suas atitudes, que em certas ocasiões foram tomadas como de cafajeste, bipolar e insensível. Agora percebemos que não foi bem assim.

Willem está perdido. Tanto literalmente quanto psicológica e emocionalmente. Ele acorda atordoado numa cama de hospital, em uma cidade que ele não lembra qual, com o rosto machucado e sem saber o que aconteceu. Tudo está nebuloso, mas o que ele lembra é que tem alguém o esperando em algum lugar. Não lembra quem e nem onde, mas a sensação é forte. 

Quando tudo volta à sua mente, ele sai em busca da sua Lulu, a garota comportada, de grandes olhos castanhos e muito doce com quem passou o dia anterior em Paris e com quem compartilhou a noite. Mas mais do que isso, ela preencheu o vazio que ele tinha dentro de si pelos últimos anos, desde que a sua vida familiar saiu dos trilhos. Com ela, ele finalmente estava sendo curado. Quando volta ao lugar dos dois, é tarde demais. Ela se foi e ele nem ao menos sabe o nome verdadeiro dela. Como encontra-la agora?

Gayle Forman
A busca de Willem pela sua Lulu é um ato de fé e acasos. Willem acredita fortemente nos acasos, foram eles que juntaram seus pais Bram e Yael décadas antes. Enquanto procura a moça dos seus sonhos, Willem descobre mais sobre si mesmo e sobre seus relacionamentos quebrados do que acreditava ser capaz. Ao longo do caminho ele reconstrói a si mesmo, a relação conturbada com a mãe, a amizade com os amigos, a sua fé no amor e, acima de tudo, ele percebe que chegou o momento de crescer e se tornar adulto.

Apenas Um Ano é um livro delicioso e intenso. Gayle Forman, como sempre, escreve de maneira simples sobre sentimentos complexos, nos colocamos na pele dos personagens, de Willem. Agora alguns mistérios do livro anterior sobre as atitudes dúbias do rapaz foram respondidos, percebemos que ele não é tão seguro, cheio de si e mulherengo (Ok, ele é mulherengo, mas Lulu o mudou e o amamos mesmo assim). Ele é na verdade quebrado por dentro, um rapaz que quis ser mochileiro e se perder no mundo para não se perder dentro do vazio de si mesmo e não encarar os problemas da vida.

Um ponto muito interessante sobre a obra é que ela passeia em vários países do mundo. Vamos com Willem para Holanda, Índia, México e nos sentimos seus companheiros de viagem. Além disso, ainda temos muito Shakespeare, encontros, desencontros, saudades e muitas obras do acaso.

Confesso que queria um pouquinho mais de páginas em Apenas Um Ano. Poxa, Gayle Forman, mais uns parágrafos teriam me deixado tão feliz. Mesmo assim, o livro acaba de uma maneira doce e delicada, exatamente como o caso de Apenas Um Dia.

Gayle, depois de quatro obras suas no meu currículo literário digo com toda certeza que leio tudo o que você escrever, até lista de compras, viu?

Recomendo bastante.

Teca Machado

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Divertida Mente – Pixar arrasando mais uma vez


Uma loucura divertidíssima. É assim que consigo definir Divertida Mente, da Disney Pixar, que está nos cinemas desde semana passada. Geralmente as produções do estúdio não decepcionam, mas nesse caso excede as suas expectativas de esperar um desenho muito bom. Aliás, muito bom não, excelente.


O roteiro de Divertida Mente (Pela primeira vez achei o título em português muito mais criativo do que o original – Inside Out, De Dentro Para Fora) explica que nosso cérebro é um centro de comando regido por emoções. Aí você me diz: Ok, dona Teca, e qual a novidade disso? A novidade é que é o centro de comando é realmente uma sala cheia de botões e mesa de controle que regem as ações da pessoa e as emoções são mini pessoinhas que personificam o que representam. Por exemplo, a Alegria (Miá Mello, no português), chefe do cérebro de Riley, a garotinha de 11 anos, é amarela, luminosa, esbanja felicidade em seu semblante. Assim como a Raiva (Léo Jaime) vermelhinho e gritão, a Tristeza (Katiuscia Canoro) azul, gordinha e de fala arrastada, o Medo (Otaviano Costa), frenético, dramático e de olhos esbugalhados, e a Nojinho (Dani Calabresa), toda fresca e patricinha.


