sábado, 29 de novembro de 2014

Livro lindeza: Eu Me Chamo Antônio


Eu já tinha lido livros em um dia, em uma tarde, mas pela primeira vez essa semana eu li um inteiro em uma hora e pouquinho, literalmente “em uma sentada”. Ok, ele não era tão “livro”, com tantas páginas cheias de palavras, mas mesmo assim. Estou falando da lindeza que é Eu Me Chamo Antônio, do brasileiro Pedro Gabriel, que peguei em parceria com a Livraria Janina.


O próprio autor descreve assim a obra: “Antônio é o personagem de um romance que está sendo escrito e vivido. Frequentador assíduo de bares, ele despeja comentários sobre a vida — suas alegrias e tristezas — em desenhos e frases escritas em guardanapos, com grandes doses de irreverência e pitadas de poesia”.

Em outubro de 2012, Pedro Gabriel começou a página Eu me chamo Antônio no Facebook para compartilhar o que rabiscava com caneta hidrográfica em guardanapos nas noites em que batia ponto no Café Lamas, um dos mais tradicionais bares do Rio de Janeiro. Antônio é o seu alter ego e vive intensamente os sentimentos, confusões, dúvidas e amores do autor. Como ele próprio diz, depois de alguns chopes sua escrita fica confusa e difícil de ler, mas ainda sim muito intensa.

Melhor do que falar sobre essa obra delicada, linda tanto de conteúdo quando de identidade visual, sensível e divertida, é colocar algumas fotos das páginas:















Última página do livro para você virar o "Antônio". Eu não fiz o meu ainda :)

É ou não é para morrer de amor?

Esse mês foi lançada a continuação, o Segundo – Eu Me Chamo Antônio. Quero muito!

Quer comprar? Tem aqui na Livraria Janina.

Recomendo.

Teca Machado

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cachorrinhos como princesas


O pessoal do Oh! My Disney levou as princesas a outro patamar: Vestiram filhotinhos de cachorros como nossas personagens preferidas dos contos de fadas e os filmaram em câmera lente.

Sim, é para vomitar 384 arco-íris na sequência com pouco mais de um minuto.

Só para alegrar ainda mais a sua sexta-feira:




E a música super filme de ação? Hahaha.

Para mim, o melhor foi a Ariel balançando os cabelos vermelhos. Diva!


Eu (E você, provavelmente) no momento:



Teca Machado


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Playlist Dramática! Projeto Drama Queen #7 ♥ - Por Carol Daixum


Toda Drama Queen precisa de uma trilha sonora bem dramática para acompanhar seus dramas diários. Uma playlist especial, só para dar um "up" nos choros (de soluçar) durante a TPM ou enquanto você fica olhando de 5 em 5 minutos o celular esperando aquela ligação do boy. Ah, gente! Não sei vocês, mas sempre quando estou escutando música e chorando horrores, me sinto num clipe olhando pela janela durante uma tempestade e fazendo corações toscos no vidro. Eu acho que esses produtores de clipes estão perdendo uma personagem real de primeira hahaha #ficaadica. ;-)

Enfim, escolhi cinco músicas especialmente para vocês incluírem na sua playlist dramática. Tem até música que marcou a minha infância. Vamos lá? 



1. Tenho um coração com buraquinhos (Chiquititas)


A música mais tocada do meu CD das Chiquititas. Combinava tanto com a minha versão "mini drama queen". Quando o menino lindo escolhia a menina metidinha da minha sala, eu pegava o meu Discman (sou velha hahaha) e chorava baixinho. Eu lembro até que me chamaram para fazer cover das Chiquititas e qual era o meu papel? A Maria, claro. ♥ * essa não precisa incluir na sua lista não, só para lembrar mesmo e matar a saudade hahaha. 


