quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Aflorando seu lado nerd e científico: Manual do Mundo


Como já aconteceu muitas vezes, o meu amigo Adriano Crestani me deu uma dica super legal de post. E geralmente suas ideias são de assuntos nerds e científicos. Ele foi o responsável pelo post do Neil DeGrasse Tyson (Aqui) e do Universo visto em micro e macro (Aqui). Semana passada ele me falou sobre o Manual do Mundo e eu agora estou viciada nos vídeos desse canal do Youtube.


Segundo o blog do Manual do Mundo:

“Ele é um guia de coisas legais que despertam a curiosidade e a criatividade. O projeto nasceu como uma série de vídeos no Youtube, mas hoje também são produzidas seções em texto para o site, como a seção Dúvida cruel, além de vídeos educativos para editoras de livros didáticos. Os vídeos são apresentados pelo jornalista Iberê Thenório e têm a produção executiva de Mariana Fulfaro”.

aprendi um monte de coisas legais nos vídeos do Manual do Mundo (Como o que é ferro fluido e que existe um líquido sólido) e fiquei com vontade de fazer 90% das experiências que ele ensina, principalmente as pegadinhas, haha. Agora o meu sonho é encontrar gelo seco para comprar, porque ele é presença constante na mesa de Iberê Thenório.

Esse é o Iberê Thenório

Por falar nos vídeos, toda semana tem novos. Escolhi alguns dos mais legais para vocês:












Canal do Manual do Mundo no Youtube: Aqui

Blog do Manual do Mundo: Aqui

Recomendo gastar algum tempinho aprendendo sobre ciência de um modo extremamente divertido.

Teca Machado

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Os Impostores: Literatura policial “uau” da semana


Você sabia que Luxemburgo, na Europa, não é um país? É um grão-ducado. E o que é um grão-ducado? É um Estado soberano governado por um grão-duque, um monarca constitucional. E como eu descobri tudo isso? Google? Não. Aprendi lendo Os Impostores, de Chris Pavone, um romance/suspense policial. Essa é a prova de que eu não leio só literatura infanto-juvenil (Apesar de ser a preferida, confesso) e ainda aprendo coisinhas legais.


Na obra, Kate Moore é uma mulher feliz no casamento, mãe de duas crianças, que leva uma vida normal trabalhando redigindo documentos oficiais para o governo dos Estados Unidos em Washington. Mas ela é muito mais do que aparenta, assim como o cargo que ocupa. Depois de tantos anos na profissão e de vida dupla, tudo o que Kate quer é largar tudo e virar outra pessoa, criar outra vida. E essa oportunidade aparece quando Dexter, seu marido, recebe uma proposta de emprego em Luxemburgo.

Kate recomeça do zero em Luxemburgo, se reinventa. O problema é que Dexter agora trabalha em um emprego que ela não entende bem o que é, para um cliente que ele não revela e por horas muito longas. A vida confortável e que sempre quis se torna entediante e solitária. Ela, que estava acostumada a ação, agora vai a cafés da tarde e lanches com amigas.

Depois que conhecem outro casal americano, Kate começa a desconfiar que os fantasmas do seu passado a estão perseguindo. Com muito tempo livre, a cabeça das pessoas fica paranóica, ainda mais a de Kate, que é cheia de segredos e mentiu por uma década para muitas pessoas, principalmente para Dexter. Ela começa a investigar por conta própria os novos amigos e vai descobrindo camadas e camadas de mentiras, traições e vidas de aparências que envolvem mais gente do que ela imaginava.

Acho que eu seria feliz em Luxemburgo. Olha que linda! 

Os Impostores é um livro muito bom e que prende o leitor, principalmente no terço final. A história é bem interessante e passa por vários locais da Europa. O final é surpreendente. Eu não imaginava a trama complexa e extremamente bem bolada do desfecho. De vez em quando tinha que voltar e ler algumas coisas de páginas anteriores para entender melhor e ficava com cara de “Ah... Então era isso”.

