sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Maratona para o Oscar: Trapaça


Continuando a maratona para o Oscar, hoje o post é sobre Trapaça. Gostei bastante do filme, mas foi um burburinho tão grande ao seu redor que eu esperava mais, algo completamente revolucionário. Como tem acontecido muito hoje em dia, o trailer acabou sendo melhor do que o longa propriamente dito. Não estou desmerecendo Trapaça, longe de mim. Só achei que o diretor David O. Russel (De O Lado Bom da Vida – Comentei o livro aqui – e O Vencedor) pecou um pouco no ritmo e nos diálogos muito longos.

Título original. Não consegui imagem do nome em português com qualidade boa

Um dos maiores trunfos de Trapaça é o elenco sensacional. Mais do que a história, quem faz esse filme ser o que é são os quatro personagens extremamente humanizados e cheios de defeitos e erros. É muito raro que quatro atores do mesmo filme sejam indicados ao Oscar, como nesse caso. Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper e Jennifer Lawrence dividem a tela de modo magnífico e estão super cotados a serem vencedores. David O. Russel também está concorrendo.

Elenco principal e Jereny Renner, que faz o prefeito Carmine Polito (E está a cara do Elvis Presley - Não nessa foto, mas no filme parece)

Trapaça busca mostrar o mundo da corrupção americana dos anos 1970. Irving Rosenfeld (Bale) é um trapaceiro de pequenos golpes, até conhecer Sydney Prosser (Adams), uma ex-stripper com um talento natural para enganar. Juntos, os trambiques passam a ser maiores e mais lucrativos. Quando chamam a atenção do FBI, o agente Richie DiMaso (Cooper) os flagra e os obriga a participar e a colaborar em uma operação perigosa que envolverá política e máfia. Mas tudo pode dar errado por vários motivos, principalmente por causa da boca grande da esposa de Irving, Rosalyn (Lawrence), e da mania de grandeza de agente secreto de DiMaso, mesmo sendo um filhinho de mamãe.

Pilantras e o agente do FBI

Trapaça é e não é baseado num caso real. Realmente aconteceu em 1978 uma operação montada pelo FBI chamada Abscam que buscava flagrar más condutas de congressistas dos EUA. O governo americano inventou um xeque fictício para filmá-lo oferecendo dinheiro a políticos em troca de favores. O cabeça da operação era Melvin Weinberg (Personificado por Irving no filme), um malandro condenado pela Justiça que foi contratado pelo FBI unicamente para liderar a operação.

Christian Bale BONITO. Só que não.

Além do elenco sensacional, outro ponto alto de Trapaça é o figuro. As roupas e os cabelos são muito anos 1970. As roupas extremamente sensuais de Amy Adams são lindas, assim como os vestidos que Jennifer Lawrence usa. Christian Bale e Bradley Cooper ficaram muito engraçados/estranhos caracterizados nos personagens. A falta de cabelo em um é compensada pela cabeleira de permanente do outro. No início Bale está nojento, com uma barriga protuberante imensa. Mas você acaba acostumando com o visual esquisito e até simpatiza com ele.

Cabelos, figurino, maquiagem. Tudo com o brilho e breguice da década

A trilha sonora também é espetacular. Ouvimos sucessos que marcaram os anos 1970. O destaque vai para Live and Let Die, de Paul McCartney, que Jennifer Lawrence canta igual louca enquanto limpa a casa. Sensacional.

Trapaça tem mais de duas horas de duração e chega a cansar. Como eu disse logo no primeiro parágrafo, alguns diálogos extremamente longos dão uma quebra no ritmo. Ainda mais que eu assisti na última sessão no cinema num dia que eu estava extremamente cansada. Já era mais de meia noite, eu queria que acabasse logo. Não porque não gostei, mas porque demorou demais. Apesar disso, o filme é muito bom. O desfecho não é algo muito esperado ao longo do filme, então é de surpreender.

Bradley Cooper, você é gatinho, mas de bobs no cabelo...

Gostei sim, mas entre os que eu já assisti não acho que deveria levar o Oscar. Trapaça venceu o Globo de Ouro nas categorias melhor filme de comédia ou musical, melhor atriz de comédia ou musical para Amy Adams, e melhor atriz coadjuvante para Jennifer Lawrence.

Recomendo.

Já foram: 

Próximo filme da lista: O tão aguardado 12 Anos de Escravidão.

Teca Machado

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Maratona para o Oscar: Philomena


Como o Oscar já é nesse domingo e eu percebi que só tinha assistido dois filmes dos concorrentes ao maior prêmio da noite (Gravidade – comentei aqui – e O Lobo de Wall Street – aqui), resolvi que ia me dedicar a assistir todas ou quase todas as produções que podem levar o prêmio. O primeiro escolhido foi Filomena, do diretor Stephen Frears.


Quando vi o trailer há uns meses, já tinha me apaixonado. Primeiro, a personagem-título é interpretada pela diva Judi Dench, uma senhooooora atriz que faz com maestria qualquer papel. Segundo, o filme mistura um drama muito triste, a mãe a procura do filho, com um leve humor quase non sense. Terceiro, é baseado numa história real. Quarto, mas não menos importante, o sotaque dos atores é britânico e vários de vocês sabem do meu amor por esse sotaque maravilindo.