Riley, a dona das emoções

Riley está passando por um momento difícil. Depois de uma infância feliz no interior dos EUA, seus pais a levam para São Francisco, uma cidade nova, grande e onde não tem amigos. Mas tudo bem, Riley é uma garota regida pela Alegria, ela sempre tenta ver o lado bom das coisas. Até que Alegria e Tristeza, depois de uma confusão no centro de comando, vão parar em outros cantos do cérebro. Em sua jornada de volta, as duas emoções precisam passar por lugares como a divertidíssima Terra da Imaginação, o medonho Subconsciente, a Hollywoodiana Produção de Sonhos e outros locais da nossa complexa mente e consciência. Enquanto isso, regida apenas pelo Medo, pela Raiva e pelo Nojinho, Riley se torna uma menina brava, introspectiva e apática.


Essa bolinha de gude amarela é a lembrança

O diretor Peter Docter explicou que Divertida Mente surgiu num momento complicado da Pixar. Com um filme adiado, nenhuma indicação ao Oscar em 2014 e um projeto deixado de lado, essa produção tomou forma quando Docter, querendo compreender o que se passava com sua filha, uma criança feliz e ativa que começou a ficar diferente (Ou seja, adolescente), pensou “E se personificássemos emoções?”. Abraçando o caos do estúdio, como ele mesmo disse, surgiu essa animação divertida, diferente, criativa e com uma lição bacana, de que por mais que gostemos da alegria, às vezes é preciso dar espaço para a tristeza, é saudável.

Riley e seus pais

Divertida Mente brinca com cores, texturas, loucuras e o seu 3D é suave. Dá profundidade, mas não é exagerado. As emoções, principalmente a Alegria, parecem ser feitas de pelúcia, fofinhas. O filme é um deleite visual (Mas, me fala, qual desenho da Pixar não é?) tanto nos ótimos personagens quanto nos cenários do cérebro, dando destaque para a Terra da Imaginação, com suas florestas de batata fritas e máquina de produção em escala de futuros namorados, as Ilhas de Personalidade e o amigo imaginário Bing Bong (Muito amor pelo Bing Bong!). Tenho plena certeza que para escrever um roteiro desse ou sua mente funciona em outra frequência ou você está bem doidão.

Alegria é muito fofinha!

Emoções vendo as Ilhas de Personalidade, que definem quem você é

O filme passa em dois universos distintos, o lado de fora e o lado de dentro que têm sua história correndo independente, mas ao mesmo tempo interligados. Um reflete o outro e há uma harmonia muito grande entre eles. O tema de Divertida Mente é complicado, a crise de identidade, a confusão de emoções, mas é tratado de forma tão doce e engraça que em momento algum fica pesado (Só triste em certos trechos e muito bem humorado em outros).

É o tipo de filme que crianças vão amar, adultos vão adorar e, no fim das contas, todo mundo vai se divertir e pensar como o nosso cérebro pode ser complicado e divertido.

Centro de comando da mãe de Riley, lembrando do piloto de helicóptero brasileiro que ela deixou para trás (Voz do Sidney Magal)

Recomendo muito muito. Vá ao cinema assistir, é sério.


Teca Machado

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Uma baleia no deserto – Participação Dramática Especial – Projeto Drama Queen #36


Drama queen que é drama queen já fez drama por causa de amor. Seja por ter amor, seja por não ter, seja por levar um pé dele, seja por ter vários amores e não saber qual escolher (Taí um drama dos bons!) ou por simplesmente porque o seu amor te enche muito o saco. A verdade é que os relacionamentos (Ou a falta deles) são fontes dos maiores dramas da humanidade.

E com a Dudi, do blog Dudi Kobayashi, não podia ser diferente. Ela, que é super amiga das Drama Queens mor Teca e Carol, faz tempo que quer escrever para o projeto mais legal da blogosfera e finalmente chegou o dia.

