sábado, 30 de novembro de 2013

Manhattan, corações partidos e um Louboutin – I Heart New York (Parece o meu livro, mas não é)


Tem um restaurante aqui em Cuiabá que eu gosto muito. É o Carpe Diem Bistrô. Além de a comida ser maravilhosa e de o ambiente ser super gostoso, o que me chama atenção é que no meio do salão tem uma biblioteca. O dono do lugar, que está sempre por perto e conversando com os clientes, explica que os livros podem ser levados para casa, desde que você traga outro para fazer reposição. Não é um dos lugares mais maravilhosos do mundo? Comida e livros! O que mais eu posso querer? Então, na primeira vez que eu fui, olhando as prateleiras, vi um título que definitivamente me chamou a atenção: I Love New York. E não era o que eu escrevi. Opa! Peraí, tem um livro com o mesmo título que o meu

Essa é a capa do livro que eu tenho, mas ela é a versão "econômica". A original está abaixo

Na hora peguei e folheando descobri que era um pouquinho diferente: I HEART New York (Tem o desenho de um coração, então eu li Love, não Heart). O site do livro e nos dados dele diziam que era Heart mesmo. Ufa! Menos mal. Claro que uns dias depois voltei com um livro meu, deixei lá e capturei I Heart New York, de Lindsey Kelk.

O livro é em inglês. Dei uma pesquisada na internet e não tem versão dele em português. Mas como de vez em quando leio em inglês para não esquecer tudo o que eu passei a vida toda estudando e para aprender palavras novas, não vi problema nisso. A leitura fluiu fácil, apesar de ser o inglês britânico, que é um tantinho mais complicado, mas nada de outro mundo.

Em I Heart New York, Angela Clark, uma inglesa que escreve livros e filmes infantis com muitos ogros verdes e tartarugas mutantes, teve a maior decepção da sua vida. Pegou o seu noivo com as calças nas mãos. Literalmente. No dia do casamento da sua melhor amiga, Mark, com quem estava nos últimos 10 anos, o único namorado que já teve na vida, foi encontrado numa posição comprometedora com sua colega de tênis.

          
Essa capa colorida é a original e essa com foto é outra das versões

Depois de estragar o casamento da amiga com um escândalo e passar uma noite miserável chorando, Angela teve um surto de inspiração. Pegou sua pequena mala de final de semana, seu par de Louboutins e embarcou no primeiro avião para Nova York, o melhor lugar para se curar um coração partido, sem passagem de volta marcada. Após o período inicial de fossa profunda, se apaixonou totalmente pela Big Apple (Óbvio), fez algumas amizades, um makeover e, sem ter a intenção, começou a sair com dois caras lindos, gostosos e totalmente diferentes um do outro.

Agora Angela vive dois dilemas: Qual dos dois namorados é o melhor para ela? E mais, ficar em Nova York indefinidamente ou voltar para a chuvosa Londres?

I Heart New York é bem divertido. O tipo de livro que te faz esquecer um dia ruim porque te distrai. A história me fisgou e os personagens ganharam o meu coração, principalmente Jenny Lopez, amiga de Angela, e os dois namorados da protagonista (Um eu gostei mais do que do outro, mas se eu revelar a minha torcida posso sem querer contar o final). Angela também é legal. O leitor passa a gostar dela, a ter dó, a ficar com raiva, a compreender sua indecisão. Ou seja, é uma garota relativamente comum com um ótimo gosto para sapatos.

A autora escreve num ritmo que não fica cansativo. Ela descreve bem a cidade, tanto que é possível se imaginar nas ruas de Manhattan, mas não detalha demais a ponto de dizer até qual é a cor da pedra na calçada. Foi a medida certa. São quase 400 páginas, mas eu li rapidinho, em menos de uma semana.

Lindsey Kelk

Entrei no site do livro e descobri que Lindsey Kelk fez continuações: I Heart Hollywood, I Heart Paris, I Heart Vegas e I Heart London. Preciso dar um jeito de ler esses também.

Recomendo I Heart New York (Mas eu com certeza gosto mais de I Love New York, haha).