2. Que se chama Amor (Só pra Contrariar)


Pagodeiro é muito dramático, gente! Eles ganham de todo mundo, até da pequena que vos bloga (e da Teca também). Quem nunca cantou essa música no karaokê? Quem nunca se afogou num copo de cerveja durante uma fossa, não sabe o que é sofrer por amor. ;p


3. Bleeding Love (Leona Lewis)


Música ideal para a TPM. Tirei essa ideia do filme Sexo sem Compromisso. Achei tão engraçadinho quando o personagem do Ashton Kutcher criou essa playlist para aqueles dias da sua amada hahaha. Ai desde então, combina com os meus dramas durante a TPM. ;p


4. Incancellabile (Laura Pausini)


Laura Pausini é uma ótima pedida para acompanhar o momento fossa, gente! As letras são lindas, mas dá muita vontade de chorar. Eu, pelo menos, choro em dobro. Nessa então, meu Deus! Meu lado dramática piora. ♥


5. Amar não é Pecado (Luan Santana)


No quesito drama, pagodeiro só perde mesmo para sertanejo universitário. Luan Santana tem um monte de draminhas nos seus CDs hahaha. E eu acho tão fofa essa música. Escuto com ou sem drama. ;p 

*** 


Acho que é isso, gente! Claro que muita música dramática ficou de fora. Tem muita na vida! Música de amor dramática então, nem se fala hahaha. Às vezes posso até ter esquecido de alguma que não poderia ter ficado de fora mesmo, mas acabou ficando #fuén. Então, podem sugerir canções para completar a nossa playlist "drama queen", ok? Aí quem sabe rola um segundo post com a trilha sonora completa. ;-)

Vale lembrar que todos os posts têm uma dose de drama extra e têm a intenção de fazer o seu dia melhor e ver que você, dramática de plantão, não está sozinha. ;p Lembrando também que o Projeto Drama Queen é uma parceria entre o Pequena Jornalista e o blog Casos Acasos e Livros. Toda quinta-feira, um post bem dramático. Quem quiser ler os outros, é só procurar na busca do blog sobre o tema. 

Um beijo e boa quinta, 
Carol. 

P.S: crédito das imagens - Pinterest / Crédito das montagens - Pequena Jornalista e Casos Acasos & Livros. 


Pequena e jornalista. Apaixonada por palavras e livros. E como toda menina, tem uma grande quedinha pelo mundo da moda. É uma consumidora controlada na medida do possível.  Se tiver na TPM, segurem o cartão de crédito! Fora isso, é viciada em emoticons, só sabe cozinhar miojo e uma eterna romântica teen, daquelas que sonha em ter um amor estilo Gus (e aceita um Quatro também). Essa é a melhor definição até que ela mude completamente de ideia. Dona do blog Pequena Jornalista

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

The Good Wife: motivos para você começar a ver a série – Por Larissa Klein


Você gosta de séries sobre advogados, com personagens interessantes, assuntos atuais, atores sensacionais, roteiro inteligente e que sabe se reinventar? Então a série The Good Wife é perfeita para você.  Posso dizer que desde que vi o trailer sobre a série, antes de estrear, a premissa já me cativou.


Em 2009 nos Estados Unidos, a “boa esposa” Alicia Florrick (Julianna Margulies, de Plantão Médico) volta a trabalhar depois de 15 anos vivendo a rotina de dona de casa. O retorno se dá menos por uma necessidade profissional e mais porque seu mundo está acabando: Peter Florrick (Chris Noth, o Mr. Big de Sex and the City), seu marido, é pego com prostitutas e acaba sendo destituído do cargo de promotor geral do estado de Illinois e preso por corrupção. Will Garner (Josh Charles, de Sports Night), colega de faculdade de Alicia (e um certo tipo de ex-namorado, digamos assim), contrata Alicia para trabalhar em sua firma Lockhart & Garner, mesmo quando ninguém quer contratar uma advogada após ficar parada por 12 anos. Nasce assim uma advogada e uma das séries dramáticas mais bem pensadas desta década.


Motivo 1


Não se deixe enganar pelo nome. Muita gente estranha o fato de uma série jurídica se chamar "A Boa Esposa". De fato, os criadores já falaram que o nome não faz jus a temática da série, mas como o próprio slogan do pôster acima diz: "Não deixe o nome te enganar". The Good Wife é um dos melhores seriados jurídicos já realizados. E o melhor da atualidade.