Dudi, chega mais que somos todas ouvidos!

Uma baleia no deserto


Esse mês teve o Dia dos Namorados, inclusive a Carol fez uma postagem aqui no Drama Queens sobre esse dia tão terrível... Um dia ao qual eu quase não sobrevivi. Acordei cedo para ir trabalhar, voltei tarde para casa, mas foi só ficar a noite sozinha, olhando a felicidade alheia no instagram, que queria fugir para outro lugar! Além da vontade de matar aquele Santo Antônio que não me deixa casar, mas não quer me assumir!

A verdade é que eu já estou velha e solteira... Mas solteira é só um modo delicado de dizer que eu estou parecida com uma baleia azul encalhada no meio do deserto. Não posso dizer que sou uma baleia encalhada na praia, porque na praia presume-se que há uma esperança de voltar ao mar. Eu estou no meio do deserto sem nenhuma gota de água por perto.

Não basta ser baleia no deserto, eu ainda sou obrigada a ver todo mundo casar, em especial os meus exs. Eu sou uma verdadeira figurinha premiada, você namora comigo, me dispensa e depois de um tempinho você conhece sua alma gêmea, aquela para casar. POR QUE EU NÃO SOU AQUELA PARA CASAR? Por que aquela magrelinha, queridinha da sua mãe foi a que recebeu aquele anelzinho e foi parar no altar? Por que aquela nariguda foi quem você pediu para namorar? Eu sinceramente não consigo entender. 

A única situação que fez sentido foi o ex que arrumou um marido, afinal, ele realmente tem algo que eu não posso oferecer. Agora de resto: sou dedicada, sou educada, sou romântica, sou fiel, sou engraçada, sou formada, tenho emprego e as vacinas em dia. Não sou muito boa na cozinha, mas não me importo de pegar o telefone e pedir o jantar.

Estou cansada de ver todo mundo encontrando sua metade da laranja, sua tampa da panela, seu outro pé de meia, sua alma gêmea, seu amor eterno, sua cara metade, o parceiro para todas as fotos nas redes sociais.... Eu estou mais propensa a ganhar na loteria do que encontrar minha metadinha, e olha que eu nem compro um bilhete para jogar!

Para todas as dramáticas encalhadas de plantão, saiba que eu entendo sua dor! Não é fácil escutar coisas como “sua hora vai chegar”, “o que é seu tá guardado”, “antes só do que mal acompanhada”, ou “essa felicidade alheia é tudo falsidade que só aparece nessa data”. Acontece que nada disso é consolo! Não sei vocês, mas eu quero a felicidade verdadeira, com o cara certo, e nesse minuto se for possível, porque esse príncipe encantado já está muito atrasado, e eu odeio esperar!


Dudi Kobayashi

Nome científico: Juliana Sayumi Kobayashi. Graduada em publicidade, mestre em cultura contemporânea. Comilona que sempre promete começar a caminhar no dia seguinte. Romântica incurável, extremamente sentimental, mas também impulsiva e cabeça quente – típica ariana. Aquela que será expulsa de casa caso recolha mais algum gato de rua. Compradora compulsiva de livros que sonha em arrumar alguém que me pague para ler (editoras estou aqui). Apaixonada por distopias, quase morreu desidratada lendo A culpa é das estrelas e tem mais livros da Meg Cabot que produtos de beleza.

*** 

Dudi, a gente te entende totalmente! E como te conhecemos, super fazemos campanha para você arrumar um cara bem legal. HOMENS, A DUDI ESTÁ SOLTEIRA! VÃO PERDER ESSA CHANCE?