Teca Machado

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A melhor pegadinha japonesa de todos os tempos


Essa semana foi loucura, loucura, loucura. Aliás, isso é pouco para explicar tudo o que foi. E ainda nem acabou. Meu final de semana de trabalho vai ser looooongo.

Enfim, foi tão corrido que eu esqueci de escrever um post para hoje, sexta-feira! Hahaha. Sorry, guys. Mas eu nunca deixaria vocês sem a minha presença, nem que seja com poucas linhas.

Agora são 23:30 da quinta-feira, estou assistindo The Voice Brasil enquanto trabalho e pensei “Socorro! O que eu coloco no blog?”. Acabei lembrando de um vídeo que vi essa semana e rolei de rir de tão ridículo e imbecil. Perfeito para sexta-feira!

Com vocês: A melhor pegadinha japonesa EVER:




Queria muito saber o que eles estão falando.

O mais engraçado é que um bicho extinto há milhões de anos corre atrás das pessoas e elas nem param para pensar nesse fato. Simplesmente fogem e se desesperam. Eu estou falando, mas se bem que no susto – E por ser a Maria Pesadelo, como diz minha prima Esther (A mesma que criou a expressão “maravilinda” )- eu correria como nunca na vida, haha.

Bom final de semana, gente linda!

Teca Machado

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tudo é uma questão de percepção de tempo e espaço



Quando eu era pequena achava que o meu pai era uma das pessoas mais altas do mundo. A gente caminhava lado a lado e as pernas dele eram tão compridas, tão maiores do que as minhas. Eu tentava acompanhar o passo, mas o dele era sempre maior, então eu tinha que andar bem mais para percorrer a mesma distância. Eu cresci e não fiquei exatamente baixinha. Tenho 1,70. Não sou pequena, não sou alta (Apesar de que eu praticamente só tenho amigas com 1,60 para baixo, o que me faz sentir uma girafa de vez em quando) e hoje vejo que ele não era tão alto assim: 1,80. Se estou com salto, a gente fica do mesmo tamanho. O tamanho físico era só uma questão de percepção.

Quando somos crianças, nossa noção de realidade é tão diferente. Tudo parece tão grande, tão demorado, tão distante, não é mesmo? 

As tardes na escola pareciam horas infinitas. Cinco aulas de cinquenta minutos cada eram uma tortura. 50 minutos era muito tempo! Hoje uma tarde passa voando, principalmente se você tem muito o que fazer no trabalho. O tempo que antes era enorme na escola, hoje parece muito pouco. Muito pouco mesmo.

O ano demorava praticamente um século para passar. O Natal sempre estava tão longe! Eram meses e meses de espera para encontrar minha família em MG, para escolher os presentes e para chegar aquela época do ano cheia de luzes coloridas e pessoas sorridentes. Hoje, na casa dos 20 anos, uma das frases que uso bastante é: “Caramba. Já é Natal de novo?”.

Nossos marcos de locais da infância também são diferentes depois que a gente cresce. Quando tinha uns seis, sete anos, fazia natação em um clube da minha cidade. Passei uns cinco anos indo lá três vezes por semana. A piscina era enorme e fundíssima, o salão de festas gigante era palco de brincadeiras pós aula de natação, os campos de futebol e pés de amora eram o nosso paraíso particular. Essa semana, por causa do trabalho, fiz um tour pelos clubes da cidade e fui até lá. Na minha mente, ainda era um local vasto, bem cuidado e cheio de refúgios. Mas não é mais assim. Além de estar literalmente abandonado e destruído, ele não era tão grande quanto eu me lembrava. Na verdade, é pequeno. A piscina apenas semiolímpica, o salão para umas 300 pessoas, no máximo, e os campos e pés de amoras eram num espaço apertado. Eu que era pequena ou o lugar que era maior?

Por mais bobo que isso tudo pareça, essa visita me fez refletir um pouco sobre o ritmo da vida, sobre a nossa percepção de realidade. Antes tudo era grande e lento. Hoje tudo é alucinante e relativamente menor. E isso porque eu ainda tenho 25 anos. Como será quando eu tiver 40? E 60? E 80? E 110? (Não sei vocês, mas eu pretendo viver bastante assim). Tudo mais rápido? Tudo mais devagar? Tudo parado no tempo?