Tanto que a série é conhecida por abordar temas que refletem acontecimentos reais, como: escândalos sexuais na política americana, protestos durante o encontro da OTAN em Chicago, trotes de calouros, casamento civil de pessoas do mesmo sexo, caso de estupro de Steubenville, Bitcoin, o grupo Anonymous e vigilância exercida pelo governo norte americano e a privacidade dos usuários. Em determinado momento do seriado a firma de advocacia de Alicia, está sendo monitorada diretamente pela NSA.


Motivo 2


Alicia Florrick (interpretada pela Julianna) é realmente um show como protagonista. Julianna tem talento o suficiente pra tornar a história sofrida da protagonista em algo envolvente, sem cometer exageros ou tornar a personagem uma chata de galocha. Pelo contrário, a atriz confere um carisma mais do que necessário à personagem, o que é importante pra você se importar com tudo o que ocorre em volta dela. Não é a toa que a atriz já ganhou trocentos prêmios de melhor atriz em série dramática!

Talvez os anos estrelando o seriado médico E.R. tenham ensinado Julianna a comandar uma série. Mas o fato é que ela consegue carregar o programa nas costas. E olha que nem precisa, pois os parceiros de cena são igualmente talentosos. Ao longo do tempo vemos o crescimento da protagonista e como ela sai do papel de boa esposa para finalmente se tornar uma mulher independente e que toma as rédeas de seu futuro.


Motivo 3


Seu enredo e criadores. The Good Wife foi criada por Michelle e Robert King e possui o tradicional formato de 20 a 24 episódios por temporada. Eu que assisto diversas séries e posso afirmar que é fácil ver um seriado com mais de 20 episódios por temporada se perder no meio do caminho, adicionando vários capítulos que apenas servem para preencher espaço (os conhecidos fillers) entre uma coisa ou outra mais interessante e raramente adicionam algo de valor para o enredo.

Apesar da série possuir casos da semana por episódios, ela também desenvolve um enredo maior. É uma série que faz jus ao seu próprio roteiro e não inventa coisas do nada. Ela também não cria situações fantásticas ou aparece com personagens ridículos. Tudo é muito bem construído e acho que é por isso que eu digo que até um episódio mais ou menos de TGW, é muito melhor do que uma temporada inteira de alguma outra série. Sem falar que na 5 temporada, há reviravoltas que mudam a série, e demonstram toda a coragem dos criadores para reinventar uma série veterana.

É preciso muita maestria para que um seriado continue surpreendendo seus telespectadores ao longo de várias temporadas.


Motivo 4


Os personagens coadjuvantes se destacam. Um protagonista interessante é essencial pra um seriado decolar, mas nenhuma série é feita de uma só personagem. É necessário ter personagens que ajudem a elevar o nível das histórias e The Good Wife tem isso de sobra.  A começar pelos sócios majoritários do escritório, Will Gardner e Diane Lockhart. O primeiro é um advogado ousado e normalmente tem as melhores cenas nos tribunais. Sem contar que Will funciona como um potencial caso amoroso pra protagonista, que vive um casamento em crise.  Já Diane, vivida pela atriz veterana Christine Baranski, sempre brilha nas histórias que envolvem crises internas no espaço de trabalho.

Na lista dos personagens notáveis, ainda temos, obviamente, o marido da boa esposa, Peter Florrick, que eu adoro odiar, Kalinda Sharma (Archie Panjabi), a enigmática investigadora particular do escritório, responsável em desvendar fatos importantes e que possam ser usados no tribunal; e Eli Gold (‎Alan Cumming), um marqueteiro político que surge no decorrer da série e fica responsável em reerguer a carreira política de Peter Florrick (AMOO). E o detalhe é que TWG tem o mérito de desenvolver os personagens e aprofundar seus conflitos sem apelar para fórmulas rasas ou soluções fáceis.


Motivo 5


Uma coisa admirável na série é a humanidade de cada personagem. Não existe o bom e o mau. A série passa longe de ser maniqueísta. Existem pessoas que acertam e que falham, que agem de acordo com seus interesses ou simplesmente te chocam ao mudar qualquer expectativa sobre isso, trabalhando pelo bem comum.


