Para dar medo na madrugada: As Luzes de Setembro
Como não sou fã de filmes de terror, livros do gênero também não me atraem muito. Até quero ler algum do Stephen King para ver como é (Alguém me indica um que não seja dos mais tensos?). Quando comecei a ler As Luzes de Setembro, de Carlos Ruiz Zafón, não imaginei que ia ficar com medo. A minha mãe já tinha lido e disse que era “para criança”, então fui ler sem grandes expectativas. Posso dizer que adorei e que me apavorei em alguns momentos.
As Luzes de Setembro faz parte da Trilogia da Névoa, cuja ordem é:
1- O Príncipe da Névoa
2- O Palácio da Meia-Noite
3- As Luzes de Setembro.
Ótimo. Assim como aconteceu com A Garota Que Eu Quero (Comentei aqui), não sabia que se tratava de uma série até já estar na metade do livro e li o último volume primeiro. Mas, por sorte, dessa vez isso não importou tanto. Todos os livros nesse caso são independentes e não precisam da leitura dos anteriores para entender o enredo. Eles três foram publicados há cerca de vinte anos, mas apenas traduzidos para o português em 2013. As editoras têm focado mais nos livros do autor voltados para o público adulto. Essa saga é para jovens.
As Luzes de Setembro mostra a família Sauvelle após a morte do patriarca. Vivendo em Paris, Simone, a mãe, e os filhos Irene, de 15 anos, e Dorian, mais novo, passam dificuldades. Até que Simone consegue um emprego na costa da Normandia, na cidadezinha de Baía Azul, um paraíso naquele verão de 1937, antes da II Guerra Mundial.
Simone será a governanta da Mansão Cravenmoore, cujo dono é o fabricante de brinquedos Larazus Jann. Um homem bondoso, com sorriso caloroso que esconde muito mais mistérios do que aparenta. Enquanto Dorian passa os dias andando de bicicleta e desenhando mapas, Irene faz amizade com Hannah, cozinheira de Lazarus Jann, e Ismael, primo de Hannah, marinheiro, apenas um ano mais velho do que a garota e completamente apaixonado pela novata.
Carlos Ruiz Zafón
Esse verão tem tudo para ser o melhor da vida deles, mas acontecimentos macabros tiram a paz daquele pequeno recanto perto da praia, principalmente dos Sauvelles, Lazarus Jann e Ismael.
Carlos Ruiz Zafón, na introdução do livro, fala ao leitor que As Luzes de Setembro tem características cinematográficas. E isso é bem verdade. A maneira como ele escreveu o enredo, é quase um roteiro, e o modo como ele descreve os locais, nos dando uma imagem perfeita do lugar sem ser detalhado ao extremo, nos faz imaginar como seria a obra como um filme.
Eu fiquei com medo nos já citados “acontecimentos macabros”. Eu lá, de madrugada, sozinha no meu quarto, lendo só com a fraca luz do abajur, fiquei levemente apavorada em alguns instantes. O autor faz o leitor entrar na história de um jeito tão profundo que até esquece que é só uma obra de ficção. Quase fiz igual ao Joey do Friends e coloquei o livro dentro da geladeira (Quem se lembra desse episódio épico?).
A história de As Luzes de Setembro é interessante, diferente e envolvente. O final achei meio enrolado. A “batalha”, vamos dizer assim, durou páginas demais. Quero ler os outros livros da série e também os adultos do autor.
Recomendo.
Teca Machado
Se quiser ler algum do Stephen King, leia o Saco de Ossos, que também foi adaptado para a TV em dois episódios com o Pierce Brosnan . Você vai adorar!!!!
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