sábado, 31 de janeiro de 2015

"Colouring Books": brincadeira de criança para desestressar gente grande! - Por Emily Antonetti


A Emily, minha amiga do Meg's Army Book Club, sempre aparece com os posts e ideias mais interessantes e diferentes. Quando vi esse texto sobre os colouring books, achei super divertida a ideia e vim compartilhar com vocês:


Separe a caixinha de lápis de cor, as canetinhas que ainda não ressecaram, um belo mantra pra tocar na vitrola e vamos curtir uma espécie preciosa de "spa para a mente"! Sim, isso mesmo. Vamos participar de uma sessão de relaxamento indicada para pessoas de 1 à 100 anos de idade: the colouring books! Ei, não torce o nariz não! Você sabia que estudos comprovam que essa atividade "infantil" pode gerar bem-estar, tranquilidade e ainda estimular áreas importantes do cérebro? Em alerta, algumas editoras começaram a apostar nesse nicho de mercado e já estão colocando à disposição de seus clientes uma variedade de publicações de livros para colorir voltados ao público adulto. Nada de desenhos bobinhos, a coisa agora é um pouquinho mais... peculiar! Grandinhos de plantão, venham conhecer três super candidatos a queridinhos na sua estante durante as férias - ou em qualquer um dos 365 dias do ano.

Ter um livro para colorir é quase uma regra básica na cartilha de "ser criança" (quem nunca?). No entanto, emprestar a revistinha do seu filho, sobrinho ou priminho é sacanear a brincadeira do coleguinha. Para se aventurar numa caça ao tesouro das cores, nada melhor do que adentrar o curioso "Jardim Secreto", obra de Johanna Basford. Criaturas escondidas e outras centenas de detalhes estão esperando por você para ganhar vida nesse passeio deslumbrante. Na França, "Secret Garden" chegou a entrar na lista dos mais vendidos, com 2.000 unidades comercializadas por semana. Aqui, no país tupiniquim, o exemplar "antiestresse" está disponível para aquisição nas livrarias pela Editora Sextante.

(Imagem: reprodução/Ed. Sextante - "Jardim Secreto" - Johanna Basford)
(Imagem: reprodução/Ed. Sextante - "Jardim Secreto" - Johanna Basford)
Para exercitar a mente e festejar o glamour da terceira idade, vale a pena se dedicar aos contornos de "Advanced Style - The Coloring Book". O livro é uma espécie de spin-off do famoso blog de moda Advanced Style, do fotógrafo e caçador de estilos Ari Seth Cohen, em parceria com o ilustrador Ilan Schraer. São trinta desenhos incríveis baseados em cliques feitos para o blog de senhoras e senhores muito charmosos ao redor do mundo. Além de colorir, você também pode se divertir com um caça-palavras temático e ligar os pontos para ajudar um belo cavalheiro a completar o seu chapéu. Como diria o poeta polonês Stanislaw Jerzy Lec, "a juventude é o presente da natureza, mas a idade é uma obra de arte". Então, vamos celebrá-la! O livro está disponível online para compra via editora powerHouse Books.

(Imagem: reprodução/powerHouse Books - "Advanced Style" - Ari Seth Cohen e Ilan Schraer)
(Imagem: reprodução/powerHouse Books - "Advanced Style" - Ari Seth Cohen e Ilan Schraer)
Se você é fã de cultura pop e celebridades, me acompanhe por aqui! O sr. Gosling se casou e virou papai, certo? Mas, isso não impede que você leve um exemplar dele para a sua casa. A ilustradora britânica Mel Elliott fez um favorzinho pra você que baba na telona e sonha em ter um "Diário de uma Paixão". Ela preparou o especialíssimo "Ryan Gosling Colouring book". O companheiro perfeito para te fazer esquecer da vida e de todos os problemas do cotidiano. Quer colorir fora das linhas? Ele não vai se importar! Quer brincar loucamente com os tons? Ele aceita você do jeito que é! Só não precisa bancar um Lars ("and the Real Girl"), ok? Sucesso de vendas no Reino Unido, o livro faz parte da série "Colour Me Good" - que também traz outras celebridades, modelos, boy bands (alô, directioners?), astros do Hip-Hop, divas dos anos 90, capas de discos e muito mais. A publicação pode ser adquirida online pelo site I Love Mel.

(Imagem: reprodução/I Love Mel - "Ryan Gosling Colouring Book" - Mel Elliott)
(Imagem: reprodução/I Love Mel - "Ryan Gosling Colouring Book" - Mel Elliott)
Tendência de mercado ou não, a questão é que colorir estimula a criatividade e nos distrai - temporariamente - das pressões do dia-a-dia. É um bom exercício para nos conectar com os nossos sentimentos e faz parte de um processo sutil de autoconhecimento - dizem que é possível avaliar o nosso estado de espírito tendo por base as cores e intensidades aplicadas ao papel. De certa forma, ligar pontos, delinear planos e colorir a realidade é quase uma versão avançada de um processo que começou lá atrás, na nossa infância. E assim vamos caminhando pela vida, monocromáticos ou não. Até um simples lápis preto já pode gerar mais de 60 tons de cinza.

Gostou da ideia? Qual seria o primeiro livro que você se aventuraria em um dia estressante?

Emily Antonetti

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Perfeitos – Livro 2 da série Feios, de Scott Westerfeld


Imagine um mundo onde ao completar 16 anos todas as pessoas passam por uma cirurgia plástica total que as deixa completamente lindas e perfeitas? Legal, né? Mas e se essa operação não mexe só no exterior da pessoa, como também no seu cérebro? Aí já não é tão legal assim. Essa é a premissa da série de livros Feios, de Scott Westerfeld. O primeiro volume, Feios (Comentei aqui), foi muito superado pela sua continuação Perfeitos, que peguei em parceria com a Livraria Janina.