Motivo 6


The Good Wife é marcada também por participações especiais. Vários atores interpretam personagens que aparecem várias vezes na série, como juízes, advogados, consultores, clientes sempre com novos casos e plots. Alguns convidados incluem: Michael J. Fox, Matthew Perry, Mammie Gummer, John Benjamin Hickey, Amanda Peet, Joe Morton, Kate Burton e muito mais.

Os juízes são um caso a parte, você vai rir, chorar, morrer de raiva deles. Sim! Até eles tem marca registrada, jargões e manias. Durante as temporadas você conhecerá vários e até terá algum favorito! Ah, além também de aprender algumas frases super engraçadas, do tipo "In My Opinion" (quem já assistiu sabe do que estou falando).


E claro uma das minhas personagens favoritas: Elsbeth Tascioni (Carrie Preston). Uma advogada que claramente tem um parafuso a menos, mas conquista a todos com sua inteligência, audácia e coragem. Sempre que ela aparece é motivo de alegria e altas risadas por fãs da série. Foi até considerado um spinoff para ela, mas por enquanto não decolou a ideia! Nesta sexta temporada até ganhamos um episódio em que ‘entramos’ na mente dela e acompanhamos sua linha de raciocínio, o que foi hilário!!


Motivo 7


Escândalos e polêmicas. Polêmica é o que não falta nessa série. Peter Florrick, marido de Alicia Florrick é acusado de traí-la com prostitutas além de estar envolvido em esquemas de corrupção política. Mas esse é só o começo da história e dos escândalos que a rodeia. Saiba desde já que muitos podres virão e serão expostos na série

Se você gostou faça sua maratona The Good Wife, que esta atualmente em sua 6 temporada!

Larissa Klein

Uma maníaca por seriados, acompanha mais de 40 durante o ano, apaixonada por futebol e pelo meu time de coração Palmeiras. Cinéfila de carteirinha, devoradora de livros (na maioria infato-juvenil) nas horas vagas e jornalista. Ler, assistir e escrever é comigo!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

“All my loving I will send to you...” – Show do Paul McCartney


“Hey Jude, don’t be afraid...” Ah, Paul McCarteney, seu lindo! Domingo à noite eu estava em Brasília para o show do ex-Beatle. Eu e mais de 45 mil pessoas. Uma palavra para descrever: Sensacional. Sim, o nosso querido músico de 72 anos coloca muita gente de vinte e poucos no chinelo. Haja fôlego! Foram 39 músicas em quase três horas de show.


Ver um músico como Paul McCartney é algo incrível porque ele faz por amor à música, não por dinheiro. Ele já é bilionário, não “precisa” disso. Ele gosta de tocar, gosta do público, gosta de compor. Em uma entrevista disse que aos 65 anos pensou em se aposentar e fazer só coisas que lhe dão prazer, como todo mundo que chega nessa idade, mas percebeu que o trabalho dele era algo que ele fazia por prazer, então, por que não continuar? Sorte nossa!

Cantando músicas novas e da sua carreira solo (Ok, confesso que não conhecia praticamente nenhuma) e as clássicas dos Beatles (Aí eu sabia um monte!), Paul McCartney fez um espetáculo em Brasília. Tocou guitarra, violão, piano, cantou e encantou. E, olha, ele é um músico de mão cheia. A gente já sabia disso, mas ao vivo é ainda mais evidente.

"Close your eyes and I'll kiss you..."

Muito carismático, Paul McCartney conversou com a plateia, arranhou português em vários momentos (Até disse que o show estava “bombando” e que uma canção era para a “garotada”), dedicou músicas a pessoas queridas, como Something para George Harrison e Maybe I’m Amazed para Linda McCartney.

O palco e o telão foram um show a parte. Sempre mudando, com imagens da carreira, da infância, cenas do mundo em geral. Até o Johnny Depp e a Natalie Portman apareceram no telão quando Paul McCartney cantou My Valentine, já que os dois atores fizeram o clipe da música. Blackbird foi lindo. O palco ficou como se ele estivesse cantando num morro em frente a uma lua cheia. O público iluminou os celulares e as luzes encheram o estádio.