Filomena e Martin

Em Filomena, baseado numa história real ocorrida em 2004, acompanhamos Filomena Lee (Dench) e Martin Sixmith (Steve Coogan, que também ajudou no roteiro e na produção) na procura do filho da senhora que foi tirado dela há 50 anos. Quando adolescente, ela vivia num convento na Irlanda. Numa noite de liberdade, Filomena conhece um rapaz e engravida dele. As freiras ajudam no parto e acolhem a garota e o bebê. Enquanto lá, o convento deixa os filhos das “pecadoras” como Filomena para adoção. E numa dessas o seu pequeno Anthony de apenas um ano é levado.

Filomena jovem com Anthony

Cinco décadas se passam e Filomena conhece Martin, um jornalista político vivendo uma depressão após perder o emprego. Sem muito o que fazer, ele acaba aceitando fazer uma matéria de interesse humano com Filomena, gênero que tanto detesta, e parte numa missão em busca de Anthony. Nasce aí uma amizade entre duas pessoas completamente opostas: Uma católica fervorosa, sensível e querida e um jornalista cético, cínico, ateu e quase arrogante.

Com a filha de Filomena

No meio do caminho conhecemos a fundo Filomena e é impossível não nos apaixonarmos. Ela é surpreendente. Pode ser ingênua, como quando fala sobre o filme Vovó Zona, ou extremamente moderninha, como ao aceitar naturalmente a homossexualidade do filho perdido. E vem principalmente daí o alívio cômico do filme. Martin faz com que gostemos dele também, porque no fundo ele tem um coração bom e, mais do que uma boa matéria, quer ajudar a sua nova amiga.

Filomena com o pai de Anthony

No filme há muita crítica à Igreja Católica pela maneira como tratava as meninas grávidas e também por esconder informações até nos dias de hoje. Mas isso é plano de fundo do filme, não chega a ser o ponto principal.

Com atuações magníficas de Dench, Coogan e de Sophie Kennedy Clark, que faz Filomena na adolescência, a produção é emocionante, engraçadinha e triste ao mesmo tempo. Uma sensação agridoce, mesmo com o desfecho. Não tem correria, não tem ação, não tem efeitos especiais, mas é de uma sensibilidade e de uma fragilidade incríveis. Tudo isso sem cair no sentimentalismo barato e brega ao qual muitos filmes recorrem.

Do filme e da vida real

Não sei se Filomena leva o Oscar, mas mereceu estar listado como um dos melhores do ano.

Recomendo.

Teca Machado

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quem é Você, Alasca? – John Green, esse lindo, nos surpreendendo de novo


Resenha de livro recebido em parceria com a Livraria Janina.

John Green está definitivamente na minha categoria de “autores amados que eu leio livros sem nem precisar saber a sinopse” (Junto com ele estão Harlan Coben, Nicholas Sparks e Rick Riordan, formando meu quarteto fantástico). Dele eu já comentei A Culpa é das Estrelas (Aqui e tem o trailer do filme aqui), um dos meus livros preferidos DA VIDA, O Teorema de Katherine (Aqui) e Cidades de Papel (Aqui). Hoje apresento para vocês Quem é Você, Alasca?, que na verdade é o primeiro livro que John Green escreveu.


Na obra conhecemos Miles “Gordo” Halter. Um adolescente magricelo, alto, sem muito traquejo social, que é apaixonado por biografias e por últimas palavras famosas. Quando lê a frase final da vida do poeta François Rabelais, “Saio em busca de um Grande Talvez”, percebe que na sua vidinha comum e sem graça na Flórida dificilmente vai encontrar aventuras ou o tal do Grande Talvez. Tendo isso em mente, ele resolve que é hora de mudar: Vai para Culver Creek, uma escola interna no Alabama.

Seu colega de quarto é Chip, mais conhecido como Coronel, uma espécie de ditadorzinho de 1,5 metro que tem o coração do tamanho do mundo quando o assunto são os amigos e a sua mãe. Ele apresenta para Miles a Alasca Young, uma menina temperamental, louca, impulsiva e apaixonante. A amizade entre os três só cresce e, é claro, Miles fica maluco por Alasca, que é meio bipolar e adora pregar trotes nos Guerreiros do Dia da Semana, como são chamados os riquinhos de Culver Creek.

Edição com a capa preta

O livro desperta muitas emoções, é uma espécie de montanha-russa. Fala sobre o primeiro amor e a primeira amizade, impulsividade jovem, sexualidade, aproveitar a vida e mesmo temas mais pesados e sombrios como a iminência da morte e o que vem depois dela.

Sinceramente, Quem é Você, Alasca? demora um pouco para engrenar, mas depois fica bem bom. O seu início é meio devagar e o livro é lento para mostrar para que veio. Ele é dividido em dois atos: o antes e o depois. No antes há toda a leveza que a juventude tem que ter, e o depois mostra a força do amadurecimento precoce, na marra. Definitivamente me surpreendeu. A leitura é fluida e bem rapidinha. Eu terminei com menos de dois dias. Típico texto do John Green.

Miles é divertido, meio autodepreciativo e com a cabeça bastante no lugar. Apesar de ser apaixonado por Alasca, ele sabe enxergar e odiar os defeitos dela. Coronel é, de longe, meu personagem preferido. É o tipo de coadjuvante que ganha o coração do leitor fácil, fácil. Já sobre a Alasca ainda não consegui me decidir. Ela me irritou profundamente, tipo a Margot Roth Spiegelman, de Cidades de Papel. Como Miles e o Coronel diziam constantemente, Alasca é uma vaca egoísta. Mas depois o leitor vai entendendo os seus motivos para ser assim. Não é uma desculpa, é apenas uma explicação. A gente gosta e não gosta dela. Mas ninguém pode negar que ela é no mínimo divertida.