O Projeto Drama Queen, com posts bem dramáticos e exagerados todas as quintas-feiras no Casos, Acasos e Livros e no Pequena Jornalista, agora tem página no Facebook! Já foi lá curtir? Não? Shame on you! Clique aqui e entre nesse universo dramático e muito divertido. Quer mandar seu texto para a gente? projetodramaqueen@gmail.com

Beijos,

Teca e Carol


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Deixa Rolar – A tentativa frustrada de fugir de clichês


Um homem que nunca se apaixonou, mas é um lindo pegador que passa o rodo. Até que um dia ele se apaixona pela primeira vez. A escolhida é uma linda mulher morena, divertida, tão mais cheia de personalidade do que as outras bobinhas que ele já namorou. Mas tem um porém: Ela tem namorado, óbvio. Agora cabe ao mocinho tentar de todas as formas conquistar o coração da garota. Você tem a impressão de que já viu esse roteiro antes? Eu já. Mas tudo bem, comédias românticas em geral são assim, e esse é o caso de Deixa Rolar, que está nos cinemas.


O filme, do diretor Justin Reador, tem uma premissa legal e tenta ser inovador, mas não é. Ao fazer graça com os clichês do gênero e debochar da previsibilidade das comédias românticas, cai nos maiores clichês possíveis, mas não de uma forma cool, como pretendia. Deixa Rolar é divertidinho, uma boa opção de entretenimento para um domingo à noite, que foi quando eu assisti.

Chris INCRIVELMENTE HOT Evans (Que agora olhando no IMDB acabei de perceber que não tem nome no filme) é um roteirista de ação que precisa escrever uma comédia romântica. Mas como ele nunca se apaixonou na vida, acha difícil se identificar com um enredo de amor. O seu trauma começa quando sua mãe, que devia amá-lo mais do que tudo na vida, o abandona para viver no Chile com um cara qualquer. Enquanto expõe o quanto os clichês do gênero de filme são ridículos, ele conhece Michelle Monaghan (Também sem nome) em uma festa.



A conexão é imediata e fulminante e ele se vê realmente encantado por uma mulher pela primeira vez na vida. Mas logo toma um banho de água fria: Ela é comprometida. Por mais que tente manter uma relação platônica de amizade, a química entre eles é muito grande e ele resolve que pela primeira vez precisa correr atrás do amor e conquistar uma mulher.


Deixa Rolar é legal, mas apenas isso, legal. Podia ser tanto mais! E pelo trailer achei que seria bem mais, especialmente quando Chris Evans escuta ou conta uma história e entra na pele do personagem, então ele se transforma em um servo da Idade Média, em astronauta, em ator de novela coreana, em soldado na II Guerra Mundial... Esses são os melhores momentos do filme, o que o torna um pouco diferente das produções do gênero. Fora que os personagens tem umas tiradas humorísticas bem bacanas e inteligentes, quando o roteiro se mostra mais ágil.

Momentos em que ele entra na pele do personagem de uma história


Chris Evans é sempre um gostoso lindo, um bom ator. Nenhum Leonardo DiCaprio, mas muito competente, ainda mais no papel do cafajeste apaixonado, personagem em que encaixa tão bem (Meu preferido dele é em Qual é o Seu Número? Comentei aqui). Michelle Monaghan também. Ela é linda, boa atriz, com uma risada contagiante e faz o estilo de mulher que os homens querem casar, aquela que pode nem ser a mais bonita do lugar, mas que o ilumina sempre que chega. Os personagens secundários fazem pontas e não são muito bem aproveitados, mas sempre que aparecem impactam, como Topher Grace e Luke Wilson.

Não resisti colocar uma foto do Chris Evans que nos faz suspirar

O final é totalmente previsível, but who cares? Deixa Rolar desde o princípio deixa bem claro que não vai fugir dos clichês e que o final é o esperado. Não é tocante, emocionante ou inesquecível, mas é diversão por 90 minutos. É um filme com um pezinho na produção independente, mas o outro firmemente fincado em Hollywood.

Recomendo.

Teca Machado

terça-feira, 23 de junho de 2015

A Lista: 100 nomes, um mistério e uma matéria


Adoro histórias fantasiosas, no melhor estilo As Crônicas de Nárnia, mas também sou muito fã quando o autor consegue transformar situações e personagens que podiam muito bem ser reais em um livro emocionante e interessante. Quem consegue fazer isso muito bem é a Cecelia Ahern, de P.S. Eu Te Amo e Simplesmente Acontece (Comentei aqui). Dessa vez, com o livro A Lista, que a Editora Novo Conceito me mandou como parceria, o mesmo acontece.