Essa aceleração foi por causa da idade ou porque o mundo entrou em outra velocidade devido a internet e aos meios de comunicação? Sou só eu ou outras pessoas se sentem assim de vez em quando?

No fim das contas, acho que foi um pouco de todas essas coisas. Eu cresci, o mundo mudou, o planeta girou várias vezes ao redor do sol e cá estou eu de novo, no final de novembro. E a frase que mais tem passado na minha cabeça (Além de “AI, MEU DEUS! MEUS LIVROS CHEGARAM!”) é: “Caramba. Já é Natal de novo?”.

Teca Machado

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Eles chegaram! Eles chegaram! - I Love New York


Pessoas lindas desse meu Brasil, tenho novidades livrísticas e Nova Yorkinas!

O meu amado livro I Love New York está para ser lançado. Olha que coisa mais amor! 

Será no dia 20 de dezembro, em Cuiabá, MT, minha cidade. Ainda não tenho todos os detalhes, mas assim que tiver resolvido tudo aviso por aqui, por Facebook, por Twitter e até por mensagem de fumaça se for preciso. E quero a presença de todos vocês que puderem ir. De coração, isso significaria o mundo para mim!

Agora estou que não me aguento de ansiedade. Na verdade, minha mente só sabe pensar nisso nos últimos dias. Acho que meus amigos, parentes e namorado daqui a pouco vão me deixar falando sozinha, porque estou meio monotemática. Desculpa, gente, é a emoção!


Como foi combinado com a Editora Novo Século, eu tenho alguns (vários) livros para vender. E eles já estão no meu lar, em minhas mãos, só esperando o grande momento do lançamento.

Na hora que a transportadora veio à minha casa na sexta-feira passada deixar caixas e mais caixas com a primeira edição de I Love New York, eu já quase tive um troço. Quando praticamente rasquei com os dentes uma delas para ver o livro, meus olhos encheram de lágrimas. Juro. Ele é TÃO lindo! Abri na página de biografia do autor e lá estava a minha foto e os meus dados. Momento de epifania na vida. Eu sempre quis que isso acontecesse, mas nem nos meus sonhos mais loucos achei que isso ia acontecer tão rápido e de maneira tão suave. Lá estavam os meus bebês! Finalmente! 

Depois de meses de escrita, de preparação, de espera da editora e de ansiedade, I Love New York estava em minhas mãos. E foi uma sensação boa. Muito boa! Aquele cheiro de livro novo, todos eles bonitinhos, embalados, só esperando novas “mamães” e “papais” para adotarem eles.

Vocês estão vendo aqui do ladinho, na barra lateral do blog, a foto com a capa do meu livro? Então, antes, quando você clicava nela, dava num link com o prólogo de I Love New York. Agora vai direto para o site da Editora Novo Século, que já colocou para vender antes mesmo de ir para as livrarias.

Você já pode adquirir um por lá ou comigo mesma (Fale comigo por Facebook ou pelo e-mail de contato casosacasoselivros@gmail.com). Estou fazendo dedicatórias e colocando no correio para quem não mora aqui ou para quem não vai estar na cidade no dia do lançamento (Já mandei para o Japão, para o Canadá e até para a Cidade do Panamá. Ai, como eu estou internacional!). 

Alguns dos internacionais que já foram despachados. Tchau, bebês!

Mas eu peço que se você vai estar em Cuiabá no dia 20, espere mais um pouquinho, vá ao lançamento e compre lá. Vai ser muito mais divertido, prometo.

Daqui uns dias vai ter sorteio de um exemplar aqui no Casos Acasos e Livros e outro no instagram do blog Mala Com Rodinha, da fofa da Maysa Leão.

Em breve, coloco aqui o convite com todos os dados do lançamento. Combinado?

É óbvio que eu recomendo meu próprio livro, haha.

Teca Machado

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Desenhos e objetos comuns do cotidiano


Quando era mais nova, eu e a minha irmã brincávamos de transformar rabiscos em desenhos (Na verdade, a gente faz isso até hoje, além de pintar os dentes e fazer bigode e maquiagem nas fotos de pessoas em revistas – Infância feelings). Eu fazia um e ela tentava criar um desenho legal em cima disso e vice-versa. Quem fazia o mais criativo e interessante, ganhava. Se você viu esse post com os quadros dela, é óbvio que sabe que ela sempre saia vencedora da competição. Ainda mais porque ela mesma era a juíza da brincadeira, o que não era muito justo comigo.