Uma foto diferente do John Green porque eu enjoei da antiga. E essa está bem brasileira, então gostei.

A minha capa é a que tem o rosto da Alasca de lado. E eu, na verdade, prefiro essa. É mais bonita, chama mais a atenção e bem mais comercial. Mas depois que você lê, entende o significado da capa preta com a florzinha desenhada. Passa a fazer todo o sentido do mundo. E depois que terminei a leitura passei a gostar dela também.

John Green, mais uma vez, nos faz sentir emoções fortes em Quem é Você, Alasca? e nos presenteia com mais um livro muito bom. Eu já falei que amo o autor quantas vezes essa semana? Umas 48?

Recomendo.

Quer comprar? Veja aqui no site da Janina.

Teca Machado

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Um livro que te faz literalmente sentir o mesmo que os personagens: Já quero


Leitura me faz mergulhar dentro dos personagens e das suas emoções. Por incrível que pareça fico mais emotiva com livros do que com filmes. É que a minha imaginação é um terreno muito muito fértil para se criar imagens mentais (O que às vezes pode ser muito ruim). Se eu já me sinto na pele dos personagens só lendo, imagina se eu tiver acesso a essa invenção noticiada pela Revista Galileu:

Livro conectado ao corpo transmite as emoções dos personagens para você

“Se você achava que simplesmente por te fazer chorar um livro já tinha mexido com as suas emoções, vai ficar impressionado com o que pode ser o futuro da leitura. Pesquisadores do Laboratório de Mídia do MIT (Massachusetts Institute of Technology) acabaram de criar uma obra vestível.

Ela é maior do que os livros com que estamos acostumados e tem como objetivo fazer com que você viva os sentimentos dos personagens enquanto lê a história. O projeto foi batizado de Ficção Sensorial.

Trata-se de uma obra repleta de sensores e ligada a uma espécie de colete que você usa durante a leitura. À medida que a trama se desenrola, o dispositivo produz sensações físicas para imitar as emoções dos personagens.

Esse é o livro vestível

O protagonista está deprimido? 100 luzes de LED na capa do livro irão se ajustar para criar uma iluminação que reflita aquele humor. Assustado? Sacos de pressão de ar no colete se contraem e você é apertado. Feliz? Padrões de vibração que influenciam a sua frequência cardíaca podem fazer seu coração bater mais rápido.

Os cientistas não são os únicos a brincar com a possibilidade de livros eletrônicos. A Disney já fez experiências com obras de realidade aumentada, em que imagens digitais interagem com objetos tangíveis.”


MUITO legal, né? Já quero. Onde posso comprar o meu?

Dica do meu pai, outro aficionado por leituras e livros.

Teca Machado

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Depois de viver um vampiro em Crepúsculo, Kellan Lutz se transforma em Hércules


Um dos meus desenhos da Disney preferidos é Hércules, de 1997. Talvez tenha surgido daí a minha paixão pela cultura grega (Por falar nisso, estou lendo no momento A Casa de Hades, nono livro da série do Percy Jackson – Comentei aqui). Quando vi o trailer do filme Hércules, que está no cinema, sabia que eu provavelmente gostaria muito. E eu gostei. A crítica não tem sido muito boazinha, mas ela quase nunca é com filmes do gênero. Podem reparar, os especialistas gostam muito mais de produções cults e introspectivas, não de ação com homens de saia lutando.


Em Hércules vemos uma das versões da história de um dos heróis mais famosos do mundo. Cansada da tirania e maldade do rei Anfitrião (Scott Adkins), a rainha Alcmena (Roxanne McKee) pede ajuda à deusa Hera. A divindade concede à ela que gere um filho de Zeus que irá libertar o povo do governo autoritário. Esse bebê é batizado por Hera de Hércules, mas o seu nome humano é Alcides (Interpretado quando adulto por Kellan Lutz, o Emmet do Crepúsculo).

Fight! Fight! Fight!

O tempo passa e aos 20 anos Alcides/Hércules é apaixonado por Hebe, princesa de Creta (Gaia Weiss). O problema é que ela foi prometida ao aprendiz de ditador Íficles (Liam Garrigan), irmão mais velho de Hércules. O rei Anfitrião, que sempre desconfiou que o caçula não era seu filho, o manda para uma batalha no Egito ao lado do capitão Sotiris (Liam McIntyre, o protagonista da série Spartacus), mas na verdade o vende como escravo. 

Hércules e Sotiris como escravos

Hércules é mais forte, corajoso e guerreiro do que todos os outros escravos. Suas técnicas de batalha e seu amor imenso por Hebe alinhados o fazem ter esperança de levar a si mesmo e ao capitão Sotiris de volta para a Grécia. Seu desejo é tomar Hebe como esposa, depor o rei e salvar o povo desse governo. “Só” isso.

Princesa Hebe (A cara da atriz brasileira Leona Cavalli)

O engraçado de Hércules, do diretor Renny Harlin, é que é e não é bem feito. Algumas cenas são maravilhosas, como a de abertura do filme, que o espectador é inserido no campo de batalha de uma maneira incrível. As lutas são muito bem coreografadas. Kellan Lutz é muito bom nisso. Mas outras sequências pecam muito nos efeitos especiais (Destaque para uma luta de Hércules com um leão). Mas as boas sobrepõem as ruins e isso não chega a incomodar. A fotografia do filme é muito bonita, com aquelas paisagens gregas que são de cair o queixo.

