terça-feira, 8 de abril de 2014

A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar – Quase A Culpa é das Estrelas da vida real


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Alguns livros não são fáceis de ler. É preciso estar com a mente e a alma preparados para o baque, principalmente quando eles contam histórias reais. Foi assim o com livro 3096, da Natascha Kampusch (Comentei aqui). E foi assim com A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar, de Esther Earl. Então pega o seu lencinho (Porque, sim, você vai chorar) e vem comigo!


Esther ficou conhecida como a garota que inspirou John Green a escrever A Culpa é Das Estrelas (Comentei aqui). Mas ele afirma categoricamente mil vezes: Esther não é Hazel, apesar de as duas dividirem o mesmo nome do meio – Grace – e a mesma doença – câncer. Ambas até mesmo usavam a cânula no nariz com oxigênio. Ele disse que mesmo antes de conhecer Esther, já estava escrevendo um livro sobre adolescentes com câncer, mas que estava meio empacado. A menina foi a luz que faltava para ele como autor e para ele como pessoa.


A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar foi escrito por Esther e por seus pais Wayne e Lori Earl, que compilaram todo o material. O livro conta a curta vida da garota que morreu aos 16 anos devido ao câncer que se espalhou por todo seu corpo. Diagnosticada com a doença desde os 12, ela batalhou por sua vida até quando pôde. 

Esther, como dizem seus pais, seus amigos e seus irmãos, era a luz da festa, uma criança que sempre foi cheia de vida e de alegria. Lori e Wayne não podiam ter escolhido um nome melhor para a filha, um nome que significa estrela


Seu sonho sempre foi ser escritora, por isso escrevia histórias, diários, que foram transcritos para na publicação, além de fazer muitos desenhos. Foi dona de mil blogs e de um canal no Youtube. Às vezes as passagens do livro são meio confusas e difíceis de entender, mas como ela mesma disse em várias ocasiões da obra: Ela estava confusa, então o que escrevia não fazia muito sentido nem para si mesma em alguns momentos.

Como a pequena geek que era, Esther amava loucamente Harry Potter (Quem não ama? *.*), vídeos legais no Youtube, a nerdfighteria e o John Green, que ela teve o prazer de conhecer em 2009 numa convenção do HP. 


Apesar do tom extremamente triste em certas passagens (Por mais que ela fosse muito otimista, o tratamentos, os efeitos colaterais e a doença em si não eram nada fáceis), A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar é uma celebração da vida, da esperança e, principalmente do amor. Não amor romântico (Esther fala várias vezes que tudo o que ela queria era gostar de um garoto, ele gostar dela e poder dar um beijo antes de morrer), mas o amor familiar e entre amigos. A jovem era definitivamente a cola que mantinha todos juntos.

Algo que eu achei muito interessante é que o livro fala muito de. Esther era filha de pastor, então cresceu com a Palavra de Deus. Mas ela afirma que apenas quando ficou doente é que realmente aceitou Jesus como o seu Salvador, por isso nem ficava tão triste de ter câncer, pois foi ele que levou a sua alma para perto do Pai.


A diagramação e identidade visual de A Estrela Que Nunca Vai se Apagar é simplesmente sensacional. Todo colorido, com os desenhos de Esther, fotos da sua vida, de bebê aos últimos dias, depoimentos de pessoas que a conheciam, trechos dos seus diários, tudo. A editora Intrínseca teve um cuidado que pouco se vê em livros. Todas as páginas têm estrelas no cantos. Isso foi extremamente delicado.

Se prepare para chorar, se prepare para repensar a vida, se prepare para ver como o câncer é uma doença cruel e injusta. Mas também se prepare para aprender que uma vida pode ser maravilhosa mesmo sendo curta.


Ganhei o livro de aniversário da Marcinha Lopes, que disse que a minha estrela também nunca irá se apagar. Obrigada, sua linda!

Recomendo.

Teca Machado

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