O começo é um pouco lento, mas vale a pena continuar até o final. Um dos aspectos do livro que o torna um pouco cansativo em certos momentos é que a descrição dos locais é muito detalhada. O autor fala da geografia do lugar, da cor das casas na rua, do aspecto das nuvens e das gostas de chuva, dos pontos turístico, até da pedrinha do calçamento. E como os personagens vão, além de Luxemburgo, para França, Suíça, Holanda e outros países, as descrições são constantes.

Esse é o Chris Pavone

Os Impostores tem uma trama envolvente e muito inteligente. Admiro autores que escrevem o gênero. Como eu disse ontem no post sobre Os Suspeitos, uma história de suspense policial deve ser dificílima de criar, pois deve ter pistas verdadeiras, falsas, acontecimentos surpreendentes e todas as “pontas” precisam ser amarradas para deixar o leitor satisfeito. E esse livro faz isso muito bem. Me prendeu a atenção de um tanto que apesar das suas quase 400 páginas, terminei a leitura em apenas seis dias.

Recomendo.

Teca Machado

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os Suspeitos: O show de Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal


Alguns diretores têm o dom de literalmente fazer o público perder o ar. Às vezes eles fazem isso por nos dar sustos (Odeio). Em outras ocasiões por mostrar cenários onde o oxigênio é escasso (Como em Gravidade, que comentei aqui). E, no caso do filme Os Suspeitos, do diretor Denis Villeneuve, por causa da tensão provocada devido a uma situação pavorosa que de tão real pode acontecer com qualquer pessoa no mundo.


No Dia de Ação de Graças, duas famílias vizinhas, Keller e Grace Dover (Hugh Jackman e Maria Bello) e Franklin e Nancy Birch (Terrence Howard e Viola Davis), se reúnem para festejar. Depois de um tempo, Anna (Erin Gerasimovich) e Joy (Kyla Drew Simmons), filhas pequenas dos casais, vão brincar sozinhas na rua e desaparecem sem deixar vestígios. Quando a polícia é acionada, o detetive Loki (Jake Gyllenhaal) é designado para o caso.

Família Dover antes do desaparecimento de Anna

Enquanto as duas famílias se desesperam e cada um dos quatros pais reage de uma maneira para lidar com a dor e o desespero, Loki faz o seu trabalho, mas não parece muito comprometido. Prova disso é quando a família Dover lhe passa informações e ele fica olhando o celular. Quando Alex Jones (Paul Dano), o único suspeito do caso, é liberado pela polícia, Keller resolve que paralelamente ao trabalho oficial é hora de fazer justiça com as próprias mãos e inicia um processo de tortura de deixar ditadores com inveja.

Keller e Alex Jones

Os dias vão passando e a chance de encontrar as garotas com vida vai ficando menor. Enquanto Keller fica cada vez mais transtornado, Loki se envolve na investigação e passa a ter uma obsessão quase tão doentia quanto o pai da menina.

O que faz Os Suspeitos ser o melhor filme policial de 2013 são dois fatores: Os atores e o roteiro de Aaron Guzikowski, praticamente um estreante.

Os atores Jake Gyllenhaal e Hugh Jackman

Hugh Jackman dá um show e já está sendo cotado para o Oscar do ano que vem (Fora que é incrivelmente sexy, haha). É possível sentir junto com ele o desespero de ter a filha tirada do seu convívio e o seu martírio por causa das torturas. Seu personagem é um homem religioso e o tempo todo cita Deus e orações. A sua culpa pelos atos é enorme, mas o seu desespero é maior. O ator se deu de corpo e alma pelo filme. Jake Gyllenhaal é outro que está mais do que excelente. Seus descaso inicial vai dando lugar gradativamente a uma obsessão louca para resolver o caso, já que ele é um detetive com uma taxa de 100% de sucesso. Bato palmas para os dois. 