Bravinho ele...

O elenco não é a la Oscar, sabe? Kellan Lutz é razoável e faz muito bem o seu papel: Ser grande, musculoso, guerreiro e que dá uns amassos na princesa. Fala pouco, luta muito e faz o que lhe foi pedido. Já a princesa Hebe... Primeiro, Gaia Weiss não é das mais bonitas para ser uma princesa grega disputada. É a cara da brasileira Leona Cavalli. Segundo, ela é uma modelo sem experiência em atuar, o que é visto em tela. Não chega a ser tão ruim quanto a Kristen Stewart (Já disse o quanto eu detesto ela?), mas não é grandes coisas. Os coadjuvantes, principalmente Scott Adkins e Liam McIntyre, são muito bons e chegam a roubar a cena.

Rei Anfitrião

Um problema de Hércules é o mesmo da novela Em Família: A produção não sabe envelhecer ou rejuvenescer os atores. Tem velho com cara de novo e novo com cara de velho. Por exemplo, Kellan Lutz tem 28 anos e o seu personagem é filho de Scott Adkins, que tem 37, e de Roxanne McKee, que tem 33. E essa pouca diferença de idade é muito evidente. Cabe ao público ignorar isso e ir no embalo do filme.

Hércules é divertido e corrido. Não vai te fazer descobrir o sentido da vida, mas é um ótimo entretenimento. E apesar de muitas batalhas, crianças podem assistir. São inúmeras mortes, mas não há violência gratuita ou gotas de sangue voando.

Quase gritei "This is Sparta!"

Em agosto estreia outro filme sobre Hércules, dessa vez interpretado por Dwayne Johnson (O The Rock). Será inspirado na HQ Hercules: The Thracian Wars e não será mitológico. O herói não é um semideus e sim um mortal comum muito muito forte.

Fato interessante, porém irrelevante: Praticamente toda produção do filme é russa. Vendo os créditos descobrimos que 95% dos que trabalharam em Hércules, principalmente os dublês, são de origem russa. A única explicação encontrada foi que ele foi filmado na Ucrânia.

Recomendo.

Teca Machado

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Um livro “uau” e arrebatador: Garota Exemplar


O primeiro livro que peguei pela parceria do blog com a Livraria Janina foi Garota Exemplar, de Gillian Flynn, que é extremamente difícil de comentar. Ele é simplesmente excelente e genial, tanto que foi considerado o melhor de 2012/13. O problema é que se você se empolgar na resenha pode acabar dando spoilers (E toda a graça dessa obra são as reviravoltas insanas que ela dá). Vou me controlar e não contar nada crucial, mas digo uma coisa: leia. E leia agora. Faça dele a sua próxima leitura.


Garota Exemplar é um romance policial, um suspense e thriller que vai envolvendo o leitor de um tanto que ele não consegue largar o livro. Parecia que estava colado na minha mão e eu só largava (Com uma certa dose de sofrimento) quando era extremamente necessário, como para ir comer, dormir e trabalhar. Se não fosse por isso teria devorado a história em um dia ou dois. Demorei uma semana porque a vida real não me deixa ler tanto quanto eu gostaria (Fora que o livro tem quase 450 páginas e letra pequenininha).

Em Garota Exemplar, na manhã do quinto aniversário de casamento, Amy, uma esposa linda, dedicada e super amorosa, desaparece da sua bela casa de condomínio no Estado de Missouri, na beira do rio Mississipi. A sala está revirada e tudo indica um crime violento. Nick Dunne, o marido, começa a procurar pela esposa e a acionar a polícia, só que todas as pistas levam a ele como suspeito. E as suas atitudes estranhas e comportamento inapropriado e evasivo não fazem com que ele seja inocentado de cara. Enquanto tenta conversar com as autoridades e é sufocado pelos pais imensamente amorosos de Amy, a única pessoa realmente ao seu lado é Margo, sua irmã gêmea.

Os capítulos são alternados entre a visão de Nick dos acontecimentos a partir do dia do desaparecimento e entre leituras de diários de Amy, que indicam que ela era uma perfeccionista a ponto de levar qualquer um a loucura, até mesmo o marido apaixonado. Descobrimos logo de início que Amy foi personagem de uma série de livros criada por seus pais chamada Amy Exemplar, que retratava uma garotinha exatamente como ela, mas perfeita, sem falhas, obediente e maravilhosa. Amy sente a todo o instante o peso de ser a Amy real enquanto todos a comparam com a Amy fictícia.

Gillian Flyyn

Gillian Flynn escreveu de uma maneira que cada capítulo faz o leitor mudar de opinião. Num momento odeia o Nick e tem certeza que ele é culpado. No outro detesta Amy e acha que ela é uma vaca. O livro é dividido em três partes e o final de cada uma delas deixa você com cara de “UAU! Eu não acredito nisso!”. Tudo muda. Aí muda de novo. E muda mais uma vez, além de de ter um final muito inesperado. É quase desconcertante a maneira como a autora nos engana.

A capa chama atenção. Toda preta e com escrita em laranja neon, tem cabelos loiros voando. A narrativa é elétrica, fluente e muito bem elaborada. Os personagens, principalmente Nick e Amy, foram muito bem delineados, a ponto de o leitor conhecer cada pormenor da vida e da personalidade deles. Ou pelo menos achar que conhece, pois tudo muda a quase todos os capítulos.