Olhando o post do blog Somente Coisas Legais sobre o ilustrador equatoriano Javier Pérez, mais conhecido como cintascotch, lembrei muito dessa nossa brincadeira.

O artista pega objetos comuns do dia a dia, como talheres, frutas e pregos, e os transforma visualmente em outra coisa apenas com alguns traços de canetinha. O resultado às vezes é simples, às vezes é mais elaborado, mas é sempre criativo e divertido.

Ele posta no seu instagram essas suas pequenas artes.

Olhem que fofinhas:























Teca Machado

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Nada de adorável em Os Adoráveis


Em mais um dos meus episódios de ai-gente-que-capa-mais-linda-a-desse-livro-preciso-levar-para-casa, eu adotei como meu filho a obra Os Adoráveis, da jornalista e escritora londrina Sarra Manning. Tinha todo aquele pacote que me faz cair de amores à primeira vista: Uma capa bem gracinha, um nome que me chamou a atenção, estava na prateleira de mais vendidos e a sinopse dizia que era um livro no melhor estilo adolescente de garoto popular, garota esquisita, se odeiam, mas no fundo se amam. Não pensei duas vezes, comprei. Mas dessa vez acho que não fiz a escolha mais acertada. Definitivamente não entrou na minha lista de livros amados.


Na história Jeane Smith é uma espécie de it girl dos dorks do mundo (Dork é uma espécie de nerd, geek, mas um pouco mais excluído e “bobo”). Aos 17 anos, ela tem um blog sobre seu estilo de vida, o Adorkable, que já ganhou vários prêmios. Dá palestras, escreve para revistas e tem bastante sucesso. Usa apenas roupas de bazares e balcões de doações que nem as velhinhas de 85 anos queriam mais, pinta seu cabelo de todas as cores possíveis, compra sapatos de segunda mão, sua casa é mais suja do que um lixão e é descrita como feia. Já Michael Lee é totalmente o oposto. Certinho, bonitão, inteligente, com uma família estruturada, é o garoto mais popular da escola. Ou seja, eles nunca nem se falaram, apesar de frequentarem o mesmo colégio.

Quando o namorado de Jeane termina com ela para poder ficar com a namorada de Michael, o caminho dos dois se cruzam e, apesar das diferenças mais do que gritantes e discussões que acontecem de três em três minutos, eles não conseguem mais se desgrudar.

Os Adoráveis simplesmente não me convenceu. Nenhum um pouco. Para começar, Jeane Smith me deu nos nervos. Não do tipo Catarina, da novela O Cravo e a Rosa, que é chata e insuportável, mas uma personagem cativante. Jeane era apenas muito muito muito chata. Mandona, aparecida e intempestiva, ela pregava sobre a aceitação dos esquisitos e underdogs, mas ela mesma acreditava que o único estilo de vida que era o certo era o seu. Criticava as outras pessoas o tempo todo por não serem como ela. O Michael Lee era até fofinho, mas, por mais incrível que isso pareça, ele não me fez ficar apaixonada, o que é raro para mim em livros. E o romance dos dois não me pareceu genuíno em momento algum.

Sarra Manning

A dupla de ex dos protagonistas são outros dois personagens que só posso descrever como blé. Do início ao fim mudaram completamente de personalidade e foram basicamente dispensáveis.

Os capítulos de Os Adoráveis vai se alternando entre Jeane e Michael e a única indicação que tem de que mudou de narrador é se você está prestando atenção na leitura (O que, confesso, não fiz muito). Eles ficam juntos. Eles brigam. Eles querem terminar. Eles ficam juntos. Eles brigam. Eles querem terminar. E assim vai e vai e vai até que o leitor não vê a hora que aquelas 384 páginas acabem. Pelo menos foi assim para mim e vendo comentários sobre o livro na internet, a opinião geral meio que bate com a minha.

Enfim, o que era para ser um livro de louvor aos estranhos e excluídos desse mundo, sobre aceitação, se tornou uma obra que diz que a única coisa certa é seguir um estilo de vida que foge dos padrões e da moda, porque se você for “normal”, provavelmente é um babaca sem personalidade, como Jeane afirma constantemente.