Live and Let Die, o ápice, teve fogos de artifício, pirotecnia e fumaça. Uau! O público foi à loucura.

O vídeo é do show de Vitória, não é meu

Paul McCartney se sentiu em casa, pois até o clima Londrino ele levou para Brasília. No domingo o tempo ficou fechado e chuvoso o dia todo. 80% das pessoas no show estavam com capa de chuva, eu inclusa. Mas só molhava mesmo quem estava no meio da pista. Era o setor que eu estava, mas fiquei mais para o fundo, quase seca.

Divando total de capa de chuva, haha

Casal sacola de lixo

Infelizmente tive que ir embora um pouco antes do show acabar porque o meu noivo não estava se sentindo bem, então perdi o fechamento. Mas, tudo bem, agora ele prometeu me levar em outro concerto do Paul McCartney, dessa vez em Londres. Promessa é dívida, viu, Caio Moraes? :P

Se você tiver a oportunidade de assistir ao show desse ex-Beatle, não deixe passar. É simplesmente fantástico.

Recomendo muito.

Teca Machado

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

"The World's Longest Tattoo Chain": Alice no País das Maravilhas na pele de 2500 pessoas - Por Emily Antonetti


Gente, vocês já conhecem o blog que tenho com algumas amigas, o Meg’s Army Book Club, né? É o nosso clube do livro que evoluiu para algo mais. Todos os dias uma de nós posta e a Emily Antonetti cutuca tanto a internet que descobre algumas coisas muito legais. Já “roubei” o texto dela outras duas vezes (Aqui e aqui) e hoje vou fazer isso de novo, porque o tema é Alice no País das Maravilhas, que eu amo de paixão:

"The World's Longest Tattoo Chain": Alice no País das Maravilhas na pele de 2500 pessoas!

Existem histórias que se instalam em nós sem pedir licença. Elas chegam aos poucos, nutrem a nossa alma e carregam um elixir de palavras tão poderosas que podem, até mesmo, despertar novos mundos e alterar o rumo da nossa própria história. Permanecer imune ao seu encanto é uma batalha inútil e, na maioria das vezes, desnecessária. Os livros não pedem autorização para "se imprimirem em nossas mentes e corações". Eles simplesmente nos habitam e correm em nossas veias num pulsar frenético de frases em busca de vida. 

Pensando nisso, uma iniciativa americana propôs ao público abraçar essa conexão e registrá-la na pele. Para celebrar a importância dessa arte, Danny Fein e a Litographs criaram uma coleção de tatuagens literárias (temporárias) e o desafio de reimprimir todo o texto do clássico de "As Aventuras de Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll, no corpo de 2500 pessoas. 

(Imagem: reprodução/Litographs - "The World's Longest Tattoo Chain")
(Imagem: reprodução/Litographs - "The World's Longest Tattoo Chain")
"The World's Longest Tattoo Chain" é um projeto ambicioso que pretende contar a jornada da curiosa Alice de uma maneira totalmente nova. Eles quebraram o texto da obra de Carroll em 2500 frases, que foram individualmente delineadas em tatuagens temporárias pelo estúdio Hollywood FX em prol da campanha criada no Kickstarter. O compromisso mínimo foi de um dólar por trecho da história, selecionado aleatoriamente, e a promessa de tirar uma fotografia de sua nova aquisição aplicada ao corpo para enviar para a galeria do projeto na web. Em menos de 12 horas, todas as vagas para essa empreitada foram reservadas pelo público. O sucesso garantiu a reimpressão do segundo volume da série, "Através do Espelho", para os próximos 2500 interessados. 

(Imagem: reprodução/Litographs - "The World's Longest Tattoo Chain")
A tendência de tatuagens literárias está ganhando novos adeptos ao longo dos anos e, para aqueles que pretendem evitar as agulhas, esse projeto funciona como um fantástico "plano b". Mas, por que Alice? Em entrevista ao site Boston.com, Fein explica: "a linguagem é tão interessante e bonita que você pode pegar quase todo o trecho do texto e não há partes chatas no livro". Ele também acredita que a escolha dessa obra iria ressoar com a infância de muitos consumidores. 