Apesar de muita gente criticar o primeiro livro eu gostei. Gostei, mas não morri de amores o chamando de meu livro preferido. Fiquei imersa na história, ainda mais porque o final é do tipo que dá gancho para o próximo volume nos deixando em suspense com um acontecimento caótico. A protagonista, Tally Youngblood, me irrita um pouco, mas nada que eu não possa relevar. Já da sequência, Perfeitos, eu gostei muito.

Muito mais corrido, ágil e interessante, Perfeitos continua com a crítica social distópica do livro anterior de forma ainda mais evidente. O culto à aparência e à futilidade chega a outro patamar, assim como as questões antropológicas do enredo que ganham contornos mais fortes da metade da obra em diante. E mais uma vez o autor no deixa com um final surpreendente e com muitas pontas soltas sobre o que pode acontecer, nos amarrando para a sequência, que chama Especiais.

Se você não leu Feios, os próximos dois parágrafos podem conter spoiler. Pule!

Tally virou uma Perfeita, como sempre quis: Linda, maravilhosa, estonteante, muito fútil e lembrando de muito pouco da sua época de Feia. Agora ela pode ficar em Nova Perfeição e se divertir nas festas que não tem fim com os seus lindos amigos tão maravilhosos e tão borbulhantes quanto ela. Mas parece que tem algo faltando, sua mente diz que alguma coisa está fora do lugar. Ao conhecer o Perfeito Zane, um dos caras mais populares da cidade, Tally pensa que tudo vai entrar nos eixos, mas não é bem assim, ainda mais porque Zane tem o mesmo tipo de inquietação que ela.

Scott Westerfeld
Ao receber uma mensagem de um amigo do passado, integrante da antiga comunidade de resistência às operações chamada Fumaça, Tally recorda tudo o que viveu antes das cirurgias plásticas e do motivo que se entregou às autoridades para que se tornasse Perfeita: Ela vai testar uma cura para os danos cerebrais dos Perfeitos. Agora ao lado de Zane precisa enganar a força tarefa dos Especiais, lutar para fugir da cidade e encontrar os Novos Enfumaçados, assim como David, seu primeiro amor.

Personagens do livro anterior se fundem à história de novos personagens, o que deixa tudo ainda mais dinâmico. Tally continua chatinha, assim como Shay, sua melhor amiga insuportável de quem eu nunca gostei. David aparece pouco, mas Zane rouba nossos corações com seu jeito discreto e de bad boy sofredor. Andrew Simpson Smith, um “selvagem” também merece destaque mesmo que sua participação seja curta. Tenho suspeitas que ele vai ser importante no próximo livro.

Perfeitos tem o início um pouco cansativo, mostrando Tally em festas sem fim, lutando para ser aceita no grupo dos populares fazendo as maiores imbecilidades possíveis. Mas assim que esse período passa, as páginas do livro voam em nossas mãos.

Me disseram que Especiais é ainda melhor, assim como Extras, o último livro que é uma espécie de bônus e spin-off.


Recomendo.

Quer comprar? Tem na Livraria Janina.

Teca Machado


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Participações dramáticas especiais - Projeto Drama Queen #15


O Projeto Drama Queen está se espalhando pela blogosfera! 

Eu e a Carol, do Pequena Jornalista, drama queens loucas que quiseram gritar ao mundo “Sou dramática mesmo, DEAL WITH THAT”, temos recebido muito carinho e feedback legal e, pasmem!, encontramos muitas pessoas que se identificam com a nossa quase loucura.

É, drama queens, uni-vos! Vocês não estão sós.

Pensando nisso, agora de vez em quando no projeto outras blogueiras dramáticas vão participar e dar seu depoimento dramático. A primeira é a Hellz, do blog Being Hellz:



Drama da Friendzone

Olá você. 

Eu? Bom, eu sou a Hellz (você deve estar pensando agora que eu tô me espalhando que nem praga por aí. Bom, é isso mesmo. Desculpa, mas vai ter que me engolir MUAHUAHUAHAUHA *gargalhada fatal). Eu vou dominar o mundo (talvez).

Maaaaaaaaaaas... vamos falar do que interessa: O que raios eu estou fazendo aqui, afinal, além de enchendo o saco de pessoas diferentes daquelas que já encho normalmente e de invadir o blog alheio? Eu vim ser drama queen *ajeita a coroa* e dizer que você não está sozinho no mundo.

A Teca linda (caso não saibam, a dona do blog. Tipo, claro que você sabe porque você está acessando o blog dela neste momento, dã. Mas sabe como é... esse lance de “queen” sobe mesmo à minha cabeça e fico me achando dona do negócio) me pediu pra escrever algo aqui e me fez a seguinte pergunta inspiradora:

Qual o maior drama que você enfrentou em 2014?

Hellz ilustradora

Bom... ao ler isso eu respirei e soltei um p%$@ que p&*@# (pode falar palavrão aqui, produção?) e respondi a mim mesma: Eu não faço a menor ideia. Porque eu não faço a menor ideia? Porque viver na minha pele já é um drama, Brasééééél! E é quase inclassificável e impossível te dizer qual o maior drama que passei no ano passado. Ok, a friendzone foi uma drama grandão (que até compartilhei no blog), mas talvez eu tenha que confessar que houve um precursor da friendzone na minha vida (olha, notícia em primeira mão, wow!).

O precursor da friendzone na minha vida foi: Um chute na bunda.

É. 