Não recomendo.

Teca Machado

sábado, 23 de novembro de 2013

Gênio terrível e genialidade incrível: Jobs


Diz a lenda que quando Steve Jobs olhava para um dos seus funcionários e não ia com a cara dele ou não o achava inteligente o bastante para compartilhar sua amada Apple, o demitia no ato, sem qualquer outro motivo, geralmente berrando. As pessoas na empresa diziam que isso era ser “Stevado”. Por mais que o pai do Mac, iPad, iPod e iPhone fosse conhecido pelo seu gênio terrível e pela genialidade incrível, algumas histórias como essa podem ter sido exagero por parte daqueles que não eram muito fãs do homem. Enfim, uns idolatram, outros tentam acabar com a sua imagem, mas Jobs, filme do diretor Joshua Michael Stern com Ashton Kutcher no papel título, fez até um bom trabalho tentando equilibrar as duas partes do fundador da Apple.


Jobs começa em 2001, com Steve Jobs mostrando ao mundo pela primeira vez o iPod. Depois disso há um retrocesso até a década de 1970, quando ele ainda era um jovem hippie, descalço, que tinha acabado de largar a universidade e dado uma volta pela Índia para encontrar a si mesmo. Após um emprego na Atari, empresa que criava videogames, o único trabalho onde fora funcionário, descobriu que não havia nascido para ser mandado ou para seguir a visão dos outros: Ele queria revolucionar o mundo a sua própria maneira.

Sendo hippie na década de 1970

A partir daí ele, Steve Wozniak (Josh Gad) e outros amigos um tanto menos geniais do que os dois primeiros, criaram na garagem dos pais adotivos de Jobs a Apple e os primeiros computadores pessoais do mundo. A história vai indo até a Apple se tornar a grande corporação que é hoje (Na verdade um pouco antes disso, já que a produção não engloba os maiores sucessos de Jobs, como iPhone e iPad e apenas cita o iPod).

Você fica com raiva dele. Você fica com dó dele. Você tem sentimentos conflitantes por esse gênio tão ambíguo ligeiramente malvado.

Steve Jobs com Steve Wozniak

O filme, que tem uma direção de arte muito bonita principalmente quando mostra os devaneios com LSD de Jobs, vai contando a trajetória, os acontecimentos, as brigas, as frustrações e tudo o mais que aconteceu na vida desse personagem emblemático ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990. Mas eu senti falta de um pouco da vida pessoal e do Jobs como homem, não como o grande empreendedor e gênio que foi. Tirando alguns momentos, como quando ignora a namorada grávida ou depois que perdeu tudo e passa a dar mais valor para a família, seu cotidiano pouco foi mostrado, apenas seus dias de trabalho.

Ainda na garagem dos pais criando a Apple

Por ter lido sobre ele no livro A Cabeça de Steve Jobs, de Leander Kahney, e assistido ao filme Piratas do Vale do Silício, achei que pecaram por não mostrar muitos fatos no filme, principalmente ele ter sido o maior acionista da Pixar quando estava longe da Apple e ter fundado a empresa Next.

Ashton Kutcher, além de protagonista, foi produtor do filme. É impressionante como ele conseguiu captar a essência de Steve Jobs. O modo de andar, o jeito que movimentava as mãos e mesmo o tom de voz, tudo ficou muito parecido. No início o ator foi muito criticado. As pessoas falavam que fisicamente eles eram muito diferentes. Mas é que todo mundo pensava no Jobs dos últimos anos de vida, com cabelos ralos, barba grisalha e óculos redondos. O Jobs jovem era a cara de Kutcher, ninguém pode negar.

Jobs original e Jobs de Kutcher

Apesar de que eu sempre vou ver Ashton Kutcher como Michael Kelso, de The 70’s Show, um babacão engraçado, ninguém pode negar o talento que ele têm para papeis dramáticos e de peso. Vocês já assistiram Anjos da Vida? Ele dá um show e em Jobs não foi diferente. Ótimo comediante, ele tem uma veia dramática ainda mais apurada.

