O Duque e Eu – Julia Quinn

Como não amar um bom romance de época? Jane Austen está aí até hoje para nos mostrar que o gênero tem espaço com os leitores modernos e vai ter ainda por muito e muito tempo. Talvez seja a atmosfera que os anos 1800 e poucos proporcionaram, quando as pessoas tinham modos muito educados, haviam nobres gatos e donzelas que coravam só de olhar para eles, ambos com todo aquele desejo reprimido e que apenas encostar na mão do sexo oposto podia desencadear uma série de fofocas e falatório. Nesse estilo acabei de ler em parceria com a Livraria Janina O Duque e Eu, de Julia Quinn, e estou completamente apaixonada pela história, pelos personagens (Ai, Duque de Hastings...) e pela autora.

O Duque e Eu é o primeiro da série Os Bridgertons, com oito volumes, cada um contando a história de um dos filhos da viscondessa Violet Bridgerton. Passado na Inglaterra, a mãe nomeou seus rebentos em ordem alfabética: Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth. No volume 1 somos apresentados a essa família grande, amorosa e feliz e acompanhamos a história da quarta filha, a primeira das mulheres e que se encontra na idade de casar, Daphne.

Daphne é divertida, inteligente, bem-humorada e sabe conversar, bem diferente das mocinhas insípidas da mesma faixa etária. Talvez essas suas qualidades venham do fato de que cresceu com quatro irmãos homens ou que os pais tiveram um casamento amoroso, algo raro na época. Mas por ser tão querida, os homens não a enxergam como uma mulher para casar, apenas como amiga. A viscondessa já está desesperada achando que a filha encalhou e até a própria Daphne tem suas dúvidas, já que para ela nenhum homem é interessante o bastante.

Julia Quinn

Quando por acaso e numa situação constrangedora conhece Simon Basset, o delicioso maravilhoso Duque de Hastings, acredita que encontrou seu pretendente ideal, assim como Simon se sente completamente atraído por ela, apesar de nunca nunca nunca querer se casar (Homens...). Pouco depois, eles descobrem que Simon é melhor amigo do irmão mais velho de Daphne, Anthony, o que tira as esperanças de Simon de seduzi-la.

Daphne e o Duque não podem realmente ficar juntos, mas têm uma ideia genial: Fingir que estão juntos. Desse modo, Simon tira do seu pé as mães desesperadas para casarem suas filhas, já que ele estará “compromissado”, e Daphne começará a ser vista com outros olhos pelos homens, já que o Duque, um homem muito respeitado, se interessou por ela. O plano é até bom, mas problema será se um dos dois se apaixonar. Ou os dois.

Com um narrador onisciente em terceira pessoa, conhecemos todas as motivações e sentimentos tanto de Daphne quanto de Simon, o que deixa a leitura muito mais rica e os personagens apaixonantes. A garota sempre teve uma vida feliz e com amor, enquanto o Duque passou por problemas gravíssimos com o pai, daí a sua resistência em se casar e criar um herdeiro. Mesmo em alguns momentos tendo raiva de Hastings, entendemos os seus traumas e só podemos torcer para que Daphne, uma ótima mocinha, transforme o seu coração. Claro que eu estou completa e perdidamente apaixonada por esse Duque gostoso lindo, de olhos azuis, sorriso misterioso e modos de um gentleman. CASA COMIGO, SIMON!

Com um quê de Jane Austen (Mas um pouquinho mais picante, ui!), Julia Quinn nos dá um livro incrível, mostrando muito bem os costumes da época e que nos faz desejar ardentemente viver naquele ambiente. A história e os seus personagens foram muito bem construídos, e ainda temos um vislumbre dos irmãos de Daphne e o que podemos esperar dos próximos livros.

Em português por enquanto temos publicados:

1- O Duque e Eu (Sobre Daphne)

2- O Visconde Que Me Amava (Sobre Anthony)

3- Um Perfeito Cavalheiro (Sobre Benedict)

4- Os Segredos de Colin Bridgerton (Sobre Colin)

Quero, preciso e necessito ler todos!

Mesmo se você ler fora de ordem não tem problema, porque as histórias são independentes, mas é recomendável ir pela sequência para poder entender melhor alguns detalhes.

Quer comprar? Tem aqui na Livraria Janina.

Recomendo um montão.

Teca Machado