Eu só me apaixonei por uma amiga (pode ser gay aqui, produção?) porque fui abandonada antes. Não vou comentar muito sobre o relacionamento e esse blábláblá todo, mas o que doeu mesmo foram os motivos os quais tive de ouvir (e rir muito depois) para aceitar o término. Porque rir com o término? Porque tentaram me enrolar com o maior papo-furado do mundo. “Você é perfeita, mas o meu coração é burro. Eu me casaria com você, mas meu coração é burro. Você é tudo que alguém gostaria de ter, mas meu coração é burro”.

Ok, ok ok. Balela da história! Se alguém é tãããão bom, tããão perfeito, tãããão legal, tãããão cobiçado por todos, porque você não quer mais? Nunca vi ninguém querer casar com uma garrafa de veneno porque é ruim, mortal e todo mundo rejeita u.u

Sofri, chorei, disse que ia morrer, comi todas as barras de chocolate Laka do mundo. Fui rainha do drama mesmo e fiz jus à minha coroa. E depois eu comecei a gargalhar (percebe que essa é a minha reação natural à tudo? HAHAHAH até dentro do texto tenho que simbolizar risadas, me é inevitável). Mas eu ri porque entendi finalmente que a culpa realmente não era minha. Eu estava lidando com as fraquezas alheias. Se não tem caminhão pra carregar toda a minha estrutura, que vá embora logo e não impeça a passagem da fila que anda, meu aboooooor!

Aí surgiu uma amiga legal, nos reaproximamos, eu pensei que a fila tava andando (quando não passava neeeeem perto disso) e o resto da história vocês sabem: Cai na friendzone!

Sem mais delongas, é isso: Estar na friendzone não foi meramente culpa minha. Estar na friendzone foi culpa de ex e por isso juntem-se à mim e vamos matá-la. HAHAHAHAH Enfim... esse foi o maior drama de 2014 e ainda bem que ficou em 2014 mesmo! 


Hellz. 22. Brasil. Chata, sistemática, geniosa, geminiana, hipocondríaca, publicitária com alma de jornalista, escrevo diários, venero gatos que nem na época do Egito, inconstante, birrenta, míope, individualista, feminista, complicada, leitora frenética, estranha e romântica camuflada lutando eternamente contra o tédio através da informação.









***

Quer participar? Fale conosco nos comentários :D

Beijos

Teca Machado e Carol Daixum

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Princesas Disney com cabelos realísticos


Quem aqui, homem e mulher, nunca teve um dia de bad hair, que penteie o primeiro fio de cabelo fora do lugar! 

Tirando todos os seres humanos do universo, as únicas “pessoas” que se dão perfeitamente bem com seus lindos fios são as princesas Disney. Eu D-U-V-I-D-O que nenhuma das leitoras aqui nunca invejou total o cabelo da Ariel, da Pocahontas, da Aurora ou mesmo da Elsa, aquela loirona platinada.

Pensando em como aqueles cabelos são totalmente longe da verdade, Loryn Brantz, uma ilustradora do Buzzfeed, recriou as princesas com suas madeixas totalmente realísticas. O resultado, postado no Bored Panda, o blog mais amor do mundo, é quase uma vingança contra as princesas lindas, rycas, casadas com príncipes e magérrimas. Alguma coisa tinha que estar errada, né?

Ariel



Ariel com cabelo molhado (Ariel está 80% menos bonita agora)



Bela



Bela com o cabelo sem tanto volume grudado no gloss por causa do vento



Cinderela



Cinderela com cabelo de quem acabou de acordar



Mulan



Mulan com o cabelo liso cheio de estática



Elsa



Elsa com a raiz natural aparecendo (Porque, né, ninguém tem cabelo dessa cor naturalmente quando se tem sobrancelha castanha)



Jasmine



Jasmine com o volume real de cabelo que obedece a Lei da Gravidade



Branca de Neve



Branca de Neve com o frizz de cabelos ondulados curtos



Pocahontas



Pocahontas com o cabelo se comportando realisticamente ao efeito do vento



Não se cansou de ver as princesas tomando banho de realidade? Aqui no Bored Panda tem essas moçoilas com as cinturas realisticamente retratadas (Aí, sim é maldade!).

Fonte: Bored Panda

Depois desse post não fique tão triste quando o seu cabelo não se comportar como deveria.

Teca Machado

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Whiplash: Em Busca da Perfeição – Uma surpresa cinematográfica


A impressão que eu tive ao assistir Whiplash: Em Busca da Perfeição era que a qualquer momento o professor Fletcher (J. K. Simons) ia gritar comigo por estar fazendo barulho ao comer a minha pipoca ou por estar respirando errado. A tensão que ele cria em cena é suficiente para que o público sinta-se tão intimidado e oprimido quanto os alunos que ele tem em seu conservatório. Na sessão que eu fui as pessoas riam da desgraça dos músicos, mas era um riso nervoso, do absurdo da situação, da angústia do momento. O filme é todo sentimento, música, raiva, disciplina, suor e sangue, tudo para alcançar a genialidade. E a produção em si alcança esse patamar.


Roteiro e direção de Damien Chazelle, Whiplash mereceu estar na lista de concorrentes a Melhor Filme do Oscar 2015. Estamos acostumados a nessa categoria ter obras megalomaníacas, com mil efeitos especiais, atores super conhecidos e um orçamento que estoura o limite do aceitável, assim como sua bilheteria, no melhor estilo Avatar e Senhor dos Aneis. Já Whiplash está fora de todas essas categorias e isso é faz dele ainda mais único.