Já com a Apple bem sucedida

Por um mundo em que respeitem mais o talento de Ashton Kutcher! (E por um mundo com mais fotos dele sem camisa, porque ele é muito do gatchenho, haha).

Recomendo.


Teca Machado

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Militares, Call Me Maybe e Afeganistão


Vocês se lembram há um tempo quando eu postei o vídeo Call Me Maybe do Steve Kardynal, um bigodudo engraçado que dança na webcam para estranhos vestido com biquínis? Bom, se não viu, acho que deveria clicar aqui para dar boas risadas. Se já viu, acho que deveria clicar aqui e ver de novo para rir mais uma vez.

Então, pelo jeito a música de Carly-Rae Jepsen é meio que motivo de piada e paródia no mundo todo. Em 2012 as líderes de torcida do time Miami Dolphins fizeram uma versão super sensual na República Dominicana com elas dublando a canção. Os soldados americanos que estavam no Afeganistão na época viram, gostaram e resolveram fazer uma versão só deles, imitando os movimentos e cenários das meninas.

O resultado é, no mínimo, muito engraçado:




Depois disso, Carly-Rae Jepsen foi até a base dos rapazes do vídeo e fez um show exclusivo para eles.

Agora, para o deleite dos meninos que visitam o blog, a versão das líderes de torcida:




O vídeo é velho, eu sei, mas só fiquei sabendo da existência dele essa semana.

Teca Machado

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O lado artístico da família – Pinturas de Marina Pitaluga


Há alguns anos, no dia que a minha irmã ficou noiva, os parentes do meu cunhado foram até a minha casa pela primeira vez. Nas paredes de lá tem um monte de quadros que a minha irmã pintou ao longo da vida. Os tios dele ficaram olhando as pinturas e falaram:

- Que lindas! Bom, se estamos vendo quadros da sua irmã, então você é quem toca piano? – E apontaram para o enorme piano na entrada de casa.
- Não, ela toca e pinta. – Respondi.
- Então você toca outro instrumento?
- Não...
- Canta?
- Não...
- Faz esculturas ou algo assim?
- Também não... – Nesse momento a minha cara já estava no chão.
- Você faz alguma coisa artística? – Eles também estavam sem graça.
- Bom... Eu leio. Serve? – E dei um sorriso amarelo.

Servir não serve, né? Arte não é bem o meu forte. A única coisa que sei desenhar são aquelas pessoas palito. Eu e a minha irmã (Aquela mesma que me amarrava no poste – Leia sobre isso aqui e aqui) somos completamente diferentes e temos talentos opostos. Ela é artista. Pinta, desenha, borda, inventa, faz tiaras, bijuterias, cria modelos de roupas, toca, compõe, canta, maquia e, se duvidar, ainda sabe plantar bananeira. E eu? Eu leio e escrevo. Prefiro pensar em mim mesma como intelectual sem ser chata.

Mas eu não vim aqui falar que ela roubou toda a parte talentosa da genética da família. Vim dar uma de galeria de arte e mostrar para vocês os quadros que ela fez no último ano. 

Durante muito tempo ela pintava de tudo um pouco. Não tinha um estilo definido. Mas em 2013 se reinventou e criou algo só dela: Um mistura alegre, colorida e despojada com tendências pop arte e um pouco de cubismo. 

Bom, se você não lembra das aulas de história sobre estilos de pintura, acho melhor você ver com os próprios olhos as telas abaixo:









Gostou? Estão a venda. Se tiver interesse pelos quadros de Marina Pitaluga, me mande um e-mail no casosacasoselivros@gmail.com e a gente pode conversar.

Acho melhor você comprar agora, porque em breve ela vai ser mais famosa do que o Romero Britto e as pinturas vão ser super caras, haha.

Teca Machado

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

“Cause I’m leaving on a jet plane, don’t know when I’ll be back again…”




Sentada numa cadeira do aeroporto, esperava o tempo passar. Foi uma conexão longa. Meu voo era só para daí duas horas. Já havia lido mais da metade do livro que eu estava levando comigo, tinha batido meu recorde em Minion Rush no iPad e também esgotado as minhas vidas em Candy Crush (Droga de fase 69!). Depois de tanto forçar a vista, resolvi dar um descanso aos meus olhos e ficar observando o ambiente no qual eu estava.