Em um gênero predominantemente masculino, Gillian Flynn consegue se destacar e ser uma autora que dá de 10 a zero em muito homem por aí. Ela me passa a impressão de não ter medo de escrever o que quer que seja, e acho que por isso ganhou o meu coração.

Quis muito ler Garota Exemplar antes de outros livros que eu peguei em parceria com a Livraria Janina porque o livro vai virar filme esse ano, com estreia prevista para outubro. Antes de ler não pesquisei nada, não queria saber quem interpretaria os personagens para não criar uma imagem pré-concebida na minha cabeça. Como não quis saber, talvez você também não queria, por isso não vou escrever sobre isso. Mas se você é curioso clique aqui para descobrir (Não é nem de longe como eu imaginava o Nick, mas tudo bem). Detalhe que a autora, que é responsável pela adaptação, afirmou que o terceiro e último ato do livro, ou seja, o final, vai ser diferente do livro. Poxa vida! Por que, Gillian Flyyn? Por queeeeeeeee?

2014 vai ser um ótimo ano para a autora. Além de Garota Exemplar, outro livro seu vai ser adaptado para o cinema. Dark Places, que ainda não foi lançado no Brasil, não tem previsão de estreia.

Recomendo MUITO.

Quer comprar? Tem ele aqui no site da Livraria Janina.

Teca Machado

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Fatos que você aprendeu errado na escola


Sinta-se enganado. Alguns fatos que você aprendeu na escola estão errados. Mas, calma, não precisa colocar em dúvida toda a sua educação. 2+2 continua sendo 4. Ufa! Nem tudo está perdido.

Eis que o blog Macaco Velho fez uma lista te contando toda a verdade que foi escondida de você. Vem ver!

CENTOPEIAS TEM 100 PATAS


Parecia meio lógico. Se o nome da dita cuja é centopeia, você pensa: ela possui 100 patinhas! Só que não. Não há um número exato específico para esses insetos rastejantes. O número de “pés” varia entre 15 e 191 pares, dependendo da espécie e do tamanho.

(E eu quando era pequena desenhava uma centopéia fazendo e contando 100 patinhas. Ah, se eu soubesse que poderia desenhar só 15 pares de pés...)

AVESTRUZ ENTERRA A CABEÇA


Pelo menos é o que alguns desenhos animados mostram. Só que os avestruzes não enterram a própria cabeça em situações de perigo. Se você observar, perceberá que elas estão cavando buracos para colocar seus ovos, e não sua cabeça!

(Viu? Eles não são tão burros)

O PLANETA MARTE É VERMELHO


Pois é, marcianos e Marte não são vermelhos. Não sabemos qual a sua cor verdadeira, pois a aparência avermelhada é causada pela poeira em sua atmosfera. De qual cor você acha que é Marte? Façam suas apostas!

(Nunca achei que marcianos foram vermelhos. Para mim eles são verdes)

O EVEREST É A MONTANHA MAIS ALTA DO MUNDO


O pico mais elevado do mundo é o vulcão Mauna Kea, no Havaí, que tem quase 2 mil metros a mais que o Everest. Só que boa parte dele, cerca de 6 mil metros, ficam escondida no mar.

UM DIA TEM 24H


Agora ferrou! O dia não possui 24 horas??? Tá de zoeira! Pois é, a duração de um dia varia de acordo com a incidência do sol. Isso muda em decorrência do movimento de rotação da Terra em torno da estrela. Mas fique tranquilo, porque estamos falando de uma diferença de poucos minutos. Há dias que contam 24 horas exatas e outros que possuem até 4 minutos a mais. Ufa!

OS TOUROS SE IRRITAM COM A COR VERMELHA


Não é exatamente o vermelho da capa dos toureiros que irrita os bichos, mas os seus movimentos ondulares. Os touros são incapazes de enxergar a pigmentação vermelha, pois têm visão predominantemente preta e branca.

PAPAI NOEL NÃO VEM DO POLO NORTE


Há tantos mitos sobre a figura do Papai Noel que é difícil acreditar em sua existência. No entanto, o verdadeiro Papai Noel, vulgo São Nicolau, é da Turquia. Pode apostar que lá não existe neve o ano todo, muito menos renas.

(Ué, ele não vinha da Lapônia?)

O UNIVERSO É PRETO



Se não é preto, então qual a cor do universo? Segundo estudo de dois astrônomos americanos, o universo é BEGE!

PERNALONGA É UM COELHO


Sim, vamos destruir com a sua infância. Pernalonga é uma lebre. Dããã! É a mesma coisa… Não! Lebre é lebre, coelho é coelho.

O SAARA É O MAIOR DESERTO DO MUNDO


Esse posto é ocupado pela Antártida. Ué? Mas lá é frio! Exatamente, pois a definição de deserto não significa lugar quente e arenoso.  Deserto são locais com baixa incidência de chuva e condições precárias de vida.

O PRIMEIRO ANIMAL LANÇADO AO ESPAÇO FOI A CADELA LAIKA


Tadinha de Laika, lançada para o desconhecido, sem nem ao menos ser perguntada! Só que antes dela os cientistas enviaram uma mosca. Sim, mosca é animal, lembra?

Fonte: Macaco Velho

Meus fatos preferidos são o da centopeia e o da mosca.

Teca Machado

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Pela janela, imagino...