Não há cenas de ação, tiros, salvação do mundo ou diálogos constantes e curtos. Whiplash divide seu tempo entre música e conversas, e essa segunda apenas quando é necessária para o desenrolar da trama. Na verdade, divide seu tempo entre música e os gritos enlouquecidos de J. K. Simons, que concorre de maneira muito justa a Melhor Ator Coadjuvante no Oscar e já levou para casa o Globo de Ouro. O diretor transformou a música no personagem mais importante da trama, ao invés de ser mera trilha sonora. Ela é quase um elemento vivo.



Em Whiplash: Em Busca da Perfeição, Andrew Neyman (Miles Teller) é um aluno do Conservatório Shaffer (Versão fictícia da Julliard, a mais badalada e difícil escola de música americana). Sonhando em ser um dos grandes bateristas, ele é bom no que faz, mas não chega a ser genial. Antissocial, não tem amigos tirando seu pai e tem sérios problemas em se impor ou fazer contato olho a olho com as pessoas. Quando o professor Terence Fletcher (Simons) vê nele uma espécie de potencial musical (ou provável saco de pancadas), chama o garoto para a banda principal do conservatório. E é aí, num ambiente por si só já extremamente competitivo, que começa um método cruel de ensino que só pode ser descrito como abusivo, maníaco, louco, disciplinador e que dá certo ao transformar músicos medíocres em espetaculares, mas também em tensos, depressivos, ansiosos e paranoicos.


Para Fletcher genialidade não é só fruto de talento, é fruto de uma persistência fora dos limites humanos e que para chegar ao brilhantismo é preciso renunciar a tudo, inclusive a si mesmo e a seus relacionamentos, coisa que Andrew faz de bom grado sem pensar duas vezes. O baterista passa a ter mais confiança, a enfrentar as pessoas, a andar de cabeça erguida, mas a custo de todo o resto em sua vida. O questionamento que fica é: Humilhação, severidade, loucura e abusos valem como estímulo para a perfeição? Para Andrew sim, que afirma categoricamente que prefere morrer aos 34 anos, pobre, viciado e como uma lenda da bateria do que aos 90 anos, amado pela família, mas completamente anônimo.


Miles Teller, que é um rosto conhecido do público por ser um dos vilões de Divergente, é um achado do diretor. O ator literalmente dá o seu sangue por Whiplash, se entrega ao papel de modo absurdo. Suas expressões faciais, ou mesmo a falta delas, dão o tom do filme, assim como seus movimentos na bateria, como se as baquetas fossem extensão de si próprio. J. K. Simons é um caso a parte. Incrível é uma maneira de descrevê-lo. Careca, musculoso, na casa dos 50 anos, com camisetas coladinhas e com veias saltando na testa o tempo todo, é o macho alfa em formato de gente, principalmente ao se mostrar ainda mais politicamente incorreto chamando seus alunos de gays e seus derivados menos bondosos a todo instante. O público o odeia, com certeza, mas tem fascinação por ele em seus momentos doces, no melhor estilo bipolar. A química entre Simons e Teller, o estranhamento entre eles com o personagem Andrew se sentindo intimidado sempre, é o que leva o filme.



Whiplash tem uma trilha sonora espetacular, como já era de se esperar de um filme sobre jazz. Digo sem dúvida que me fascinou, principalmente na sequência final.

Recomendo muito.

Teca Machado

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Um Amor de Cinema: Livro + comédia romântica = Favoritos


Quem nunca se divertiu com a cena de Julia Roberts fazendo compras em Uma Linda Mulher? E torceu pelo encontro de Tom Hanks e Meg Ryan no alto do Empire State em Sintonia de Amor? Tem também a sequência de Vestida Para Casar em que Katherine Heigl participa de dois casamentos ao mesmo tempo como madrinha. As comédias românticas fazem parte da nossa vida, nos fazem sorrir e sermos felizes. Difícil achar alguém que não quer um final onde tudo acaba bem. E isso é o que sente Kenzi, a protagonista do livro Um Amor de Cinema, de Victoria Van Tiem, que é simplesmente louca por esse tipo de filme.


Um Amor de Cinema, que peguei em parceria com a Livraria Janina, é um dos livros mais doces, divertidos e mágicos que já li. Terminei com um sorriso pregado no rosto que demorou mais de meia hora para sumir. E isso é maravilhoso, os livros deveriam mesmo ter efeito em nós, fazer sentir, emocionar, chorar, gargalhar. Um autor que consegue arrancar sentimentos do leitor alcançou seu objetivo.

Na obra conhecemos Kenzi, uma artista plástica loucamente apaixonada por comédias românticas que se contentou em trabalhar num emprego corporativo como diretora de criação numa agência de publicidade. Apesar de ter quase 30 anos, ser bem sucedida e agora noiva de Bradley, um cara bonito, sério e completamente adequado, nada do que faz parece bom para a sua família. Principalmente por causa da sua cunhada Ren, a senhora perfeição.

Quando um ex-namorado, Shane, reaparece na forma de cliente da agência, Kenzi precisa engolir o orgulho e as mágoas do passado para trabalhar ao lado dele num job que tem tudo a ver com ela: Comédias românticas. Para isso Shane propõe um desafio, que eles reencenem 10 trechos dos melhores filmes do gênero. Como resistir? Agora Kenzi está naquela dúvida: Casar-se com o cara que a sua família gosta ou se entregar a uma paixão antiga digna de cinema que pode acabar com um coração partido.

