quarta-feira, 7 de agosto de 2013

“If you can’t be famous, be infamous” - Chicago

Ontem falei sobre Nova York com olhos de turista apaixonada. Como a outra cidade que eu vou visitar nessas férias, Chicago, ainda não conheço, resolvi comentar um filme que passa lá: O musical Chicago, do diretor Rob Marshall. É velho, eu sei, de longínquos 2003 (Uau! 10 anos já e eu lembro quando fui ao cinema!), mas é o tipo de filme que nunca fica antigo, apesar de não ter se tornado nenhum clássico.


Chicago, assim como Mamma Mia!, Rock of Ages (Aqui) e O Fantasma da Ópera, foi inspirado num musical homônimo da Broadway. E esse foi criado pelo legendário coreógrafo Bob Fosse, um dos maiores nomes no gênero. 

Cena de Cell Block Tango

Apesar dos musicais terem praticamente nascido com o cinema falado (Época de Cantando na Chuva – Aqui - e outros), depois de algumas décadas eles foram esquecidos. Salvo Grease – Nos Tempos da Brilhantina (Aqui) dos anos 1970 e alguns outros, nos anos 1980 e 1990 eles foram para o “limbo” cinematográfico. Ficaram bregas, pouco amados e produções de baixo orçamento. Até que surgiu Moulin Rouge (Aqui) no início dos anos 2000, que fez um filme corrido, eletrizante e de cenas rápidas, que trouxe de volta o glamour ao gênero. Logo depois surgiu Chicago.

Roxie Hart, protagonista

Chicago passa nos efervescentes anos 1920, quando o jazz estava em alta e os bares com gim, pianistas e vedetes eram os pontos de encontros de toda a sociedade. Roxie Hart (Renée Zellweger) é uma mulher comum que tem o sonho de entrar no show business. Para isso, faz de tudo, inclusive trair o marido com um homem que diz ser amigo de um amigo de um produtor musical que pode lançá-la a fama. 

Velma Kelly

Depois que o amante expõe sua verdadeira intenção, que era só dormir com Roxie, ela o mata e vai para a cadeia. Lá conhece Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones), uma ex-vedete meio famosa que foi presa por homicídio duplo. Seu marido estava tendo um caso com a sua irmã. Cabe a Billy Flynn (Richard Gere), um advogado narcisista, mulherengo e sem muita ética defender as duas. E ele saber fazer um excelente espetáculo midiático quando se trata de defesa de belas mulheres assassinas.

Roxie e Billy Flynn

Na prisão Roxie Hart, romântica ao extremo, imagina que tudo é parte de um musical sobre ela. Assim, a situação fica mais fácil de se suportar. E daí surgem as melhores cenas do filme, em especial a sequência da música Cell Block Tango.

Até eu, que sou apaixonada por musicais, acho que Chicago tem músicas demais. Algumas desnecessárias e sem graça, que fazem bocejar. Mas tem outras muito boas, afinal, o ritmo do jazz é delicioso de escutar e de ver dançar.

As vedetes homicidas

Renée Zellweger não está em uma das suas melhores atuações (Apesar de ter sido indicado ao Oscar daquele ano). Ela é muito melhor como Bridget Jones do que como Roxie Hart. Ela fala mansinho demais, é delicadinha demais, é chatinha demais. Fora que não há um osso sexy em todo o seu corpo, o que era extremamente necessário para um papel de uma moça que sonha em ser vedete. Já Catherine Zeta-Jones nem precisa se esforçar para ser linda e sensual. Sua atuação de Velma Kelly é mais do que muito boa e suas cenas dançando e cantando são excelentes (Isso porque ela estava grávida de quatro meses nas gravações. Imagina se não estivesse). Richard Gere, na minha opinião, não combinou com o papel. Não deu o seu melhor, mas ele até canta direitinho.

Ô, mulher bonita essa!

Chicago recebeu muitas indicações ao Oscar, ao Globo de Ouro e aos SAG Awards. No Oscar venceu por Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante – Catherine Zeta-Jones, Melhor Edição, Melhor Figurino, Melhor Direção de Arte e Melhor Mixagem de Som.

Recomendo, mas só se você gosta de musicais. Se não, você vai detestar.

Teca Machado

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