Família Birch com o detetive Loki

O resto do elenco, principalmente Paul Dano e Melissa Leo (Que interpreta a tia de Alex Jones), é muito bom, mas fica obscurecido pelo trabalho excepcional de Jackman e Gyllenhaal.

Não é fácil escrever um roteiro de suspense policial, pois a história, para fazer sentido, precisa ser bem amarrada e o tempo todo jogar pistas verdadeiras e falsas para que o espectador tente adivinhar juntamente com os personagens o que aconteceu. E esse é o caso de Os Suspeitos. O quebra-cabeça que vai sendo criado ao longo das duas horas e meia de filme em certo momento parece insolúvel. Reviravoltas vão acontecendo a todo instante. Como diz o título, o papel de suspeito vai sendo transferido de uma pessoa para outra. 

Interrogatório policial

Há em quase todos os personagens aquela dualidade de caráter. Ninguém é 100% bom, ninguém é 100% mau. E mesmo quando fazem o que é errado, principalmente Keller e Franklin, é clara a briga da consciência. Loki fica preso em burocracias das leis e vive o dilema de seguir as regras e deixar suspeitos e pistas escaparem ou burlar o sistema, mas resolver o caso.

Um aspecto que me deixou um pouco incomodada foi o fato da trilha sonora ser quase inexistente. Eu gosto de filmes com mais do que o som ambiente. Mas ser silencioso cria ainda mais a atmosfera de tensão e terror vivida pelos personagens.

A procura de pistas

Os Suspeitos é um suspense de fazer pensar. Está sendo chamado de O Novo Seven (Aquele sensacional de 1995 com Brad Pitt, do diretor David Fincher).

Recomendo.

Teca Machado 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Microscópio: deixando as coisas muito mais legais desde 1590


Você já parou para pensar que quando você olha algo pelo microscópio, ele pode ser completamente diferente e muito mais legal do que o tamanho normal? Pois é, até pesquisei a data de criação dele para colocar no título e aumentar o conhecimento inútil de vocês (Eu sou cheia desses fatos que provavelmente nunca vou precisar, haha).

Então trouxe hoje 35 coisas do dia a dia que ficam incríveis vistas pelo microscópio.

1- Banana


2- Superfície de um disco vinil (Por falar nisso, ainda estou vendendo vinis. Veja aqui)


3- Velcro


4- Células do sangue


5- Fio dental usado


6- Filamento de uma lâmpada de tungstênio


7- Cerdas de uma escova de dentes


8- Papel higiênico


9 - Pé de uma mosca


10 - Ferimento suturado


11- Ponta de um fio de cabelo humano


12- Pele de aranha


13- Floco de neve


14- Sal e pimenta


15- Pimenta


16 - Piolho

 

17 - Borda de um selo


18 - Pólen


19 - Folha de abacaxi


20 - Grafite


21- Suco de laranja (Oi? Assim mesmo, todo colorido?)


22 - Agulha e linha


23- Grão de café instantâneo


24- Poro de suor humano


25 - Cílios


26- Corda de guitarra


27- Pé de um gecko (Tipo de lagartixa)


28- Biscoito da sorte


29 - Camisa de futebol


30- Pulga


31- Poeira (Achei ela bem linda!)


32- Chocolate (Ainda não entendi essa coisa verde nele...)


33- Giz


34- Confeito de bolo


35- Sangue coagulado



Fonte: Imgur

Legal, né?

Teca Machado

sábado, 26 de outubro de 2013

Gravidade: Murphy explica


Confesso que quando li sobre o tão esperado filme Gravidade fiquei com um pouco de preconceito. “Nossa”, pensei, “deve ser muito chato um filme só com dois personagens e a protagonista vagando pelo espaço totalmente à deriva”. Imaginei que se tratava daquelas produções reflexivas e sem graça, onde se busca o sentido da vida e do universo. Ai, como eu estava errada. Gravidade, do visionário diretor Alfonso Cuarón, é, sem dúvida, um filme que prende o espectador, que provoca tensão e que conta uma história surpreendente.