A grande força de Um Amor de Cinema se chama Kenzi. A personagem é fantástica, dramática, engraçada, fatalista e um doce. Ela vai crescendo e se redescobrindo com o passar do livro, voltando a ser a garota apaixonada e que acredita em filmes que se perdeu no meio do caminho em busca de aceitação. Ela se mete numas situações surreais e divertidas, típicas de comédias românticas, que me arrancaram risadas. Shane é um novo amor literário. Vem ser gato, gracinha e bad boy assim perto de mim! Ganhou meu coração desde que apareceu, apesar de o histórico dele com Kenzi não ser dos melhores. Já Bradley não me arrebatou. Pelo contrário, teve minha antipatia logo no início do livro, assim como Tonya, a amiga da protagonista que está mais para iniamiga. Ellie, uma colega de trabalho, é uma das personagens que mais gostei e foram ganhando espaço na trama.

Leve, divertido, narrado em primeira pessoa e facílimo de ler, o enredo de Um Amor de Cinema faz as páginas voarem em suas mãos e quando você menos percebe infelizmente acabou. Para quem gosta de comédias românticas (Eu vi e gosto de 9 da lista de 10 do Shane), vai se deliciar mais ainda com o livro, identificando os trechos que reencenam e vendo o absurdo da situação toda.

Victoria Van Tiem merece um beijo e um abraço por nos presentar com esse livro maravilhoso, do tipo que deixa a vida mais feliz.

Recomendo demais.

Quer um para você? Compre aqui na Livraria Janina.

Teca Machado


sábado, 24 de janeiro de 2015

Corações de Ferro: Brad Pitt e Percy Jackson


Brad Pitt é como o vinho: melhora com o tempo. Além de continuar bem gato e sarado já sendo cinquentão, as habilidades de atuação dele estão cada vez mais em alta. A prova mais recente disso é o filme Corações de Ferro, do diretor David Ayer. Tenso, intenso e que não poupa o espectador dos horrores da guerra, a produção deixa o público com um nó no peito ao se pensar em como o mundo estava devastado física e emocionalmente em 1945.


Em Corações de Ferro encontramos Don "Wardaddy" Collier (Pitt), um sargento dos Aliados que luta em solo alemão poucos meses antes da II Guerra Mundial chegar ao fim. Liderando a equipe de um tanque de guerra, quando a situação pesa para o lado da sua tropa ele se vê numa posição que é ou correr ou morrer. Por mais que os Nazistas estejam perdendo, o grupo de Don têm menos soldados, menos armamento, menos estratégia, mas mesmo assim mais ousadia. O sargento, que ama a droga do seu emprego, nunca fugiu de uma luta e não vai ser dessa vez.


Temos como cenário uma Alemanha destruída, suja, sem esperança e invernal. Toda fotografia do filme tem esse aspecto apagado, nublado em tons de cinza e marrom, que passa a impressão de que o local reflete o sentimento da população do país que não aguenta mais lutar e está indo contra Hitler e suas ordens de que crianças, mulheres e idosos entrem na batalha. Os efeitos sonoros também mostram isso, com o silêncio e o barulho de tiros e explosões dividindo as cenas.

Além da atuação primorosa de Brad Pitt, quem merece não só Palmas, mas o Tocantins inteiro é Logan Lerman (Percy Jackson amor). Ele interpreta Norman, um soldado raso que está há apenas oito semanas no exército e é enviado para o front para ser o atirador principal do tanque de Don. Diferente dos outros companheiros mais experientes, Norman ainda se choca com os horrores que um ser humano é capaz de fazer a outro e tem enormes crises de consciência. Com o passar do filme, vemos personagem e ator crescerem, amadurecerem e terem o coração endurecido.


Logan Lerman

Apesar de Pitt e Lerman serem a dupla principal, não podemos esquecer os outros integrantes da equipe do tanque. Shia LaBeouf, Michael Peña e Jon Bernthal são o complemento que o filme precisa. Com personalidades distintas e pavio curto, presente da guerra, a interação entre os cinco é impressionante e cheia de companheirismo e lealdade apesar dos embates ocasionais. Há muita maturidade entre todos eles, que em momento algum levam a guerra como se fosse uma brincadeira.

Mesmo com muitos tiros, batalhas e morte, Corações de Ferro às vezes é lento, com cenas compridas e diálogos longos. A sequência da casa de duas mulheres alemãs dura vários minutos e é de início doce e sentimental, passando para o desconfortável, angustiante e triste. Um ótimo trabalho tanto de direção quanto de atuação. David Ayer soube tirar o máximo dos seus atores.

Shia LaBeouf, Michael Pena, Brad Pitt, Jon Bernthal e Logan Lerman

Corações de Ferro não é um filme fácil de assistir, mas vale muito a pena. Bom, a guerra não é algo fácil de se absorver e nessa produção ela está ali exposta, crua e brutal.

A estreia de Corações de Ferro no Brasil é dia 5 de fevereiro.

Recomendo.

Teca Machado

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Irresistível Café de Cupcakes – Delicioso!


Sabe aquele livro que você vai lendo e a descrição das comidas é tão deliciosa que quando você percebe já babou em cima das páginas? Não? Jura? Isso acontece direto comigo. A vez mais recente foi enquanto lia O Irresistível Café de Cupcakes, de Mary Simses, que peguei em parceria com a Livraria Janina. Há muito tempo eu namorava a sua capa toda linda e ela me namorava de volta, até que cedi e peguei um para chamar de meu.


O livro é irresistível em suas descrições. Ellen, a protagonista, está longe da corrida e industrializada Nova York, sua cidade de origem, e apesar de ser toda fitness e saudável se entrega aos encantos culinários da pitoresca e minúscula cidade de Beacon, no interior do Maine. Pelo título e pela sinopse achei que o foco da obra seria a relação de Ellen com a gastronomia, mas fica em segundo plano, o que me decepcionou um pouquinho.

Ellen é uma advogada bem sucedida de 34 anos prestes a se casar com Hayden, um cara incrível e muito refinado. Sua vida está perfeita e nos eixos. Até que a sua adorada avó morre e lhe faz um último pedido, que pegue uma carta que escreveu e entregue em mãos a um homem chamado Chett Cumings, um antigo amor, que mora no Maine.

