terça-feira, 18 de março de 2014

“This is Sparta”, só que meio sem Esparta: 300 – A Ascensão do Império


Depois de um banho de sangue de 1h42, eu preciso desesperadamente de uma comédia romântica para adocicar a minha vida. Mas fluidos corporais voando a parte, 300 – A Ascensão do Império, do diretor Noam Murro, é muito bom. O 300 original de Zack Snyder ainda é melhor, talvez por ter sido novidade na época (E porque o Gerard Butler é um gostoso carismático), mas essa continuação não deixa nada a dever, principalmente em visual (E nos tanquinhos. O que são aqueles abdomens? Ai, ai... Não é a toa que eles sempre estão sem camisa. Tem que mostrar mesmo aquelas barrigas bem lindas).


Nesse segundo filme vemos uma batalha que acontece paralelamente à luta da primeira produção. Ela vai para a história antes desse acontecimento, mostrando como Xerxes (Rodrigo Santoro, super sarado), o rei-deus, virou a aberração dourada cheia de penduricalhos, e para um pouco depois, quando o rei Leônidas (Butler) e os seus 300 corajosos homens morrem nas mãos dos persas. Dessa vez temos o comandante Temístocles (Sullivan Stapleton, também bem sarado e de olhos azuis hipnotizantes), um ateniense que 10 anos antes matou o rei Dario, pai de Xerxes, fato que acarretou na transformação de príncipe normal a maluco.

Xerxes

Quando a Pérsia, com seu arsenal ilimitado e soldados na casa dos milhões, invade a Grécia, Temístocles junta todas as cidades-Estados gregos para a batalha, menos Esparta, que se recusa a unir forças. Mesmo em desvantagem o comandante leva os seus homens para lutar contra a marinha da Pérsia, comandada pela insana - e linda – Artemísia (Eva Green), uma grega com ódio pela terra natal que quer ver Atenas pegando fogo.

Temistocles 

O grande trunfo de 300 – A Ascensão do Império é Eva Green. Gente, que vaca, haha. Ok, ok, sua história sofrida a traumatizou, mas daí a fazer o que ela faz é um longo caminho. Eva Green se entrega com maestria ao papel e dá um toque a mais, é o diferencial desse filme para o primeiro. Além de tudo, a sua beleza é ainda mais realçada por ser praticamente a única mulher do filme (Além dela há a rainha Gorgo – Lena Headey -, viúva de Leônidas). Mil estrelinhas para a Eva. Sullivan Stapleton também é muito bom ator. Gerard Butler tem mais força do que o australiano, mas isso não tira o brilho dele. E Rodrigo Santoro, coitado, apesar de ser o rei-deus ainda é quase um figurante de poucas falas. Quem sabe no próximo ele fala mais (Siiiiiiiiiiim, dá a entender que tem mais!).

Artemísia

300 – A Ascensão do Império é sem falhas tecnicamente falando. Bom, mais ou menos sem falhas, porque há muitos e muitos e muitos litros de sangue, mas os atores nunca ficam sujos com ele, mesmo tendo matado 3790402 pessoas. Só ficam sujos quando o sangue é deles próprios. O diretor Noam Murro seguiu bem os passos do seu predecessor e fez um filme com o mesmo visual, com as cenas de estética exagerada, muita câmera lenta e batalhas muitíssimo bem ensaiadas. Só senti falta do Gerard Butler gritando “THIS IS SPARTAAAAAAAA”.

Batalhas em alto-mar

Essa sequência não deixa de ser mais do mesmo, mas, no caso de 300, isso não é nenhuma desvantagem. É testosterona pura!

Agora deixa eu ir ali ler uma história de amor porque o meu organismo está precisando desesperadamente de algo mais feminino.

Recomendo muito.

Teca Machado

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