Já falei bastante no blog sobre seriados, mas sempre de um modo geral, nunca de um episódio em especial. Hoje não é o caso. Estou escrevendo sobre o 3º episódio de Glee da 5ª temporada chamado The Quaterback, que foi ao ar nos EUA na quinta-feira passada. Foi um tributo ao ator Cory Monteith, intérprete do protagonista Finn Hudson, que morreu em julho desse ano devido a uma overdose de álcool e heroína (Essa blogueira que vos fala passou os últimos 45 minutos chorando, então está com a cara toda inchada).
Com o slogan “A palavra mais difícil de se dizer é adeus”, esse episódio foi, definitivamente, uma das coisas mais tristes que eu já assisti (Estou falando de cinema/seriado/novela. Sei que as cenas reais de tragédias e sofrimento são muito mais arrasadoras e me fazem chorar um monte). Para acentuar ainda mais esse sentimento de tristeza, no momento que eu assistia, estava caindo um temporal. Um dia perfeito para se sentir melancólico.
Alunos no memorial para Finn
O que fez com que eu e milhões de pessoas, tenho certeza, se debulhassem em lágrimas foi que, apesar de ser uma série de ficção, a dor do elenco e de todos os envolvidos na produção de Glee estava mais do que visível porque a tragédia foi real. O personagem morreu. O ator morreu. As lágrimas, as interpretações, o sentimento de perda que era quase palpável eram todos verdadeiros.
Kurt e Finn, os meio-irmãos
O episódio começa duas semanas após o funeral de Finn Hudson e não se fala o motivo do seu falecimento (Os produtores acharam que era melhor desse modo, já que a maneira como Cory morreu foi resultado de vícios). O sr. Schue (Matthew Morrison), professor do coral de alunos que dá nome a série, resolve que a melhor maneira de encararem a dor e se despedirem do amigo é cantando. Então os integrantes do clube fazem homenagens, com foco nos personagens das temporadas anteriores que eram mais próximos de Finn.
Santana lembrando de Finn, com quem sempre brigou
É praticamente impossível não chorar. As músicas escolhidas são lindas e os diálogos dilaceram o coração. O momento mais marcante, para mim, foi quando o padrasto, a mãe e o meio irmão de Finn se juntam para recolher seus pertences e doar. A mãe dele diz que “É preciso aprender a ser mãe mesmo que já não se tenha mais um filho”. Isso dá um nó no estômago, pois sabemos que muitas e muitas mães ao redor do mundo passam por isso, inclusive a mãe de Cory Monteith.
Kurt com a jaqueta de Finn
Outro ponto dolorido é quando finalmente aparece Rachel, a atriz Lea Michele, noiva do rapaz tanto no seriado quanto na vida real. Ela canta Make Me Feel My Love, de Bob Dylan, na versão de Adele. Chorei tanto que segurei soluços. Foi a própria atriz que escolheu a canção, pois disse que era muito importante e pessoal para ela e Cory. Ela afirmou que cantar isso foi um dos momentos mais difíceis da sua vida.
Sr. Schue e Rachel
Cory Monteith tinha apenas 31 anos quando faleceu. Seu corpo foi encontrado em um hotel no Canadá no dia 13 de julho de 2013. A polícia já desconfiava que a causa da morte era overdose, pois o rapaz lutava contra as drogas desde os 13 anos. Depois de grandes batalhas, ele ficou limpo durante vários anos, inclusive enquanto gravava Glee, mas em março desse ano teve uma recaída e voltou para a reabilitação. Em julho, não resistiu.
Alunos prestando tributo
Cory Monteith sempre colaborou com instituições de caridade e sabendo disso a Fox Broadcasting, a 20th Century Fox e a Columbia Records vão doar todo o lucro que tiverem com as vendas das seis músicas do episódio The Quarterback para três instituições escolhidas pela família de Cory: Project Limelight, Virgin Unite e Chrysalis.
Homenagem
Se você gosta de Glee e ainda não assistiu, prepare-se para chorar. Tenha um lencinho ao alcance da mão.
Recomendo.
Teca Machado
A pior dor é a dor do parto, do verbo partir. ( frase do livro"desaforismos" de Georges Najjar Jr )
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