Livro cedido pela Editora Novo Conceito

Em A Lista, Kitty Logan, jornalista irlandesa, está no fundo do poço. Todos os aspectos da sua vida vão de mal a pior. Sua carreira saiu dos trilhos e o país inteiro a odeia, seu namorado a deixou e nem teve a cortesia de avisar, o melhor amigo está sempre decepcionado com ela, seus pais sentem vergonha dela e falam na cara e a sua mentora, amiga e editora Constance está no hospital morrendo de câncer. Isso tudo em meio a um processo judicial que ela está respondendo por fazer uma matéria sobre um professor que abusava de alunos sem ter pesquisado bem e, no fim das contas, o cara ser inocente. Nada está fácil para a garota.

Após a morte de Constance, Kitty encontra uma ideia de matéria da mentora: Uma lista com 100 nomes. Mas é só isso, mais nenhuma explicação. Cabe a Kitty correr atrás dessas pessoas, entrevista-las, descobrir qual é a ligação entre elas e porque a amiga queria juntá-las numa matéria só. Querendo se redimir do seu erro em rede nacional e com desejo de dar voz à Constance pela última vez com a sua última ideia, Kitty precisa escrever a melhor matéria da sua vida. E descobrindo aos poucos o motivo dos 100 nomes estarem na lista, ela conhece pessoas incríveis que, mais do que tudo, a ajudam sair do estado de topor em que se encontrava.

Cecelia Ahern
Quase dá de acreditar que Cecelia Ahern se inspirou em algum caso real. Sua protagonista Kitty é muito verossímil. Cheia de defeitos e imperfeições, mas na verdade uma pessoa boa que está sofrendo terrivelmente, mesmo que não demonstre no seu exterior. Na fome por uma boa matéria (E eu como jornalista entendo isso), ela cometeu um erro terrível que agora irá persegui-la pelo resto da vida e sabe disso. Dá para ter muita raiva de Kitty, mas só porque nos enxergamos nela. A autora basicamente transforma uma lagarta em borboleta.

Os outros personagens também são ótimos. Constance aparece pouco, mas sua voz e sua personalidade ecoam em todo o livro. Steve, o melhor amigo, é do tipo que você quer que seja o seu melhor amigo. E as pessoas da lista que Kitty encontra são incríveis. Suas histórias são doces, tristes, felizes, divertidas, diferentes, interessantes. O leitor se apaixona por cada uma delas e suas particularidades.

A Lista, ao contrário dos outros livros de Cecelia Ahern que eu li, foca mais na autodescoberta e no autoperdão de Kitty do que numa história de amor. E a amizade e os laços que ela cria também é um aspecto muito forte da leitura. É um livro com bastante reflexão, mas ao mesmo tempo com um pouco de ação quando a protagonista está com as pessoas da sua lista.

A autora tem uma sensibilidade de escrita que não em qualquer lugar que a gente encontra. Morro de vontade de ser amiga dela, haha. Mesmo quando suas histórias são de amor, ela não é melosa ou cheia de água com açúcar demais, é na medida certa. Eu não tinha nem ideia de qual seria a ligação entre as pessoas, mas a explicação sobre o assunto é muito boa.

A Lista é um livro sobre transformação, perdão, amizade e redenção. A leitura vale muitíssimo a pena! Cecelia Ahern arrasou mais uma vez!

Recomendo muito.

Teca Machado

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Livros de junho – Livraria Janina


O blog tem uma parceria bem legal com a Livraria Janina, de Mato Grosso, e todos os meses pode escolher uns livros bem bacanas. Sempre posto as obras que peguei apenas no instagram da página (@casosacasoselivros), mas resolvi compartilhar com vocês também.

Vamos ver os selecionados de junho?


O Livro Sem Figuras, de B. J. Novak – É uma obra inovadora para crianças aprenderem que um livro divertido não é apenas aquele com imagens. O que importa é o conteúdo, que nesse caso é muito engraçado. Daqui uns dias posto uma resenha para vocês.

