O Sangue do Olimpo – Despedida de Percy Jackson e de mitologia grega

Hoje me despedi de um amigo querido que tem me acompanhado nos últimos sete anos. Percy Jackson, meu querido, vou sentir sua falta! Terminei de ler O Sangue do Olimpo, o último livro da série Os Heróis do Olimpo, continuação da série Percy Jackson e os Olimpianos, de Rick Riordan. Foram 10 livros, muitas aventuras, missões, profecias, aprendizado sobre cultura grega, situações de quase morte e risadas dos personagens que eu amei com se fossem meus. É uma sensação agridoce terminar uma história que você se apegou tanto, mas é bom saber o fim e que ele agradou bastante.

Em O Sangue do Olimpo, que peguei em parceria com a Livraria Janina, os sete semideuses do Argo II estão na sua última parte da missão para impedir o despertar de Gaia, a Mãe Terra, que é bem maligna. Chegaram à Grécia, o berço da civilização antiga, e agora precisam navegar até Atenas, onde os gigantes estão reunidos e onde Gaia pretende acordar. Enquanto isso, Reyna, Nico e o treinador Hedge carregam a estátua de Atenas Paternos para o Acampamento Meio Sangue, nos EUA, para criar a paz entre gregos e romanos, já que a guerra é iminente. Com ambos os lados unidos, os deuses serão curados da dupla personalidade e ajudarão os semideuses de Argo II na luta em Atenas. Como se isso tudo já não fosse difícil o bastante, o tempo está acabando. Eles têm até o dia 1º de agosto para completar a missão antes do fim do mundo.

A narração dos livros de Rick Riordan é sempre em primeira pessoa e feita por vários personagens simultaneamente para que o leitor tenha uma visão mais geral do quadro. Confesso que fiquei chateada quando percebi que em O Sangue do Olimpo nem Percy nem Annabeth faziam parte dos narradores. Tudo bem, o foco desse volume não eram eles, que foram os principais em A Casa de Hades, mas eu queria... 

Fanfic de: Octavian, Reyna, Leo, Piper, Jason, Percy, Annabeth, Hazel, Frank, Nico e o Thalia

Enfim, só que foi bom ter ouvido a “voz” de semideuses que nunca tinham narrado antes, como a pretora romana Reyna e o sombrio Nico. Foi legal conhecer um pouco mais das suas histórias, dos seus medos e das suas fraquezas. Também narraram Piper, Jason e Leo (Ah, Leo, o que seria de nós sem o seu humor sagaz e imbecil?). Os personagens continuam ótimos e cheios de vida, assim como os monstros e deuses um tanto burros, o que dá a maior parte do alívio cômico das obras.

Cheio de correria, lutas e ação, esse livro é daqueles que deixam o leitor até sem ar. Esperava mais da batalha final contra Gaia e contra os gigantes, já que a luta em Manhattan, no último da série Percy Jackson e os Olimpianos, foi sensacional, durou dias e contou com muita estratégia. Não foi o melhor da série (A Marca de Atena e A Casa de Hades foram incríveis), nem foi apocalíptico ou apoteótico, mas foi muito bom mesmo assim. Rick Riordan nunca deixa a peteca cair.

Rick Riordan

Muitas pessoas não gostaram do fim, disseram ser muito açucarado. Mas é preciso ter em mente que se você quer ter um final carnificina, é melhor ler obras de George R. R. Martin, de Game of Thrones, que adora matar todo mundo. Me desculpa, mas eu gosto de finais felizes, tá?

Rick Riordan já escreveu sobre gregos e romanos nas duas séries do Olimpo, sobre o Egito em As Crônicas dos Kanes (Comprei o primeiro, mas ainda não li) e em 2015 vai lançar uma nova saga inspirada em mitologia nórdica (Thor e Loki, aí vamos nós!), chamada Magnus Chase e os deuses de Asgard. Chase é o sobrenome de Annabeth e em O Sangue do Olimpo ela cita tios e primos que moram em Boston, onde será a história, por isso fãs mais aficionados têm dito que as histórias têm relação. Oba!

Percy e companhia, foi um prazer ler 10 livros sobre vocês! (Percy, eu te amo! Você é um dos primeiros na minha lista de amor por personagens homens, hahaha #perigueteliteráriafeelings)

Recomendo demais!

Compre um exemplar para você aqui na Livraria Janina.

Teca Machado