Chegando a Beacon, Ellen logo tem uma surpresa: Quase morre afogada. Ao passar por um píer antigo, ele se quebra, ela fica presa numa corrente marítima e não consegue voltar ao litoral. Para sua sorte, um cara muito gato, Roy, a salva da morte iminente. 
Mary Simses

Passado o susto, Ellen precisa encontrar Chett, o que é bem difícil. O idoso nunca está em casa e ela precisa entregar a carta em mãos. Isso e fatos do destino, como descobrir uma outra faceta da avó que era desconhecida de toda a família, acabam fazendo com que a mulher estique sua estadia em Beacon e perceba que, no fim das contas, a cidade tem mais encantos do que imaginou a primeira vista, inclusive encantos masculinos. Por um acaso, o seu salva-vidas é o único que pode ajuda-la a encontrar o destinatário da carta, então o que Ellen pensava ser uma jornada de desfecho para a avó se torna uma viagem de autoconhecimento e mudanças interiores e exteriores em sua vida.

A leitura é leve, mesmo com alguns dramas do passado da avó de Ellen e de Chett, e é divertida em vários momentos. As confusões que a protagonista apronta, principalmente quando ingere muito álcool, são as melhores. Dei bastante risada. Ellen é meio infantil apesar da idade, mas é uma personagem para se identificar, cheia de defeitos, dúvidas e qualidades. Com o passar do livro, cresce e amadurece, muito disso graças ao Roy. Por falar nele, que gracinha de homem, gente. Já quero! Ele não aparece muito, mas sempre que dá o ar da graça, rouba os corações mais distraídos. 

O Irresistível Café de Cupcakes é bem bom, mas em alguns momentos se torna meio lento e a história se arrasta. Talvez porque ele era inicialmente um conto que a autora transformou em livro, por isso precisava encher um pouco de linguiça. Algo que me incomodou bastante no começo, mas depois relevei, foi que os diálogos não tem travessão, são escritos entre aspas como nos livros em inglês.

Fofinho e um tanto clichê, o enredo de o Irresistível Café de Cupcakes é meio óbvio, mas não tem problema. É uma graça! Fácinho de ler, em duas sentadas terminei o livro. Dá vontade de conhecer Beacon e passar uns dias na adorável e deliciosa cidadezinha que não se importa tanto com a quantidade de calorias e sim com a quantidade de sabor.

Recomento.

Tem para comprar aqui na Livraria Janina.

Teca Machado

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Doces Indecisões – Projeto Drama Queen #14 – Por Carol Daixum


Sabe aquela história de "não sei se caso ou se compro uma bicicleta"? Minha indecisão vai além! Decidir é um verbo que eu não aprendi colocar na prática. Comecei a minha carreira brilhante lá no jardim de infância. Um dia a professora falou que eu tinha que escolher pintar o gato ou o cachorro e que era para decidir em 60 segundos. Demorei um minuto (e meio) e fiquei com coração na mão de deixar o gato para lá. Tadinho, ele ia ficar sem cor. Carrego essa culpa até hoje. Foi nesse dia que eu escutei o meu primeiro "decide logo". Desde então soube que ia escutar essas duas palavrinhas para o resto da minha vida. Aos 10 anos, meu pai disse no meio de uma loja gigante com milhares de Barbies que eu tinha que escolher uma. U-M-A! Isso se faz com uma criança? Aos prantos, levei a Barbie Veterinária. Mas acho que não escolhi bem. A Barbie professora era mais legal, descobri quando a minha irmã mais velha escolheu essa. Passei um mês chorando no cantinho quando observava a minha irmã brincando feliz e contente com a escolha dela. Ah! Também já tive que escolher ficar na fila para tirar foto com o Pluto ou com o Pateta. Quer decisão mais difícil do que essa? Ainda bem que no ano seguinte ganhei um abraço do Pluto e um autógrafo todo desengonçado dele. ♥


Tenho as indecisões mais sem noção e que causam uma confusão na minha mente. Por exemplo: escolher um chocolate. Desce um prestígio, kinder bueno e um Lindt (vermelhinho), por favor! O que eu quero ganhar de Natal? Até você, Papai Noel? Mas a pior de todas: escolhe um livro! Essa escolha é um corte profundo lá no fundinho do coração. Tenho uma lista gigante, não vou saber responder. Sempre algum título vai ficar de fora e é muita pressão para uma pessoa só. Aí também tem aquela: o que você vai ser quando crescer? Pelo amor! Sempre gostei de escrever, mas bate uma saudade dos palcos. Tenho vontade de invadir todas as peças de teatro e falar: Sai, que eu estou subindo. Palhaçada! (Brincadeirinha com um fundo de verdade, hahaha). Eu sei, toda escolha é uma renúncia. Mas quem disse que eu queria renunciar algo, hein?  

Mas sabe o que mais me irrita mesmo nessa minha indecisão toda e ajuda o meu posto drama queen ocupar o primeiro lugar (junto com a Teca)? Aquelas pessoas decididas, convencidas e que soltam frases do tipo: "Nossa, você é muito indecisa. É só escolher, tão simples!". Claro, muito simples saber se eu quero ir para Paris ou para Verona. Se eu quero continuar o namoro ou terminar. Se eu mando mensagem, ligo ou fico quietinha. Se eu gosto mais do sapato nude ou rosa, sendo que eu tenho que deixar de lado o preto. Vai catar coquinho na ladeira, né? Ou escada abaixo. Sei lá, os dois! Ai não sei, vocês entenderam!


