Liberta-me: Continuação incrível de Estilhaça-me
Há algumas semanas comentei aqui o livro Estilhaça-me, da Tahereh Mafi, e descrevi-o como MINHA NOSSA. Agora que li a sua continuação, Liberta-me, aumento a descrição para AI, MINHA NOSSA! O que era bom ficou melhor ainda. A autora aprofundou a relação do leitor com os protagonistas e nos abriu para o universo de alguns personagens que apareceram menos no primeiro livro, e isso fez toda a diferença nessa sequência que te deixa de queixo caído.
Se você não leu Estilhaça-me, o texto abaixo pode conter spoilers sobre o fim dele. Você está seguindo a leitura por sua própria conta em risco. Eu te avisei. :)
Em Liberta-me, Juliette está vivendo há duas semanas no Ponto Ômega, o refúgio para pessoas com dons especiais como ela. O que de início parecia maravilhoso, um local seguro e longe dos olhos de Warner e do Restabelecimento, passou a ser opressor para a garota de toque letal. Fechado, claustrofóbico, cheio de regras, com poucas chances de ter momentos a sós com Adam, seu namorado. Ela não se sente a vontade, acha que todos a temem, o que a faz se fechar ainda mais no seu mundinho isolado, depressivo e sombrio.
Mas Adam, seu único momento de alegria, anda estranho e tendo reações ao seu toque, mesmo que aparentemente seja imune. Ele está fraco e a culpa é dela. Lutando contra todas as suas vontades, Juliette precisa se afastar de Adam e aprender a viver em sociedade, algo que nunca fez antes. Para começar nesse sentido, ela passa a ter aulas com Kenji para controlar seu poder, que a cada hora se manifesta mais incrível e poderoso.
Quando uma excursão ao lado de fora do Ponto Ômega deixa Juliette cara a cara com Warner e com o seu pai, o Comandante Supremo Anderson, seu mundo, suas opiniões, seus atos, tudo vira de ponta cabeça. Para seguir em frente e vencer o Restabelecimento, ela precisa, como o título diz, se libertar, tanto de pessoas quanto de amarras psicológicas e pessoais.
Tahereh Mafi |
Liberta-me é pulsante, envolvente e cheio de reviravoltas. O leitor balança entre os lados, não sabe por quem torcer. Tahereh Mafi foi inteligente na reconstrução dos personagens ao praticamente jogar no chão tudo aquilo em que acreditávamos sobre alguns deles. Eu mesma me deixei levar pela nova onda de acontecimentos e dei o meu coração literário para outro cara, haha. Como sou periguete! :P
Vemos mais a fundo o poder do Restabelecimento, como anda a vida civil e a força da natureza destruída. Mesmo tendo os relacionamentos de Juliette como força motriz da história, a distopia e a crítica à sociedade são muito latentes e protagonistas do livro.
Há momentos em que Juliette fica melodramática demais, mas é condizente com o texto, já que não há pessoa que tenha levado mais pancadas na vida do que ela. A sua força interior está crescendo cada vez mais, principalmente quando leva banhos de realidade de Kenji (Um dos melhores personagens do livro, sem dúvida) e Castle. Por falar neles dois, vemos ainda mais sobre o passado e a personalidade deles, o que deixa a história ainda mais rica.
Adam está meio chatão e chororô demais (Mas ainda bem gato), enquanto Warner se destaca como o maluco malvado mais sedutor, lindo e incrível do planeta. Lendo essa trilogia nos apaixonamos pelo vilão. Está aí algo pouco comum.
Leitura rápida, instigante e ainda cheia de frases riscadas, marca da autora, Liberta-me te deixa louco de vontade para saber como termina a série, com o livro Incendeia-me.
Acabei de descobrir que há dois contos em e-book: Destrua-me, com o ponto de vista de Warner, e Fragmenta-me, narrado por Adam.
Recomento um monte.
Teca Machado
Ainda estou no começo da leitura, louca pra chegar nas partes mais eletrizantes. Mesmo porque amei o primeiro livro e torço pra que a trilogia se mantenha maravilhosa como no primeiro. Tenho ouvido muita coisa boa sobre o Warner nesse livro, já estou apaixonada! Rsrsrs
ResponderExcluirbj
entrereaiseutopias.blogspot.com.br
Comecei a pouco tempo o segundo livro (liberta-me) e já estou ansiosa para que o meu ship dê certo!!;)
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