Um livro tem que ter um conteúdo que prenda a atenção do leitor, é óbvio. Mas quase tão importante quanto isso é o seu projeto gráfico. Um livro cuja identidade visual seja ruim desmotiva a leitura. Letras com fontes cheias de frufrus, tamanho, espaçamento, tudo isso conta. Se formos um pouco mais frívolos (E eu sou!), tem que ser esteticamente bonito também. E esse foi um dos pontos que mais me chamaram a atenção no livro A Parisiense, de Ines de la Fresange, uma francesa ex-modelo que hoje é consultora de imagem e chairman da marca Roger Viver.
A Parisiense é um guia de estilo inspirado nas mulheres da capital francesa. Antes de ler, eu tinha a impressão de que as parisienses eram as maiores it girls do planeta e que para elas só importava a marca. Mas Ines desmistifica isso, mostrando que o importante é usar peças confortáveis, ter roupas de acordo com o seu corpo e idade e que tudo seja harmonioso ao olhar. A autora e ex-modelo dá muitas e muitas dicas que podem ser usadas e aplicadas por mulheres do mundo inteiro, não só da França.
O livro simplifica a moda de uma maneira que parece que ela nem é complexa. Ines fala o que é de bom tom em qualquer estação e coleção (Roupas azul marinho misturadas com branco) e o que não é (Pochete: Jamais na vida em qualquer local do mundo). Ela traz uma luz para aquelas de nós que não sabem nada de moda e para aquelas que sabem tudo. É uma publicação indicada a todos que querem aprender pelo menos um pouquinho sobre o assunto. E o melhor de tudo: Ela fala de marcas que são acessíveis a todos, não sobre Chanel, Armani e Versace.
A Parisiense tem uma linguagem mega simples. Inês escreveu em formato de tópicos e os têm textos de poucas linhas, acompanhados de muitas ilustrações e fotografias. Quando você percebe já acabaram as 200 e poucas páginas e você aprendeu várias dicas realmente úteis para usar no seu visual no dia a dia. Sei que eu aprendi.
Eu disse lá no primeiro parágrafo sobre o visual do livro e ele não podia ser mais perfeito. A capa é simples: de imitação de couro vermelho, com letras em dourado, e apesar de amar capas escalafobéticas, adorei a de A Parisiense pela sua simplicidade, o que de certa forma mostra o conteúdo da obra. Por dentro ele é todo colorido e impresso em papel brilhante. Achei super delicado o fato de ele ter uma fitinha para marcar a página. Tudo o que Ines fala, dá exemplo com fotografias (Sendo sua filha a modelo) e desenhos que ela mesma faz. Ele passa a impressão de que a autora pegou o seu caderno pessoal de anotações de moda, xerocou e passou para o público, tão intimista que é o clima dele.
Um pedaço do livro é voltado para dicas de compras em Paris, o que é um pouco chato para quem não está com planos imediatos de conhecer a Cidade Luz. Mas quando for até lá, é uma boa ideia levar A Parisiense debaixo do braço como um guia.
Quando a minha irmã comprou o exemplar dela, achei que tinha sido super caro, porque ele é um livro espetacular feito com material especial. Geralmente ele custa R$ 50, mas eu encontrei em promoção na Fenac por R$ 29,90. Não é lindo quando isso acontece? :)
Teca Machado
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