Indecisão é uma das principais causas dos meus draminhas. Eu acho! Fico horas pensando, faço listinhas dos prós e contras. Chego a algum lugar, mas segundos depois mudo de opinião. Ai quando eu finalmente decido algo, ai vem uma pessoa e pergunta: Tem certeza? NA BOA!!!!!!!!!! Mas a gente respira, abstrai e segue em frente, mas claro que aquilo vai ficar martelando para o resto da vida. Tenho inveja de quem só fica na dúvida se casa ou se compra uma bicicleta. Aliás, nunca entendi por que eu tenho que escolher um dos dois. Quero casar, dispenso a carruagem (droga!) e ainda meu marido vai me levar na garupa da bicicleta que eu comprei com o meu dinheirinho. Melhor decisão não há. Ou há? O.k! Parei. ;-)  

Lembrando que o Projeto Drama Queen é uma parceria entre o blog Pequena Jornalista e o blog Casos Acasos e Livros com textos todas as quintas. Procure os outros na caixa de busca aqui do lado. Ah! E todos os textos sempre têm uma dose de exagero e nem todos os fatos são reais, apenas fruto da imaginação das blogueiras mais dramáticas. ;-) 

Um beijo e uma quinta cheia de draminhas (engraçados), 
Carol. 

P.S: Crédito das Imagens - 1) Projeto Drama Queen (a imagem pegamos no site We ♥ It) / 2) Instagram Disney Irônica 


Pequena e jornalista. Apaixonada por palavras e livros. E como toda menina, tem uma grande quedinha pelo mundo da moda. É uma consumidora controlada na medida do possível.  Se tiver na TPM, segurem o cartão de crédito! Fora isso, é viciada em emoticons, só sabe cozinhar miojo e uma eterna romântica teen, daquelas que sonha em ter um amor estilo Gus (e aceita um Quatro também). Essa é a melhor definição até que ela mude completamente de ideia. Dona do blog Pequena Jornalista

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Lagos de Plitvice, Croácia: cenário do filme Avatar? - Por Lala Rebelo


Oiee! Aqui estou eu, Lala Rebelo (do blog www.lalarebelo.com), para escrever sobre aquele tema que toooodo mundo ama: VIAGEM :) 

Hoje vou contar sobre um paraíso que sonhei aaaaanos em conhecer: LAGOS DE PLITVICE, na Croácia. Sempre que via fotos desse lugar, todas inacreditavelmente lindas, ficava babando. E então, no último ano, resolvi ir eu mesma até lá para ver de perto este parque que nenhuma imagem consegue de fato representar sua beleza. 



Quando cheguei, a primeira coisa em que pensei foi no filme de James Cameron, Avatar. Trata-se de uma animação e claro que tudo o que vemos em Pandora, o lugar onde se passa a história, foi criado em um computador. Mas, coooom certeza, Plitvice poderia ter sido usado como cenário. Não tenho dúvidas de que ao menos serviu como inspiração! ;)

Se não estiver lembrando muito do filme, veja o video abaixo. Arraste a barrinha diretamente para o tempo 1:20 para ver as cenas que mais se parecem com o parque croata:


Há alguns meses, escrevi aqui no blog sobre outra cidade da Croácia, Dubrovnik (clique aqui para ler o post), que é cenário de outra coisa que nada tem a ver com Avatar: a série Game of Thrones. Mas o Parque Nacional dos Lagos de Plitvice fica bem distante de Dubrovnik (mais de 400km), já em outro estado, pertinho da capital do país, Zagreb


Lagos de Plitvice, outras cidades croatas e países vizinhos | Google Maps

COMO CHEGAR EM PLITVICE

Como já tinha escrito no post de Dubrovnik, ainda não existem vôos diretos do Brasil para a Croácia. A forma mais fácil de chegar no país é pegando um vôo Brasil-Zagreb, a capital, com apenas uma conexão em alguma cidade do oeste europeu.

As melhores para fazer isso são: Lufthansa (conexão em Frankfurt, Alemanha), Air France (conexão em Paris, França) KLM (conexão em Amsterdam, Holanda). 

Chegando em Zagreb, alugue um carro (pesquise locadoras e preços aqui) e dirija 160km (aproximadamente 2h) até Plitvice. 

Nós (eu e meu marido) não fizemos assim, porque JÁ estávamos na Croácia. Começamos pelo sul do país, Dubrovnik, e fomos "subindo" de carro, passando por Hvar, Split, Plitvice e Zagreb (nessa ordem). De Split a Plitvice são 270km, 3h30 de viagem. Uma baaaita esticada. 


Nascer do sol na estrada Split-Plitvice. Assim vale a pena madrugar, né?!

O PARQUE

Parque Nacional dos Lagos de Plitvice (Plitivicka Jazera, em croata), com 300km2 de área, foi fundado em 1949 e, trinta anos depois, em 1979, entrou para a lista da Unesco de Patrimônios Naturais da Humanidade. São 16 lagos nos mais diferentes tons de azul e verdeconectados por cachoeiras de todos os tamanhos, divididos em dois grupos: lagos superiores (12 lagos) e lagos inferiores (4 lagos). Os passeios são feitos pelas passarelas que cruzam os lagos, nos caminhos de terra que ficas nas margens e uma parte em barco. Maraaaaaaa!

Na sua visita, você verá que existem várias rotas diferentes de passeios para fazer. A principal diferença entre elas é a ordem em que você verá os lagos. Algumas rotas começam pelos lagos superiores e terminam nos inferiores, algumas fazem o contrário. Algumas são mais pesadas, têm mais subidas, e outras mais tranquilas, só com descidas... Tem também as rotas curtinhas, que fazem apenas uma parte do parque, e outras beeeem longas, completíssimas. 