Janelas, para quem está do lado de fora, mostram pequenos fragmentos da vida dos moradores daquela casa. Vemos a movimentação, vemos as conversas sem entender quais são as palavras ditas, vemos cenas de carinho e vemos cenas não tão doces. Observamos pedaços da personalidade das pessoas e também do seu dia a dia. Nem imaginamos quem são ou o que elas passam no cotidiano. Ou imaginamos? Eu, pelo menos, imagino.

Aquela senhora no terceiro andar, quinta janela, do prédio da frente, por exemplo. Acredito que seja uma mulher que passou os últimos 45 anos ao lado do homem que está sentado na sala que vislumbro pela quarta janela do terceiro andar. Ele está relaxando no sofá, assistindo televisão, algum programa de sobrevivência do Discovery Channel. Ela sai da quinta janela, que é o seu quarto, e vai até a quarta. Ao se sentar ao lado do marido, lhe dá um beijo carinhoso na testa. Penso que aquele deve ser um casamento sólido, cheio de amor e cumplicidade. Ao longo dos anos passou por conflitos, mas, afinal, qual não passa? E de vez em quando vejo crianças correndo pelas suas janelas. E pela forma amorosa que o casal as olha, tenho certeza que são seus netos.

O rapaz da oitava janela do quinto andar me passa a impressão de ser introspectivo. Do tipo que passa horas de madrugada olhando para o teto procurando o sentido da vida. Várias vezes o vi encostado no parapeito da janela do seu quarto olhando para o céu estrelado. Imagino que esteja pensando em algo importante, como no tamanho infinito do universo. Mas posso estar errada, talvez seja algo trivial, como o que pretende comer no lanchinho do meio da noite.

As garotinhas do primeiro andar, sexta janela, são lindas. Gêmeas idênticas de cabelos loiros e enrolados e olhos negros. Estão sempre brincando uma com outra e de vez em quando rolando no chão de tanto brigar. A mãe sempre aparece para por um fim na confusão. As repreende, mas depois dá um beijo na bochecha de cada uma. O que eu acho interessante é que a mãe sempre obriga as meninas a se abraçarem logo depois do embate, uma estratégia para fazer as pazes. Tenho certeza que quando se abraçam, uma vira para a outra e fala baixinho em seu ouvido “Sua feia”, sendo que ambas são idênticas. Mas não sei, estou só imaginando mesmo.

Tenho certeza que o casalzinho do segundo andar, primeira janela, é recém-casado. Mudaram há poucos meses e não se desgrudam quando estão perto um do outro, chega a ser meio constrangedor. E todas as semanas o marido chega com uma flor ou um chocolate. É lindo de se ver. Reparei que todos os dias ela chega do trabalho antes dele e passa alguns minutos se arrumando, retocando a maquiagem e penteando os cabelos. Não estão na fase ainda de se verem feios e acabados, acredito. É o tipo de amor explosivo, palpável, bonito de observar. Torço para que dure e que daqui um tempo eu veja pela janela deles um bebê. Vamos ver o que acontece.

Enquanto isso, estou aqui na minha janela. O que será que meus vizinhos pensam quando vêem os fragmentos da minha vida passando? 

Imaginam coisas boas? 

Imaginam coisas ruins? 

Imaginam corretamente?

Imaginam, imaginem, imagino...

Teca Machado 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Fantasmas do passado, do presente e do futuro: Minhas Adoráveis Ex-Namoradas


Não sei vocês que têm mais ou menos a minha idade, mas quando eu era pequena todo final de ano assistia o especial de Natal com o Tio Patinhas “Um Conto de Natal”, baseado na clássica obra de Charles Dickens “A Christmas Carol”. No enredo o avarento Scrooge era visitado pelos fantasmas da sua vida do passado, do presente e do futuro e eles tentavam mostrar ao velho como era mesquinho, ruim e que ia morrer sozinho. Eu tinha um certo medinho, mas achava legal. Então, quando em 2009 foi lançado uma releitura da obra no filme Minhas Adoráveis Ex-Namoradas, com o Matthew McConaughey, achei super interessante terem adaptado a história para o amor ao invés da ambição.


O título em inglês, é claro, é bem melhor do que o português: Fantasmas das Namoradas Passadas. Faz muito mais sentido com a história. Mas o do Brasil não é tão ruim assim, já vi (E comentei) piores traduções.

Em Minhas Adoráveis Ex-Namoradas Connor Mead (McConaughey) é um famoso fotógrafo de moda que coleciona mulheres. Chega ao ponto de ter várias namoradas e terminar com todas via Skype ao mesmo tempo para economizar tempo. Quando chega o casamento do seu irmão mais novo Paul (Breckin Meyer), Connor vai até o local da cerimônia: a mansão do seu mulherengo e falecido tio Wayne (Michael Douglas). Lá ele apronta horrores com a noiva e sua melhor amiga, a ex de Connor Jenny (Jennifer Garner) que teve o seu coração estraçalhado pelo fotógrafo anos antes.

Connor e as mulheres

Naquela mesma noite tio Wayner aparece para Connor no formato de fantasma e explica que durante a madrugada Connor receberá a visita de três fantasmas: Um do passado, um do presente e um do futuro. Eles estão lá para fazê-lo repensar as suas atitudes em relação ao amor e aos relacionamentos que teve.