Como a comida na sala de embarque geralmente consiste em pão de queijo e café, estava do lado de fora, no saguão do aeroporto de Guarulhos. Depois de me deliciar com uma enorme fatia de pepperoni da Pizza Hut e uma soda italiana de maçã verde que me fez ver estrelas de tão boa, comecei a reparar nas pessoas ao meu redor.

Minha cadeira era perto dos embarques domésticos e passei a bisbilhotar ouvir as despedidas das pessoas que ficavam e das que iam embora. É como eu disse no post sobre o programa Chegadas e Partidas (Aqui), os aeroportos definitivamente são palco de beijos sinceros.

Primeiro foi um casal na casa dos vinte e poucos anos. Ela estava indo. Ele estava ficando. Não consegui entender se foi a primeira vez que eles se despediam ou se o namoro a distância já acontecia há muito tempo. Mas ela chorava igual uma criança e os olhos dele estavam com lágrimas. Sei bem qual é a sensação de se despedir assim. Sei muito bem. Escutei apenas algumas frases perdidas, como “eu te amo”, “já estou com saudades”, “volto logo” e “te ligo assim que chegar”. Depois de beijos que pareciam que nunca iam acabar, ela se foi. Olhou para trás algumas vezes antes de desaparecer na área do Raio X dando sorrisos tristes e adeus contidos.


Logo em seguida veio uma família. Era uma despedida mais feliz. Pai e mãe dando um até logo para o filho de uns 12 anos que ia para a casa dos avós por uns dias. Foram alguns “comporte-se”, “obedeça” e “nos ligue todos os dias” enquanto o garoto era abraçado, beijado, amassado e parecia um pouco envergonhado com a demonstração pública de afeto. Ele entregou a sua passagem para a funcionária do aeroporto, deu um sorriso e um tchau e correu feliz em direção ao seu avião.

Um tempinho depois duas senhoras se despediam. Ambas de cabelo meio roxo e grisalho e roupas bem coloridas. Acho que eram irmãs, pelo tipo de interação que apresentavam. Falavam baixinho, por isso não consegui escutar nada, mas era uma despedida alegre. Não do tipo “que bom que estou indo embora. Não aguentava mais”, mas do estilo “foram ótimos momentos, amo você, mas minha casa me espera de volta. Obrigada por tudo”. A que foi se atrapalhou um pouco ao entregar a passagem para quem estava cuidando da porta, mas não sem antes olhar para trás e dar um último adeus para aquela que ficava.

Fiquei observando mais um tempinho. Quase todos que se despediam de alguém no portão de embarque, antes de desaparecerem pelas paredes que separam passageiros e não passageiros, olhavam para trás e, sorrindo ou chorando, davam um último adeus àqueles que ficavam. Achei o fato curioso. 

Pensando sobre isso, percebi que eu também faço o mesmo. E, buscando o motivo, percebi que sempre ao se despedir de alguém você nunca sabe quando e se verá a pessoa outra vez. E se é alguém amado, queremos sempre prolongar um pouquinho mais o momento junto, mesmo que seja com um simples aceno.

Após ver várias despedidas e passar o tempo, havia dado a minha hora de pegar um avião de volta para casa. Me levantei, passei pela funcionária do aeroporto com a passagem e mesmo que ninguém estivesse lá para me dar tchau, por causa do costume, olhei para trás uma última vez.

Teca Machado

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Como diria Alicia Keys, “this girl is on fire”: Jogos Vorazes – Em Chamas


Uau. É assim que posso descrever Em Chamas, segundo filme da trilogia de livros Jogos Vorazes (Comentei aqui) que entrou em cartaz no cinema na sexta-feira e é do diretor Francis Lawrence.


Todo mundo aqui sabe que o meu coração tem espaço para muitas séries de livros/filmes, como Harry Potter, Percy Jackson (Aqui), Saga Crepúsculo, A Seleção  (Aqui) e outros. Mas os Jogos Vorazes tem um lugar especial de honra. Os livros são fantásticos e a história absurdamente tensa e bem bolada. O primeiro filme é muito bom e parecidíssimo com o livro. Mas esse segundo é idêntico à obra da autora Suzanne Collins e conseguiu ser ainda melhor do que o seu antecessor. Nunca vi um filme que respeitasse tanto o original de papel.