Estacionamos o carro no Parking 2 e escolhemos fazer a ROTA H. Uma das mais longas, de 6 a 8 horas de passeio (já que fui até Plitvice, que seja para ver TUDO né?!). O tour começa em um ônibus (que eles chamam de trem) que leva ao ponto de partida da caminhada. Fizemos todo o trajeto a pé + um curto passeio de barco que cruza o maior dos lagos, Jezero Kozjak. 

Chegando bem cedo, a Rota H divide o dia da seguinte forma: 
- De manhã: lagos superiores (upper lakes) + barco 
- De tarde: lagos inferiores (lower lakes) + Supljara Cave (uma caverna vertical uauu) + mirantes liiiiindos

O parque possui vários restaurantes e cafés para almoçar. 

>> Vá de tênis e roupa confortável, pois você andará muuuuuuito. 

Mapa do Parque Nacional dos Lagos de Plitvice

HORÁRIOS E PREÇOS

Fomos no verão (agosto/2014) e o parque abria às 7h da manhã e fechava às 19h. Confira no site do parque os horários de funcionamento em outras estações do ano. 

Pagamos 180 kunas, a moeda da Croácia (HRK), por pessoa pelo passeio (~R$70) e 7 kunas por hora de estacionamento (~R$2,75). 


QUANDO IR

Diferente da costa da Croácia (Dubrovnik, Hvar, Split...), que é muuuito mais legal ir no verão (de junho a agosto) por causa das praias e do agito, não existe apenas UMA época boa para ir a Plitvice (nem a Zagreb, caso você queira conhecer os dois lugares na mesma viagem). O lugar é lindo em todas as estações do ano!!! Até mesmo no inverno, quando fica parcialmente congelado. Dá é vontade de ir em todas as estações, porque as paisagens mudam completamente. Não sei nem dizer quando achei mais bonito!

De qualquer forma, dê uma olhadinha na previsão do tempo um dia antes de ir (a nossa acertou em cheio: frio e garoa, mesmo no VERÃO). Leve SEMPRE um casaquinho e um guarda-chuva ou capa na bolsaComo é montanha, é normal que faça um friozinho. Torça para fazer sol no dia da sua visita, pois pelas fotos que eu vi, os lagos conseguem ficar AINDA MAIS turquesas do que nas fotos abaixo. Infelizmente, nublou justo quando fomos. Mesmo assim, achei tudo fantástico. É beleza demais!!! 


Plitvice Lakes no INVERNO (Lagos Kosjak) | foto: site oficial do parque
Plitvice Lakes no INVERNO | foto: site oficial do parque
Plitvice Lakes no OUTONO | foto: Harsányi István - panoramio.com 
Plitvice Lakes no OUTONO | foto: site oficial do parque
Plitvice Lakes no VERÃO (Cachoeira Pevalek) | foto: site oficial do parque
Plitvice Lakes no VERÃO (Cachoeira Milka Trnina) | foto: site oficial do parque

ONDE DORMIR & COMER (jantar)

Muita gente passa apenas o dia em Plitvice e segue viagem para Zagreb, já que fica a apenas 160km de lá (ou faz apenas um bate-volta ou a noite pega a estrada para Split, caso esteja vindo de Zagreb e indo rumo ao litoral). Mas eu achei IDEAL, depois de um dia de muita muita caminhada (sem falar que acordamos de madrugada), ter um hotel pertinho do parque, pra descansar de verdade e acordar 100% no dia seguinte para seguir viagem. 

Jantar gostoso também faz parte! Lembre-se de que você provavelmente terá acordado suuuuper cedo, tomado um café da manhã corrido, e o almoço não terá sido assim, meeeega elaborado, no meio do seu passeio no Parque de Plitvice. 

Por isso, recomendo:
- Hotel and Restaurant Dejenija 
Fica a apenas 6km da entrada do parque. Achei ótimo. Quarto super confortável, quietinho, bom atendimento e café da manhã bem completo. Reservamos pelo booking.com. O hotel possui um restaurante ao lado que gostei (simples mas a comida era gostosa). É o único restaurante da região, então LOTA. Por isso, assim que fizer seu check-in, já peça para o recepcionista reservar uma mesa pra você. 



Hotel e Restaurante Dejenija, bem pertinho do Parque dos Lagos de Plitvice

Agora vamos às fotos que tiramos no parque!!! 

FOTOS | LAGOS SUPERIORES (Upper Lakes)







FOTOS | LAGOS INFERIORES (Lower Lakes)




Atrás do meu marido, Ricardo, está a CAVERNA VERTICAL que falei acima, SUPLJARA CAVE
Novamente a caverna vertical (Supljara Cave)
Olha esse turquesa... 


FOTOS | MIRANTES - VISTAS PANORÂMICAS (no final do passeio)








Para informações completas sobre Plitvice, acesse o site oficial do parque.


E aí, em qual estação do ano ficou com vontade de conhecer essa maravilha da natureza?
Espero que tenha amado Plitvice Lakes e ficado louco para pegar um avião para a Croácia jááááá! :)

Obrigada por me acompanhar em mais uma viagem!
Para outros destinos, acesse também meu blog: www.lalarebelo.com

Um beijo, 
Lala Rebelo
@lalarebelo_travelblog no Instagram 



Lala Rebelo é publicitária, cuiabana, brasileira e vive hoje no Panamá (quando não está viajando). Tem 26 anos e mais carimbos no passaporte do que anos de idade :) Seu objetivo é te contagiar com essa loucura chamada VIAGEM e te inspirar a pegar um avião ou a estrada para qualquer lugar. 





Tecnologia do Blogger.