Aliás, inspirados pelas palavras de tantos outros autores, a Litographs resolveu lançar uma coleção de novas tatuagens temporárias em homenagem aos autores clássicos. Entre os títulos selecionados estão "Orgulho e Preconceito", "Ulysses", "Peter Pan", "As Aventuras de Sherlock Holmes", "Moby Dick" e, até mesmo, "A Origem das Espécies". 

(Imagem: reprodução/Litographs - "The World's Longest Tattoo Chain")
A ideia de trazer a literatura clássica para os dias atuais é uma maneira divertida de reler esses romances atemporais e vestir o seu livro favorito como uma segunda pele. No site do projeto, a previsão é de que a galeria com as imagens das citações dos livros de Carroll esteja completa até dezembro. Caso as pessoas falhem com o compromisso de fazer o upload das fotografias, uma nova chamada de participantes será realizada para preencher as lacunas do texto. Como diria a Rainha de Copas, "cabeças serão cortadas"! Então, colabore e não dificulte ainda mais a vida de Alice em sua louca aventura.

Gostou do projeto? Siga o coelho apressado até o site, conheça todas as obras e garanta a sua passagem para o universo das letras encantadas.

Emily Antonetti

sábado, 22 de novembro de 2014

Jogos Vorazes again: A Esperança – Parte 1


Mesmo sendo uma heroína fora dos moldes altruístas que estamos acostumados, Katniss Everdeen, da trilogia de livros e filmes Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, ganhou o coração do público. Ela reclama, é teimosa, faz cara de dor o tempo todo e não dá muita bola nem para o gracinha do Peeta e nem para o gatão do Gale. Ela não é uma líder nata, apenas tem um instinto de sobrevivência muito apurado quando o assunto é ela mesma e as pessoas que ama. Tanto em Jogos Vorazes quanto na continuação Em Chamas, a Capital usou isso ao seu favor e manipulou a garota. Agora, em A Esperança – Parte 1, o “começo” do fim, Katniss se vê sendo levada por outra força quase tão poderosa quanto o presidente Snow: o Distrito 13.


O filme, o 3º da franquia, também dirigido por Francis Lawrence, continua com o elenco das produções anteriores. Jennifer Lawrence é Katniss, Josh Hutcherson é Peeta, Liam Hemsworth é Gale. Além dos outros secundários, dessa vez temos Julianne Moore como a presidente Alma Coin, do Distrito 13, que todos pensavam ter sido aniquilado 75 anos antes.

Depois de ter destruído a arena do Massacre Quaternário em Em Chamas, Katniss é resgatada por forças rebeldes do Distrito 13, do qual faziam parte Haymitch (Woody Harrelson), Plutarch (Philip Seymour Hoffman) e Finnick (Sam Clafin). Peeta ficou para trás. Agora, no secreto e subterrâneo Distrito 13, Katniss se vê outra vez no meio de uma guerra da qual não queria participar. Ela não deseja ser o Tordo, símbolo da revolução, só quer salvar o Peeta, mas tanto Plutarch quanto Coin a manipulam, a colocando no meio do sofrimento e dos escombros que foram culpa da Capital, sempre acompanhada por uma câmera. Aí sim ela fica brava e vira a Katniss forte, vingativa e com “sangue nos olhos” que toda população de Panem quer seguir, o tão amado Tordo.


Acostumados aos outros filmes da série com muita pompa e glamour na Capital, cores vibrantes e perucas coloridas, e com a ação dos jogos na arena, A Esperança – Parte 1 pode ser um choque para alguns (Meu noivo mesmo achou um tanto chato). Confinados no Distrito 13, tudo lá é sóbrio, neutro, militar, rígido e sem excessos (Effie – Elizabeth Banks – quase surta!). Nas poucas vezes que os personagens se aventuram fora dele, quase sempre é para ver a destruição de outros distritos. O que antes nas outras produções era uma disputa por sobrevivência individual, agora vira um jogo político e articulações de guerra. 