Minha Vida Dava Um Livro, de Guilherme Cepeda e Larissa Azevedo – É um livro daqueles em que o leitor pode escrever nele. Voltado para os amantes da literatura, temos que preencher as páginas com nossas citações preferidas, livros preferidos, obras que nos marcaram, livros que odiamos e muito mais. Mais ou menos um diário literário.

Lugares Escuros e Objetos Cortantes, de Gillian Flynn – Qualquer coisa que a autora de Garota Exemplar (Comentei aqui) escrever, eu vou querer ler, até a sua lista de compras. Lugares Escuros está quase para sair no cinema e preciso ler antes de ver o filme. As duas obras tem recebido muitas críticas boas que falam de como Gillian sabe “enganar” o leitor.

Desde o Primeiro Instante, de Mhairi McFarlane – Mais um caso de paixonite pela capa bonita, haha. Faz tempo que vejo na livraria essa obra e fico namorando de longe. Esse mês resolvi que queria levar para casa e chamar de minha. Parece ser um romance chick lit bonitinho.

Champion, de Marie Lu – Terceiro e último livro da série Legend. Já li o primeiro (Comentei aqui) e amei essa distopia de livros curtos, ágeis e cheios de reviravoltas.

Já leram algum desses? São bons?

Conheça um pouco mais da Livraria Janina aqui.

Teca Machado

sábado, 20 de junho de 2015

Tudo Pode Mudar – Reflexão e bom humor


Nesse mundo de blogs literários, já peguei muitas dicas de livros bacanas que eu não conhecia, mas comprei porque li uma resenha legal. Foi o caso de Tudo Pode Mudar, de Jonathan Tropper. Nunca havia lido nada do autor, mas já vi muitos elogios, principalmente sobre o livro Como Falar Com Um Viúvo. E estavam todos certos. Ele escreve com leveza e bom humor assuntos sérios e reflexivos.


Em Tudo Pode Mudar, Zachary King aparentemente tem uma vida perfeita. Ele é noivo de Hope, uma mulher muito gata e rica que sabe-se lá porque é apaixonada por um cara mediano e normal como Zack. Seu melhor amigo é um milionário excêntrico que deixa que ele more de favor em seu apartamento numa ótima região de Nova York. Seu emprego, apesar de estressante e chato é estável e paga bem. Mesmo não sendo uma pessoa que dá pulinhos de felicidade pela vida que tem, o rapaz de 32 anos se acomodou e se sente confortável do jeito que está, afinal, podia ser pior e ele ser como o pai Norm, um irresponsável que abandonou há anos a esposa com três filhos pequenos e era um traidor compulsivo. 

Tudo ia bem, até que Zack encontra sangue na urina. Após alguns exames inconclusivos, há suspeita de câncer pairando no ar. Além disso, o pai desaparecido há tempos resolve tentar entrar de novo no círculo familiar e pedir perdão para os filhos. Um problema de proporções gigantes no trabalho ajuda a tirar o sono do rapaz. Para piorar ainda mais a situação, Zack se aproxima perigosamente de Tamara, viúva do seu melhor amigo falecido por quem sente uma paixão platônica há anos.

Zack, que sempre tentou manter o controle da vida, das suas emoções e das suas atitudes, simplesmente não consegue mais com tanta pressão e surta. Com muito humor e sensibilidade, Jonathan Tropper conta uma história sobre mudanças e sobre chances de se criar uma vida nova em meio ao caos. É o verdadeiro exemplo de que se a vida te deu limões, faça limonada (Ou caipirinha, depende do seu ponto de vista).

Jonathan Tropper
Tudo Pode Mudar é narrado em primeira pessoa por Zack e temos acesso a seus medos, inseguranças, incerteza e certezas. Ele é um cara legal, tenta viver a vida da melhor maneira possível. O passado com o pai em quem não podia confiar fez com que ele se tornasse extremamente responsável e correto, porque simplesmente não podia aceitar a ideia de ter algo remotamente parecido com o progenitor. Mas quando a sua vida se torna um caos, seus conceitos precisam ser revisados e ele percebe que não pode continuar da maneira apática como estava.