Com o fantasma do tio Wayne

Os três fantasmas são ótimos, principalmente o do passado, a primeira menina que Connor beijou (Interpretada por Emma Stone, que eu adoro). O protagonista vai enlouquecendo de um tanto que é impossível não rir. Mas depois o espectador se emociona com a história dele com Jenny e torce de todo o coração que a visita dos fantasmas faça ele mudar de ideia e correr atrás da fofa da sua ex preferida.

Seu primeiro fantasma

Matthew McConaughey é um charme. Ele não é lindo de doer, mas é tão charmoso que faz a gente suspirar por ele. Está super simpático como o terrível Connor Meade. Jennifer Garner é outra que é uma graça. Está super delicada nesse filme. Michael Douglas e Emma Stone roubam a cena quando aparecem. Ambos têm um timming ótimo para a comédia.

Ensaio do casamento do irmão com Jenny

Do diretor Mark Waters (O mesmo do maravilhoso e atemporal Meninas Malvadas), Minhas Adoráveis Ex-Namoradas apesar de ser comédia romântica vai agradar muitos homens também, pois não é meloso e as suas cenas são rápida e muitas vezes sarcásticas. 

Jenny, Brad, Connor e seu segundo fantasma

É o tipo de filme para aquele dia que você não quer pensar muito, só se divertir e relaxar a mente. Entra na categoria de que todas as vezes que passa na televisão, eu paro o que estou fazendo para assistir.

Recomendo.

Teca Machado 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Dança dos Sonhos, de Nora Roberts: Sobre ballet e sobre amor


Dois livros em um. É assim Dança dos Sonhos, de Nora Roberts. Dividida em duas histórias, a obra tem como tema central o amor: Amor pelo ballet clássico e amor amor mesmo. Em ambos os casos vemos integrantes da família Bannion. No primeiro somos apresentados a Seth, que não é o protagonista do enredo e sim o cara apaixonante, e no segundo temos Ruth, que tem papel de coadjuvante no primeiro livro e é a principal do segundo.


Parte 1:

Lindsay Dunne era a primeira bailarina do ballet de Nova York até que um acidente fez com que voltasse para a cidadezinha de Cliffside para que pudesse cuidar da mãe doente. Lá montou uma estúdio de ballet e a dança ainda é muito presente na sua vida. Apesar de às vezes sentir falta da loucura que é NYC, sente-se extremamente satisfeita com uma vida mais simples e tranquila. Até que conhece Seth Bannion e tudo o que existia de calmaria some.

Lindsay e Seth se conhecem da pior maneira possível, tanto que ela não quer vê-lo nem pintado de ouro. Ele é um arquiteto de renome que acabou de se mudar para a cidade para cuidar de Ruth, sua sobrinha órfã de 16 anos que é um gênio do ballet. Tão gênio que Lindsay, sua professora, quer vê-la nos palcos de Nova York, não de Cliffside. Mas Seth não quer. Enquanto discutem o futuro da garota, é mais do que óbvio que eles vão se apaixonar.

Parte 2:

Alguns anos se passam e Ruth já é uma jovem bailarina da destaque na companhia de ballet de Nova York, cujo diretor artístico e coreógrafo é o excêntrico e quase maluco Nikolai Davidov (Claramente inspirado em Mikhail Baryshnikov). Ele tem um temperamento difícil, o que quase enlouquece Ruth, que sempre morreu de amores pelo parceiro de dança.

Naquele ambiente nada delicado de ambição, competição e disciplina, Ruth e Nikolai tentam se entender enquanto tudo e todos torcem contra.


Ambas as partes de Dança dos Sonhos são muito boas, mas o destaque vai para a segunda. A primeira é uma graça, mas é mais comunzinha, vamos dizer assim. Casal que se odeia, mas que no fundo se ama e briga o tempo todo até que se acerta e tudo fica lindo (Não que eu esteja achando ruim, eu amo histórias assim. Tanto que a que escrevi é mais ou menos desse tipo).

A segunda é mais diferente e criativa. Talvez chame a atenção por passar num ambiente que não estamos acostumados, os bastidores de uma das maiores companhias de ballet do mundo. E apesar de ter ficado loucamente apaixonada pelo enigmático e sério Seth Bannion, confesso que a personalidade expansiva de Nikolai é mais cativante. Mesmo assim, a longo prazo é melhor um cara como Seth, porque Nikolai é tããããão cansativo e arrogante que me deixaria louca em poucas semanas. Fui contraditória, eu sei, mas não estou nem aí.



Dança dos Sonhos tem uma linguagem leve e fácil. A leitura flui e você termina ele rapidinho. Os personagens são bem construídos, principalmente Ruth, que vemos a evolução de menina tímida e bocó para uma grande profissional.

Já tinha ouvido falar da Nora Roberts, mas não tinha lido nada dela, apesar de ser uma das mulheres que mais vendem mundo afora. Peguei emprestado da Anne, uma amiga, e o primeiro que li foi Lua de Sangue, que vou comentar daqui uns dias, e depois esse. A Anne tem vááááários livros da autora que eu já quero ler. Haja tempo para conseguir ler tudo o que eu tenho vontade. Alguém aí sabe de alguma profissão que me pagaria para ler livros?

Recomendo.

Teca Machado

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Um término com nomes de filmes


Heeeeeey, hoje tem lançamento do livro I Love New York na Livraria Cultura, do Shopping Casa Park, em Brasília, às 19h30. 

Quem vamooooooooooooos?

