Outlander – A Viajante do Tempo : O primeiro e incrível livro de 2015

Quem um dia iria dizer que eu ia me apaixonar por um homem de kilt? Pois é, não teve como resistir ao Jamie, de Outlander – A Viajante do Tempo, de Diana Gabaldon. Devo dizer que comecei meu ano literário de maneira extraordinária. Esse livro, o primeiro de uma série de oito, é fantástico, envolvente e nos faz acreditar que estamos na Escócia de 1743.

Minha sobrinha Lelê no fundo fazendo pose :)

Claire, uma inglesa de 27 anos, finalmente vê o fim da II Guerra Mundial em 1945. Durante o conflito trabalhou como enfermeira longe do marido. Agora eles aproveitam uma segunda lua-de-mel na Escócia, na cidade de Inverness, para se reconectarem. Grande historiador, Frank gosta de passar o tempo pesquisando sua linhagem genealógica, enquanto Claire, uma apreciadora de botânica, passeia pela região das Terras Altas. Após se deparar com um místico círculo de pedras e um ritual que não faz sentido a ela, Claire se aproxima demais das pedras e é atirada ao passado, mais precisamente em 1743.

A inglesa se encontra na violenta e caótica Escócia do século XVIII e é capturada por homens de um dos clãs da região, os Mackenzie. Não entendem aquela mulher com poucas roupas, linguagem diferente e costumes estranhos. Mas ela salva um dos seus homens, Jaime, da morte certa e decidem leva-la ao seu líder. Claire se vê obrigada a ficar entre eles, aprendendo a se portar como uma mulher da época (e falhando sempre) e tentando voltar ao círculo de pedras para tentar retornar a 1945 e ao seu marido. Mas reviravoltas, acontecimentos fora do seu controle e intrigas a deixam cada vez mais afastada do seu objetivo, ainda mais quando o seu coração é tomado por um novo amor escocês.

Apesar do tanto que escrevi, juro que não passei das primeiras 50 páginas de Outlander e o livro tem 800. Não dei nenhum spoiler.

Diana Gabaldon escreveu um dos melhores (se não o melhor) romances históricos da literatura. O Mr. Darcy que me desculpe, mas Jamie Fraser é o mais incrível personagem masculino que já cruzou o meu caminho. Porque além de ser romântico, doce e tudo o mais, tem um ótimo senso de humor, é inteligente, tem suas vezes de bad boy e é extremamente, completamente e totalmente gostoso sexy. Jamie, me chama de kilt e me usa, querido! E a sua história de vida é tão triste, tão cheia de acontecimentos terríveis, que é impossível não torcer pela sua felicidade.

Diana Gabaldon

Claire é outra personagem incrível. Narradora do livro, ela nos mostra todo o seu lado inteligente, prático, determinado e muito teimoso. Sua teimosia só rivaliza com a de Jaime. Corajosa é outra forma de descrevê-la. É o exemplo perfeito de “se a vida deu limões, faça limonada”. Sem muitos mimimis e chororôs, só nas horas certas, o leitor se apaixona por essa mulher que não se deixa abater nem nas horas de maior escuridão.

A autora nos envolve na atmosfera das Terras Altas escocesas. Tinha momentos em que eu me afundava tanto na leitura que esquecia que não estava lá (Ai, droga!). Apesar do livro ser categorizado como fantasia por causa da sua viagem no tempo, todo o resto é completamente real, aceitável e plausível. Diana Gabaldon se certificou de estudar bem os costumes e acontecimentos históricos que permeiam seu enredo, além de praticamente transformar o cenário do país em outro personagem. O único ponto que me incomodou um pouco foi que ela se empolga na descrição das plantas e da vegetação. Mas ao ler a biografia da escritora vemos que ela é formada em ecologia, então damos um desconto.

A profundidade dos sentimentos, dos apuros e dos acontecimentos me deixava quase sem ar, como se estivesse lá também. O relacionamento do casal foi natural, aos poucos, nada de “te vi, te amei, vamos ficar juntos para sempre”. Eles vão construindo e nos arrebatando junto.

Basicamente engoli o livro e não conseguia parar de ler quando começava. Passei madrugadas insones com muito gosto. Dos oito livros da série, apenas os dois primeiros foram lançados no Brasil. O volume dois é A Libélula no Âmbar (Já quero!).

E o melhor de tudo: Outlander virou série. Estreou em outubro e alcançou o maior índice de audiência de uma produção do canal Starz. Com apenas oito episódios, a série entrou em hiato e só volta em abril. Ó, céus! Não comecei ainda, mas pelo que pude ver em teasers e ouvir de comentários por aí é muito parecida com os livros. Caitriona Balfe está no papel de Claire e o lindo Sam Heughan no de Jaime.

Cartaz da série

Sam Heughan

Se eu recomendo? Só muito!

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Teca Machado