O foco de A Esperança – Parte 1 continua sendo Katniss, mas de uma forma muito mais evidente. Os outros personagens ainda têm grande importância, mas Jennifer Lawrence comanda as cenas em 95% do filme. Os secundários têm papeis relevantes, porém mais de bastidores, nem Peeta e nem Gale, do pretenso triângulo amoroso com a protagonista, tem muito tempo em tela. Quem aparece bastante é Julianne Moore e Philip Seymor Hoffman, como os líderes da revolução do Tordo.

Há muito diálogo, Katniss sofrendo com os traumas antigos e novos, estratégias militares e carga emocional. Por isso muita gente pode achar o filme meio parado demais ou até mesmo chato. Mas é preciso ter em mente que seguindo a onda Hollywoodiana atual, o último livro, A Esperança, foi partido para virar dois filmes (Se para preservar a integridade da obra ou para ganhar mais dinheiro, ninguém sabe ao certo). E a gente sabe que sempre a primeira metade de uma história é a mais devagar, para o negócio pegar fogo do último ato. A Esperança – Parte 1 começou muitíssimo bem (E bem fiel), nos deixando ainda mais ansiosos pelo final dessa distopia que é um dos maiores sucessos editoriais e cinematográficas dos últimos anos.

Plutarch e Presidente Coin

Quem mais aqui está sofrendo por que tem que esperar mais um ano para ver o final de Jogos Vorazes? (Ainda bem que eu já li os livros e pelo menos sei como termina, haha)

Recomendo muuuito.

Teca Machado

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Once Upon a Time – Uma antologia dos contos de fadas


“Era uma vez” e “viveram felizes para sempre”. Essas talvez sejam algumas das frases mais ouvidas durante a nossa infância (Adolescência, vida adulta, sempre...). Vai dizer que você não gosta de nenhum conto de fadas? Eu adoro vários! Mas as versões que nós conhecemos geralmente são as que a Disney conta, com muita música, passarinhos e pombas ajudantes de princesas e sempre um final maravilhoso com muito glitter voando. Mas nem todas as histórias são assim tão bonitinhas. Os irmãos Grimm, escritores da maioria dessas fábulas, tinham uma visão mais sinistra de mundo e algumas lições de moral. Foi interessante ler Once Upon a Time – Uma antologia de contos de fadas, com ilustrações de Kevin Tong e textos dos Grimm.


O livro, que peguei em parceria com a Livraria Janina, tem 30 histórias, misturando aquelas bem conhecidas, como Branca de Neve, A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, e outras não tão famosas, como O Pescador e Sua Esposa, João Felizardo e A Guardadora de Gansos. São contos curtos, fáceis de ler e, apesar de terem sido escritos séculos atrás, têm uma linguagem atual e simples.

Foi uma delícia ver a versão original dos meus enredos preferidos, como A Bela Adormecida, João e Maria, Cinderela e Rapunzel. Posso dizer que com certeza a Disney adoçou bastante as histórias para que fossem propícias para todos os públicos, porque, olha, tem dor, sofrimento, abandono e violência. Mesmo assim, tem toda aquela aura de contos de fadas, mundos mágicos e fadas e magos bons. É meio contraditório e alucinado, mas extremamente divertido e faz todo mundo virar criança outra vez.

Rapunzel

Branca de Neve

Descobri lendo que os irmãos Grimm eram malucos. Gente, tem umas fábulas extremamente bizarras e fatos sem o menor sentido. E detalhe que no mundo dessas histórias ninguém acha estranho os animais falarem, bodes cuspirem ouro e pessoas saírem matando umas às outras.

O mais bizarro! Trecho da fábula A Amoreira

Apesar da estranheza em alguns casos, a lição que fica é: Todo mundo busca o seu final feliz. A humanidade precisa de que os mocinhos fiquem bem e os malvados sejam punidos. Essa é a principal linearidade dos contos (E, se pararmos para pensar, dos filmes e livros atuais também. Não achamos absurdo quando o vilão se dá bem no final de uma história?).

A identidade visual de Once Upon a Time é linda. A capa dura é maravilhosa e todas as ilustrações são de Kevin Tong, que caprichou. No início e no final de cada conto tem uma figura que remete à história. O prefácio do livro é de Edward Kitsis e Adam Horowitz, os produtores do seriado Once Upon a Time. É aquele tipo de livro para se ter na estande, dar uma olhada quando o mundo parecer sombrio demais e repassar para os seus filhos daqui alguns anos.


