Maratona para o Oscar: Trapaça
Continuando a maratona para o Oscar, hoje o post é sobre Trapaça. Gostei bastante do filme, mas foi um burburinho tão grande ao seu redor que eu esperava mais, algo completamente revolucionário. Como tem acontecido muito hoje em dia, o trailer acabou sendo melhor do que o longa propriamente dito. Não estou desmerecendo Trapaça, longe de mim. Só achei que o diretor David O. Russel (De O Lado Bom da Vida – Comentei o livro aqui – e O Vencedor) pecou um pouco no ritmo e nos diálogos muito longos.
Título original. Não consegui imagem do nome em português com qualidade boa
Um dos maiores trunfos de Trapaça é o elenco sensacional. Mais do que a história, quem faz esse filme ser o que é são os quatro personagens extremamente humanizados e cheios de defeitos e erros. É muito raro que quatro atores do mesmo filme sejam indicados ao Oscar, como nesse caso. Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper e Jennifer Lawrence dividem a tela de modo magnífico e estão super cotados a serem vencedores. David O. Russel também está concorrendo.
Elenco principal e Jereny Renner, que faz o prefeito Carmine Polito (E está a cara do Elvis Presley - Não nessa foto, mas no filme parece)
Trapaça busca mostrar o mundo da corrupção americana dos anos 1970. Irving Rosenfeld (Bale) é um trapaceiro de pequenos golpes, até conhecer Sydney Prosser (Adams), uma ex-stripper com um talento natural para enganar. Juntos, os trambiques passam a ser maiores e mais lucrativos. Quando chamam a atenção do FBI, o agente Richie DiMaso (Cooper) os flagra e os obriga a participar e a colaborar em uma operação perigosa que envolverá política e máfia. Mas tudo pode dar errado por vários motivos, principalmente por causa da boca grande da esposa de Irving, Rosalyn (Lawrence), e da mania de grandeza de agente secreto de DiMaso, mesmo sendo um filhinho de mamãe.
Pilantras e o agente do FBI
Trapaça é e não é baseado num caso real. Realmente aconteceu em 1978 uma operação montada pelo FBI chamada Abscam que buscava flagrar más condutas de congressistas dos EUA. O governo americano inventou um xeque fictício para filmá-lo oferecendo dinheiro a políticos em troca de favores. O cabeça da operação era Melvin Weinberg (Personificado por Irving no filme), um malandro condenado pela Justiça que foi contratado pelo FBI unicamente para liderar a operação.
Christian Bale BONITO. Só que não.
Além do elenco sensacional, outro ponto alto de Trapaça é o figuro. As roupas e os cabelos são muito anos 1970. As roupas extremamente sensuais de Amy Adams são lindas, assim como os vestidos que Jennifer Lawrence usa. Christian Bale e Bradley Cooper ficaram muito engraçados/estranhos caracterizados nos personagens. A falta de cabelo em um é compensada pela cabeleira de permanente do outro. No início Bale está nojento, com uma barriga protuberante imensa. Mas você acaba acostumando com o visual esquisito e até simpatiza com ele.
Cabelos, figurino, maquiagem. Tudo com o brilho e breguice da década
A trilha sonora também é espetacular. Ouvimos sucessos que marcaram os anos 1970. O destaque vai para Live and Let Die, de Paul McCartney, que Jennifer Lawrence canta igual louca enquanto limpa a casa. Sensacional.
Trapaça tem mais de duas horas de duração e chega a cansar. Como eu disse logo no primeiro parágrafo, alguns diálogos extremamente longos dão uma quebra no ritmo. Ainda mais que eu assisti na última sessão no cinema num dia que eu estava extremamente cansada. Já era mais de meia noite, eu queria que acabasse logo. Não porque não gostei, mas porque demorou demais. Apesar disso, o filme é muito bom. O desfecho não é algo muito esperado ao longo do filme, então é de surpreender.
Bradley Cooper, você é gatinho, mas de bobs no cabelo...
Gostei sim, mas entre os que eu já assisti não acho que deveria levar o Oscar. Trapaça venceu o Globo de Ouro nas categorias melhor filme de comédia ou musical, melhor atriz de comédia ou musical para Amy Adams, e melhor atriz coadjuvante para Jennifer Lawrence.
Recomendo.
Já foram:
Próximo filme da lista: O tão aguardado 12 Anos de Escravidão.
Teca Machado
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