Mais do que o roteiro ou qualquer outra coisa, Gravidade chama atenção pelo visual, ainda mais se for assistido em 3D. O que não gastaram em elenco, gastaram em efeitos especiais. A alternância de som e silêncio também é forte. Num momento, gritos, barulhos, coisas explodindo, no outro, tudo no mais completo silêncio, como o Universo no vácuo deve ser.

Sandra Bullock, George Clooney e a Terra

É tão realista que você tem a sensação de estar no espaço, lá no satélite Hubble. O noção de realismo e da falta de gravidade a 600 quilômetros de altura é tão grande que eu e a Marcinha, minha companheira de cinema de todas as semanas, ficamos completamente tontas no início. A labirintite bateu e eu precisava me concentrar em olhar apenas para a legenda para não sentir o mundo rodar. Depois de um tempo você acaba se acostumando e passa aproveitar esse deleite visual (Não consigo achar expressão melhor para explicar a fotografia desse filme).

Efeitos especiais realistas

Uma das características mais marcantes de Gravidade são as cenas sem cortes, principalmente a inicial. São cerca de 15 minutos com a câmera flutuando entre a Dra. Ryan Stone (Sandra Bullock, sendo excepcional) e o Comandante Matt Kowalsky (George Clooney, irresistível e charmoso como nunca). Ela gira e rodopia, dá a sensação de realmente flutuar no espaço, sem um eixo central, sem a - tcharam! - gravidade. É algo antes nunca visto no cinema.

Momento de ação

O enredo do filme é muito simples: Numa missão espacial de reparo, a Dra. Stone está instalando um dispositivo novo no satélite Hubble. Enquanto isso, o comandante Kowalsky e um terceiro astronauta nunca mostrado de perto estão brincando alegremente ao redor e conversando com Houston, a Nasa. Em certo momento, começa uma chuva de detritos que atinge a nave deles e o satélite, o que faz com que sobrevivam apenas Stone e Kowalsky. 

Sandra Bullock

Eles têm duas opções: Morrer perdidos no espaço ou buscar abrigo na Estação Espacial Internacional e em outros satélites que ficam na órbita terrestre. Começa aí uma luta pela sobrevivência num dos cenários mais inóspitos a que o ser humano tem acesso.

Tem muito simbolismo em Gravidade, como a solidão do espaço, o “renascimento” da Dra. Stone (Que ela até fica em posição fetal), a questão de tentar fugir dos problemas do dia a dia e mesmo a uma distância tão grande ser perseguido por eles e também passar o conhecimento dos mais experientes para os novatos.

O renascimento

Apesar de ser praticamente um filme de uma pessoa só, Gravidade é uma ação quase sem fim, não te dá sono. É a Lei de Murphy em seu estado mais puro: Se tem como dar errado, vai dar errado, pode ter certeza. E Sandra Bullock desempenha seu papel tão bem que a falta de esperança dela em certos momentos é quase palpável, assim como é em seus surtos de determinação. O espectador sente tudo o que ela sente, até mesmo a falta de ar quando o seu oxigênio está no fim.

Sandra Bullock, assim como Hugh Jackman por Os Suspeitos (Falo sobre esse filme semana que vem), já está sendo cotada para o Oscar do ano que vem. Além de trabalhar muito bem suas emoções faciais (Já que a câmera fica grande parte do tempo grudada em seu rosto), disseram que o trabalho para flutuar no pretenso espaço e mesmo dentro da Estação Espacial Internacional foi algo que exigiu muito do seu controle físico e psicológico. Não era para qualquer um. O próprio diretor falou que ele mesmo não conseguiria.

Alfonso Cuarón nas filmagens

Eu, como uma boa amante do espaço e do universo, fiquei de queixo caído com Gravidade.

Recomendo muito.

Teca Machado

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