Você já imaginou terminar com alguém só falando títulos de filmes? Pois é, o Poykpac Comedy, um grupo de vídeos no Youtube, criou um esquete chamado Movie Title Breakup usando 154 nomes de longa metragens na conversa do fim de um relacionamento.

Tem hora que é meio rápido e difícil de acompanhar, mas é bem legal e muito bem feito!



A pessoa que faz um negócio desses não tem muito o que fazer, né?

Dica da Nilda Feitosa ;*

Teca Machado

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Lançamento oficial de I Love New York em Brasília


Hoje eu tenho um convite para vocês, principalmente para os leitores de Brasília

Em dezembro fiz uma noite de autógrafos do meu livro I Love New York em Cuiabá, mas agora a editora Novo Século está organizando o lançamento oficial no Distrito Federal.

Vai ser na segunda-feira, dia 17, às 19h30. E a melhor parte é: Na Livraria Cultura do Shopping Casa Park.


Evento no Facebook aqui.

Resenha do livro aqui e aqui.

Gente, para tudo! Livraria Cultura é o sonho de todos os escritores do país. Estou muito muito muito animada!

Então, espero vocês lá.

Enquanto esse dia mágico não chega, vejam aqui a matéria sobre o lançamento e sobre o Projeto I Love New York Pelo Mundo que saiu no site Olhar Conceito, mais uma vez matéria da fofa da Stéfanie Medeiros.

Não se esqueçam: Segunda, 19h30, Livraria Cultura do Casa Park!

Teca Machado

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O Grande Gatsby é F. Scott Fitzgerald


Sabe o amor à primeira vista? Então, passei por isso em setembro do ano passado. Eu olhei para ele e ele olhou para mim. Ele era tão lindo que tudo o que eu pensei na hora foi que ele precisava ser meu. Eu queria levá-lo para casa. E foi o que eu fiz: Comprei a edição de luxo do livro O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, da editora Geração. Para começar, ele é de capa dura e eu acho a coisa mais bonita do mundo livros assim. Além disso, ele tem duas capas, uma com o pôster do filme com o Leonardo DiCaprio (Comentei aqui) e que você pode tirar, e outra com a original toda desenhada e trabalhada. Fora que custou R$ 17! Olha que coisa rara!

Até tirei foto do meu livro para vocês verem que é lindão, haha. Essa capa é de papel, tipo uma cobertura, e sai

O Grande Gatsby é um dos romances mais famosos do mundo. As escolas de ensino médio americanas têm ele como leitura obrigatória, assim como a gente tem Machado de Assis e seu Dom Casmurro. O livro em questão tem muito do seu autor. Dizem que Gatsby é ninguém menos do que Fitzgerald. O prefácio de Ruy Castro, escritor e biógrafo, nos insere no universo que o autor vivia nos loucos anos 1920, nos ajuda a entender o ambiente de luxo regado a álcool e a futilidade que ele frequentava e ainda a compreender a sua personalidade efervescente e às vezes um pouco problemática e com tendência a espetáculos e exageros.

O enredo passa nos anos 1920, quando o mundo (Principalmente os Estados Unidos) vivia uma economia em expansão e muitos ricos surgiram. Nick Carraway, um rapaz comum, vai para Nova York com o sonho de trabalhar em Wall Street. Ele se muda para uma casinha modesta na fictícia região de West Egg, onde se torna vizinho do misterioso e milionário Jay Gastby.

Capa original

Gastby todos os finais de semana dá festas escandalosamente maravilhosas e animadas cheia de pessoas influentes e famosas. Tudo isso para chamar a atenção de Daisy, prima de Nick, casada com Tom Buchanan e sua paixão da juventude. Mas nesse mundo recheado de extravagâncias, nada é o que parece. Todos têm segredos, ambiguidade e ações pouco honrosas.

O Grande Gatsby é narrado por Nick Carraway, que participa de todas as ações do livro, mas em momento algum é parte importante dos acontecimentos. É quase como se fosse apenas um mero observador. A linguagem, apesar de ser do início do século passado, não é rebuscada e nem cansativa. Eu tinha um pouco de receio de encontrar uma obra com uma história legal, só que chata de ler. Não foi o que aconteceu.

Diagramação linda

A descrição dos lugares é quase como se estivéssemos lá. A reação e expressão das pessoas é tão detalhada que conseguimos enxergar na imaginação os personagens de forma muito clara. Quando Nick vê pela primeira vez Gatsby, o modo como explica o sorriso do novo amigo é de uma sensibilidade incrível. 

Eu amei Gatsby e fiquei muito triste por ser um homem obsessivo, perturbado por um amor não consumado e que não teve nem uma vida e nem um fim que merecesse. Daisy é uma vaca. Esse é o melhor adjetivo que posso dar a ela. Acho que ela não é essa coisa toda que todo mundo achava, mas ela tem, sim, certo encanto. Na verdade, Daisy é um retrato da mulher de sociedade daquela época: fútil, oprimida por homens, sem objetivo na vida e mimada. Tom é grosseiro, fascista e machista. Preciso explicitar mais o meu desgosto por ele? E Nick é meio perdido na vida, sendo levado pelas pessoas de um lado para o outro sem que ninguém aceite a sua opinião.

No meio do livro, fotos de F. Scott Fitzgerald e Zelda, sua esposa

O Grande Gatsby é um livro excelente que apesar de fictício é uma reflexo da época em que foi escrito. Dizem até que Fitzgerald pensava no futuro quando escreveu a obra para mostrar para nós como era o período em que viveu.

Recomendo.

Teca Machado

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