Viva a magia dos contos de fadas!

Recomendo.

Você quer um para você? Diz que sim, vai! Tem aqui na Livraria Janina para comprar.

Teca Machado

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Uma infância dramática – Projeto Drama Queen #6


Drama Princess, porque ainda é jovem para ser Queen

Ser dramático é algo que nasce com você. Pelo que os meus pais me contam eu sou assim desde que aprendi a falar. Aliás, até antes disso mesmo, quando aprendi a me expressar, já estava “colocando minhas asinhas de fora”. Tenho vários episódios da infância que comprovam isso (Vários deles até gravados em vídeo).

Para começar, se você me desse um chocolate, ele tinha que ser inteirinho. Ah, se quebrasse uma pontinha que fosse... Escândalo total e choro por alguns minutos. Minha tia Flávia uma vez estava tirando para mim a embalagem daquele guarda-chuva de chocolate (Alô, anos 1990!) que era praticamente impossível de sair inteiro. Ela quebrou uma pontinha mínima, tentou colar sem eu ver, mas não teve jeito, foi o maior berreiro.

Tinha também o fato que eu odiava molhar os pés. Quando íamos para a fazenda de uns amigos dos meus pais, as crianças mais velhas saíam correndo pelo pasto alegres e felizes. Justo no dia que eu fiz isso estava tudo meio enlameado da chuva da noite anterior e quando percebi a meleca na minha sandalinha de plástico da Melissa (Aquela que tradicional que toda menina teve), comecei a chorar e gritar “Ahhh, molhou! Molhou”. Essa cena está eternizada em vídeo.

Andar de bicicleta era uma tortura. Eu caia muito, demorei a tirar as rodinhas de sustentação (De acordo com o meu pai isso aconteceu mês passado, haha). Na verdade, eu despenco do selim até hoje e caio bastante. Teve uma vez que eu e a minha irmã estávamos descendo uma ladeira. No final dela tinha uma área com uma água suja parada. Minha irmã desviou. Eu, óbvio, caí. Não caí dentro dela, mas pertinho. Estava de boa, mas quando vi que parei a centímetros da sujeira, aí que comecei a chorar, isso só pensando na possibilidade. Aconteceu também na vez que eu estava numa festinha de aniversário e rolei escada abaixo. Nem chorei, nem doeu, mas quando me disseram que minha calcinha tinha aparecido porque eu estava de vestido, aí sim lágrimas e mais lágrimas caíram.


E o drama para tomar vacina? Sim, quando era de injeção o choro durava horas (Ok, confesso que isso acontece até hoje, porque eu tenho pânico, pavor, horror a agulhas), mas eu falo também de quando eram gotinhas. Sério, eu tinha um medo incontrolável do Zé Gotinha e só de ver ele, mesmo que fosse na televisão, fazia o maior escarcéu. Eu provavelmente fui a única criança que teve medo dele. Mas, pensem bem comigo: A cabeça dele era em formato de gota! É para dar pesadelos mesmo, não para incentivar a tomar a bendita da gotinha.

Mas não era só o Zé Gotinha que me assustava. O Papai Noel também, assim como aqueles personagens da Turma da Mônica que eram pessoas fantasiadas que andavam com a gente de trenzinho pela cidade. Fazia tanto escândalo que eu simplesmente não ia de jeito nenhum.

Esses são apenas alguns dos episódios de uma infância verdadeiramente dramática. Quando filhotinhos do meu cachorro faziam cocô na minha mão, drama. Quando minha irmã me amarrava no poste, drama (Veja mais sobre isso aqui). Quando chegava dois minutos atrasada na escola, drama. Quando minha irmã nos atrasava para pegar o ônibus escolar, ai, minha nossa, drama eterno. Posso ficar horas e horas aqui contando casos do tipo.

E você, tem alguma história de infância dramática?

O Projeto Drama Queen é uma parceria entre o Casos Acasos e Livros e o blog Pequena Jornalista. Vejo os outros textos do tema:



Teca Machado
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