Esse é um livro mais reflexivo, mas muito bem humorado e com algumas passagens bem engraçadas. O trecho da perseguição do médico de Zack em pleno campo de golfe que ele, o irmão e o melhor amigo invadiram me arrancou gargalhadas, assim como o pai dele estar “condicionando” partes do seu corpo a voltarem a funcionar tomando diariamente Viagra e andando por aí “animadinho”. Fora que os personagens são carismáticos e queridos. O leitor passa a gostar até mesmo de Norm, com a sua irresponsabilidade e falta de noção.

Não espere correria, Zack tentando salvar a sociedade distópica ou algo do tipo, e sim um cara quase real em uma situação problemática que muitas pessoas passam em sua vida: Problemas de saúde, familiares, de relacionamento e profissionais. Quem nunca?

A obra de Jonathan Tropper é um ótimo livro para pensar sobre si mesmo e refletir sobre o rumo que a sua vida tomou. Você está satisfeito? Fique de olho, porque tudo pode mudar.

Compre um exemplar para você aqui na Livraria Janina.

Recomendo.

Teca Machado


sexta-feira, 19 de junho de 2015

De volta a 1993: Jurassic World


Quem tem mais ou menos a minha idade, 27 anos, com certeza lembra de quando era criança ter assistido Jurassic Park, em 1993, e ficado apavorado. Apavorado e maravilhado! Para a minha mente de apenas cinco anos aquele filme era incrível. E posso dizer uma coisa? Continua sendo. Até mesmo as minhas sobrinhas de sete e quatro anos assistem esse clássico e amam de paixão. Por isso que eu fiquei enlouquecida quando vi o trailer de Jurassic World, o quarto da franquia que está hoje nos cinemas, um reboot daquela obra que mesmo sendo dos anos 1990 conseguiu criar dinossauros sensacionais.


Assisti Jurassic World, do diretor Colin Trevorrow, e me senti criança outra vez escutando aquela música tema. Dessa vez, o tão sonhado parque dos dinossauros está em pleno funcionamento. É basicamente um parque da Disney, só que na Costa Rica e com dezenas de espécies de dinossauros como atração. 

O local está sempre lotado, mas ver esses seres antes extintos não é mais novidade, ninguém se impressiona tanto. É basicamente como ver um elefante, é legal, é diferente, mas é quase normal, nada de fator “uau” (Não seria assim com a indústria do cinema atual também?). Por isso os dirigentes do parque todo ano precisam inventar algo novo e dessa vez resolvem criar uma espécie geneticamente modificada mais assustadora, com mais dentes e muito maior do que até mesmo o pavoroso Tiranossauro Rex, que foi motivo de tanto horror nos primeiros filmes. A experiência dá certo, mas dá certo até demais. Esse dinossauro híbrido é inteligente ao extremo e foge da contenção.



Cabe a Owen (Chris MARAVILHA Pratt) ajudar na captura do híbrido solto tocando o terror na ilha, enquanto ajuda a coordenadora do parque Claire (Bryce Dallas Howard, toda linda correndo com inverossímeis sapatos altíssimos em plena floresta) a resgatar os seus sobrinhos que estão perdidos com o dinossauro a solta.

Sim, a história de Jurassic World tem muito de Jurassic Park, mas atualizada para os dias atuais. Um cara entendido de dinossauros bonitão e meio rebelde, a dupla de irmãos correndo muitos perigos, a mocinha que parece frágil, mas não é, carnívoros a solta e um parque que era óbvio que ia dar errado em algum momento.

É muita maravilhosidade para mim!


O enredo é muito bom e bem amarrado, dando brecha para continuações (O que já foi confirmado essa semana). Além disso, é muito corrido, mas não chega àquele ponto em que o espectador está até ofegante de tanta correria: tem na medida certa. Há também algumas tiradas engraçadas.

Apesar da química muito boa entre Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, e entre Nick Robinson e Ty Simpkins, a dupla de irmãos, infelizmente o roteiro peca em não aprofundar essas relações, principalmente com Judy Greer (De Repente 30 feelings), mãe dos meninos e irmã de Claire. Dava para explorar um pouquinho mais os atores nesse ponto. 



