terça-feira, 20 de maio de 2014

Insurgente – Tão bom quanto Divergente


Hoje tem coluna Olhar Conceito sobre o Harlan Coben aqui.

Há algumas semanas resenhei aqui o livro Divergente, de Veronica Roth, e logo em seguida aqui o filme baseado na obra. Já peguei em parceria com a Livraria Janina os dois livros que continuam a trilogia, mas fiquei enrolando para ler porque não quero acabar logo, não quero ficar órfã de mais uma série que eu tanto gosto (Jogos Vorazes feelings). Mas a verdade é que eu não consegui esperar muito tempo e já li a segunda parte, Insurgente, e faço a mesma pergunta que eu fiz quando terminei o primeiro: Como assim eu não tinha lido isso antes?




Se não leu Divergente ou viu o filme, cuidado, pode ter spoilers daqui em diante.

Um dos pontos mais positivos de Insurgente é que Veronica Roth retomou a história exatamente de onde terminou o primeiro livro: De dentro do vagão do trem indo para a sede da facção da Amizade. Isso é muito bom porque situa bem o leitor. Há muitos autores que saltam dias, meses, anos e a gente fica perdidinho tentando relembrar como acabou o anterior e tentando entender o que aconteceu nesse meio tempo.

Depois que Tris, Tobias e companhia acabaram com a simulação criada pela Erudição para tomar o poder, eles saem da cidade a caminho das fazendas da Amizade em busca de proteção. Como a facção é extremamente paz, amor, super zen e blá blá blá, eles preferem se manter neutros nessa guerra que está começando a estourar. Sem muita alternativa de aliados, Tris, Tobias, o restante da Abnegação e metade da Audácia precisa do apoio de um grupo em quem ninguém havia pensado antes: os sem-facção.

Enquanto isso, Tris está surtando. O peso da culpa de ter matado Will, do sacrifício dos seus pais para que ela se salvasse e de ser Divergente faz com que ela fique desequilibrada e reclamona. Tanto que chega a afetar o seu relacionamento com o mega lindo Tobias. Apesar disso tudo, é possível ver que os personagens, não só os dois, amadureceram e estreitaram os relacionamentos. A autora foi muito inteligente em fazer com que eles crescessem e mudassem de ideias, alianças e ações sem perder a sua essência original. Teve uma continuidade correta.

Veronica Roth

Em certos momentos Insurgente fica um pouco cansativo porque a Tris anda cheia de mimimi. Tudo bem, a gente entende, já que ela está surtando e passou por situações absurdas. Mas acho que esse pedaço podia ter sido mais resumido. Em compensação, as lutas estão mais intensas. É impossível não pensar “Agora o negócio ficou sério!”. Veronica Roth descreve muito bem a ação.

O leitor nunca sabe quem é do bem, quem é do mal, quem não é nenhuma coisa e nem outra, apenas egoísta. Você sempre fica com um pé atrás, mas é impossível não se surpreender. O final é ótimo e te agarra no mesmo momento para ler a última parte da trilogia, Convergente. Ele resolve parte do mistério, mas te deixa mais curioso do que antes. Ainda bem que o terceiro livro já foi lançado e eu não vou precisar esperar meses para ler.

Mais uma vez, o livro é narrado em primeira pessoa por Tris, mas fiquei sabendo que o último é alternado entre a visão dela e de Tobias. Oba!

Recomendo muito, ainda mais se você gosta de distopias.

Gostou e quer comprar? Tem aqui na Janina.

Teca Machado

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