Katniss e Peeta "catching fire"

A história de Jogos Vorazes – Em Chamas passa um ano depois do primeiro filme, quando Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), após desafiar a Capital e conseguir sobreviver ao 74º Jogos Vorazes com o seu parceiro de Distrito Peeta Mellark (Josh Hutcherson), tenta a todo custo voltar à normalidade. Só que isso é impossível. Aqueles que ganham o campeonato sangrento acabam se tornando uma espécie de eternos peões do governo.

Gale, parte do triângulo amoroso, e Katniss

Chega o momento da Turnê dos Vitoriosos, quando os vencedores precisam passar em todos os distritos do país de Panem esfregando na cara mostrando à população que foram mais fortes e inteligentes do que os concorrentes deles. Nesse momento, Katniss descobre que o seu pequeno ato de amor e rebeldia do primeiro filme despertou um sentimento adormecido nos cidadãos há muito tempo: O de esperança e de revolução. Por onde Katniss e Peeta passam, os sinais de revoltas aparecem e a garota, sem querer, se torna o símbolo da liberdade de um governo totalitário, que está a cada momento mais ensandecido.

A Turnê dos Vitoriosos

O presidente Snow (Donald Sutherland) percebe que ela foi a faísca que acendeu o fogo dos habitantes de Panem e quer fazer de tudo para eliminar essa ameaça antes que tudo fuja do controle. Para isso, recorre a ajuda de Plutarch (Philip Seymour Hoffman), um novo Diretor dos Jogos que tem como objetivo destruir a imagem de Katniss.

Menos focado no amor e mais na estratégia de desafio à Capital, Jogos Vorazes – Em Chamas tem um desenrolar interessante e imprevisível.

Elenco novo que faz desse filme ainda melhor

O elenco é de peso. Jeniffer Lawrence, apesar de interpretar o papel de durona e teimosa como uma mula, consegue a simpatia do espectador, já que no fundo seu coração é mole e a sua moral é muito bem trabalhada. Seus momentos de desespero são de uma atriz experiente e os de indiferença e ironia são os melhores, do tipo que mesmo em uma cena tensa arrancam risadas do público. Josh Hutcherson te faz ter vontade de levar ele para casa. É doce e querido, mas quando precisa se mostra um homem durão, forte e objetivo.

Protagonistas com Effie, Elizabeth Banks

Falar de Donal Sutherland e Philip Seymour Hoffman é desnecessário. Ambos são excelentes e nunca dão menos do que o seu melhor. Woody Harrelson, que retorna como Haymitch Abernathy, e Elizabeth Banks, outra vez dando vida a Effie, são a alma do filme. Além disso, há todo um elenco de apoio com Liam Hemsworth, como Gale, e muitos outros personagens que são os vitoriosos dos Jogos Vorazes anteriores, que trazem grande adição à história de um modo que não foi visto no primeiro filme.

Elizabeth Banks, Woody Harrelson e Stanley Tucci

Em Chamas teve o dobro do orçamento do seu antecessor e isso pode ser percebido nos efeitos especiais muito bem feitos e nos figurinos. A fotografia do filme é bem bonita, mesmo nos momentos escuros e de inverno.

Para assistir Em Chamas, é preciso ter visto o primeiro da série. É impossível entender a história sem ter acompanhado desde o início. Melhor ainda se tiver lido os livros, que explicam muito melhor toda a situação do país de Panem e de Katniss.

Momento de circo da política de Pão e Circo

O filme acaba com revelações bombásticas e deixa o espectador com o sentimento de eu-não-vou-conseguir-esperar-pela-sequência de tão bom que é (Mas, sinto informar, que você VAI ter que esperar a sequência). Por falar em continuação, o último livro de Jogos Vorazes vai ser produzido do mesmo jeito que muitas séries atuais foram feitas: Ele vai ser dividido em dois filmes. O que é bom, já que o último livro é muito denso e ia sofrer se tivesse cortes.

Agora é esperar ansiosamente por Jogos Vorazes – A Esperança, parte 1.

Recomendo MUITÃO.

Teca Machado

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