Por falar nos atores, o elenco foi extremamente bem escolhido. Chris Pratt é o novo nome sensação de Hollywood. Bom ator, engraçado, carismático, muito bonito e atlético, o papel caiu como uma luva para ele. Chris, te quiero! E Bryce Dallas Howard também é excelente. Ela já provou mil vezes seu valor como atriz dramática em filmes como A Vila, mas é em Jurassic World que mostra que é versátil para um blockbuster.

Falar que o Jurassic World é muito bem feito e cheio de efeitos especiais sensacionais é como falar que o céu é azul. Não podia se esperar menos de um reboot de um clássico tão adorado pelo público. Não dá para sair decepcionado do cinema, garanto.

Amantes de Jurassic Park ficarão felizes por ver referências ao original, como citações a John Hammond, o “pai” dos dinossauros, e a aparição do Dr. Henry Wu (BD Wong), responsável pela genética do parque, que foi personagem no filme de 1993.



Algo interessante é perceber que a produção não teve “medo” da classificação indicativa e colocou sangue e morte, até mesmo de mulheres, algo inédito na franquia. Em muitos filmes de ação atual, há lutas para todo lado e nem uma gotinha de sangue (Os Vingadores é prova disso). Mas Jurassic World prestou atenção à realidade, pelo menos nesse ponto, haha.

Recomendo muito.

Teca Machado

BONUS: Chris Pratt se divertiu muito no set de filmagens. Apareceu em várias imagens rindo e pregando peças. Mas seus colegas se vingaram e zoaram o ator. Olha isso:

quinta-feira, 18 de junho de 2015

O drama dos três empregos (Ou seriam cinco?) – Projeto Drama Queen #35


Sabe a Rochelle, de Everybody Hates Chris (Todo Mundo Odeia o Chris)? Ela vive falando “Eu não preciso disso, meu marido tem dois empregos”. Morra de inveja, Rochelle, eu tenho três empregos! Na verdade, se eu for sincera, tenho cinco. Vem contar comigo:

1- Editora de uma revista de variedades
2- Editora de uma revista institucional
3- Assessora de imprensa de um shopping
4- Escritora
5- Blogueira


Os que eu mais gosto de fazer são os dois últimos, mas é óbvio que a vida não seria tão fácil assim, e são justamente eles que não me dão nem um real, então preciso focar nos três primeiros para sobreviver. É um drama!

Quando você trabalha em um lugar só, já tem os problemas rotineiros que todo emprego tem, fora chefes e colegas nem sempre tão agradáveis. No meu caso, multiplique por três. Drama triplicado!

Como eu trabalho de casa (Sim, só dou conta disso tudo porque faço o meu amado e maravilhoso home office), às vezes chegam demandas dos três empregos ao mesmo tempo e aí minha vida fica embananada. Respondo e-mail de um trabalho, atendo ligação de outro e ainda escrevo matéria do terceiro, tudo ao mesmo tempo. Essa é a receita para a loucura. Tem dias que tudo o que eu quero é sentar na calçada de casa e chorar, haha (Hoje é um deles).

Rochelle te despreza.

Essa semana resolvi fazer o Projeto Drama Queen sobre esse assunto porque minha vida está um caos. Geralmente com um pouco de paciência, disciplina e gestão de tempo (Algo que, confesso, não é o meu ponto forte), consigo equilibrar esses três pratos. Mas nesses últimos dias foi quase impossível. Foi uma avalanche de demandas, pepinos e probleminhas e problemões, fora resolver um monte de coisas do meu casamento (Que é daqui a exatamente um mês *.*). Logo na segunda-feira cedinho já tive gente gritando comigo. Ô, jeitinho bom de começar a semana!

Mãe, a semana está acabando?

Felizmente, está acabando mesmo. Hoje já é quinta. Bom, por falar nisso, deixa eu ir agora que tenho cinco matérias para escrever, duas reuniões e uma entrevista (Juro que não foi exagero, essa é realmente a minha agenda dessa quinta).

*** 

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